13 janeiro, 2011

Atingir as «meias» em défice exibicional... e de finalização

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

assistência: 15.512 espectadores.

Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa), Assistentes: Ricardo Fernandes e Hernâni Fernandes; 4º árbitro: Quitério Almeida

FC PORTO: Keszek; Sapunaru, Rolando, Maicon e Rafa; Fernando, Belluschi e Rúben Micael; Mariano «cap.», Hulk e James.
Substituições: Rúben Micael por Guarín (46m), Mariano por Varela (54m) e James por Walter (80m).
Não utilizados: Helton, Fucile, Souza e Otamendi.
Treinador: André Villas-Boas.

PINHALNOVENSE: Pedro Alves; Diogo Figueiras, Tomaz, Dorival e Pedro Caipiro; Semedo e Mustafá «cap.»; Pedro Alves II, Miguel Soares e Quinaz; Miran.
Substituições: Miguel Soares por João Peixoto (84m), Quinaz por Pedro Dionísio (89m).
Não utilizados: Renato Mata, Hugo Costa, Hélder Monteiro, Jorge Peixoto e Adul Baldé.
Treinador: Paulo Fonseca.

Marcadores: Hulk (78m e 90m).

Disciplina: cartão amarelo a Miran (63m), Miguel Soares (73m) e Pedro Alves (77m).

O FC Porto viu-se aflito para eliminar o Pinhalnovense, da II Divisão, marcando o primeiro golo apenas ao minuto 77, em jogo dos quartos de final, no Estádio do Dragão, perante 15 mil adeptos. O segundo, também do avançado brasileiro, chegou depois dos 90 minutos.

O FC Porto contou com vários titulares habituais em campo, como Rolando, Maicon, Belluschi, Fernando e Hulk, mas mesmo assim teve dificuldades em estrear a bola dentro da baliza do Pinhalnovense, equipa da II Divisão que chegou ao Dragão depois de ter eliminado o Leixões.

Durante a primeira parte, a equipa de André Villas-Boas até desenhou bons lances de jogo, algumas pintadas de grande técnica individual, mas no momento de “matar” o lance os homens de azul e branco não foram bem sucedidos.

A formação de Pinhal Novo defendeu como pôde mas as deficiências na construção do jogo a partir do meio-campo fizeram-se notar.

De todos as jogadas de grande perigo dos Dragões durante o primeiro tempo, destacaram-se os remates de Mariano ao minuto 13 e outro de Rúben Micael ao minuto 30.

Mas a grande oportunidade deu-se ao minuto 37, quando Fernando, isolado perante o guarda-redes Pedro Alves, enviou a bola para a bancada norte do Estádio do Dragão.

O árbitro Hugo Miguel apitou para o intervalo, as equipas saíram do relvado, e os ecrãs gigantes mostravam um 0-0.

Na segunda parte, a formação orientada por Paulo Fonseca optou pela estratégia do “autocarro à frente da baliza” guardada por Pedro Alves.

No segundo tempo, o FC Porto carregava, e carregava, mas não conseguiam derrubar a muralha pinhalnovense. Valeu ainda a intervenção de Kieszek ao minuto 70, evitando um cenário pior para os portistas.

O primeiro golo do encontro aconteceu ao minuto 77, já com os adeptos azuis em brancos à beira de um ataque de nervos, com Hulk a enviar uma bomba de fora da área, sem hipótese para Pedro Alves, que teve muito bem esta noite.

Já com o jogo mais aberto, o FC Porto conseguiu aumentar a vantagem quando passava um minuto dos 90, com Hulk a rematar em jeito, à entrada da área, para o fundo da baliza.

Com esta vitória (sofrida), os detentores do troféu são a primeira equipa a marcar presença nas meias-finais da Taça de Portugal.

