One of the most powerful European football clubs...

É bonito de se ver a imagem que o nosso Futebol Clube do Porto tem no exterior.
Seria impensável a TAP fazer umas destas declarações no seu site sobre o nosso clube.

Basta viajar… nem é preciso ir muito longe para nos apercebermos do estatuto do FC Porto.

A semana passada, em Itália, após nos perguntaram de onde vinhamos e na sequência da nossa resposta (de Portugal) a reacção natural foi:

“– Portugal? Porto!!! Great Club!”

E nem mesmo o facto de estarmos em Florença altera essa imagem. Seria o natural, visto a Fiorentina ter tido jogadores de um outro clube Português.

De regresso a Portugal, umas das melhores imagens que se pode ter ainda bem alto lá de cima, é ver o nosso Estádio do Dragão! Nem que para isso, se tenha de “passar por cima” do vizinho do lado para chegar à janela, já que naquela altura os cintos têm de estar apertados.

Bem… agora de regresso ao tema, o FC Porto é efectivamente um dos clubes mais poderosos da Europa. O único de Portugal que faz valer o orgulho de se pertencer a este pacato País à beira mar plantado. Que continue sempre assim, são os meus desejos para o FC Porto em 2008. Que nos brinde com vitórias, boas exibições e títulos!

Eu quero em 2008 ganhar o Campeonato Nacional, quero a Liga dos Campeões e tudo mais onde quer que o FCP entre em competição.

Um excelente 2008 para todos,
Heliantia

ps - a imagem foi-me enviada por C Silva do “fc_porto_visto_por_nos”

30 dezembro, 2007

A RTP discrimina o FC Porto?

A Radio Televisão Portuguesa Internacional pertence à Rádio Televisão Portuguesa. É, essencialmente, um canal ligado e virado para as comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo. Um dos seus objectivos primeiros é dar a conhecer a língua e a cultura Portuguesa à diáspora Lusa.

A RTPi tem o mérito de existir e de tocar milhões de lares por esse mundo fora. A RTPi não é melhor nem pior que outros canais internacionais generalistas. Já ouvi dizer que era muito fraquinha porque apresentava filmes em Preto e Branco. É verdade que a RTPi teve a ousadia de apresentar clássicos do cinema Português sem os colorir. Creio poder afirmar que a RTPi tem programas de qualidade. Pode-se gostar ou não. Criticar, por exemplo, a RTPi porque esta passa “O Pai Tirano”, não é um argumento válido.

A RTPi tem, igualmente, uma agenda associativa e reportagens sobre a diáspora que a ligam às associações Portuguesas. Por sua vez, estas têm um certo desempenho nas aglomerações urbanas onde existem . Veja-se o caso da França. Como tal, a RTPi é um ecrã informador para a diáspora. E não é um acaso se as associações Portuguesas, pelo menos as que conheço, têm sempre em pano de fundo a RTPi. A título elucidativo, note-se que a campanha de sensibilização feita pela “La Coordination des Collectivités Portugaises de France“ (CCPF), para que os emigrantes votem nas próximas eleições autárquicas e regionais, têm o apoio da RTPi (entre outras instituições, como a Câmara de Paris, ...).

Há que salientar, também, que a RTPi, sendo um canal generalista, integra um dos leques televisivos mais acessíveis financeiramente. É neste contexto que se deve colocar, quanto a mim, o tratamento que a RTPi dá às transmissões dos jogos da Primeira Liga Portuguesa de futebol.

Em 14 jornadas, a RTPi transmitiu sempre jogos em directo aos fins de semana. Jogos que envolveram os chamados “3 grandes”. Só 3 jogos do FC Porto, em 14 jornadas, foram transmitidos em directo. Assim, 11 transmissões foram distribuídas pelo Benfica e pelo Sporting, quedando 3 para o FC Porto. Existe, pois, um grande desequilíbrio que prejudica o FC Porto. Mas, este desequilibrio, torna-se ainda mais significativo quando se verifica que a RTPi também transmitiu o jogo, Setúbal-Benfica, para a Taça da Liga. Porquê o Benfica e não um outro?

As contas apresentam-se desta maneira: em 15 jogos transmitidos, o FC Porto gozou de 270 minutos (90m x 3 jogos), enquanto o Benfica e o Sporting gozaram de 1080 minutos (90m x 12 jogos).

A esta disparidade, nitidamente, desfavorável ao FC Porto, pode-se acrescentar uma outra análise e questionamento. Com efeito, em quais ctitérios ou em que base assentou a escolha dos três jogos? Veja-se: Braga - FC Porto; FC Porto - Boavista; e FC Porto - Guimarães. É como se o FC Porto apenas só existisse, para a RTPi, no campeonato, a norte do Douro.

O FC Porto é o clube Português que, hoje em dia, maior dimensão internacional tem. Em França, esta afirmação é mais que sabida e aceite, quer junto da maioria dos Portugueses, quer junto dos jovens Franceses de origem Portuguesa, quer, meramente, junto de todas e de todos aqueles que sabem um pouco de futebol. Não só porque foi campeão europeu, mas também porque tem eliminado, sucessivamente, várias equipas Francesas.

Em suma, o FC Porto é alvo de discriminação pela RTPi. Resta, agora, saber se a programação desportiva da RTPi é fruto de desonestidade e de parcialidade ou de ignorância.

E Viva o Porto !

ps - Quanto a esta situação, tenho apreciado, junto de amigas e amigos portistas, duas posições. Uma consiste em boicotar a RTPi . E, uma, outra, consiste em reivindicar, por carta, etc, junto da administração da RTPi. Deixo o debate em aberto...

29 dezembro, 2007

E depois do Natal...

Pois bem, o Natal já passou, sendo que a nossa equipa também deu a sua prenda (ao Nacional e aos mais directos adversários), mas também podemos tirar algumas conclusões daquilo que o Pai Natal nos trouxe, ainda antes da época natalícia, e como o ano está a acabar, até podemos ver que o homem de vermelho nos trouxe alguns presentes bem jeitosos.

Trouxe-nos o crescimento de muitos jogadores, entre os quais Bruno Alves, Raul Meireles, Bosingwa, Quaresma e o Lucho a mostrar que tem qualidade a mais para actuar em Portugal e também descobrimos a verdadeira posição de Lisandro.

Trouxe-nos um campeonato, dois apuramentos para os oitavos da Champions (um dos quais com passagem em 1º lugar), 7 pontos de vantagem (até foram 10, mas como bons samaritanos demos 3 ao Nacional) e diga-se de passagem muito dinheiro.

Mas levou também o Pepe e o Anderson, esse menino que mal o vimos brilhar. E levou também a Supertaça, a Taça e Taça da Liga e mudou-nos o cargo do mítico Vitor Baía e trouxe-nos o filme português "mais visto de sempre".

Mas como Portista, penso que este ano não foi uma má colheita, só espero que o próximo traga um pouco mais que este, sem esquecer a saúde que a todos faz falta.

Para terminar deixo só uma adivinha: "O que faz um mouro quando ganha um campeonato?", antes de 2008, dou a resposta.

Um abraço do,
Teixeira

28 dezembro, 2007

Os meus desejos para 2008

Nem sei bem o que dizer neste último artigo do ano. Por um lado apetece-me falar do ano que passou e fazer uma retrospectiva do percurso do FC Porto neste ano... mas por outro, apetece-me falar do ano que está para vir e das futuras conquistas.

Foi com muita pena que o FC Porto se despediu do ano 2007 com uma derrota na Madeira, mas isso não faz com que desmoralizemos, até porque ainda temos 7 pontos de avanço sobre o segundo classificado e ainda temos muitos jogos e vitórias pela frente (o engraçado é que as galinhas já pensam que vão ganhar o campeonato).

Espero para o ano estar na Avenida da República (uma vez que não posso ir sempre ao Porto) festejar as sucessivas vitórias que espero que o FC Porto alcance.

Acredito que para o ano vou ficar ainda mais orgulhosa de ser tripeira.

Para o ano quero roer as unhas, quero sofrer, quero rir, quero chorar (de alegria), quero ver um Porto CAMPEÃO! Quero ver um Porto forte, um Porto destemido capaz de vencer as barreiras da comunicação social e dos adversários. Quero ver uma equipa lutadora. Quero ver jogadores jogarem com amor à camisola. Quero um Porto Campeão. Quero ter ainda mais ORGULHO EM SER TRIPEIR(A)!

A todos um óptimo ano de 2008.

Saudações azuis e brancas da,
Sodani.

Parabéns Presidente!

Setenta anos e 44 títulos na vida de Pinto da Costa

Presidente e clube confundem-se. Os adeptos não sabem onde começa um e termina o outro, porque reconhecem a importância de Pinto da Costa na construção do F. C. Porto como um emblema de hegemonia nacional e internacional. O mítico presidente, provavelmente o líder mais marcante da história do futebol português, faz hoje 70 anos, nasceu a 28 de Dezembro de 1937, liturgicamente o dia dos Santos Inocentes.

É um número redondo num ano em que completou um quarto de século à frente do clube, 25 anos que se traduzem em 44 troféus e algumas façanhas o pentacampeonato, a Supertaça Europeia e as duas Taças Intercontinentais são feitos nacionais exclusivos do dragão. Um legado simbólico e de que nem todos os grandes emblemas europeus se podem gabar.

Nunca nenhum presidente do futebol luso venceu tanto como ele, nem Borges Coutinho que ganhou seis campeonatos e três Taças de Portugal, no Benfica (anos 60); nem António José Ribeiro Ferreira que conquistou seis campeonatos e duas Taças, no Sporting (anos 40/50). Na Europa futebolística, o panorama é semelhante. Dos que estão no activo, Sílvio Berlusconi é dos poucos que lhe faz frente ganhou 26 títulos e construiu o Milan como uma escola de sucesso.

Em termos históricos, o nome de Pinto da Costa também se compara ao inesquecível presidente do Real Madrid, Santiago Bernabéu, que arrecadou 16 títulos nacionais, seis Taças do Rei, seis Taças dos Campeões Europeus e uma Intecontinental, em 38 anos de liderança - até pela longevidade há um paralelo. Isso também significa que se o F. C. Porto se sagrar campeão esta época, o presidente portista iguala a façanha de Bernabéu com a conquista de 16 campeonatos.

