Eduardo Filipe e um pedido especial...

Estive no Dragão na noite de sábado apoiando a nossa Selecção, rumo ao Mundial de futebol 2010, mas a infelicidade parece não nos querer largar, deixando Portugal em situação difícil. Bem, mas não é sobre a selecção de futebol que vos quero hoje falar nem sequer do jogo importante que a nossa equipa de futebol tem que ganhar sábado em Guimarães (19h, RTP1). Hoje, o destaque principal da crónica vai para um andebolista do FC Porto que muito admiro...

Desde aquela fabulosa equipa de andebol do FCPorto treinada por António Cunha (88-92), que um jovem loiro já se destacava entre os nossos jogadores sendo sistematicamente elogiada a sua capacidade física e poder de remate. Eduardo Filipe, que fez parte da equipa azul e branca que acabou com o jejum Portista que já durava desde o final da década de 60, ganhando ao ABC em 1999 o jogo decisivo que nos deu o título tantas vezes adiado, fez carreira ainda no rival de Braga e depois em Espanha sendo até hoje o Português mais elogiado numa das mais fortes Ligas de andebol do Mundo. Esteve nas épocas de ouro do FCP ganhando os campeonatos do início do novo milénio e regressou novamente de Espanha no início da época transacta ajudando o clube a conquistar a taça da Liga de 2008.

Hoje, já com 34 anos, ainda continua a encantar os fãs do andebol azul e branco mas correm rumores que será esta a última temporada como jogador de andebol para se poder dedicar em exclusivo à Medicina. Ora, eu como um simples associado do clube, e fã de andebol (e deste jogador em particular) desde que me conheço, aproveito estas linhas para pedir ao Eduardo que (a ser verdade, o que se diz) reconsidere e jogue (pelo menos) mais uma temporada para que possamos aplaudir os seus muitos golos nas novas e modernas bancadas do Dragãozinho. Este meu pedido, será, tenho a certeza, também a vontade de todos os adeptos do Futebol Clube do Porto, nomeadamente daqueles que gostam muito de andebol e que apreciam imenso o jogador Eduardo Filipe, um dos mais experientes da nossa equipa que procura este ano o título Nacional conseguido em 2004, pela última vez.

Um pedido ao 2º melhor jogador da história do andebol Português

(1º jogo dos quartos de final do play-off em que participa o FC Porto disputa-se a 18 de Abril)

O FC Porto, vencedor da fase regular do campeonato, só joga a 1ª partida dos quartos de final a 18 de Abril (na Póvoa de Varzim) frente ao Sp.Horta ou Águas Santas (para já, esta disputa entre os 2 concorrentes ao lugar em aberto nos play-off está favorável aos Açorianos que venceram o 1º jogo). Relativamente à Taça apenas jogamos os quartos de final a 1 de Maio em Belém (18h).

Enquanto isso vai-se já falando na próxima temporada e parece que o FC Porto prepara já uma equipa ainda mais forte que a desta temporada. Segundo o que se fala estarão já asseguradas as contratações de Nuno Grilo (S.Bernardo), Dario Andrade (ABC) e Pedro Spínola (Belenenses) enquanto o pivot Filipe Martins (boa época em Aveiro) regressa à "casa mãe". Mas nesses fóruns e blogs da modalidade também já vi que Eduardo Filipe se despedirá dos pavilhões no final da presente época. O também médico do departamento de futebol do FC Porto e, quanto a mim, o 2º melhor jogador de sempre da história do andebol Luso (a seguir a Carlos Resende), Eduardo Filipe Coelho, pelo que tenho visto nos jogos em casa do FCPorto (na Póvoa) e, posso dizer que não falhei um sequer, ainda demonstra as suas grandes qualidades e é ainda um dos valores principais desta forte equipa Portista treinada pelo seu antigo colega, Carlos Resende.

Por isso este não é mais que um sentido pedido de reflexão para que o Eduardo reconsidere e nos presenteie na próxima época (com todos os jogos em casa já no novo pavilhão do FC Porto) com mais umas belas exibições fazendo parte de uma equipa que promete dar muitas alegrias aos adeptos azuis e brancos. Na foto anexa aqui ao lado pode ver-se Eduardo Filipe Coelho com o seu afilhado e sobrinho José Eduardo (neto do professor António Cunha) ao colo no final de um jogo do FC Porto disputado na Póvoa de Varzim. Quem sabe se daqui a uns anos não teremos mais um andebolista de sucesso na família Coelho... E, já agora, que tenha o bom gosto de ser Portista como o padrinho o é, desde criança!!!

Relativamente à fase regular da LPA o FC Porto foi um meritório vencedor (43 pontos) conseguindo mais 5 pontos que o Benfica e mais 7 que o ABC de Braga. Em 16 jogos ganhou 12, empatou 3 e perdeu apenas 1. Foi o 3º melhor ataque (473 golos marcados) e a 2ª melhor defesa (414 golos sofridos) mas em termos de diferença entre golos marcados e sofridos foi claramente a melhor equipa com 59 golos positivos seguindo-se o ABC com 40 golos positivos. O nosso guarda-redes Hugo Laurentino foi o melhor da fase regular com 203 defesas (37% de eficácia). O melhor marcador foi o jogador do Madeira SAD Kostetsky (147 golos) enquanto Eduardo Filipe foi o melhor do FC Porto (5º lugar) com 113 golos enquanto o nosso ponta direita Ricardo Moreira (7º lugar) conseguiu 97 golos mas foi o mais eficaz de todos os goleadores da fase regular com 67,4% de eficácia. Eduardo Filipe foi também o rei das assistências (77).

FC Porto volta a ter play-off em risco em época para esquecer...
(6º FC PORTO - 28 jgs/ 16v/12d/44pts / faltam 2 jogos ao FCP, em casa com o Guimarães e fora com o Benfica)

• Ginásio, 81 - FC Porto, 64

Com Nuno Marçal lesionado (6 a 7 semanas ausente) este FC Porto, já de si descrente e debilitado foi derrotado sem contemplações pelo penúltimo classificado da LPB. Ainda por cima nem sequer conseguiram perder por menos de 13 pontos para assegurar vantagem sobre o adversário de sábado. Inacreditavelmente o técnico Júlio Matos deixou Kevin Martin sentado no banco mais de 50% do tempo... Esta é uma das épocas mais horríveis do basket azul e branco. Para que o play off não seja uma miragem é essencial ganhar no próximo jogo em Matosinhos ao V.Guimarães no dia 18 de Abril (16h). Só duas notas positivas, a exibição de C.Burns (26 pontos) e a derrota do Barreirense que nos pode beneficiar nas contas finais do play-off. Se ficarmos fora do play-off será a 2ª vez que isso acontecerá na nossa longa história na modalidade...