DECLARAÇÕES NO FINAL DA PARTIDA

André Villas-Boas: «Procurámos sempre o golo, umas vezes com mais critério, outras com menos, mas fomos sempre atrás dele. Encontrámos uma equipa organizada e motivada, que levou o encontro até ao fim. Com um pouco mais de dinâmica, poderíamos ter resolvido o jogo mais cedo. Estou satisfeito por termos criado muitas oportunidades, aparecemos em frente à baliza um número de vezes suficiente para resolver mais cedo. Não é que não o tenhamos procurado fazer, mas falhámos na finalização. É verdade que tentámos mais a finalização de meia distância do que dentro da área. Temos de estar satisfeitos com o rendimento da equipa. O FC Porto tem um percurso forte até este momento. De vez em quando, choca com exibições menos conseguidas, como foi o caso. Porém, temos um percurso para valorizar. Independentemente do adversário, estamos nas meias-finais da Taça e temos um percurso excelente no campeonato. Na Taça da Liga, as coisas estão comprometidas, mas não são impossíveis. Estamos orgulhosos com o nosso trajecto. São dinâmicas diferentes, já que o Hulk, o Walter e o Falcao são jogadores diferentes. A mudança requer criar novos hábitos, enquadramentos e relações com os companheiros. Com o Marítimo correu melhor, pelo menos uma análise ‘a posteriori’ assim o dita. Hoje poderíamos dizer que correu pior, mas o Hulk marcou dois golos. Ele oferece outro tipo de variabilidade. A IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística de Futebol) não o define, apenas constata. Os resultados é que levaram o FC Porto a essa atribuição. É algo que se conquista e o FC Porto conseguiu-o com mérito total. Tivemos um Dezembro bom, fizemos um percurso imaculado até agora e queremos continuar no mesmo nível nos próximos cinco meses, em que se definem os títulos. Queremos acrescentar troféus ao nosso trajecto.»

Hulk: «Vitória minha? Não, foi uma vitória de toda a equipa que trabalhou muito. Tivemos dificuldades dado que não conseguimos aproveitar as muitas oportunidades. Faltou alguma concentração na hora de finalizar. Sabíamos que este jogo valia a presença numa meia-final. O Pinhalnovense, apesar de ser de uma divisão inferior, mostrou ser uma boa equipa. Com determinação conseguimos vencer e esperamos chegar novamente à final.».

6 comentários:

  1. Hoje apetece-me falar apenas:
    - nos 2 grandes golos do Hulk;
    - na passagem às meias-finais da Taça, um troféu que procuramos conquistar pela 3ª vez consecutiva, algo inédito;
    - na 25ª vitória em 29 jogos oficiais nesta época.

    PS: Não me apetece falar na exibição colectiva da equipa, de algumas medíocres participações individuais, da falta de esforço de alguns jogadores e do sentimento generalizado de que a vitória iria “cair do céu”.


    Nota final: É preciso ter uma enorme lata, direi mesmo GIGANTESCA lata, para ainda haver adeptos do FC Porto que assobiam frequentemente Hulk. É certo que o brasileiro perde bolas e erra passes…mas também, corre, luta, esforça-se e marca golos que se farta, fora da área, dentro da área, de penaltie, enfim, de todos os modos e feitios…Talvez esses que hoje assobiam, para o ano já não assobiem Hulk, porque entretanto o brasileiro estará a ser aplaudido num qualquer estádio de um colosso europeu…Às vezes, o excesso de vitórias causa um sentimento de que temos sempre de golear, dar espectáculo e de que os adversários são meros fantoches… mas não é bem assim, às vezes…

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  2. Estando praticamente dito o resto, resta acrescentar que, embora possa parecer desculpa ou outra coisa do género, tem mesmo de se dizer, como verdade que é: Mais outra vez, a arbitragem vinha com a lição estudada, pois ainda na primeira parte houve um penalty descarado sobre o James, que o árbitro não quis ver. Mais do mesmo.

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  3. Achei que Mariano apesar de ter vindo de uma longa paragem até esteve muito bem entregando-se muito ao jogo e por pouco não marcava. Claro que houve algum nervosismo por falta do golo que tardou em aparecer mas quem tem Hulk tem tudo.
    Cump.
    ultrasfcporto

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  4. Descontando os assobiadores de meia tigela o mais importante é falar nos grandes golos de Hulk e mais um objectivo do Porto alcançado. Nós já estamos lá á espera dos outros 3 semi-finalistas...

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  5. Se não é a bem é a mal, este foi resolvido à bomba, contra os assobiadores do Dragão.

    Melhor resultado do que a exibição, sem dúvida.

    15512, sem comentários.

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