O líder azul e branco pertence a uma casta de dirigentes que subiu os degraus do clube pela força da paixão- esteve no hóquei em patins, no boxe, nas modalidades amadoras e também foi chefe do departamento de futebol. É uma epopeia que começa em 1962 e ganha força em 1982 com a presidência. E, para todos os efeitos, ainda não terminou...

texto de Norberto A. Lopes - JN, 28.Dez.2007

passatempo 2007/08

# o ano de 2007 fecha com El Dragon e o seu dream-team 'sem trivelas' na pole-position prá conquista do grande prémio final #

27 dezembro, 2007

O Portugal do Porto é melhor

Nesta semana de Natal (e excepcionalmente à 5ª feira), a crónica do Lucho aborda, como habitualmente, a temática das «modalidades amadoras» mas integra também um excerto de uma crónica de um jornalista, director editorial, Ricardo Palma Veiga. Este excerto estava no meu arquivo pessoal desde 2004 mas mantém-se perfeitamente actual, a hegemonia Portista no desporto Nacional, em especial no futebol, é por demais evidente, a vantagem confortável no campeonato, o apuramento (com o 1º lugar do grupo) para a fase seguinte da Champions em contrapartida com os desaires sucessivos internos e externos dos rivais da 2ª circular fazem com que o texto de 2004 se adapte na perfeição ao momento presente. A depressão que se instalou em boa parte do País é boa para se fazerem análises conscientes e sensatas como esta. Não fica nada mal reconhecer um erro, um arrependimento, uma má escolha que em alguns casos deixa marcas para toda a vida. O Ricardo assume ser benfiquista mas adorava ser Portista porque já percebeu que o Portugal do Porto é melhor, um Portugal que chora, sofre, luta e vence, sem vaidades nem vedetismos. E Mai’nada!!!

Hóquei: FC Porto soma e segue rumo ao hepta
1º FC Porto (37 pts, 15 jgs), 2º Benfica (31 pts, 16 jgs), 3º Viana (29 pts, 16 jgs).

Estive sábado em Fânzeres (juntamente com o Estilhaço) e assisti a uma vitória tranquila do Porto sobre o Cambra por 5-2. Um bis de Ventura, outro bis de Caio e um golo de Filipe Santos marcaram a história deste jogo. Destaco o 3º golo do Porto apontado por Caio após jogada brilhante de Filipe Santos e realço ainda os vários penaltys falhados pelo Porto, aspecto a rever.

Na quarta feira o Porto havia ganho ao Espinho por 10-1 com destaque para os 4 golos de Emanuel Garcia. Os outros golos foram de André (2), Figueira (2), Filipe (1) e Moreira (1). O próximo jogo do Porto é dia 5/1 em Valongo e depois dia 9 há o jogo em atraso com a recepção ao Portosantense.

Andebol: FC Porto goleia em tarde tranquila
1º ABC (37 pts, 14 jgs), 2º FC Porto (37 pts, 15 jgs), 3º Belenenses (33 pts, 14 jgs)

Estive no domingo em Santo Tirso e assisti a uma partida tranquila do FCPorto onde até o miúdo Gilberto entrou e marcou um golo. A vitória do Porto sobre o Isave nunca esteve em causa e o score final de 34-24 é inteiramente justo. Santo Tirso registou uma boa assistência (o Lucho ficou junto da Selecção de Angola e segundo o Estilhaço até tive direito a primeiro plano pela Sporttv) numa partida em que os melhores do Porto foram Solha, Eduardo Filipe (a regressar à boa forma) e Tiago Rocha (na foto ao lado de Carlos Resende). Álvaro e Arezes estiveram bem nos aspectos defensivos. Agora há uma pausa no campeonato e o próximo jogo do Porto é só dia 27/1 no terreno do Sporting.

Basquetebol: FC Porto quer muito vingar-se do Belenenses
1º Ovarense (88%, 8 jgs), 2º FC Porto (88%, 8 jgs), 3º CAB (50%, 8 jgs)

O campeonato esteve parado e regressa já este sábado (dia 29) com o Porto a jogar com o Belenenses (16h), adversário que já nos derrotou duas vezes esta época. O jogo será em campo neutro em mais uma jornada concentrada, desta feita em Grijó, V.N.Gaia. Espera-se que a nossa equipa termine o ano de 2007 com uma boa vitória num pavilhão onde deverá ter um significativo apoio. Depois em 2008 (5 ou 6 de Janeiro) temos um escaldante FC Porto-Ovarense em Matosinhos.

Treinador da Semana: Franklim Pais
Jogador da Semana: Emanuel Garcia

Para técnico da semana, escolho Franklim Pais pelas duas vitórias conseguidas...e para jogador da semana, a escolha recai em Emanuel Garcia, hoquista Argentino do Porto, pelos 4 golos diante da A.Espinho na quarta feira.

Camadas jovens (futebol): FC Porto lidera nos Juniores A e B

Nos escalões jovens, este domingo o Porto (juniores A) ganhou em Penafiel por 4-1 e aumentou a vantagem para o 2º classificado para 7 pontos. Nos juniores B também lideramos com 5 pontos de avanço e nos Juniores C estamos em 2º a 7 pontos do Feirense. Análises mais concretas e rigorosas só quando a equipa estiver nas fases decisivas de apuramento dos campeões. Para já não se pode concluir grande coisa.

Natação: Campeonato Nacional de Clubes, por André Cereja

Esta secção irá a partir de hoje, e sempre que se justifique, publicar informação sobre a Natação do nosso clube, modalidade que continua a existir e, sempre com muito vigor e competitividade. O nosso leitor André Cereja irá colaborar e dar-nos a informação necessária:

No campeonato Nacional de Clubes disputado este fim de semana em Silves, no sector feminino ficámos em 3ºlugar, atrás do 1º-Clube de Natação da Amadora (CNA) e 2º-Clube de Natação Colégio Vasco da Gama (CNCVG).

No sector masculino ficámos em 4ºlugar, atrás do 1º-Clube Fluvial Vilacondense (CFV), do 2º-Sport Algés e Dafundo (SAD) e do 3º-Clube de Natação da Amadora (CNA).

De realçar que na equipa feminina, a nossa melhor nadadora (Sara Oliveira) já qualificada para os Jogos Olímpicos apenas começou a treinar há 2/3 semanas porque esteve lesionada e ainda não está a 100%.

Quanto aos rapazes melhorámos a classificação em relação à época anterior e temos uma equipa jovem, e com mais atletas jovens a começarem a aparecer. A Natação do FC Porto continua bem viva!!!


E pronto, até para a semana. Este fim de semana ficamos a saber que na Champions iremos regressar ao palco mágico de Gelsenkirchen mas também espero que todos tenham aprendido a lição da Madeira que consiste em ter em atenção que antes da Champions há muitos jogos do campeonato para ganhar e todos eles muito complicados, quase sempre com arbitragens como a de sexta feira... Dia 1 de Janeiro de 2008, cá estarei para abordar os objectivos e expectativas para o próximo ano nas 4 modalidades mais representativas do Universo azul e branco. Desejo umas boas festas e um novo ano fantástico a todos os colaboradores e leitores deste fantástico blogue de adoração ao Futebol Clube do Porto.

Saudações azuis e brancas,
Lucho.

26 dezembro, 2007

Uma anedota de Natal

Dia de Natal (a seguir ao conto de Natal do Paulo Pereira).

A manhã acordou gelada.
Um manto de fino gelo branco cobria os campos em redor. O céu mantinha-se teimosamente encoberto, impedindo que o sol espreita-se por entre as nuvens acinzentadas.

Pinto da Costa que, após a rábula do acidente da véspera com o trenó do Pai Natal, tinha adormecido a sorrir, acordou ainda mais sorridente e decidiu levantar-se de imediato para dar uma acelaradela no seu novo Ferrari Azul.

Aproveitando a ausência de trânsito e engarrafamentos habituais fez-se à estrada cavalgando o seu puro-sangue, o supra-sumo do fenómeno automobilístico, quando ao abrandar na aproximação de um cruzamento sente um choque na traseira do seu veículo.

"Cum carago, outra bez...", exclama surpreendido. Olha pelo retrovisor e nota que o veículo que lhe bateu é uma cópia perfeita da sua própria viatura. Sai do carro e, espanto dos espantos, nota que o condutor da outra era o Luís Filipe Vieira. Em vez de começar a discutir Pinto da Costa diz, amigavelmente, a Vieira: "Hoje é dia de Natal carago. Num bamos discutire mais. Já basta no futebole. Bamos é fazer as pazes", diz Pinto da Costa estendendo a mão ao Vieira.

Este, rendido à época Natalícia e ao presente que o seu rival do Norte lhe tinha oferecido, na noite anterior, devolve-lhe o aperto de mão.

"Tenho na mala do carro um Puorto que me ofereceram ontem carago. É um bintage de 62, ano em que o seu clube foi Campeão Europeu carago. Num tenho copos mas podíamos celebrare já as nossas pazes cum este binhinho!", afirma Pinto da Costa, retirando a rolha da garrafa, que tinha aparecido da mala da sua viatura, contendo tal néctar dos Deuses.

Vieira não se faz rogado, empunha a garrafa, faz desaparecer metade do seu conteúdo garganta abaixo e passa-a a Pinto da Costa. Mas este não pega nela. "Então? Você não bebe?", questiona Vieira intrigado.

"Eu nom carago! Estou à espera que chegue a Polícia pra bocê assuprare no balonzinho!"

Se bater, não beba...

25 dezembro, 2007

Um conto de Natal

Era Inverno. E daqueles rigorosos. Fazia frio lá fora. O vento uivava, de forma selvática. O nevoeiro abatia-se gradualmente sobre a cidade, dificultando o tráfego rodoviário. Pinto da Costa guiava cautelosamente. Com a climatização do carro no máximo, tentava manter a concentração na condução, enquanto falava ardorosamente para o telemóvel, em alta voz. Véspera de Natal e as ruas iam ficando, cada vez mais, desertificadas. Alheio aos cânticos que se faziam ouvir, vindos das janelas dos prédios, o presidente portista ultimava a contratação de mais um reforço, para a equipa dos Dragões. As negociações estavam a ser duras. Com um gesto de enfado, depois de se despedir do seu interlocutor, Pinto da Costa desligou o telemóvel. Suspirou de impaciência, vendo as horas. Estava atrasado. Tirou momentaneamente os óculos, massajando os olhos, pesados de cansaço. E foi aí que ouviu um estrondo…

Levou o pé ao travão, fazendo o carro derrapar no gelo acumulado na estrada. Olhou pelo retrovisor, ansioso por vislumbrar algo. “Porra…bati em alguma coisa…ou em alguém”. O nevoeiro, denso, não permitia ver nada. Acendeu os quatro piscas e saiu do carro, olhando em redor. Andou uns passos e estacou, totalmente surpreendido. Parecia ter entrado noutra dimensão. Ainda abanou a cabeça, incrédulo, temendo que o cansaço do dia o fizesse ter alucinações. Mas não. Ali, a meia dúzia de passos, debruçado sobre o que parecia ser uma rena, estava uma figura mitológica, vestida de vermelho, com umas longas barbas brancas. O rosto rubicundo, apresentava sulcos de lágrimas grossas.

