22 janeiro, 2018

A IMPORTÂNCIA DE UMA COMPETIÇÃO QUE NUNCA FOI IMPORTANTE!


A semana que agora começa encerra a primeira de quatro decisões que o FC Porto enfrentará nos próximos meses. É certo que de entre os objetivos da época, este é o menos prioritário, mas é uma competição oficial em disputa e deve ser encarada como tal, não como um qualquer jogo amigável.

É verdade que o primeiro objetivo é o título de campeão nacional, que a conquista da taça é o 2º objetivo e que ir mais além na Champions League será excelente, mas assume menos relevância que os objetivos anteriores. Resta a taça da Liga que, não é serio escondê-lo, sempre foi encarada pelo clube, jogadores, treinadores e dirigentes com pouca seriedade. O que mudou então para a postura da equipa/clube ser diferente este ano?

Desde logo, a atitude do treinador que desde cedo deixou claro não estar interessado em deixar cair nenhuma competição só porque sim. Sérgio Conceição foi aquele homem que num jogo de amigos de homenagem a Deco, ficou com azia por estar sentado no banco de suplentes. Para alem disso, não podemos deixar de admitir o óbvio: 4 anos sem ganhar rigorosamente nada, nem campeonato, nem taça, nem supertaça, nem taça da liga é muito, é imenso para um clube que entre 1982 e 2013 foi dos que mais ganhou interna e externamente no mundo inteiro.

É preciso quebrar o mais rápido possível, mas sem sofreguidão ou ânsia exagerada, este ciclo de derrotas que se iniciou simbolicamente após o fantástico golo de Kelvin que nos deu um saborosíssimo tricampeonato. E é preciso quebrá-lo, conquistando títulos oficiais, sejam eles quais forem, tenham eles a importância que tiverem. A verdade é essa.

Posto isto, em minha opinião, há que encarar esta competição com a máxima responsabilidade, mas tendo em vista também o numero elevado de jogos que o FC Porto enfrentará nos próximos meses. Não há como fugir disto, não se trata de menorizar a competição ou poupar só porque sim, mas veria com bons olhos para o jogo desta semana (ou na melhor das hipóteses, jogos desta semana) a poupança de 3/4 jogadores, porque todos os jogadores ao longo desta época têm demonstrado utilidade e comprometimento suficientes para lutar pela vitória em qualquer jogo de qualquer competição. E porque há muitos jogos nos meses que se seguem, infelizmente, o plantel não tem recursos ilimitados.

Ainda assim, também é bom que se diga que não é um eventual mau resultado na 4ª feira que irá colocar em causa o excelente trabalho realizado até aqui. Um dos grandes erros que se tem cometido nos últimos anos é o imensa facilidade com que se vai do 8 para o 80 e vice-versa. A histeria e o desespero são dois sentimentos antagónicos mas cuja fronteira é, por vezes, muito ténue. Espero que todos tenhamos aprendido com os erros cometidos nos últimos anos, venham eles de quem vierem.

PS: Não tem nada a ver com o golo sofrido no estoril (em que Sá foi muito mal batido), porque logo após a titularidade de José Sá em Leipzig disse-o sem problema nenhum e com toda a frontalidade que me custava muito a perceber a decisão de Sérgio Conceição. José Sá pode vir a ser um grande GR, mas neste momento não chega perto sequer da qualidade de Casillas. Não quero com isso dizer que com Casillas a titular, o espanhol não irá cometer erros, como até cometeu alguns nas últimas 2 épocas, mas parece-me evidente que Casillas justificaria a titularidade neste momento da época. Mais, em todos os jogos da presente época Casillas não errou de forma grave em nenhum dos que participou. É, de facto, aquilo que ainda não percebi, de entre todas as decisões tomadas por Sérgio Conceição, num excelente trabalho realizado até aqui. Mas a posição de GR é nuclear e pode perfeitamente valer um título perdido ou ganho num segundo apenas de um determinado jogo!

3 comentários:

  1. Nem se percebe a ausência de Casillas, nem de Óliver, incluindo alguns jogos em que guardar a posse de bola a meio campo era imperativo, como se viu na passada sexta.

    A preferência por patinhos feios, em detrimento de jogadores de qualidade, parece ser um qualquer caso psicológico mal resolvido de Sérgio Conceição. Felizmente para nós, até ao momento, não temos grandes razões de queixa. Até um dia...

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  2. Relativamente à Oliver, o problema passa também por algo que tem de ser creditado a Sérgio,algo que eu nunca pensei vir a dizer mas é a mais pura das verdades:Herrera está a fazer uma grande época e é imprescindível no desenho tático preferencial em que se joga com 2 médios apenas.

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  3. Quanto a Casillas aí sim parece me claramente k as razões para a titularidade de Sá se esgotaram.O espanhol é claramente melhor que Sa,na minha modéstia opinião.

    Apenas quero estar enganado no erro que será manter Sa a titular!

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