FCP está em posição de poder vencer todas as provas oficiais 2008/09
(FC PORTO apurado para os 4ºs final da T.Portugal, para as meias do play-off e para a final eight da L.Europeia)

• FC Porto, 6 - Juv. Viana, 5 (após prolongamento)

Este jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal era quase como uma final antecipada colocando frente a frente em Fânzeres o 1º e o 3º classificados da fase regular. E foi, de facto, um jogo de grandes emoções. O FC Porto esteve a perder ainda na 1ª parte por 1-3, conseguiu igualar (golos de R.Ventura, Caio e P.Moreira) mas a 8 segundos do intervalo os Vianenses fizeram o 3-4. Logo aos 2 minutos da 2ª metade Jorge Silva empatou e a 9 minutos do fim Reinaldo Ventura marcou o 5-4 que fez exultar o pavilhão. No entanto e já depois da buzina tocar num ressalto de bola Gonçalo Suissas (4 golos) empata o jogo a 5 bolas com muitos protestos dentro e fora do ringue pois o golo foi claramente obtido já depois da buzina se ouvir.

Muita contestação e revolta para com os árbitros Venâncio e Afonso (uma dupla que procura sempre o protagonismo), principalmente da dupla técnica do FC Porto, Franklim Pais e Renato Garrido... Mas essa revolta surtiu efeito logo aos 2 minutos do prolongamento com Ricardo Figueira a fazer o golo de ouro que acabou de imediato com a eliminatória. O pavilhão ficou ao rubro e os jogadores do FC Porto festejaram intensamente uma vitória que, uma vez mais, foi dificultada pela equipa que menos se deveria notar em campo. Segue-se, já no próximo sábado, nos quartos de final uma complicada deslocação aos Açores (Candelária) em jogo que se inicia às 22h (21h nos Açores). Quanto ao play-off do campeonato, as meias finais iniciam-se a 25 de Abril com um escaldante Porto-Benfica e um também interessante Oliveirense-Viana, no fundo as 4 melhores equipas Portuguesas. De referir que o FC Porto já ganhou a supertaça desta época e ainda está na corrida pelo campeonato (octo), Taça de Portugal e Liga Europeia. Quem sabe se é desta que ganhamos todas as provas oficiais na mesma época...

Ricardo Figueira

O hoquista do FC Porto ainda recupera de uma lesão ocular mas mesmo assim foi ele quem no prolongamento, onde um golo decidia tudo de imediato, onde os nervos estavam à flor da pele, conseguiu rematar com êxito às redes da Juventude de Viana e dessa forma carimbar o suado mas merecido apuramento do FC Porto para os quartos de final da Taça de Portugal de hóquei em patins, troféu que também ganhamos no ano passado. Foi ele quem conseguiu levar o pavilhão de Fânzeres ao êxtase absoluto. Tive pena de, desta vez, não ter lá estado... Reinaldo Ventura até bisou mas hoje o Ricardo Figueira, que se destaca muito mais na parte defensiva, merece por inteiro este destaque num jogo onde André Azevedo, apesar de não ter marcado, também foi dos melhores em campo, segundo rezam as crónicas... No basquetebol apenas Christian Burns apresentou números claramente positivos (26 pontos) sendo bem secundado por José Almeida com 13 pontos e 11 ressaltos. Quem continua sem se encontrar é o base João Figueiredo que uma vez mais voltou a desiludir por completo.

No futebol, destaco que os nossos sub 19 continuam imparáveis já estando há muito apurados para a fase final de Juniores “A” mas foram também "estes miúdos" que na última 4ª feira na Maia carimbaram o apuramento do FCP para as meias finais nacionais (final Norte) da Liga intercalar de futebol tendo ganho ao Leixões (que jogou com muitos seniores) por 2-1 com um bis de Rabiola, único elemento presente do plantel principal dos Dragões. Já amanhã disputa-se a final Norte com FC Porto e Paços de Ferreira a disputarem o acesso à final Nacional da Liga Intercalar na Maia (16h). Na final Sul estarão Mafra e Belenenses tendo já sido afastados Benfica e Sporting. Ainda no futebol, os sub 15 do FC Porto somam duas vitórias em 2 jogos nesta 2ª fase (ganharam 3-0 ao Nacional) e deslocam-se domingo (11h) a Guimarães. Os sub 17 do FC Porto até agora 100% vitoriosos jogam a 1ª ronda da 2ª fase, do Nacional de Juvenis em futebol, domingo no Olival (11h) diante do Varzim. No andebol os nossos juvenis terminaram a 1ª fase no 2º lugar enquanto os juniores a uma jornada do fim já sabem que ficarão na 6ª posição dessa mesma fase. No hóquei jovem mais 4 goleadas enquanto no basquetebol destaque para a vitória dos sub20 frente ao Vasco por 87-80. Na fase final do campeonato CNB1 em sub 24 a EB Porto empatou fora no pavilhão do Guifões por 80-80 tendo o caminho aberto para confirmar em casa (Matosinhos) o apuramento para a fase seguinte.

No fim de semana de 21 e 22 de Março decorreu o Torneio TORREGRI para o escalão de Cadetes (rapazes - 1997 e 1998 / raparigas - 1998 e 1999) na Piscina Municipal de Lousada (25m). A equipa do Futebol Clube do Porto/Império Bonança fez-se representar por 46 atletas, que tiveram uma participação extremamente positiva, contabilizando 100% de Recordes Pessoais e demonstrando uma evolução técnica e a nível dos tempos muito boa. Além disto, esta prova servia de selecção para o estágio regional da categoria (apenas para os atletas mais velhos de ambos os sexos), havendo 9 atletas do FCPorto/Império Bonança seleccionados (4 rapazes e 5 raparigas), fazendo do nosso clube o mais representado. De assinalar que no estágio anterior foram seleccionados 6 atletas, revelando que também aqui houve evolução.

Os Campeonatos Nacionais de Juniores e Seniores decorreram no fim de semana de 27 a 29 de Março na Piscina Olímpica (50m) do Estádio Universitário de Lisboa. A equipa do Futebol Clube do Porto/Império Bonança fez-se representar por 16 atletas, conseguindo uma participação fantástica ao longo dos campeonatos(talvez a melhor dos últimos 20 anos). Foi a equipa com mais títulos 19 ( 8 de Juniores e 11 de Seniores) e com mais pódios ( 36 = 19+12+5). Foram conseguidos ainda 4 Recordes Nacionais Seniores (sendo 3 Absolutos), 4 Recordes Nacionais Juniores e 10 Recordes do Clube.Todos os 16 atletas que participaram nos campeonatos conseguiram ser Campeões Nacionais, sendo que a atleta Joana Rodrigues ainda conseguiu obter mínimos para os Campeonatos da Europa de Juniores aos 400Livres.

Campeões Nacionais SENIORES: Alexandra Oliveira, Cláudia Moreno, Joana Carvalho, Marta Marinho, Sara Loureiro, Hugo Rodrigues, João Carvalho, Gil Pinto e Paulo Santos.

Campeões Nacionais JUNIORES: Carlos Santos, João Almeida, Nuno Vieira, Samuel Queirós, Sérgio Baptista, Rui Vilar e Joana Rodrigues.

Um abraço do Lucho.

# post publicado em simultaneo no fórum fcporto.planetaportugal

Mais um fim-de-semana sem futebol!

# todos os vídeos do Pedro Marques Lopes

31Mar2009, capas da imprensa

Verdade Desportiva?!?!?