“Não pode ser…o Pai Natal não existe”, murmurou Pinto da Costa, olhando em redor, temendo estar a ser alvo de uma qualquer partida. A sua atenção concentrou-se novamente na figura bonacheirona, que soluçava audivelmente. Confuso com aquilo que via, entabulou uns passos, aproximando-se da figura abaixada. Junto ao passeio estava um trenó, atafulhado de sacos, onde sobressaíam embrulhos coloridos. Encavalitados nos sacos estavam dois seres minúsculos, vestidos com uns collants verdes, que olhavam incessantemente para o relógio.

“Estamos atrasados, Pai Natal..estamos atrasados…”, repetiam eles, incessantemente. O homem curvado sobre a rena parecia não os ouvir. Rezava, baixinho, afagando a carne trémula do animal. Os duendes viraram a sua atenção para o presidente do Porto.

“Ca**l*o…não vês por onde andas…seu ano*m*l de m*r*a…atropelaste o Rudolfo, a rena mais rápida do Pai Natal…”, invectivou-o o mais pequeno deles.

Pinto da Costa, alternando o olhar entre o animal deitado e a cena surrealista à sua frente, conseguiu tartamudear: “Desculpem…não vi nada…com este nevoeiro…”, desculpou-se, levando as mãos à cabeça, perante a dimensão da tragédia que se tinha abatido sobre o ícone das crianças.

O Pai Natal levantou-se vagarosamente. Era uma figura imponente. Os olhos, bondosos, pousaram no presidente portista. Colocou-lhe uma mão no ombro. Falou numa voz suave, que emanava vibrações positivas:

“Não faz mal…você não teve culpa…eu é que me distrai com a conversa daqueles dois estafermos…”, e lançou um olhar furibundo sobre os ajudantes, que se apressaram a desaparecer por detrás da montanha de prendas. “Não se preocupe…já aí vem ajuda para ele…”, e o seu olhar deteve-se na rena, que respirava com dificuldade, o bafo condensado da respiração elevando-se no ar.

Mal ele tinha terminado de falar, uma série de trinidos antecipou a chegada ruidosa de outro trenó, conduzido por um duende vestido com uma bata de médico. Pousou violentamente na estrada, espalhando pedaços de gelo por todo o lado. Da parte de trás saltaram dois pressurosos enfermeiros, lestos a erguerem o animal acidentado, transportando-o cuidadosamente para o trenó. O Pai Natal olhava atentamente, a ansiedade estampada no rosto. Mal viu o trenó a arrancar, virou a sua atenção para os duendes que ficaram.

“Bem...estamos num sarilho diabólico…atrasados e com uma rena a menos…temos que nos despachar…”, e preparou-se para pegar nas rédeas, disposto a cumprir mais uma etapa na alegria de petizes e graúdos.

Pinto da Costa pigarreou, procurando chamar a atenção do Pai Natal. Este, impaciente, olhou para trás, interrogando-o com os olhos.

“Bem, se houver alguma coisa que eu possa fazer para ajudar…”, proferiu o decano presidente. O Pai Natal lançou um olhar de soslaio para o carro. Meditou durante breves segundos. “Acelera bem?”, perguntou ele, apontando para o luxuoso veículo. “S-s-sim…”, respondeu Pinto da Costa, algo receoso.

O Pai Natal sacou de uma varinha e, miraculosamente, os enormes sacos de prendas voaram do trenó para a bagageira do carro. Avançou a passos largos para o lugar de passageiro, abriu a porta e olhou para o petrificado presidente.

“E então, vem ou não?”,
questionou. “Vai ser o meu novo condutor”, finalizou, à laia de explicação.

Entraram os dois no carro. O Pai Natal, já com o cinto colocado, resfolegava, satisfeito. “Isto sim, é qualidade de vida. Está quentinho aqui…”, apreciou ele, enquanto esfregava as mãos, aquecendo-as, visivelmente satisfeito. “E não via a hora de deixar aqueles dois duendes. Sempre a discutir. São piores que os velhos dos Marretas…”, e soltou uma sonora gargalhada, rindo-se da sua própria piada. “Vá, vamos…”, apressou ele, vendo Pinto da Costa siderado ao volante.

E arrancaram…

Duas horas depois, parado num beco sombrio, Pinto da Costa olhou para o Pai Natal, acabado de entrar no carro. “Pronto…que raio de chaminé esta…cada vez as fazem mais apertadas…mas já está. A última prenda foi entregue…ufaaaaa…estou estoirado”, comentou, enquanto se espreguiçava.

“E agora, para onde?”, perguntou Pinto da Costa.

“Você para sua casa…e eu para a minha…preciso de descansar…mas antes, como prova de gratidão pela sua ajuda, sem a qual eu não conseguiria cumprir a tradição milenar, vou conceder-lhe uma prenda…”, afirmou o Pai Natal.

“Aliás, uma que são três, tipo ovo kinder”, acrescentou. “Vai ter direito a 3 desejos, mas que nada tenham a ver com a carreira desportiva da sua equipa. Assim como assim, vocês já ganham mesmo tudo…”, e soltou nova gargalhada ruidosa, que fez estremecer o carro.

“Devo é avisá-lo que tudo o que pedir, Luís Filipe Vieira, José Veiga, Leonor Pinhão e Carolina Salgado terão a dobrar....”

Pinto da Costa, consciente da sorte que lhe tinha calhado, encolheu os ombros, pouco preocupado com o aviso.

“Não faz mal, Pai Natal. Olhe, para primeiro desejo quero um Ferrari, de cor azul”.

Ainda o desejo não tinha acabado de ser formulado e, para assombro de Pinto da Costa, surgiu um Ferrari, a brilhar de novo, totalmente azul, estacionado ao lado do seu actual carro.

“Aqui tens. Neste momento, Luís Filipe Vieira José Veiga, Leonor Pinhão e Carolina Salgado têm dois Ferraris cada um”, informou o Pai Natal. O presidente portista encolheu os ombros, em sinal de desinteresse.

“Não me importa isso. Quero lá saber. Pai Natal, para meu segundo desejo, quero 100 milhões de euros”, exclamou Pinto da Costa.

Numa questão de segundos, viu-se rodeado de malas a perder de vista, totalmente cheias de maços de euros. Rejubilante, Pinto da Costa pegou no telemóvel, preparando-se para ligar à sua amada, para lhe dar a boa nova.

“Ó grande presidente”, bajulou o Pai Natal, “Luís Filipe Vieira, José Veiga, Leonor Pinhão e Carolina Salgado têm agora 200 milhões de euros cada um”, exclamou, tentando diminuir a alegria do presidente portista. Este, pouco incomodado, limitou-se a encolher novamente os ombros, enquanto ligava ao seu grande amigo, Reinaldo Teles.

“E então, qual vai ser o seu 3º e último desejo?”, perguntou o Pai Natal, enquanto procurava conter um bocejo.

Pinto da Costa desligou o telemóvel, passou a mão pelo cabelo, mantendo um ar pensativo, dando mostras de alguma indecisão. Quando o Pai Natal já dava mostras de impaciência, o presidente portista pediu:

"Sabe Pai Natal, sempre quis fazer alguma coisa de bom, de altruísta no plano pessoal, contribuir para algo, beneficiando o próximo. Olhe, sabe o que eu quero. Quero doar um rim....”.

Antes da partida… as (muitas) palavras deles!

Pedro Emanuel dá a cara na primeira derrota

"Não vou esconder que ficámos aquém daquilo que pretendíamos. O Nacional batalhou, trabalhou muito, e fez um bom golo. Mas, mesmo assim, e tendo em conta que criámos algumas oportunidades, sobretudo na segundo parte, penso que merecíamos o empate. Continuamos, no entanto, de consciência tranquila, porque trabalhamos bastante, embora nem sempre da melhor forma para atingirmos o nosso objectivo"

Lucho e a pausa para não esticar

"Não podemos assegurar que problemas como os do ano passado não voltam a acontecer. É evidente que temos de tratar de ver o que se passou para não repetirmos esses erros. Ainda falta muito, apesar de alguns terem considerado que o campeonato estava resolvido. Nós sabemos que não é assim. Na Madeira, a equipa não jogou como de costume"

Mariano e o seu problema

"O problema está na minha cabeça. Quis fazer tudo muito rápido, coloquei objectivos que não faziam sentido e queria também jogar logo desde o primeiro dia. Isso afectou-me. Mas, agora, estou a trabalhar com uma pessoa que me tem ajudado nisso. Sinto-me mais tranquilo. O meu objectivo é ficar no FC Porto depois do empréstimo. Esse era precisamente outro dos problemas que me afectava a concentração: estava mais preocupado em jogar para convencer do que simplesmente em jogar. Espero que em 2008 possam ver o verdadeiro Mariano"

Leandro Lima e o pedido para que seja paciente

"Vou estar mais adaptado e a segunda volta vai ser mais positiva. stou procurando o meu espaço. Pedem-me paciência, ate porque Anderson também teve de passar por uma fase de adaptação, para só depois estar bem"

Jorge Maia com a “Relatividade”

1. Aposto que Einstein não estava a pensar no campeonato português quando publicou a teoria da relatividade, mas até essa certeza é muito relativa. Como os sete pontos de vantagem do FC Porto na frente do campeonato. No final da 12ª jornada, depois do triunfo sobre o Benfica na Luz, os sete pontos de vantagem do FC Porto eram o suficiente para acabar com as discussões e sentenciar um campeonato feito de desequilíbrios entre o primeiro e os outros. Agora, no balanço da 14ª jornada, depois da derrota com o Nacional e quando faltam menos dois jogos para o final do campeonato, os mesmos sete pontos parecem pouco mais do que a prova de que não há longe, nem distância. Em boa verdade, nem o FC Porto tinha ganho nada depois do jogo com o Benfica - a não ser o jogo ele próprio - nem perdeu nada depois do jogo com o Nacional - a não ser o jogo ele próprio. Como também já disse alguém, o caminho faz-se caminhando mas nem sempre se pode dar passos em frente.

