20 agosto, 2017

A TARDE DE “BOUBA”.


FC PORTO-MOREIRENSE, 3-0

Três jogos, três vitórias, oito golos marcados, 0 sofridos. Assim se mostra o desempenho do FC Porto na presente Liga NOS. Em mais uma enchente no Dragão, os azuis-e-brancos corresponderam e venceram se espinhas o seu opositor.

Em destaque esteve o ponta-de-lança camaronês preterido na época passada por um pinheiro belga. Numa tarde de extremo calor (os termómetros estiveram a roçar os 40 graus), o FC Porto fez uma primeira parte de bom nível mas na etapa complementar devido a vários factores, com incidência para as altas temperaturas verificadas, os portistas baixaram e muito de produção. O 2-0 registado ao intervalo também terá influenciado o subconsciente dos jogadores, mas Sérgio Conceição é um treinador que não gosta nada de abrandamentos de ritmo e de produção.

A novidade no onze de Sérgio Conceição foi a ausência de Ricardo Pereira. O jogador nem sequer esteve no banco. Esta situação soou a estranho e começou-se a especular no Estádio. O certo é que o técnico portista esclareceu no fim do jogo que o lateral portista acordou com sintomas febris. Maxi regressou à equipa e fez uma primeira parte conseguida, mas não fez esquecer o seu companheiro.


Perante um Moreirense recuado, bem fechadinho cá atrás com linhas muito juntas, o FC Porto entrou forte na procura do golo. Aos 2 minutos já o guarda-redes de cónegos fazia uma defesa de recurso para canto a remate de cabeça de Felipe. Estava dado o mote para o que vinha a seguir.

Aos 19 e 21 minutos, Aboubakar, na sua tarde inspirada, colocava o FC Porto a vencer por 2-0. Primeiro entrou muito bem num cabeceamento, correspondendo a um centro excelente de Alex Telles e depois, aproveitou remates de Marega e Óliver que Jhonatan defendeu, fixando o resultado ao intervalo.

Antes do intervalo, registo para mais algumas jogadas de perigo que poderiam ter ditado um resultado mais dilatado, nomeadamente Danilo que viu o guarda-redes contrário evitar o terceiro golo. Mas a nota deste primeiro tempo vai para mais uma grande penalidade que ficou por marcar a favor do Dragões.

Corona é tocado no pé esquerdo no coração da grande área mas o árbitro abana a cabeça e o VAR, o famoso VAR, não se pronuncia.


Continuamos, pois, a apreciar esta tecnologia conduzida e utilizada brilhantemente pelos padres das missas que são ordenadas pelos personagens do costume. Três jornadas, três grandes penalidades por assinalar e três lances ignorados pelos homens das tecnologias da cidade do futebol.

A segunda parte foi um pouco monótona. O calor e o desgaste dos jogadores resultantes das altas temperaturas influenciaram o rendimento em campo. E aqui há que fazer um parêntesis na crónica.

Se há uma semana em Chaves, no jogo entre a equipa da casa e a equipa dos padres, houve duas pequenas pausas – uma em cada parte - ordenadas pelo árbitro devido ao calor quando os termómetros assinalavam 24 graus, porque é que ontem com 38 graus, o padre de serviço não teve o mesmo critério? Tem que haver uniformidade de critérios. Não pode haver critério A pelo padre X e critério B pelo padre Y.

O Moreirense, na etapa complementar, continuou a jogar da mesma forma. Foi mais uma das muitas equipas que jogam, desta forma, no Dragão. Defender, defender, defender e tentar o pontinho quer por obra e graça da sorte, quer pela ajuda do padre de serviço. Ah, pode ser que…


Sérgio Conceição deixou Brahimi no balneário ao intervalo por precaução. O argelino acusava fadiga muscular e depois de perder Soares, o técnico portista não quis arriscar segunda baixa. É que daqui por uma semana, os Dragões vão a Braga jogar com os fiéis de lá de baixo. Para o seu lugar entrou Otávio. O pequeno jogador começou descaído para a esquerda mas depois Sérgio Conceição colocou-o nas costas de Aboubakar e desviou Marega para a esquerda.

Moussa enviou uma bola com estrondo à barra no início da segunda parte mas depois o FC Porto baixou muito de rendimento. Apesar disso, aos 76 minutos Aboubakar lançado por Marcano, isolou-se e perante Jhonathan rematou colocado e rasteiro, obtendo um hat-trick.

Logo a seguir, Hernâni que substituiu Corona teve oportunidade para fazer o quarto golo mas o guardião moreirense defendeu para a linha de fundo. Depois Aboubakar saiu para os aplausos da tarde e deu o lugar a M. Layún.

O FC Porto desloca-se a Braga, no próximo Domingo, antes da primeira paragem da época para compromissos das selecções nacionais. Ao FC Porto cabe fazer tudo para vencer na cidade dos arcebispos, para se colocar numa posição privilegiada antes do interregno e numa altura em que o mercado de transferências irá fechar e definir o plantel.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “O resultado é completamente justo”

O mar azul
“No Dragão e em todos os outros estádios, a atitude, a determinação e a ambição têm de ser sempre as mesmas. Hoje tivemos muitos adeptos a apoiar-nos e isso dá-nos muita força. Este mar azul vai continuar, tenho a certeza, seja em que estádio for. Aproveito para agradecer a presença e o apoio dos nossos adeptos.”

Vencer é o mais importante
“Entrámos bem no jogo e até fazermos o 2-0 tivemos muita qualidade. Aqui e acolá faltou diversificar o processo ofensivo. Conseguimos ter largura, mas por dentro estava mais difícil entrar. Fizemos dois golos e poderíamos ter feito mais um ou outro na primeira parte. Não gostei da forma como entrámos na segunda parte, mas compreendo algum desgaste devido à intensidade e à constante procura da bola quando não a tínhamos. Acredito que, com este calor, as coisas tornaram-se mais difíceis. Penso que o resultado é completamente justo. Conquistámos mais três pontos e estamos felizes por isso. Exibições fabulosas, para mim, são a conquista dos três pontos, por isso vamos tentar prolongar o estado em que estamos.”


A pressão dos rivais
“Eles estão orientados para essa pressão diariamente. Não vivemos em função de Benfica e Sporting, vivemos a pensar na nossa equipa. O nosso foco é esse. Os cinco ou os quatro que os outros marcam não nos diz nada. Vi os jogos de Sporting e Benfica, porque são adversários, mas a minha preocupação é o FC Porto e estarmos cada vez mais fortes naquilo que trabalhamos, procurando manter as coisas que fazemos bem. A exigência é máxima e tudo tem de ser levado muito a sério. Para nós, cada jogo é uma final.”

A ausência de Ricardo Pereira
“Foram convocados 22 jogadores. Ele não acordou bem, acordou com sintomas gripais e temperatura alta. Optámos por não o utilizar por não estar a 100% fisicamente. Jogou o Maxi e deu uma excelente resposta.”



RESUMO DO JOGO

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