Como já se esperava, o FC Porto volta a entrar no último terço de campeonato com uma boa vantagem sobre o 2º classificado. A subida de forma de vários jogadores é bem evidente e as duas últimas vitórias frente ao Leixões, uma das melhores equipas deste campeonato, e frente à Naval no Dragão (um estádio difícil este ano) mostram que a caminhada para o “tetra” parece ser inevitável. Ainda para mais, quando vemos o Sporting com grande irregularidade de resultados, o Braga com muitos pontos de atraso face à liderança, um Leixões que nos últimos jogos perdeu muito do fulgor demonstrado na 1ª volta do campeonato e um Nacional que não parece ter equipa para mais do que lutar pela UEFA, parece-me claro que só um autêntico milagre retirará o título ao FC Porto. Todas as outras equipas demonstram a mediocridade habitual na Liga Portuguesa, uns lutam pela tranquilidade no meio da tabela, outros lutam bravamente pela manutenção, enquanto outros, lutam pelo campeonato da “verdade desportiva”.

A propósito da luta pela verdade desportiva acho que é chegada a altura de invocar aqui algumas das proezas do clube que tanto tem lutado pela verdade desportiva em Portugal, o verdadeiro mártir, aquele que é o “Rei da Transparência”, o grande “Sport Lisboa e Verdade Desportiva”. Acho que não há dúvidas relativamente àquilo que o Verdade Desportiva tem feito pelo futebol português. Atenção, todos os factos aqui relatados se baseiam na imprensa desportiva portuguesa. Eis 3 das 5 únicas vitórias dos últimos 15 anos:

- Época de 2004-2005, o Verdade Desportiva encontrava-se sequioso de títulos, dado que já não “via o padeiro” à mais de 10 anos. Vivia-se um ambiente de perfeita loucura no país: uns diziam que a produtividade e competitividade económica do país exigiam um Verdade Desportiva campeão, uns diziam que já era altura de pôr fim a um jejum de tantos anos, não interessava como, nem de que forma, interessava era que determinado clube chegasse ao fim com mais pontos que os outros. Jogo decisivo no estádio do Verdade Desportiva, poucos minutos a distanciar o jogo do seu fim, e um empate teimoso que não permitia garantir o título de campeão nacional. Eis senão quando há uma bola lançada para a área do adversário do Verdade Desportiva, o GR salta para defender a bola e…eis senão quando um central do Verdade Desportiva abalroa o GR adversário empurrando a bola para o fundo da baliza…Desde que vejo futebol (e já são uns aninhos valentes) sempre me lembro de ouvir a seguinte frase: “Na pequena área, o GR não pode ser tocado sob pena de ser assinalada falta.”. Para o árbitro do jogo esta regra foi pela “pia abaixo”. E num instante, um título Para(ti), Verdade Desportiva!

- Devido à vitória no campeonato, o dito clube disputou na época seguinte a Supertaça. Apenas um único golo e obtido com clara irregularidade, salvo erro da “Maria Amélia” lá do sítio…Mas enfim, o que interessa (segundo dizem alguns) é a vitória e a tacinha no museu lá do sítio…

- Finalmente, e culminando um período “gordo” em matéria de títulos, isto é, 5 em 15 anos, veio a disputa da Taça Carlsberg, ou “liga dos campeões dos pequeninos”, uma competição que fez jus ao seu nome, e em que não faltaram situações próprias de quem se encontra em estado de embriaguez. Desde o início da sua criação que me insurgi contra. Não percebo nem nunca percebi o porquê de mais uma competição neste enfadonho futebol português, mas depois do que se passou, agora percebo o porquê da sua criação. A forma como o Verdade Desportiva ganhou esta competição devia encher de vergonha todos os seus adeptos, simpatizantes, dirigentes, técnicos e jogadores…Mas não, enchidos de arrogância e habitual verborreia lá apareceram triunfantes, clamando glória a um título que teve tudo menos de verdade desportiva, aquela que eles tanto defendem! Agora, não vimos o indignado gestor desportivo deste clube vir para os jornais gritar “Há limites para tudo!!”, ou então o seu presidente todo histérico a pedir a justiça dos tribunais. Ficaram bem caladinhos, tal como muitos dos seus adeptos, porque agora não interessa falar em verdade desportiva…interessa saber porque este clube apenas ganhou 1 campeonato em 15 anos, e da maneira como o ganhou…

Como nota final, quero dizer-vos que achei imensa piada que o Sr. Flores tenha referido no final do jogo, como forma de desculpa, o penaltie marcado no estádio do Dragão a favor do nosso clube. Caramba, até quando o FC Porto não joga se fala nele. O problema é que o espanhol, fruto de um desequilíbrio mental resultante da vitória na “liga dos campeões dos pequeninos”, se deve ter esquecido que neste mesmo jogo ficou por marcar um penaltie a favor do FC Porto (até o Coroado o admitiu) e uma expulsão foi perdoada ao Sidnei. A não ser que à semelhança da comunicação social, este senhor apenas analise o que lhe convém…É caso para perguntar, Verdade Desportiva?!?! Qual verdade desportiva quando está em causa uma tacita e o nosso clube já não ganha uma há 5 anos! Ou seja, a verdade desportiva só se aplica a alguns…

PS1: Depois de David Luiz ter afirmado que o melhor golo da sua carreira tinha sido frente ao Braga, agora é a vez de Reyes dizer que a forma como se ganhou esta taça não interessa nada…Não fui eu que disse, foram eles…está tudo dito…Ganhar de qualquer maneira é o seu lema!

PS2: Os 50 anos de Calabote não poderiam ter melhor comemoração que aquela conquista no Algarve! Algarve que começa a ser palco de várias situações esquisitas no futebol português, curiosamente todas elas a favorecer um certo e determinado clube…

30Mar2009, capas da imprensa

Semana de selecções e não só

Numa semana de selecções como esta, pouco se passa. Muito se fala, mas pouco se diz. Esperamos é que ninguém (dos nossos) se volte a lesionar as serviços das suas selecções e pouco mais.

Do nosso clube, ainda se pode falar da Champions League e entrevistar antigas personagens.

Ao ler uma dessas entrevistas, senti algumas “nostalgia” ao ler as palavras de Benny McCarthy. Não é que o Licha ou o Hulk nos deixem mal servidos, mas sim porque era um ponta de lança como há poucos. Forte e rápido, um pé direito temível e cabeceamentos portentosos. Quem não se lembra do golo ao Moreira na Luz? Aquela cabeçada contra o Manchester no Dragão? E aquele pontapé de bicicleta contra o Paços de Ferreira, já na última jornada?

Bons tempos esses, o de um homem que sempre se mostrou grato por tudo o que o clube (FC Porto) lhe proporcionou e um enorme respeito pelos adeptos que na altura o apoiaram. Homens como estes hão poucos.

Falando em selecções, há também o regresso da nossa selecção (isto para quem é Português), porque com a globalização, nem tudo o que é Portista quer dizer que seja português. Hoje em dia, está na moda, o sul e o Algarve em especial. E não há dúvidas quem um estádio portentoso como o nosso, faz tremer qualquer oponente.