2. Jesualdo Ferreira tem quase o dobro da minha idade e deve perceber de futebol pelo menos duas vezes mais do que eu. E é por isso que tenho de lhe dar o benefício da dúvida no caso da insistência em Hélder Postiga. Tem de haver alguma coisa que Jesualdo Ferreira vê e que me escapa, qualquer coisa que só se torna evidente nos treinos ou que só os treinadores com muitos anos de experiência, como Jesualdo ou Scolari, conseguem ver no ponta-de-lança português. Uma espécie de promessa que nunca mais se cumpre, como se tivesse sido feita por um político.

23 dezembro, 2007

Foi você quem pediu um FC PORTO?

Tem razão! Leia , Prove e Adira!

Neste, curto, período de descanso que são as Festas vou tentar deixar, aqui, o momento desportivo que me mais me marcou durante o último semestre de 2007.

Já repararam que o Pai Natal do Hemisfério Norte vive e trabalha debaixo do frio enquanto o seu heterónimo do sul , o Papai Noel , vive e trabalha debaixo do calor? Mas ambos cumprem a sua missão: depositando, prendas e alegrias, quer pela chaminé quer pela janela.

Mas há também quem não acredite em Pais Natais ou Papais Noel! Afinal, Natal devia ser todos os dias !

Assim, o maior presente, futebolisticamente escrevendo, que recebi, neste último semestre de 2007, foi o golo do Tarik, no estádio do Dragão, contra o Marselha. Quanto a mim, foi um golo muito importante porque deu a conhecer ainda mais o FC Porto por esse mundo fora. É um golo de antologia que reenvia para os golos dos antigos mestres do futebol. É a vitória da técnica, da subtileza e da inteligência . Só um jogador do Porto poderia mostrar que o futebol tem memória e que é uma modadlidade que pede técnica, subtileza e inteligência.

Tenho muito orgulho quando me pedem informações suplementares àcerca do FC Porto por causa do referido golo. Também fico delirante quando ouço dizer que a escola do Porto deve ser fora de série para poder ter a capacidade de “dar à luz” jogadores desconhecidos. Por associação de ideias, lembro-me do Madjer. Ele que, em França, jogava num escalão menor.

Já que estamos no campo das associações de ideias , não posso deixar de pensar que Tarik passou pela Borgonha. Desta terra chegaram não só o Conde Dom Henrique como também, segundo reza a lenda, as famosas vinhas que, uma vez plantadas no solo apropriado, originaram o melhor vinho do mundo até hoje.

Como não quero findar este artigo sem deixar uma prenda, para todas e todos os leitores, segue uma informação recentíssima e preciosa.

Acaba de ser posta à venda uma nova ferramenta informática. A “usbwine”! Infelizmente ainda não existe tradução, nem em Português nem em Inglês, da apresentação da ferramenta referida.

A “usbwine” funciona como qualquer ferramenta usb só que possui uma torneirinha. E, é claro, adapta-se a qualquer computador. Esta ferramenta permite visualizar os melhores vinhedos do mundo e comprar o vinho directamente à propriedade via net. Após a visualização e a escolha feitas, basta clicar para copiar o programa. Em seguida, abrir a usbwine sem esquecer de pôr a garrafa por baixo. O vinho desejado chega , exactamente, com as mesmas qualidades naturais.

Não esquecer que o vinho deve ser bebido com moderação!

Obs 1: Para uma melhor informação consultar usbwine.

Obs 2 : Para quem não tenha o seu computador devidamente protegido, a visualização dos vinhedos a sul Douro deve ser feita com prudência.

E Viva o Porto

22 dezembro, 2007

Pouca sorte na Madeira... e algo mais!

Liga Bwin 2007/08, 14ª jornada
21 de Dezembro de 2007
Estádio da Madeira, no Funchal
Assistência: --- espectadores

FC Porto: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap.», Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Raul Meireles (Leandro Lima, 67m) e Lucho González; Postiga (Adriano, 61m), Lisandro e Mariano (Kazmierczak, 79m).
Não utilizados: Nuno, Cech, João Paulo e Bolatti
Golos: Lipatin (59m).

Algum dia iria acontecer, outra coisa não seria possível, mas de facto, depois do balão de oxigénio conseguido nas 2 últimas jornadas, com distâncias para os mais directos perseguidores de 10 e 12 pontos, este era quanto a mim, um momento para não facilitismos (e foi isso que me pareceu ter acontecido!), mas também por ser o último jogo antes de nova paragem, desta vez devido à quadra natalícia.

Admito também que apesar da óbvia e natural tristeza sentida pelo peso da derrota que agora me assola, consigo ainda assim manter uma relativa tranquilidade depois do acontecido, porquanto, mesmo depois de um jogo muito pobre, em que algumas das unidades consideradas 2ªs opções voltaram a desiludir em toda a linha, em condições normais, numa outra noite assim-assim (nem precisaria ser de SIM claro), teríamos ganho este jogo com inteira justiça, depois de meia dúzia de lances de golo iminente que por manifesto azar, pouca sorte ou pura azelhice dos avançados, deu num nulo de golos.

Fruto das ausências de Quaresma e Tarik para compor o onze inicial, o Prof. Jesualdo Ferreira colocou de início o esperado (?!) Mariano González e entre Postiga e Adriano, optou pela primeira opção. Lisandro, em virtude destas alterações obrigatórias, pareceu-me ter descaído mais para as alas do que tem sido habitual, perdendo-se com isso muito do poder de fogo, até em razão da excelente época que Lisandro tem vindo a mostrar quando no lugar de ponta-de-lança. Hoje, assim não foi (ou pelo menos, assim me pareceu).

Se é verdade que nos primeiros 10 a 15 minutos de jogo, vimos um FC Porto mais forte e pressionante, cabendo aqui a Bosingwa o papel de maior dinamizador das investidas à defensiva adversária, também é verdade que a partir daqui, o jogo entrou num marasmo tal, em que quer uma, quer outra, pouco ou nada faziam para mudar os acontecimentos, parecendo satisfeitas com o a manutenção do resultado num nulo.

Para os segundos 45 minutos, o FC Porto voltou a entrar com um sinal mais no jogo, criando alguns lances de grande perigo na área adversária, em que só por manifesto azar, não resultou em golo. Um desses lances deu-se à passagem dos 53 minutos, protagonizado por Lisandro, que fruto de uma assistência perfeita de Mariano, ficou cara a cara com o guarda-redes e com um remate acrobático, conseguiu o mais difícil, acertar no joelho deste, perdendo-se ali uma grande oportunidade.

Contudo, e é bom salientar (se bem que não seja uma desculpa 'completa' para a fraca exibição no geral de toda a equipe) que este lance de perigo protagonizado por Lisandro… é precedido de um outro no minuto anterior, quando Mariano se esgueirava pela esquerda do ataque portista, ao entrar na grande área, é derrubado dentro (!!!) da mesma, ainda que no limite da linha divisória, tendo o árbitro se limitado a ajuizar o lance como uma falta fora da grande área, ou seja, um penalty claro, transformou-se num livre que na sequência, deu origem ao tal momento da noite protagonizado por Lisandro.

Passados uns minutos, aos 59 minutos, Postiga protagoniza mais uma infantilidade no jogo (já não bastava ser uma total nulidade ao longo do mesmo), perdendo a bola em terreno proibido, onde surge Lipatin descaído sobre a esquerda do ataque e depois de flectir para o centro na entrada da área, desfere um forte remate que faz a bola aninhar-se no fundo da nossa baliza, nada podendo fazer Hélton para evitar esta bola extremamente bem colocada.

De imediato, o FC Porto voltou a pressionar a defensiva, perdendo-se uma outra oportunidade escandalosa de golo, quando Mariano, à boca da baliza, e a passe de Lisandro, não consegue emendar a bola para dentro da baliza (são estes lances que irritam um santo, carago!).

Entretanto, entram em campo Adriano, Leandro Lima e Kazmierczak para dar mais poder de fogo à nossa linha avançada, com este último a protagonizar um outro lance de golo iminente, quando numa bola jogada de insistência na grande área adversária, desfere um potente remate que faz a bola bater com estrondo no poste da baliza de Diego… passados mais uns minutos, é a vez de Lisandro, com Adriano solto no interior da pequena área, resolver rematar às malhas laterais.

Até ao final do jogo, continuada insistência nas bolas aéreas para a defensiva nacionalista, mas este era já uma altura de jogo em que o coração, prevalecia pela cabeça. E assim terminou o jogo, com um resultado desfavorável de 1-0 para os da casa.

Para já, vemos reduzida a vantagem de 10 para 7 pontos para o mais directo adversário… vamos para férias da quadra natalícia… mas desejamos que os jogadores saibam compreender, identificar e eliminar quaisquer resquício de ‘falta de humildade’ por parte de um todo ou de algumas das unidades hoje em campo, para que 2008, se inicie a ‘luta’ com o pé direito bem firme.

azul + : Bosingwa (VIPortista), Lisandro, e pouco mais… pouco mais.

azul - : para o muito azar durante o jogo e também para a total ineficácia das nossas unidades de ataque que hoje, estiveram particularmente desinspiradas, com especial nota de destaque para a nulidade total d’um tal de Postiga e d’um outro tal de Mariano.

arbitragem: Pedro Henriques (Lisboa), alguns erros de visão sem grande influência, até que aos 53 minutos, ainda com o resultado em 0-0, consegue, sabe-se lá como, transformar uma grande penalidade claríssima (!) sobre Mariano, num livre lateral.

“O bom filho à casa torna”

É indiscutível. O sorteio foi simpático para nossas cores. O Shalke 04 – a par dos católicos do Celtic – eram os adversários mais acessíveis, no plano teórico, que nos poderiam calhar no sorteio de hoje em Genebra. E saiu-nos o brinde germânico.

Convêm no entanto lembrar que batalhamos por este favoritismo ao obter a liderança do nosso grupo. Não comungo da ode vermelha que se generalizou após o sorteio que “O FC Porto no sorteio foi novamente bafejado pela sorte“. Enganam-se.

