21 janeiro, 2017

NOS PÉS DE TELLES.


FC PORTO-RIO AVE, 4-2

A vitória do FC Porto esta tarde no jogo da 1ª Jornada da 2ª volta da Liga NOS passou quase exclusivamente por um homem: Alex Telles. O defesa esquerdo esteve em grande no jogo frente ao Rio Ave ao fazer 3 assistências para o golo que foram determinantes para o desfecho da partida.


Felipe, Marcano e Danilo finalizaram a preceito as assistências do lateral esquerdo brasileiro, sendo determinantes para a vitória que os disparates de Casillas e Layún quase deitavam por terra os três pontos cruciais para os Dragões.

Mas não podemos tirar o mérito ao Rio Ave muito bem orientado por Luís Castro, ex-treinador do FC Porto B. Os vilacondenses deram uma excelente réplica no Estádio do Dragão e estiveram por cima do jogo durante vários momentos.

Além disso, os pupilos de Luís Castro depois de estarem a perder por 1-0, deram a volta ao marcador, pese embora a “capoeira” de Casillas e a entrada a destempo de Layún que originou uma grande penalidade. E só não saíram com um empate do Dragão por acaso.

No entanto, os Dragões foram capazes de reagir a tempo e com a resiliência de quem quer ser campeão. O FC Porto fez dos lances de bola parada a sua arma e, neste capítulo, Alex Telles esteve imparável. Depois de estar a perder por 1-2, os portistas operaram a remontada e acabaram por vencer por 4-2.


Outro grande destaque vai para Danilo. O Danilão, como é apelidado pelos adeptos, preencheu o campo todo e fez um golo muito festejado pelos seus colegas que o confortaram, depois da sacanice de que foi alvo em Moreira de Cónegos há um par de semanas por um badameco do apito.

Casillas e Layún são os destaques pela negativa. O primeiro por culpas no golo do empate e o segundo pela má prestação no jogo depois de longa paragem e por ter cometido uma grande penalidade infantil que poderia ter causado dissabores no Dragão.

Aliás, Layún seria substituído, e bem, por Rui Pedro logo a seguir à grande penalidade, passando Herrera para lateral direito, desempenhando muito bem esta função.

Mas o jogo até poderia ter sido resolvido na 1ª parte. Senão vejamos...

O FC Porto inaugurou o marcador por Felipe aos 18 minutos num lance de fora-de-jogo mas se formos por aí, durante a partida houve três lances de fora-de-jogo inexistentes assinalados aos Dragões. Por aí estamos conversados. Mas antes Jesus Corona isolado rematou mal e a bola não chegou à baliza e depois do primeiro golo foi Diogo Jota a rematar com estrondo à baliza de Cássio, desperdiçando o 2-0.


Não acabou com o jogo o FC Porto, abriram-se as esperanças para o Rio Ave que num lance feliz e anedótico em simultâneo chegou ao empate aos 34 minutos por Guedes.

Ao intervalo, os Dragões tinham um castigo merecido. Por um lado para a falta de pontaria demonstrada e por outro lado, para a falta de concentração que muitas vezes custam pontos e campeonatos. Mas na 2ª parte depois de Roderick (48 minutos) aproveitar uma grande penalidade caída do céu, a equipa de Nuno Espírito Santo operou a reviravolta em pouco mais de dez minutos.

Marcano aos 55 minutos e Danilo aos 61 recolocaram o Dragão na frente. Daí para a frente ainda houve muito jogo com o Rio Ave a colocar em sentido a equipa azul e branca.

E já depois de Marcelo (86 minutos) ter desperdiçado uma oportunidade de restabelecer o empate, seria Rui Pedro aos 88 minutos a obter o resultado final, numa jogada muito bem construída por João Carlos Teixeira pelo lado esquerdo.


O Dragão voltou aos jogos de Domingo à tarde com uma moldura humana a rondar as 45 mil pessoas. É disto que o futebol precisa. Tardes de futebol para que as pessoas possam ir mais aos estádios e tornem o espectáculo com mais cor e mais vida.

Os Dragões estão a um ponto da liderança, de forma provisória e visitam a Amoreira no próximo Sábado, continuando a tentar trilhar o melhor caminho até ao destino final.



DECLARAÇÕES

Nuno: “a atitude da equipa que luta até ao fim”

O positivo e o negativo da partida
“Foi um jogo emotivo, em que a equipa demonstrou carater e ambição e conseguiu três pontos fundamentais para nós. De positivo há os três pontos e os quatro golos que marcámos. Menos bom, e que temos que retificar, foi ter consentido os dois golos. Temos que perceber como é que os jogadores do Rio Ave nos conseguiram marcar os golos. É trabalho que temos que ter e analisar. Os erros são sempre da equipa. Temos que analisar num todo e agora vamos fazer esse trabalho.”

Equipa não relaxou após o primeiro golo
“Não entrámos muito bem no jogo. Custou-nos construir, mas o Rio Ave também teve muito mérito. Faltou-nos controlar melhor o jogo, que é um passo fundamental no nosso crescimento, para não permitir a reação da equipa contrária. Num jogo de futebol nunca estamos relaxados. Estamos sempre em tensão e a olhar para o jogo. O sofrimento faz parte quando não se está com o resultado que pretendemos, assim como quando temos o resultado favorável estamos também preocupados.”


Equipa continua a crescer
“​Tudo é crescimento. Tudo é necessário para amadurecer e é preciso que esse caminho seja percorrido de uma forma muito rápida. Temos muita juventude e é importante que eles se sintam apoiados e motivados para continuar a crescer. E nós temos esse cuidado, de preparar os jogadores para que eles possam ter a performance que tiveram hoje. É importante que todos os jogadores possam marcar golos e essa é uma das facetas que também queremos ter na equipa.”

A opção por André André ao intervalo
“São decisões, que são sempre pensadas e fundamentas para a equipa. São dinâmicas que já temos, uma ideia que se manteve de uma equipa que soube pressionar e reagir a um resultado adverso de um lance espontâneo que nos deixou em desvantagem. É uma atitude de uma equipa que quer lutar até ao fim pelo seu objetivo.”

Apoio do público voltou a ser determinante
“De salientar mais uma vez o Estádio do Dragão a empurrar a equipa. São três pontos que nos deixam a um e agora vamos ver o que acontece amanhã, mas era fundamental para nós conquistar estes três pontos.”

O golo de Rui Pedro
“O Rui Pedro é um jovem de grande talento e de grande futuro. Não posso deixar de reafirmar que ele é muito jovem. Está num novo contexto e tem trabalhado bem. Hoje não é o momento de falar do mercado, mas sim do jogo.”​

As três assistência de Alex Telles
“Tem dado o contributo à equipa e tem feito um bom trabalho. É um jogador sério. Acho, porque nunca estou contente, que pode dar muito mais, pois queremos que o rendimento dele e de todos seja top e constante.”



RESUMO DO JOGO

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