Gostava também de comentar o famoso penalty do Pereirinha e do Rui Pedro, até porque este último tem contrato com o FC Porto. Se as coisas corressem bem, eram bestiais, mas como assim não foi, são umas bestas. Coisas do futebol e que são analisadas com demasiada severidade. Não penso ser nenhuma falta de respeito pelo oponente. É uma maneira justa e legal de se marcar um penalty

Esperemos que seja uma semana tranquila e que culmine com um belo resultado contra o Guimarães, se possível, tão bom como o da época passada (vitória fora por 0-5).

Um abraço,
Tiago Teixeira

29Mar2009, capas da imprensa

As alcunhas

[actualização]

“A alcunha tem raízes que se perdem nas brumas da memória e, logo, da consciência colectiva. A alcunha está ligada, fortemente, à vida social, laboral, ... do indivíduo na sociedade. Por exemplo, não é por acaso que comunidade baptizava, posteriomente, Ferreira, aquele que sabia trabalhar o ferro. A alcunha pode ter uma carga positiva ou negativa. Mas nunca neutra.

Assim, a alcunha é ambivalente. Isto é: ela tem um sentido imediato ou único para quem não conhece a história do indivíduo que a carrega. Ela tem uma significação variada ou múltipla para quem conhece a história do indivíduo que a carrega.

O FCPorto teve dois treinadores que foram campeões da Europa. Ambos tinham um nome: Artur Jorge e José Mourinho. Graças aos êxitos do FC Porto, foram alcunhadados, por esse mundo fora, respectivamente, “Rei Artur” e “Special One”.

O FCPorto ofereceu-lhes um passaporte válido para correrem mundos.

E de treinadores ficaram a ser personagens de folhetins de imprensa por esse mundo fora.

Os dois falharam: o Rei Artur não conseguiu fazer do Matra-Racing um clube e Special não conseguiu fazer do Chelsea um Campeão Europeu. E, note-se, ambos tiveram à sua disposição meios que nunca tiveram no FCPorto.

Porque é que, uma vez fora do rectângulo, os dois treinadores do FCPorto foram alcunhadados, pela imprensa estrangeira, nomeadamente, “Rei Artur” e “Special One”?

Não me vou atardar sobre a significação da alcunha “Rei Artur”. Ela tem uma carga semântica muito positiva.

Já a alcunha “Special One”, alcunha tipicamente norte-americana, adaptada pelos ingleses, tem uma carga semântica muito questionante. Ela dá que pensar. As familias e os pais norte-americanos utilizam-na, vulgarmente, para designar os meninos mimados, isto é, aqueles que não reconhecem o que lhes foi (é) dado, nem o quanto devem a quem tudo lhes deu (dá).

Para quem sabe ler e para quem tem memória, a conclusão fica aberta!“

Este texto foi publicado, neste espaço, em Outubro de 2007. Foi um texto que me nasceu quase espontaneamente. Como se tivesse livre e própria vontade. Tive grande prazer em escrevê-lo.

Decidi actualizá-lo à luz de acontecimentos recentes.

Apesar de se ter transferido para o Inter de Milão, José Mourinho, continua sem nada ganhar no palco internacional desde que foi treinador do FCPorto.

Entretanto, há dias, José Mourinho recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” pela faculdade de Motricidade Humana de Lisboa.

E não deixa de ser curioso que José Mourinho se tivesse lembrado, subitamente, sem amenésia, que o FCPorto de 2003 e 2004 foi a melhor equipa que treinou.

Entretanto, (Jesualdo) Ferreira continuou e continua a trabalhar, humildamente, o ferro.

E Viva o Porto !

28Mar2009, capas da imprensa

Vamos acreditar...

Ainda que antes haja um importantíssimo desafio em Guimarães para ganhar, aproxima-se a passos largos um dos momentos mais relevantes desta época para o FC Porto. A eliminatória com o Manchester United, em que discutiremos a passagem às meias-finais da Liga dos Campeões, será um verdadeiro teste de fogo às capacidades da equipa. O destino colocou-nos no caminho nada mais, nada menos, que o campeão europeu em título. Na última semana, o Bibó Porto quis saber a opinião dos nossos visitantes acerca do sorteio de Nyon. Votaram 331 pessoas, em que 159 (48%) responderam "Bom, bamos passar!", 128 (39%) disseram "Nem sei, tá tudo em aberto!" e 44 (13%) consideraram o sorteio " Mau, para não dizer péssimo!".

Por aqui se vê que a confiança reina entre os adeptos portistas. Eu considero que está tudo em aberto e mantenho-me na expectativa. Teoricamente o sorteio foi mau, pois havia adversários à partida menos poderosos. No entanto, enquanto portista e conhecedor da evolução que a equipa tem vindo a patentear, acho que há algumas hipóteses de podermos discutir a eliminatória. A mentalidade do clube é ganhadora e não faria sentido estarmos com um espírito derrotista. Por outro lado, convém ter bem presente a força dos 'red devils', razão pela qual não esteja com um optimismo exagerado. Fui um dos que clicou em "Nem sei, tá tudo em aberto!". Aquilo que eu mais anseio é que a postura da equipa seja a mais adequada. Temos pouco a perder e tudo a ganhar. Em boa verdade, racionalmente não podemos exigir a passagem às meias-finais. Agora que se lute por isso, podemos e devemos. Se cairmos, que seja de pé e de cabeça bem levantada, nunca numa posição receosa ou submissa, incompatível com a nossa cultura e valores.

Depois de ontem o nosso ilustre Paulo Pereira ter evocado o momento mágico de há 5 anos atrás, em pleno Old Trafford, irei hoje fazer algumas considerações sobre a equipa que esperamos derrubar. O facto de ser o grande dominador do futebol inglês nas duas últimas décadas, bem como o actual detentor da Champions, dispensaria quaisquer comentários adicionais respeitantes ao seu poderio e qualidade futebolística. O seu orçamento é algo verdadeiramente gigantesco e o plantel está inundado de 'top stars' do futebol mundial, a começar pelo FIFA World Player 2008, Cristiano Ronaldo.

Van der Sar é o guardião das redes vermelhas. Quase quarentão e com um currículo invejável atrás de si, faz da experiência e sobriedade mais-valias muito importantes para a tranquilidade defensiva do colectivo. Basta lembrar a quantidade inacreditável de minutos que esteve sem sofrer golos na Premier League. Kuszczak e Foster são as alternativas para a baliza, mas se nada de anormal acontecer, será o gigante holandês que Lisandro, Hulk ou Lucho terão de desfeitear. Deseja-se uma eficácia completamente diferente da que se viu, por exemplo, em Madrid, é lógico.

A tal longa imbatibilidade das redes do Manchester United que se verificou nunca seria possível sem uma boa organização defensiva. Por isso, não espanta os nomes sonantes dos elementos que compõem o sector mais recuado. A dupla de centrais é só uma das melhores do planeta: Rio Ferdinand e Vidic. Além da dificuldade que será superá-los lá atrás, muito cuidado quando subirem à área de Helton nas bolas paradas. Wes Brown e sobretudo o jovem promissor Evans estarão sempre a postos para qualquer necessidade de substituição dos dois titulares indiscutíveis. O francês Evra, na esquerda, garante muita profundidade ofensiva, embora descure um pouco o aspecto defensivo. Na faixa contrária, face aos problemas físicos que têm apoquentado Gary Neville e Rafael da Silva, o escolhido tem sido o irlandês O'Shea, um jogador muito competitivo, mas com um défice enorme de qualidade técnica e velocidade. Escusado será dizer que a propensão atacante de Evra e a fraca qualidade de O'Shea serão dos principais pontos a explorar pela rapidez dos nossos extremos.