A hegemonia portista no campeonato interno e a consequente consolidação ao nível europeu permite-nos almejar posições de destaque nos sorteios, evitando os conhecidos tubarões, por isso é legitimo dizê-lo: este FC Porto europeu é fruto do trabalho e não do acaso.

E defendo esta tese porque me parece que o desmesurado optimismo – que já roça a euforia exacerbada – pode minar o espírito combativo e aguerrido da nossa equipa, transformando-a sobranceira. Estou confiante, mas com um optimismo calculado e suportado pela abnegação e consistência exibicional actual. O panorama futebolístico é pródigo em alterações e até Fevereiro/Março muita coisa pode acontecer.

O Shalke 04 é um histórico alemão e embora neófito nestas andanças tem um palmarés recheado com 7 títulos de campeão nacional. 4 Taças da Alemanha e uma Taça Uefa na época 96/97.

Incomparável ao nosso, é certo, mas têm um plantel com jogadores que podem desequilibrar, sobretudo na frente: Asamoah e Kuraniy; no meio campo os mais desconhecidos Grossmuller, Ozil e Jermaine Jones. No sector mais recuado o nome mais sonante é o do lateral direito Rafinha. O dinamarquês Lovenkrands (ex: Glasgow Rangers, jogador que nos feriu de morte na inenarrável campanha europeia do FC Porto da era Adriaanse) também integra o plantel.

Lincoln transferiu-se para o Galatasaray e o turco Alintop para o Bayern. Duas ausências de peso na antiga estrutura da equipa que secundou o campeão alemão Estugarda na época transacta.

Existe ainda um factor que pode ser negativo/ positivo para o desenlace da eliminatória, a paragem de Inverno da Bundesliga e o reajustamento do plantel germânico.

Assim sendo, resta-nos esperar até Fevereiro e rezar que as peças fundamentais da máquina azul e branca não se lesionem gravemente, visto que a nossa 2ª linha ainda não demonstrou potencial que assegure um acréscimo qualitativo na caminhada europeia (desculpem o meu cepticismo). Em suma, em condições normais, este obstáculo será ultrapassado com sucesso.

Que o regresso a Gelsenkirchen seja um prelúdio para uma nova epopeia vitoriosa na Europa…..

Saudações.
CJ

ps - Desejo-vos, sem excepção, um santo Natal e uma entrada auspiciosa no ano 2008.

21 dezembro, 2007

Invasão à Choupana

Pois bem, nesta jornada vamos à Choupana defrontar o Nacional da Madeira, e como o próprio Jesualdo disse, não vai ser pêra doce sair de lá com os 3 pontos. Por isso mesmo, jogue quem jogar, só queremos é que a nossa equipa saia de lá com a vitória, para manter a distância aos "principais" oponentes.

Os nossos extremos do costume estão indisponíveis. Um por motivos físicos (Tarik), e o outro (Quaresma), por acumulação de amarelos (se bem que o 5º apanhado tenha sido muito forçado, mas isso são contos de outro vigário).

Jesualdo a esta hora já deve saber quem vai pôr a jogar, mas deve ter andado indeciso, entre quem colocar a jogar, e também com o esquema táctico a definir.

Cá por mim, continuavamos a jogar num 4x3x3.

Na baliza continua Hélton, sendo que na defesa ia ter Bosingwa na direita e Fucile na esquerda, enquanto que o centro é formado por Bruno Alves e Pedro Emanuel.

Paulo Assunção a trinco e à sua frente, Lucho e Raúl Meireles de maneira a que o meio campo oponente não tenha oportunidades de trocar a bola.

Para extremo direito aposto no Mariano (não é que o homem se lembrou de entrar com raça??), na esquerda apostava em Marek Cech e na frente o suspeito do costume, Lisandro.

No decorrer do jogo se visse que o Marek se estava a acanhar, tirava-o, punha lá o Lisandro e metia algum dos avançados na frente (o Jesualdo é que sabe quem é que a seguir ao Lisandro está em melhor forma).

Qualidade não nos falta, por isso força e garra!!!

Um abraço,
Teixeira

passatempo 2007/08

# não se esqueçam até às 18h00 de hoje, de refazerem as vossas equipas para a 14ª jornada da bwin LIGA #

20 dezembro, 2007

Apanha-me, se puderes...

Era esse o mote do filme, criado pelo génio artístico de Spielberg e interpretado por dois pesos-pesados do cinema "made in Hollywood": Tom Hanks e Leonardo DiCaprio. A história, que retratava a vida de ludíbrio de um pequeno marginal, perseguido tenazmente pela Polícia, nada terá de igual com a realidade da Superliga. Mas tem, pelo menos, um título delicioso. O "catch me, if you can" tem MESMO tudo a haver com a realidade tuga. A fuga encetada pelo Porto, imparável na sua afirmação de força dominante na realidade interna, é perfeita para esta provocação inócua. Apanhem-me, se puderem. É inofensiva, mas terrivelmente dolorosa para os egos sobredimensionados dos apaniguados adeptos dos clubes rivais. Mais uma vez, a realidade surge como ela é. Sem filtros. Sem paliativos. De forma dolorosa. E como eles sofrem com ela.

Sentados em casa, pensativos no sofá, olhando sem ver para as imagens debitadas pela TV, ou nos estádios, aguentando estoicamente este frio glaciar, ela abateu-se, nos últimos tempos, sobre a cabeça dos habitantes da Mouralândia. O potentado do Norte, o clube por eles achado de execrável, continua a dar provas semanais de classe, competência e afirmação europeia. Ao invés, mesmo com as costumeiras lamúrias, apontando factores externos para o fracasso, eles consciencializam-se da mediania, muitas vezes a roçar a mediocridade, dos seus clubes e, por arrasto, dos atletas que vestem as camisolas por eles idolatradas.

É assim a vida. A Justiça, qual espada acerada, não tem contemplações para com os fracos, os que se auto-elogiam, os que são grandes apenas porque os fazedores de opinião os mediatizam. Nesta quadra de paz, harmonia e felicidade, uma parte do País e dos seus habitantes viu-se envolta numa espécie de névoa, que por artes mágicas lhes sugou o dom de sorrir e lhes provoca um sabor a fel, quando engolem. Numa visão bíblica, dir-se-ia que é esse o justo castigo que pune a arrogância. Eu cá acho que existe gente que nunca aprende. Ano após ano, após ano, o circo mediático é sempre o mesmo. As esperanças também. O "este ano é que é" tem, pelo menos, uma vantagem: o de podermos escrever, em tom jocoso, sobre esses desgraçados...

Duas semanas mediaram entre a euforia precoce, prematura, com os sonhos acalentados em artigos de opinião a colocarem os enc(o)rnados a um mísero ponto da liderança, e a atroz realidade, com a distância pontual a atingir números escandalosos, na 13ª jornada. À demonstração de força, em plena Luz, dos detentores dos escudos de campeão [e que lindos eles ficam, bem ali, na frente das camisolas azuis e brancas], seguiu-se uma indigestão de pastéis de Belém, servidos a frio, acentuando as dores crónicas de barriga da malta que descende do homem de Neandertal. O presidente da colectividade, precavido, refugiou-se em paragens mais longínquas, pretensamente para contratar mais um reforço. Atendendo à "sapiência" que o homem das orelhas grandes demonstra na tarefa, podemos ficar descansados quanto à qualidade do que aí vem. Se for como o Bergessio, o Benfica sempre pode explanar o seu futebol num 4-3-3, em que o novo reforço será a...bandeirola de canto. E, bem vistas as coisas, tenho sérias dúvidas que fosse capaz de cumprir a preceito o seu papel.

E é aqui que entra o principal adversário do Porto. Um bem temível, interno, capaz de insidiosamente se instalar no subconsciente de jogadores e adeptos. Chama-se motivação. Sim, eu sei que vestir aquelas camisolas de listas azuis e brancas será motivação suficiente, e adicional, para jogar sempre, com os indíces anímicos bem elevados. Mas a superioridade inquestionável, a aura de invencibilidade, que ameaça tornar-se mítica, e o enorme avanço, podem provocar uma descompressão com resultados indesejáveis.

Por certo Jesualdo Ferreira terá aprendido com os erros do ano passado, que por pouco custavam um campeonato. O técnico portista está mais comedido. Mais sereno. Mais arguto, na análise do jogo e na preparação táctica da equipa. Conseguiu ultrapassar, com alguma segurança, os anti-corpos que se levantaram aquando da sua chegada, a desconfiança crescente, inversamente proporcional à carreira da equipa, naquela confrangedora segunda volta. Mas o decano treinador sabe que também ele está a ser julgado, pela grande maioria dos adeptos, que temem alguma tibieza que faça fraquejar a equipa. O grande teste, aquele que já perpassa pela cabeça de alguns, estará reservado lá para Fevereiro. Quando o hino da Champions, aquela melodia que apela a conquistas épicas, começar a tocar, será aí que as dúvidas terão que ser dissipadas. Sem medos, sem temores constrangedores, de peito feito, sem temer ninguém. É isso que esperamos.

ps - se ainda não fizeste o download do "Ele, o Presidente", porque esperas? passa aqui e vê como podes fazê-lo.

Tendências de vitória

FC Porto 2-0 Desportivo das Aves

Liga Intercalar 2007/08
19 de Dezembro de 2007
4ª jornada do Campeonato de Inverno

Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, em Vila Nova de Gaia

FC Porto: Ventura; Eridson, Stepanov, João Paulo «cap.» e Lino; Graça, Castro e André André; Rui Pedro, Edgar e Marco Aurélio.
jogaram ainda: André Pinto, Tengarrinha, Farías, Dias e Ramon.

não utilizados: Rafael.
marcadores: André André (29m) e Edgar (45m+1).

O FC Porto conquistou, esta 4ª feira, no estádio do Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, mais um triunfo no Campeonato de Inverno da Liga Intercalar, desta feita sobre o Desp. Aves, por 2-0, com golos de André André e Edgar, e manteve assim a tendência vitoriosa nos jogos realizados em casa.

Perante 900 adeptos que marcaram presença no Olival, os Dragões revelaram-se sempre mais fortes do que o adversário, aquecendo uma tarde por si só muito fria com diversas jogadas de grande perigo, sinónimo de que o golo, mais cedo ou mais tarde, havia de aparecer.

