20 janeiro, 2017

VAIVÉM A BARCELONA.


Há muitos anos, ainda muito novo e praticamente sem experiência de vida ultra, li, num dos muitos artigos e notícias que pesquisava sobre o fenómeno, que ser ultra era a única forma de definir os limites do possível, indo além dele. Nada melhor do que esta frase para descrever o meu passado Sábado.

Termino uma semana de trabalho, sexta-feira, regresso a casa e não vou sair, ao contrário de muitos jovens da minha idade. Sábado às 4h30 da manhã o despertador toca, mais cedo do que em qualquer outro dia! O motivo é que o nosso mágico Porto jogava nesse dia em Barcelona para a Liga Europeia de hóquei em patins.


Sim perceberam bem, eu levantei-me e fui para o aeroporto, rumar a Barcelona para apoiar a nossa equipa e ao mesmo tempo garantir que nunca estarão sós!! Esta viagem teve uma particularidade, o facto de, ao contrário de outras vezes, ter sido o único com disponibilidade de marcar a viagem. Isto é, pensava eu. Mal chego à porta de embarque, quase 6h30 da manhã e vejo mais 3 dragões que iriam cometer a mesma loucura. Já dava para juntar ali algumas “peças”. Não faltaram também familiares e amigos dos jogadores e em Barcelona sabia que ia contar com os portistas daquela zona.

E assim foi, chegada a Barcelona pelas 9h30 e um dia inteiro pela frente a espalhar o nome do clube numa das minhas cidades favoritas. Já lá tinha estado, também a apoiar o hóquei, em 2014. A manhã passou-se no centro e à tarde no Camp Nou a assistir ao Barcelona x Las Palmas. Uma oportunidade única que simplesmente adorei, em termos de estádio e de equipa claro. Em termos de ambiente, confirmou-se o que previa, o futebol moderno está aí a reinar, e estes grandes clubes mundiais estão a tornar-se escravos desta indústria. Já não é Barcelona da Catalunha, o Barcelona é mundial, é tanto de um catalão como de um paquistanês, é de quem pagar, é de todos. Ambiente fraco, futebol modernizado, adeptos feitos turistas que se comportam como se estivessem no teatro ou no cinema. Tudo aquilo a que me oponho, mas ainda assim, valeu a pena.


Acaba o futebol e temos o hóquei em patins, o motivo da nossa viagem. No sector visitante do Palau Blaugrana estavam mais de 20 portistas. Fizemo-nos ouvir como pudemos, o FC Porto ainda esteve a ganhar 0-1 mas acabou por perder 3-1. Está sem segundo lugar no grupo e em excelentes condições de passar à fase seguinte.

Os jogadores souberem agradecer o esforço da nossa parte, embora desiludidos com a derrota. Cai a noite, está frio e há que fazer horas para o voo que era ao início do dia seguinte. Ainda deu para dormir duas ou três horas e toca a acordar para viajar Barcelona – Lisboa – Porto.


Chegada a casa pelas 10h30 da manhã, passam umas horas, almoço e siga para o Dragão. Presença no futebol, como não poderia deixar de ser, vitória categórica e distâncias encurtadas para os nossos rivais.

Foi este o meu fim-de-semana, com cerca de sete horas de sono de sexta a Domingo, e segunda-feira lá estava a trabalhar às 9h.

Como quem corre por gosto não cansa, com o Porto sempre, pelo Porto tudo!

Um abraço ultra.

3 comentários:

  1. Bravo amigo! Isso é que é ser um grande Portista. Abraço

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  2. E deu bem para vos ouvir.
    Os do Barça bem vos queriam abafar, mas pela TV lá dava para distinguir os Nossos Canticos.

    E realmente FC Barcelona é mais que um Clube, mas agora pelo lado negativo.

    Que seja este ano que se possa festejar o título Europeu, até porque adeptos assim merecem todas as conquistas do mundo.

    Abraços.

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