O sector do meio-campo é um dos principais pontos fortes do United, senão o principal. O duo central Carrick-Scholes executa com absoluta mestria a dupla tarefa defesa-ataque. O veterano Scholes joga um pouco mais adiantado, distribuindo jogo na perfeição e chegando bastas vezes às imediações da área contrária, onde poderá ensaiar o seu potente pontapé de meia distância. É um dos mais fantásticos médios dos últimos anos. Já Carrick é um pivot-defensivo de eleição, com um sentido posicional irrepreensível, excelente capacidade de pressão ao portador da bola e muito critério na hora de sair com a bola jogável. Detém também um forte remate. Pouco espaço concedido na cabeça da nossa área será, sem dúvida, uma boa ideia para Fernando, Meireles e Lucho colocarem em prática. Anderson, Fletcher e Gibson estarão decerto no banco britânico, a postos para saltarem para o jogo.

Nas faixas, dois portentos, mentalizados para fazerem a cabeça em água aos nossos laterais. Na direita, por princípio, Cristiano Ronaldo, melhor jogador do mundo em 2008. O nível exibido nesta temporada não tem sido tão espectacular como na passada, mas as qualidades estratosféricas do '7' português estão lá todas: técnica, habilidade, velocidade, intensidade, potência, remate, jogo de cabeça, drible, capacidade finalizadora, enfim, um infindável manancial de faculdades futebolísticas, capazes de arrasar qualquer opositor que lhe apareça pela frente. Abre os olhos Cissokho (sim, espero que Jesualdo Ferreira não invente uma solução de recurso)! Na esquerda, o 'velhinho' mas sempre genial Giggs, sem a velocidade de outros tempos, mas com um pé esquerdo e uma inteligência susceptíveis de infernizar a vida a qualquer marcador directo (Fucile, espero). Principais opções: o português Nani e o sul-coreano Park.

Na frente, uma dupla mortífera, composta por jogadores completamente diferentes, mas que se complementam na perfeição. Rooney, mais veloz e explosivo, é um finalizador por excelência e possui uma força física que impressiona. Berbatov, mais técnico e requintado, também finaliza bem, mas uma das suas mais-valias fundamentais reside na forma como é capaz de assistir os companheiros. O poder de fogo desta dupla não deixa margem para dúvidas. Só com Bruno Alves, Rolando e até Fernando no máximo da concentração é que ela poderá ser neutralizada. Tévez é um avançado que teria lugar na maioria das equipas do mundo, mas não no Manchester United! O jovem das escolas do clube Welbeck é a quarta opção para o ataque.

No seu habitual 4-4-2 clássico, Alex Ferguson construiu uma autêntica máquina de futebol ofensivo, com processos não muito elaborados, mas com um ritmo e uma intensidade tais que torna-se muito difícil de contrariar. Fundamentalmente no 'Teatro dos Sonhos' é de esperar que o FC Porto passe um mau bocado e enfrente uma pressão atacante intensa e contínua. O facto de o modelo de Jesualdo Ferreira não contemplar um futebol baseado na obcessão pela posse de bola, só potenciará essa situação. Apenas com as nossas habituais transições atacantes rápidas, lançadas por Lucho e Meireles, e com o nosso tridente da frente a dar-lhes o devido seguimento, poderemos sacudir a pressão que nos espera e colocar em sentido também os ingleses.

Consultando sítios e blogues afectos ao United, é notório da parte dos adeptos britânicos um imenso desprezo pela qualidade da nossa equipa. Para eles é um dado adquirido a sua passagem automática às meias-finais. Já há 5 anos foi assim e a coisa parece que não correu lá muito bem. Este menosprezo inglês, talvez por desconhecimento ou por pura burrice - aprender com os erros devia ser algo natural -, só tem de nos transmitir uma motivação extra. É preciso acreditar. O sonho tem de continuar.

27Mar2009, capas da imprensa

Oporto... o pior pesadelo dos red devils!

A Champions é uma prova apelativa por muitas e boas razões, sobretudo quando a competição entra na fase de eliminação directa, escolhidos os melhores de entre a elite. Troféu reluzente, sonhado meses a fio por adeptos indefectíveis, ávidos de saborear emoções únicas, ao verem o capitão do seu clube a erguer a taça ambicionada. Comparo a Liga dos Campeões a uma mulher, bela e caprichosa, que nos seduz com os seus encantos, e atormenta com os seus repúdios. Vivemos obcecados com ela. Alegrias e tristezas, irmanadas de forma siamesa. Gritos de júbilo misturados com berros de frustração. Gestos de alegria espontânea mesclados com outros de pura exasperação. E, quando os Deuses da Fortuna, finalmente, nos deixam contemplá-la de perto, vitoriando os nossos guerreiros, o Mundo parece diferente. Gáudio. Júbilo. Regozijo. Transformamo-nos em crianças, felizes, como se nada mais importasse. Mas, no fundo, somos sempre uns felizardos. Por estarmos lá. Por podermos lutar, até à última gota de suor, pela sua conquista.

Chegados aos quartos-de-final, nenhum adversário seria considerado fácil. Uns almejavam uma viagem menos agreste a território espanhol, para defrontar o “submarino amarelo”. Outros, com o intuito de alfinetar um rival interno, sonhavam com a rigidez germânica, reeditando a célebre final de 1987, quando a soberba bávara foi liquidada a golpe de calcanhar por um magrebino de aspecto franzino.

As bolinhas da sorte ditaram outro contendor. Um nome que inspira respeito. Um brasão que provoca reverência. Os “red devils” de Manchester, ironicamente atropelados noutra caminhada portista até à glória, corria o ano de 2004.

A evocação do duplo confronto provoca um friozinho desagradável na barriga. O melhor jogador do Mundo, com a cara escarafunchada por uma acne persistente, mas dono de uns pés mágicos. Um treinador sagaz, alcunhado de “velha raposa”, possuidor de um histórico de dimensão paquidérmica. Também ele, curiosamente, com caminhos cruzados com os homens de trajam de azul e branco [Corria o ano de 1984. Nas terras altas escocesas, território inóspito para o comum mortal, um jovem técnico sorria, com o rosto açoitado pelos ventos inclementes, enquanto assistia aos treinos do seu Aberdeen, equipa modesta que tinha surpreendido a Europa, ao erguer o troféu da Taça das Taças, em 1983. Disposto a fazer história, tentava a 2ª final consecutiva. O opositor, renascido de uma longa travessia do deserto, que tinha durado 19 anos, erguia-se aos poucos, cimentando a sua reputação no velho continente, disputando a hegemonia interna. A Invicta assistiu, no embate da 1ª volta, a um golo. Marcado pelos homens da casa, cabeçada vitoriosa e imparável saída da nuca de Fernando Gomes. A vingança, nessa Escócia forjada pela têmpera de heróis que brandiam espadas contra a Coroa britânica, não aconteceu. A Europa assistia ao nascimento de um Porto adulto, com espírito de sacrifício, indómito. E com Vermelhinho, autor de um golo magnífico, saído de entre a espessa névoa, num chapéu quase sobrenatural ao guardião contrário. Alex Ferguson sabe qual é a nossa identidade. E aquilo de que somos capazes].