A Liga Intercalar, nova competição que surgiu no panorama do futebol português, teve o seu início marcado para 28 de Novembro com a participação de 10 formações: FC Porto, Braga, V. Guimarães, Boavista, Leixões, Varzim, Gondomar, Desp. Aves, Penafiel e Trofense. Com um formato dividido em dois campeonatos, um de Inverno (1ª volta) e um outro de Primavera (2ª volta), são apurados os dois primeiros classificados de cada uma das voltas que jogarão entre si as meias-finais a duas mãos, marcadas para 9 e 30 de Abril. A final será em campo neutro e será disputada a 30 de Abril de 2008.

O objectivo da competição, que terá os seus jogos agendados para quarta à tarde, é permitir um maior ritmo de jogo a atletas menos utilizados, a afirmação de jovens valores e a actuação de jogadores a recuperarem de lesões.

Confira aqui o calendário desta nova competição.


19 dezembro, 2007

Carta ao Pai Natal - Parte II

Olá querido Pai Natal,

Para já queria-me queixar, não sei bem a quem, pela minha carta não ser a primeira. É que desta vez foi quase. Quase, quase que era o primeiro.

Como tu sabes, eu não equipo da tua cor (embora desconfie que tu foste obrigado a mudar a cor do teu equipamento no momento em que os teu direitos foram comprados pela Coca-Cola) porque sou diferente. Pertenço a uma elite descendente de Viscondes que se pauta sempre pela diferença, seja ela qual for. Mas espero que, apesar da diferença, não te esqueças de brindar o meu sapatinho pois afinal o Natal é para todos. E é por ser para todos que nós, nesta altura tão festiva, normalmente distribuímos prendas para todos.

Ora bem, lá ganhamos um jogozito. Deixa-me então desligar a playstation e efectuar o meu pedido. Bem, eu estava pensar pedir-te um relvado novo para o nosso estádio mas como já era um pedido do ano passado e a situação está, aparentemente resolvida, vou-te apenas pedir um TomTom Sporting e um exemplar deste livro.
O TomTom Sporting é para eu nunca perder o Norte (geográfico, claro) e no livro, que é para tirar umas notas em como ser Campeão, agradecia um embrulho em papel discreto para não chamar muito a atenção.

Se me porto bem e sou bonzinho?
Claro. Como quase sempre a sopa toda (de alho francês: diferente e sinal de requinte) e até vou pedir ao meu Presidente que evite declarações públicas no após jantar. Nota também p.f. que neste mês já distribuí uns pontos, digo prendas, por este País e Europa fora.
Prometo também que a partir do ano novo não falo mais na mão do Tonel, ups, queria dizer Ronny. E para terminar, apenas um aviso: se não me trouxeres estas prendas, e por muito que goste de ti, vou ter que apresentar queixa à Liga das Renas e dos Duendes.

Saudações
Estilhaço.

ps - Uma nota para a entrevista do Vítor Baía no site da FIFA (em Inglês). Outra para aqueles que, como eu, ainda acreditam que a política nada a tem a ver com futebol de ficar surpreendido com esta notícia. E para quem possa estar tão preocupado com o deserto cultural, o caos político e o que se sabe no plano social da cidade do Porto, fica transcrita, pelo menos, uma nota positiva:

CIDADE DO PORTO PATRIMÓNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

Génese da nacionalidade, o Porto, onde o Douro encontra o mar, é uma cidade com mais de dois mil anos de história, pólo de funções centrais de dois milhões de pessoas que se distribuem pelas nove cidades da sua área metropolitana.

Em redor do seu centro, a uma hora de automóvel, vivem actualmente mais de 4,2 milhões de pessoas.O Porto é uma cidade de negócios e de trabalho, ponto de partida do Vinho do Porto e do Vinho Verde, universalista e muito influenciada pelas diferentes comunidades que há séculos nela se radicaram.

Cidade moderna, tem na sua zona histórica, recentemente reconhecida como Património da Humanidade, um "museu vivo" de vielas e calçadas, de bares e restaurantes, de esplanadas, onde convive gente de muitas ocupações, num jogo de luz, cor e sensações de antigamente.

As praias e o rio, as pontes que o atravessam - uma das quais projectada por Eiffel -a Foz Velha e as avenidas novas, os centros de negócios da Baixa e da Boavista, os mercados e as lojas de tradição, as igrejas e os monumentos, as festas da cidade, o barroco e o azulejo, os festivais de música, de teatro e de cinema, os casinos, clubes e campos de golfe, o desporto, os bares e restaurantes, transformam o Porto numa cidade ecléctica, policromática, de ambientes e estilos inconfundíveis.

Dois mil e quinhentos quartos em hotéis de cinco estrelas, um centro de congressos com capacidade para 12.000 pessoas e um dos maiores recintos de exposições da Europa, dão ao Porto a dimensão que o torna a capital natural do Noroeste da Península Ibérica.

A Região do Porto encontra-se situada no Centro da Fachada Atlântica da Península Ibérica, uma faixa de 500 Km por 70 Km de largura na qual vivem mais de 12 milhões de habitantes. Esta centralidade confere-lhe um papel importantíssimo de fronteira atlântica e de porta de acesso às rotas dos Continentes Americano, Africano e Asiático. Pelo seu aeroporto internacional passam passageiros de toda a Região Galaico-Duriense para as principais cidades europeias e americanas - Lisboa, Madrid, Barcelona, Paris, Londres, Frankfurt, Amsterdão, Nova Iorque, Rio de Janeiro.

A região é servida por um porto de mar, que é hoje o porto português de maior movimento. É uma das regiões mais jovens da Europa, sendo das poucas que em 2025 apresentará um rácio de dependência da terceira idade inferior a 25%. A região do Porto tem cerca de 85.000 alunos a frequentar o ensino Superior com o recurso às suas 9 Universidades.

Sendo uma das regiões da Europa com maiores índices de industrialização, proporciona cerca de 49% do emprego total do país no sector industrial. Nesta região encontram-se 1/3 das empresas portuguesas, contribuindo com cerca de 42% para o VAB do país. Com um carácter exportador esta região é responsável por mais de 60% das exportações portuguesas.

Fonte: Associação Comercial do Porto
ps2 - [nova actualização] [CoNtRa dOSsiEr] "o apito Bermelho" com upload de 2 novas imagens (total: 189 slides)… passem por lá para confirmar, não custa nada! Só tens que clicar no banner respectivo logo ali acima.

O que fazer com este avanço todo

‘Nortada' do Miguel Sousa Tavares

Jesualdo tem superado todas as expectativas.

É recorrente dizer-se e escrever-se que os portistas olham com desconfiança para Jesualdo Ferreira. Que desconfiam das suas capacidades para levar a nau a bom porto ou, na melhor das hipóteses, que se limitam a dar-lhe o benefício da dúvida. Ora, eu não faço parte dessa facção e acho, honestamente, que, mais de um ano decorrido, já é tempo de terminar com o benefício da dúvida.

Eu saudei a chegada de Jesualdo Ferreira ao FC Porto logo desde o início (embora, deva confessar, em grande parte por ver partir esse «louco» inaturável do Co Adriaanse). Saudei a chegada de alguém com senso-comum, sabendo, como sabia, que qualquer treinador com senso-comum é capaz de triunfar no FC Porto — onde a cultura do clube e o espírito do balneário estão, de há muito, vocacionados para uma atitude de conquista e de vitória como não há paralelo em Portugal. O que se pedia a Jesualdo Ferreira, em Agosto de 2006, é que ele não complicasse o que era simples, que tomasse as escolhas e fizesse as opções óbvias e que não tivesse tiques de autoridade ou de personalidade que quisesse impor a uma máquina de há muito mentalmente afinada e sabendo o que tinha a fazer.

E, com este caderno de encargos, só posso dizer que Jesualdo Ferreira tem cumprido, não apenas bem, mas muito além das expectativas. Em matéria de resultados, leva conquistados um campeonato e uma supertaça, vai a caminho de outro campeonato, tem a equipa nos oitavos-finais da Liga dos Campeões este ano e com o primeiro lugar no grupo e, no ano passado, fez o mesmo e só morreu nos oitavos, em Stanford Bridge, porque o Helton resolveu dar o «frango» do século. Quem teria feito melhor, com os meios e a equipa ao seu dispor?

A desfavor de Jesualdo Ferreira só tenho, como repetidamente venho escrevendo, a incompreensível lista de reforços para esta época. Se foi ele que os escolheu, errou por completo e errou de tal maneira que fica a dúvida se saberá distinguir um bom jogador de um mau; mas se, como eu penso que terá acontecido, se limitou a aceitar os negócios cozinhados acima dele, pecou por falta de coragem de se opor e impor, num domínio que é do treinador. Em contrapartida, são do seu mandato a transformação radical do Bruno Alves, a impensável ressurreição do Tarik Sektioui ou a notável adaptação do Lisandro López a ponta-de-lança.

E, sobre isto, que já não é pouco, Jesualdo Ferreira tem ainda a seu crédito uma atitude louvável, perante o jogo e os acontecimentos. Apenas uma vez, neste quase ano e meio, se queixou de um árbitro — quando, muito antes e depois, teve bastas razões para o fazer. Nunca pretendeu que a equipa tinha jogado bem, quando ela não o fez. Nunca adoptou uma atitude de «cagaço» ancestral antes dos grandes jogos (tão comum aos treinadores portugueses, que, nessas alturas, só pensam é em «reforçar o meio-campo»). Nunca se pôs em bicos-de-pés, como tantos outros, a pedir elogios para si próprio. Nunca se mostrou descrente, crispado, inchado ou vaidoso. Numa palavra, soube sempre ganhar e sempre soube perder, nas poucas vezes que isso lhe aconteceu.

Na semana finda, Jesualdo Ferreira viu a sua equipa ultrapassar, com grande autoridade e inteligência, dois obstáculos que não eram terríveis, mas que facilmente se poderiam tornar complicados: o Besiktas e o Vitória de Guimarães. Contra os turcos, o FC Porto jogava, sobretudo, contra si próprio e contra os nervos que o desenrolar do jogo poderia ocasionar: a equipa soube ir à procura do primeiro golo e depois matar o jogo no momento ideal. Contra o Vitória de Guimarães, que joga do melhor futebol da primeira Liga, o FC Porto foi prudente quanto baste e eficaz quanto necessário, num jogo jogado a um ritmo e com uma abertura raras de ver na nossa Liga. Agora, em pousio da Europa até Março, com dez pontos de avanço no campeonato, o FC Porto está na posição ideal para poder garantir um 2008 feliz. Gerir este avanço interno e poupar os mais desgatados para tê-los em forma quando regressar a Liga dos Campeões, são as tarefas principais que Jesualdo Ferreira vai ter pela frente, no futuro próximo.

Quanto ao primeiro aspecto, há coisas no comportamento da equipa que precisam e podem ser melhoradas. O Helton tem de aprender a dominar o jogo aéreo, percebendo quais são as bolas a que tem de sair e qual é o tempo exacto de saída — porque nem todos têm a sorte do Ricardo, que sai sempre em falso e nunca lhe acontece nada. E tem de aprender também a jogar com os pés, deixando de causar os calafrios que causa na bancada e tentando dar um destino útil às bolas que manda a pontapé para a frente (contra o Besiktas, numa dúzia de reposições a pontapé, nem uma vez acertou com um colega de equipa…). O Raul Meireles tem de aprender a acertar de vez em quando com a baliza, o Lucho (que até remata bem), tem de perder o medo de rematar à baliza quando está em posição de o fazer, e o Quaresma tem de deixar de cobrar quase todos os livres e cantos a meia-altura, tornando inevitável o corte da primeira linha defensiva dos adversários. São pormenores a trabalhar e que se trabalham nos treinos.

Quanto ao segundo problema — o da gestão da equipa — e para alguém que acha, como eu, que não é com o Stepanov, o Mariano, o Farías, o Edgar ou o Lino que lá vamos, Jesualdo deveria meditar um pouco, por exemplo, nas lições deste fim-de-semana. Segundo as crónicas, o melhor jogador do Vitória de Setúbal foi, uma vez mais, o Cláudio Pittbull, o melhor do Vitória de Guimarães foi a Alan, o melhor da Académica foi o Helder Barbosa e o melhor do Leixões foi o Diogo Valente. Têm em comum serem todos avançados, poderem jogar todos nas alas e serem todos jogadores emprestados pelo FC Porto. Qualquer um deles poderia dar bastante jeito, agora, que uma invenção de Olegário Benquerença veio pôr o Ricardo Quaresma de fora no próximo jogo (é curioso como o mais criativo e espectacular jogador do campeonato e o que mais faltas sofre, continua, ano após ano, a ser considerado pelos nossos árbitros como um dos mais indisciplinados, numa equipa que é a segunda mais disciplinada…). Qualquer um deles, ou o Ibson — emprestado ao Flamengo e considerado um dos cinco melhores do campeonato brasileiro — seria um valor mais seguro no mercado de Inverno do que mais um qualquer sul-americano de ocasião, comprado por súbita inspiração da SAD.

PS - Um dos muitos jogadores que o FC Porto mantém emprestados é o jovem Rabiola, ao serviço do Vitória de Guimarães. Tendo jogado apenas 80 minutos neste campeonato, o FC Porto achou por bem mandá-lo apresentar-se em Dezembro no Dragão, na expectativa de que ele possa aí evoluir mais do que em Guimarães. Conhecida a notícia na semana passada, foi quanto bastou para que Sílvio Cervan tenha aproveitado para mais uma das suas manifestações habituais de desconfiança relativamente a tudo o que mexe. Segundo ele, o simples facto de Rabiola juntar-se a quem lhe paga, a partir do ano que vem, tornava desde logo fácil o jogo do FC Porto contra o Vitória de Guimarães — mesmo que ele, como habitualmente, não fizesse parte dos planos de Cajuda para o jogo no Dragão. E se o Alan não tem sido considerado o melhor em campo por parte do Guimarães, o que diria o dirigente benfiquista e colunista/«senador» Sílvio Cervan? Ai, senador, senador!

# jornal “A BOLA” de 2007.12.18
# origem: "Futebolar"

18 dezembro, 2007

A crónica que não gostaria de escrever


Adeus, Amigo!

Há pessoas que nos marcam, para sempre. E esta crónica é dedicada a uma delas. Conhecia-o há cerca de 20 anos. Foi meu vizinho durante quase todo esse tempo. Tinha talvez mais 30 anos (ou talvez mais) que eu mas tínhamos um gosto, uma paixão em comum, uma paixão intensa, uma dedicação que só alguns entendem. Era doente pelo Porto, como eu e muitos de vós.

Em 1989 numa festa em casa de um vizinho de ambos, duas pessoas não tiraram o ouvido de um rádio, apenas duas entre tanta gente, tratava-se de um jogo de pré- época com uma equipa Italiana que foi decidido em penaltys e ganho pelo Porto. Ficamos ali os 2 alheados quase por inteiro de tudo o resto à espera da boa nova que chegou com uma defesa de Baía. Desde esse dia ganhei um amigo, um «colega de bancada» no café que frequento para ver os jogos do Porto.

Fui-me apercebendo aos poucos do seu amor pelo clube, desde o futebol ao andebol, desde os seniores aos iniciados, era assim o Sr. Armindo. Na minha Freguesia o FC Porto tem muitos adeptos mas nem todos vivem o clube na sua plenitude. Para mim o Porto é tudo o que envolve o símbolo e por isso nas noites em que a SportTv transmitia jogos das «modalidades amadoras» ficavam 2 únicos Portistas sofrendo pela TV. Nas derrotas e nas vitórias saíamos do café com o orgulho em ser do Porto sempre fortalecido.

Sabia os nomes dos jogadores do Porto nas várias modalidades, tal como eu, e vinha-me perguntar novidades sempre que me via. No último ano esta convivência não foi tão frequente porque casei e fui para outra Freguesia mas sempre que lá ia a conversa ficava em dia. No final do último Benfica-Porto ganho com um golo de Quaresma, saí da casa do meu irmão e pelo caminho passei por ele dando-lhe boleia até casa. Estávamos felizes os 2. Desde esse dia nunca mais o vi. Soube que tinha sentido uma indisposição mas que estava em casa recuperado. Na noite de terça feira durante a 1ª parte do jogo Porto-Besiktas teve uma recaída e não resistiu. As emoções do jogo traíram-no. Numa noite de estrelas da Champions houve uma estrela azul e branca que subiu ao céu. Sei que lá em cima irá continuar a sofrer pelo Porto. Até sempre, amigo.

Este fim de semana desportivo correu muito bem para o FC Porto em quase todas as modalidades. Antes das «amadoras», deixem-me dizer que a nossa equipa de futebol está em grande com 2 magníficas vitórias esta semana frente ao Besiktas e Vitória de Guimarães. No campeonato, e com a derrota das galinhas, já temos 10 pontos de avanço sobre os encarnados e 12 sobre os lagartos. Na champions lá estamos orgulhosamente sós a defender o nosso País. Grande Porto, que muito nos orgulhas.

Hóquei: FC Porto demolidor arrasa opositor Espanhol
1º FC Porto (31 pts, 13 jgs), 2º Viana (29 pts, 15 jgs), 3º Benfica (28 pts, 15 jgs)

No último sábado o FC Porto derrotou o Vic de Espanha por 4-1 em jogo que passou na RTP2. Foi uma grande exibição do FC Porto perante um opositor de valor e que luta com o FC Porto pelo apuramento para a final four da Liga Europeia. Reinaldo Ventura foi o jogador mais em destaque, fez o 1º golo e acertou na barra na 2ª parte, Pedro Moreira marcou o 2º e Jorge Silva o 3º. Na 2ª metade e depois do 3-1 a equipa abanou mas um brilhante golo de Emanuel Garcia fechou o resultado após assistência de André Azevedo. Um grande resultado num jogo em que Franklim Pais conseguiu 3 golos de vantagem e que poderão ser decisivos para a última partida da fase de grupos... Pinto da Costa assistiu ao encontro (ver foto onde o nosso Presidente aparece acompanhado por Ilídio Pinto) onde desta vez não esteve o Lucho por se encontrar no convívio de Natal do Blog. Ainda consegui espreitar pela tv os últimos 2 minutos. Amanhã às 21h o FC Porto recebe a A.Espinho e sábado(18h) volta a jogar em casa frente ao A.Cambra. O Porto no campeonato segue na liderança mesmo com 2 jogos em atraso. Na liga Europeia também lidera com 3 pontos de avanço sobre o Vic.

Andebol: Apito amarelo sempre do lado do ABC
1º ABC (37 pts, 14 jgs), 2º FC Porto (34 pts, 14 jgs), 3º Belenenses (33 pts, 14 jgs)

É o habitual. Ali, em Braga, dificilmente existe outro resultado que não a vitória do ABC. São exclusões para todos os gostos, 7 metros esquecidos, jogo passivo só para um lado, seja o Benfica, o Madeira, o Sporting, o Porto ou o Belenenses. Ainda bem que desta vez a Sporttv deu o jogo porque na 1ª volta em Santo Tirso tinha sido igual... Em Braga a arbitragem está condicionada e disso se aproveita o ABC. O Porto entrou bem no jogo mas na segunda metade os amarelos ganharam vantagem e finalizaram com um 23-21 a seu favor, com uma 2ª parte em que o Porto jogou quase sempre com menos 1 jogador... É verdade que o Porto tem o Tiago Rocha e o Eduardo Filipe sem ritmo (ainda recuperam de lesões), daí alguns erros infantis na segunda parte e até um 7 metros falhado em altura crucial pelo melhor jogador azul em jogo, Ricardo Moreira, bem acompanhado por Carlos Martingo, mas a mãozinha da arbitragem aparece sempre em favor do ABC nos momentos decisivos... Nos play-off esperemos que a vergonha acabe e que ganhe o melhor. A situação é tão grave que até Carlos Resende, sempre muito calmo e tranquilo, desta vez criticou duramente a arbitragem. Na última 4ª feira estive em Santo Tirso onde vi o Porto ganhar tranquilamente ao Horta por 31-25 com 11 golos de Pedro Solha. Domingo há mais, em Santo Tirso (16h-sporttv) o FC Porto recebe o Isave e o Lucho lá estará.

Basquetebol: FC Porto vence com Marçal em destaque
1º Ovarense (88%, 8 jgs), 2º FC Porto (88%, 8 jgs), 3º CAB (50%, 8 jgs)

Nos Açores o FCPorto bateu o Lusitânia por 76-71 e continua no comando do campeonato. Foi um jogo que só no 4º período se decidiu com Marçal, Gentry e Paulo Cunha a serem decisivos para a 7ª vitória do FC Porto. Nuno Marçal voltou a ser o melhor marcador com 24 pontos. Está em grande. O Americano Terrel voltou a desiludir. Estará de saída? Tem a palavra o Professor Babo... Dia 29 volta o campeonato com jornada neutra em Grijó onde o Porto procurará vingar-se do Belenenses.