A qualidade galáctica dos homens de Manchester não se esgota na mediatização deste duo. Tem Evra, um francês raçudo, defesa-esquerdo brilhante. Uma dupla imperial de centrais, Vidic e Rio Ferdinand, torres gémeas intratáveis, com uma capacidade de jogo aéreo ao alcance apenas dos eleitos. Um meio-campo com a experiência de Scholes, ou o génio e nervo de Anderson, o nosso conhecido “Jurema”, o conservadorismo táctico de Carrick, o exotismo de Park, o traquejo de Giggs. Um ataque demolidor, com o instinto assassino do felino Berbatov, classe pura, o vigor e força de Rooney ou a capacidade de choque de Tevez.

Os pratos da balança parecem claramente favoráveis aos vermelhos ingleses. Um dos lugares-comuns mais utilizados, quando se fala de futebol, é afirmar que o desporto-rei é uma caixinha de surpresas. Uma espécie de Disneylândia, um parque encantado, onde tudo é passível de acontecer. E, lá no fundo, mesmo o mais confiante adepto inglês sentirá uma pontada de temor. Bem impresso na memória colectiva está o lance, em Old Trafford, prenúncio de tragédia. Uma barreira. McCarthy afagando o esférico, murmurando preces ancestrais e pagãs. Os olhares, nervosos, nas bancadas. Os risos emudecidos, num ápice. O nó na garganta, difícil de desatar. E o lance que os persegue, desde então, passado em slow-motion, torturando-os de forma repetitiva. A bola, suave, rasgando o ar, sobrevoando a barreira, aproximando-se da baliza. Entre os postes, um gigante negro, lançando a massa muscular para a trajectória do couro. Os dedos, espetados, esticando-se nos limites do suportável. A mão, enluvada, tocando na bola. E os rostos, tensos, libertando o nervosismo, sorrindo de alívio, respirando fundo. Estava acabado, pensaram. Durou um pequenino instante esse momento. Até se aperceberem de um atleta, vestido de azul e branco, movimentando-se de forma felina e furtiva. O remate, enrolado e seco, colocou um selo de justiça numa eliminatória ganha aos pontos. Old Trafford aprendeu, da forma mais crua, a respeitar o campeão português. FUTEBOL CLUBE DO PORTO. Ou, na língua pátria de Shakespeare, OPORTO.

Podem ter orçamentos obscenamente elevados. O melhor jogador do Mundo. Nomes sonantes. Nada apagará aquele desígnio de Deus, personificado nas chuteiras de Costinha. O medo está lá. Escondido. Sorrateiro. Esperando apenas uma oportunidade de os intranquilizar. Vamos aproveitá-la.

ps - A onda de insegurança, no País, teve mais um caso mediático, acentuando a ideia de que é necessária uma acção preventiva, prevenindo futuros erros/falhas. O Algarve, pese a sua invejável situação geográfica, não escapou a um roubo à mão armada. O culpado, ainda impune, é sobejamente conhecido. Lucílio Baptista, desvirtuando mais um resultado na sua já longa carreira de “equívocos”. O beneficiário, aceitando a oferenda sem qualquer pudor, é a “locomotiva de transparência do futebol português”. A apitar, de forma imutável, década após década. É tão giro construir palmarés assim, não é?

Abalroamento de mitos...

- para melhor leitura da noticia publicada na edição do JN de 25Mar2009, basta clicar na imagem -

Maturidade e classe valem presença nas meias-finais

FC Porto 2-1 Liexões

Liga Intercalar 2008/09
25 de Março de 2009
Quartos de final
Estádio Prof. Dr. José Vieira de Carvalho, na Maia

FC Porto: Ruca; Ivo Pinto, Rafhael, Abdoulaye e Massari; Lucas, Josué e Ramon; Diogo Viana, Rabiola e Chula.
Substituições: Ramon por Bosingwa (85m) e Diogo Viana por Vítor (92m).
Não utilizados: Maia; Roberto, Jaroslav, Jakubov e Miguel Galeão.
Treinador: Rui Barros.

Leixões: Berger; Vasco Fernandes, Sandro, Elvis e Angulo; Ruben, Bruno China e Hugo Morais; Jean Sony, Chumbinho e Zé Manel.
Substituições: Zé Manel por Rodrigo Silva (46m), Ruben por Braga (46m), Vasco Fernandes por Roberto Sousa (54m), Chumbinho por Castanheira (61m) e Bruno China por Brandon (74m).
Não utilizados: Fonseca; Joel.
Treinador: José Mota.

disciplina: cartão amarelo para Zé Manel (10m), Chumbinho (29m), Josué (38m), Elvis (42m) e Roberto Sousa (58 e 90m); cartão vermelho para Roberto Sousa (90m).

golos: Rabiola (39 e 68m) e Rodrigo Silva (92m).

Inspirados pelo sol que irradiava na Maia, os jovens atletas do F.C. Porto ofereceram um brilho intenso ao jogo realizado esta quarta-feira no Estádio Prof. Dr. José Vieira de Carvalho, aliando a uma exibição entusiástica a qualificação para as meias-finais da Liga Intercalar. Tudo isto frente aos seniores do Leixões.

Representada ao mais alto nível, quer dentro das quatro linhas quer no banco, onde se sentou inclusive o treinador José Mota, a equipa de Matosinhos viu os Dragões dominarem por completo os primeiros 45 minutos do encontro, assinalados por variadíssimas jogadas de elevada qualidade, que podiam ter apontado para um resultado mais volumoso ainda antes do intervalo.

Josué, ora a desmarcar os companheiros ora a bater os livres, foi dos mais perigosos, porém o golo acabou por sair dos pés de Rabiola, que aproveitou da melhor forma uma desatenção de um adversário. O avançado – único jogador do plantel principal Portista que marcou presença na Maia – fintou o guardião Berger e, com classe, atirou a bola para o fundo da baliza.

Antes desse momento de enorme sentido de oportunidade, já Diogo Viana e Chula tinham ameaçado as redes contrárias, em lances que por muito pouco não accionaram o marcador.

A perder e sem qualquer tipo de controlo sobre o jogo, José Mota lançou no desafio Rodrigo Silva, Braga e, mais tarde, Roberto Sousa, Castanheira e Brandon, conferindo total contornos de campeonato à partida, mas nem assim os jogadores leixonenses conseguiram impor-se sobre os sub-19 azuis e brancos.

Apesar de uma etapa complementar mais repartida, a verdade é que foi o F.C. Porto que voltou a mexer com o resultado, ampliando para 2-0 na sequência de um livre desferido com mestria por Rabiola. O nº 9 carimbou com a sua obra de arte a vitória dos Dragões, que viriam a sofrer um golo já depois dos 90 minutos, numa jogada algo confusa, que se seguiu à operação de uma substituição no conjunto de Rui Barros.