Treinador da Semana: Franklim Pais
Jogador da Semana: Nuno Marçal


Para técnico da semana, escolho Franklim Pais (na foto, o nosso técnico hexacampeão aparece acompanhado pelo capitão Filipe Santos) pela brilhante vitória diante do opositor Espanhol na Liga Europeia de hóquei....e para jogador da semana, a escolha recai novamente em Nuno Marçal, basquetebolista do FC Porto, pelos 24 pontos no jogo dos Açores. Está de mão quente e que assim continue.

Nota final: No último sábado, foi dia de convívio de Natal do blog. Espero e desejo que estas iniciativas se repitam. Foi um dia memorável, o jogo entre os bloggers ficou empatado 9-9 mas foi muito animado, depois no jantar, o ambiente esteve fantástico com 2 momentos de euforia e estrondoso ruído no Restaurante, nos golos de Tarik e Lisandro. As galinhas perderam e também ajudaram à festa. E o blog BIBÓ PORTO está de parabéns. E digam lá quem foi o blogger que mais alto gritou o 1º golo do Porto? Começa por L. Terá sido da caipirinha?

E pronto, até para a semana. A minha próxima crónica é, excepcionalmente, na 5ª feira dia 27. Desejo a todos um Natal azul e branco, cheio de paz, saúde e muitas alegrias.

Saudações azuis e brancas do,
Lucho.

[nota do administrador] actualizamos este post com um novo vídeo... e como a bola entrou mesmo pelo "buraco d'agulha".

17 dezembro, 2007

Fantástico Dezembro

Não há dúvidas de que este mês de Dezembro tem sido muito positivo para o FC Porto. Os três jogos disputados este mês revestiam-se de uma enorme importância na medida que colocavam à prova a continuidade dos portistas em duas competições que, com certeza, o FC Porto pretende vencer: a Taça de Portugal e a Liga dos Campeões. Além de que, como é óbvio, pretendiam fazer demonstrar quem é a MELHOR equipa do campeonato nacional (jogo disputado na Luz).

Neste último, as diferenças entre o FC Porto e o 2º classificado da Bwin Liga foram demasiado evidentes. O FC Porto venceu, convenceu e esmagou o seu adversário. Conclusão: 7 pontos de vantagem sobre o 2º classificado, 10 pontos de vantagem sobre o 3º classificado.

Seguidamente a esta vitória, o FC Porto não abrandou o ritmo vitorioso e “despachou” o Desportivo de Chaves carimbando a passagem à próxima fase da Taça de Portugal! Neste particular, era importante Jesualdo Ferreira contrariar a sua tendência para ser eliminado por equipas de escalões inferiores, já que Fátima e Atlético estavam bem na memória de alguns portistas, nos quais eu me incluía.

Para finalizar este conjunto de bons resultados, o FC Porto não facilitou na 6ª e última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, batendo os turcos do Besiktas por 2 bolas a zero e garantindo, de forma clara e muita justa, a passagem à fase a eliminar da maior competição europeia de clubes. Mais do que isso, garantiu o apuramento em 1º lugar de um grupo onde constava o Liverpool, uma equipa que habitualmente marca presença em finais europeias e que, no início da presente temporada, gastou milhões e milhões de euros para reforçar o seu plantel.

Este último facto representa, do meu ponto de vista, uma óptima forma do FC Porto seguir em frente na presente edição da Liga dos Campeões, acumulado mais uns milhões e reafirmando-se, cada vez mais, como a única equipa portuguesa capaz de fazer frente aos “tubarões” europeus que abundam na Liga “milionária”. É que não nos podemos esquecer que o 1º lugar obtido pelo conjunto portista faz com que se evitem equipas como o Chelsea (em grande forma na Premier League!), o Real Madrid e Barcelona (duas equipas sempre muito simpáticas para se apanhar numa Champions!), Manchester (também ela uma equipa fraquinha!), Inter (a melhor equipa italiana do momento).

Neste particular, importa aqui referir as equipas que me parecem mais problemáticas para o FC Porto nos “oitavos” da Liga dos Campeões. Do meu ponto de vista, do lote de equipas que o FC Porto pode defrontar na próxima fase da Liga dos Campeões, os “rebuçados” mais duros de roer parecem-me ser a Roma e o Arsenal. Se no caso da Roma, o cinismo e a atitude matreira ao longo dos 90 minutos são, de facto, situações que não me tranquilizam muito, no caso do Arsenal, as estatísticas falam por si: em 16 jogos disputados na Premier League, venceu 11.

Deste modo, é com bons olhos que veria um adversário tipo Celtic, Fenerbahce ou Olympiakos. No entanto, seja que adversário nos calhar, acho que o FC Porto tem tudo para seguir em frente e prosseguir rumo à final da mais importante e mais “milionária” competição europeia de clubes.

ps - Este texto foi escrito no sábado à tarde ainda antes de se saber o resultado do FCP vs Vitória. De Sábado para Domingo, os 7 pontos passaram para 10… e os 10 passaram para 12. É cada vez mais miserável o estado em que se encontram os nossos adversários directos.

ps2 - Nota de registo para a nomeação deste blog para a categoria de “Melhor blog desportivo português”. É uma vitória para os que, brilhantemente e com muita dedicação, dão o seu contributo a este magnífico blog, uma referência na blogosfera desportiva. Parabéns a todos!!!


15 dezembro, 2007

Contas feitas… são já 10 pontinhos!

Liga Bwin 2007/08, 13ª jornada
15 de Dezembro de 2007
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 36.812 espectadores

FC Porto: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves e Marek Cech; Lucho (Mariano Gonzalez, 76m), Paulo Assunção e Raul Meireles (Bolatti, 68m); Sektioui (Adriano, 79m), Lisandro e Quaresma.
Não utilizados: Nuno, João Paulo, Leandro Lima e Hélder Postiga
Golos: 1-0, Sektioui (55m); 2-0, Lisandro, (73m).

Uma noite para o reviver de um dos (normalmente) grandes jogos do campeonato nacional com o Vitória de Guimarães, agora regressado de uma época no inferno da 2ª divisão e na presença de uma casa muito bem composta. Defrontavam-se 1º e 3º classificados para o campeonato… melhor mesmo, e para o pasquim d’A BOLA (bastava olhar para a capa), só mesmo o jogo entre o 2º e 8º classificados, enfim!

Não estivemos lá… mas festejamos a bom festejar no ‘Las Vegas’ sempre que aconteciam os golos, transfigurando o ambiente brasileiro num pequeno, mas ruidoso, Estádio do Dragão. No próximo, lá estaremos novamente no ‘local do costume’.

O FC Porto entrou em campo com o onze mais esperado, depois de confirmada a ausência de Fucile na convocatória, saltando Marek Cech para o seu lugar e que quanto a mim, esteve bastante ‘em jogo’.

Desde o 1º minuto que se percebeu que o adversário estava ali para jogar futebol e mostrar que vir ao Dragão, não é só trazer o ‘autocarro’… também é preciso mostrar serviço, o que fizeram, o que só veio engrandecer a vitória do FC Porto. Não obstante um jogo muito aberto, foi ao FC Porto que couberam as melhores oportunidade para cedo, bem cedo, fazer mexer o resultado, que só não aconteceu por mera infelicidade, tamanhos foram os erros com a baliza escancarada (ou quase), primeiro por Quaresma, que a esta hora ainda deve estar a pensar no que lhe passou pela cabeça para fazer levantar a bola acima da trave, com a baliza completamente à sua mercê, e mais tarde, outra grande ocasião protagonizada por Tarik que não fez melhor.

O adversário tentava jogar o jogo pelo jogo, mas de facto, a fluidez de jogo do FC Porto era superior, muito superior e com isso, iam conseguindo empurrar o Vitória de Guimarães para a sua defensiva, não lhe permitindo grande veleidades. Entretanto, chegava o intervalo com 0-0 no marcador, um resultado injusto para o «monopólio» do FC Porto no que a oportunidades diz respeito.

Para a 2ª parte, e concerteza depois dos jogadores terem sido já informados do resultado dos «nenucos da 2ª circular», bastava-lhes ganhar o jogo para definitivamente embalar em busca do «tri», mas foi o Vitória a criar 2 lances de muito perigo na nossa área que nos causaram muitos calafrios.

Ainda não estava cumprido o primeiro quarto de hora de jogo na 2ª parte, quando Raul Meireles pelo lado esquerdo, consegue desenvencilhar-se de 4 adversários e cruza largo para o 2º poste, onde surge Tarik a emendar para colocar o marcador em 1-0, estavam decorridos 55 minutos. Este foi o prémio merecido para quem, e de uma forma muito competente, ia controlando o jogo… e o adversário.

Passados outros 10 minutos, aos 65 minutos, Marek Cech cruza da esquerda para o interior da área adversária, e surge Lisandro a aproveitar um deslize do defesa que não consegue cabecear a bola, com Lisandro de peito a adiantar a bola e a fuzilar autenticamente o guarda redes, sem hipóteses para defesa. Estava feito o 2-0 e poderia começar aqui a gestão dos ritmos da partida pelo FC Porto.

Com um nítido «tirar o pé do acelerador», o adversário foi-se agigantando e criou um par de situações de golo em que poderia ter relançado a partida (o que não aconteceu) até ao seu término. Ainda bem que assim foi e com isso o apito final ouviu-se no jogo.

Com o amealhar de mais 3 pontos, num jogo de grau médio-alto, o FC Porto conquistou uma importante vitória, alargando o fosso existente para o 2º adversário que é agora de 10 pontos. Tudo somado, dado mais um passo de gigante rumo ao ambicionado «tri».

azul + : Ricardo Quaresma (VIPortista) individualmente, mas nota claramente positiva para toda a equipa no geral… até mesmo para o ‘rato’ Mariano que entrou cheio de moral e energia.

azul - : apenas referência para as 2 perdidas escandalosas de Quaresma e Tarik ainda no 1º tempo.

arbitragem: Olegário Benquerença (Leiria), terá passado incólume no jogo, apesar de quanto a mim, ter errado claramente ainda na 1ª parte ao não assinalar falta (ainda que tenha começado fora) sobre Quaresma na entrada da área. A ser assinalada, teria que sair vermelho para o defesa. Afinal de contas, nem uma coisa, nem outra.