Logrado um lugar nas meias-finais nacionais (final a Norte), os azuis e brancos aguardam agora pelo vencedor do encontro entre Gondomar e Paços de Ferreira para saberem com que equipa vão disputar a passagem à Finalíssima da competição.

fonte: fcporto.pt

Confira aqui o calendário desta nova competição no seu site oficial.

26Mar2009, capas da imprensa

Desprezo, gamanços e tecnologias

O Tone sorri. De desprezo!
Não bastava a mentira na quantidade de adeptos, a mentira na quantidade de sócios, a mentira da grandeza actual.
Não bastava a mentira em Guimarães, as expulsões esquecidas contra o Olhanense, o golo anulado, com muita paixão, ao Belenenses.
Não bastava a mentira do fair play que se foi no exacto momento em que o Orelhas II levantou a mão para que a grande penalidade fosse assinalada.
Ora, com tanta mentira, o resultado não poderia, de maneira alguma, ser diferente.
Apoteótico, bem ao estilo de 2005 em que até as botas do árbitro eram deles, lá levaram (leia-se compraram) de Ferrari e 61 milhões de Euros depois, uma Taça, quiçá o único troféu dos últimos não sei bem quantos anos.
E que não se estranhe que o presidente, sócio do FC Porto e paladino da berdade desportiva, não chame agora a Polícia.
Remeteu-se ao silêncio e estará ocupado, algures num beco do seu estádio, a dar duraglite no troféu da mentira.
Delegou a defesa (do indefensável) aos Vasconcelos, aos Cervans e aos Gabrieis.
Enfim, aos cromos do costume pois afinal para abrir a boca e não dizer nada um qualquer serve.

O Tone sorri. Pensativo!
Vem à memória as duas grandes penalidades inventadas em Alvalade que permitiram aos chorões do costume a presença na final.
Quem com grandes penalidades mata...

O Tone sorri. Preocupado!
Continua à espera da entrega da Taça e acha que, no Dragão, a luz dos holofotes continua a cegar os trios de arbitragem.
Com Reforços, Cosmes e Paulos existem apenas intenções mas nada de intuições e/ou percepções.
Sabe que dificilmente teremos o Lucílio em Guimarães mas, cuidado, não faltará quem, fazendo as coisas por outro lado, esteja preparado para marcar faltas onde nem sequer é necessário a visualização das mesmas.
Há quem lhes chame convicções, o Bino gosta mais de lhes chamar gamanços.

O Tone ri-se. À gargalhada!
Pois afinal com arbitragens assim para que servirá a tal de tecnologia que andam uns a tentar vender?

O título mais importante do Mundo!

# todos os vídeos do Pedro Marques Lopes

[nota do administrador: não posso deixar passar em claro esta F-A-B-U-L-Á-S-T-I-C-A e não menos surpreendente menção honrosa, e até porque não dizê-lo, promoção (gratuita) que é aqui feita neste vídeo do blog de humor ALeiDaBola do SAPO, ao nosso blog, BiBó PoRtO, carago!!, pelo (nosso) adepto Portista, Pedro Marques Lopes... recomposto desta enorme surpresa que muito nos honra e satifaz, e mesmo que faltando agora aquelas combinações literárias à José Saramago para um agradecimento como mandam as regras da verbe poética, penso poder dizê-lo sem qualquer ponta de falsa modéstia, que este será um prémio mais que justo e merecido para toda esta nossa magnifica equipe de colaboradores que sem outra intenção, que não o amor e paixão pelo clube do seu coração, o FC Porto, defende o seu bom nome e honra de uma forma incondicional e implacável. Para além destes, não podemos também esquecer nesta hora, todos aqueles outros que fazem parte deste sucesso, que são todos vocês que nos visitam, sem os quais, há muito que teriamos encerrado este espaço de tertúlia Portista. Um muito obrigado para todos vocês, mas, e aqui perdoem-me desta vez, um muito especial ao Pedro Marques Lopes por aqui, e de uma forma muito humilde, ter prestado um fantástico e enorme serviço público "Portista". Pedro, és o maior, carago!!]

Já tem ares de «goleada»...

FC Porto não será castigado pela UEFA

O FC Porto ficará a salvo de qualquer sanção por parte da UEFA depois de terem sido reformulados, esta terça-feira, os critérios de admissão às competições europeias pelo Comité Executivo, reunido em Copenhaga.

Fonte da UEFA confirmou à Agência Lusa que os novos critérios de admissão definem que um clube será suspenso por um ano das provas caso tenha estado envolvido, directa ou indirectamente, na manipulação ou viciação de um jogo, desde que os factos tenham ocorrido após 27 de Abril de 2007, altura da reformulação dos estatutos do organismo.

Como os dois casos de tentativa de corrupção - pelos quais o FC Porto foi condenado pela justiça desportiva portuguesa - ocorreram em 2004, os tetracampeões nacionais ficarão a salvo de qualquer castigo da UEFA no que respeita às condenações no âmbito do Apito Final.

# fonte: JN on-line em 24Mar2009

25Mar2009, capas da imprensa

Recordar 2002, o primeiro título dos heptacampeões

Alguma vez entrou num pavilhão por uma janela? Pois eu já. A 30 de Maio de 2002, numa tarde de intenso calor, uma quinta-feira, feriado Nacional, o FC Porto recebia em Fânzeres o Barcelos na penúltima ronda da fase final e se vencesse, sagrar-se-ia de imediato campeão Nacional de hóquei em patins (seria o 1º dos 7 títulos consecutivos ganhos até 2008 e que esperemos tenha continuidade já este ano).

Recordo que comprei o bilhete 2 dias antes e que cheguei ao pavilhão uma hora antes do início do desafio que a RTP2 transmitiria em directo (com comentários de Rui Cerqueira, nosso actual director de comunicação). Para meu espanto, já não deixavam entrar mais ninguém, dizendo que o pavilhão estava lotadíssimo. Confrontei-os com o meu bilhete (eu e muitos outros), mas disseram que nada podiam fazer. Alguns desistiram, eu fui aguardando a ver no que dava, até que… os ruidosos Super Dragões chegam com o seu líder à frente, entrando em confronto com a polícia, partindo as portas e as janelas, e eu, aproveitando a onda, vislumbro uma janela partida por onde alguns entram e também eu consegui fugir à polícia e entrar naquele pavilhão que, de facto, estava à pinha. Mas depois de mim, muitos mais entraram. Foi pedido aos espectadores para se colocarem todos de pé e por isso, cerca de 3500 pessoas (quase o dobro da lotação permitida, 2000 espectadores) terão visto um jogo que ficou na história do nosso clube e do hóquei em patins Nacional.

Antes da história do jogo, quero recordar-vos que o hóquei do FC Porto ganhou o seu 1º troféu oficial em 1982 (taça das taças frente ao Sporting na final), algumas semanas depois da chegada de Pinto da Costa à Presidência do FC Porto. No ano seguinte, fomos campeões Nacionais pela 1ª vez e ganhamos outra vez a Taça das Taças em penaltys diante do Benfica no pavilhão da Luz.

De 1983 a 1991, ganhamos 8 dos 9 campeonatos possíveis (escapou-se apenas o de 88 para o Sporting) e fomos campeões da Europa em 1986 (com Cristiano frente ao Novara) e em 1990 (com José Fernandes frente ao Noia), ganhando ainda a Supertaça Europeia (frente à Sanjoanense em 1986), além de diversas taças de Portugal e supertaças nacionais. Em 1992, a equipa só ganhou a supertaça (diante do Benfica) e no ano seguinte (1993), foi efectuada uma renovação na equipa que, mesmo assim quase ganhava o campeonato, perdendo em Paço de Arcos na penúltima ronda e oferecendo dessa forma o título ao Barcelos.

De 1992 a 1998, tivemos 5 campeonatos para o Benfica e 2 para o Barcelos, mas o FC Porto não estava adormecido. Continuava a ganhar (embora com um jejum de 7 anos no que toca ao campeonato), pois em 1994 ganhamos a taça CERS (com António Vale frente ao Vic), em 1995 fomos vice-campeões no euro-hóquei (competição oficiosa), em 1996 ganhamos a taça, supertaça e Taça CERS (com Vítor Hugo, frente ao Tordera), em 1997 (quatro dias depois do massacre violento aos nossos jogadores à saída do pavilhão da Luz) fomos à final da Taça dos Campeões e perdemos 4-3 em casa do Barcelona, após prolongamento, enquanto em 1998, ganhamos a taça e supertaça (ambas ao Benfica) já com Franklim ao comando da equipa.

Em 1999, finalmente, acaba o jejum no campeonato, e 8 anos depois, o FC Porto voltava a ser campeão (com Livramento que faleceu 2 meses depois) na época em que perdemos outra final da taça dos Campeões frente ao Igualada nos penaltys. Em 2000, fomos bicampeões com Cristiano e perdemos a final da taça dos Campeões no “Rosa Mota” após prolongamento diante do Barcelona, num jogo polémico e com muita violência no final.

Relativamente às provas Europeias, o FC Porto, o clube Luso com mais troféus a nível Internacional na modalidade (7), além dos momentos gloriosos atrás já referidos (2 taças dos campeões europeus, 2 taças das taças, 2 taças CERS e 1 supertaça europeia), perdeu ainda uma final da taça das taças (em 1989 frente ao Roller Monza), uma final da taça CERS (frente ao Voltregã em 2002), três supertaças europeias (em 1982 e 1983 frente ao Barcelona e em 1990 frente ao Liceo), além de termos sido 7 vezes vice-campeões da Europa! Perdemos 4 finais frente ao Barcelona (1985, 2000, 2004, 2005), uma frente ao Igualada (1999), uma frente ao Liceo (1987) e uma outra em formato de todos contra todos, ficando logo atrás do campeão Follonica (2006). Em 2007, ficamos pelas meias-finais da final four (que se realizou em Bassano, o mesmo local da edição deste ano), enquanto no ano passado (2008), fomos afastados da final-four após um jogo desastrado em Vic (o “Barça” ganhou as duas últimas edições).

Voltando às competições Nacionais, apenas acrescentar que em 2001 ficamos em 3º lugar, sendo campeão o Barcelos, até que chegamos à época 2001/02, tema principal deste post que contém um vídeo de 19 minutos desse inesquecível jogo de 30 de Maio de 2002 que nos deu o título Nacional mais inesperado da história do hóquei Português. É que nessa época, o nosso treinador começou por ser o Argentino Mário Aguero que viria a ser substituído pelo adjunto Franklim Pais (guarda-redes da fantástica equipa do FC Porto na década de 80).

Na fase regular, o FC Porto consentiu 6 derrotas e terminou a prova em 4º lugar a 12 pontos do líder Benfica. Para a fase final, só 50% dos pontos contam e o FC Porto começou essa fase a 6 pontos de Benfica (de Carlos Dantas) e Barcelos (de José Querido), um atraso que todos consideravam irrecuperável.

O ponto de viragem terá sido a 1ª jornada da fase final com o FC Porto a triunfar em Oliveira de Azeméis (5-4), ganhando depois os 2 jogos seguintes em casa frente a Infante de Sagres e Gulpilhares. Na 4ª ronda, ganhamos 4-3 em Barcelos, numa exibição perfeita da nossa equipa e na última ronda da 1ª volta da fase final, recebíamos o Benfica em posição de subir ao 1º posto depois dos dois nossos principais adversários terem escorregado em jogos nos quais eram claros favoritos.

Foi esse o 1º jogo a que assisti em Fânzeres e o pavilhão apresentava uma moldura humana impressionante. Estivemos a perder 0-2, mas com uma 2ª parte de sonho demos a volta e humilhamos o Benfica (de Panchito e Gaidão), goleando por 6-2 (também tenho o vídeo deste jogo) com grandes exibições de Tó Neves (já com 36 anos, na altura), Edo Bosch, Pedro Alves, Paulo Alves, Alberto Orlandi, Filipe Santos e Reinaldo Ventura. E o impensável estava consumado. Subimos à liderança a meio da fase-final. Na 2ª volta, estive em Fânzeres a ver o FCPorto-Oliveirense (5-3) e desloquei-me aos recintos do Infante de Sagres e Gulpilhares (grande onda de entusiasmo com muita gente afecta ao FC Porto) onde assisti a duas vitórias convincentes do FCPorto (estive presente em 5 dos 10 jogos desta fase final).

E assim, chegamos à tal penúltima ronda recebendo o campeão do ano passado (com os perigosos irmãos Bertollucci). Ganhando, asseguraríamos de imediato o título Nacional. Ao Barcelos só a vitória ainda dava esperanças, enquanto o Benfica (que iria receber o FC Porto na última ronda) torcia por um empate. Depois de entrar no pavilhão, daquela forma invulgar e difícil que vos descrevi mais acima, o calor tornou-se insuportável para os adeptos, quanto mais para os jogadores.

O FC Porto começou bem chegando ao 2-0 (Orlandi e Pedro Alves) mas o Barcelos nunca se rendeu e ao intervalo ganhava por 2-3. Na 2ª metade, o 2-4 deixa o público em desespero mas 2 golos azuis e brancos (Tó Neves e Pedro Alves) num curto espaço de tempo devolvem a alegria a um pavilhão que rebentava pelas costuras e que mais parecia um forno. Com 4-4 no marcador, tudo era ainda possível. Os 2 árbitros de Lisboa, corajosos, nunca se intimidaram pelo ambiente infernal e não facilitaram nunca a vida ao FC Porto. É com o marcador em 4-4 (mais ou menos a 5 minutos do fim) que vos apresento este vídeo (uma vez mais, elaborado pelo Mr.Cosmos que «trabalhou» mais uma cassete de vídeo do meu arquivo) que tem a duração de 19 minutos, pois os 5 minutos finais foram muito longos, com muitas paragens e ainda vão usufruir de todas as imagens da grande festa que depois tomou conta do ringue invadido pelos adeptos, loucos de euforia querendo vitoriar os seus heróis, os homens que tornaram possível uma tarefa quase impensável de ser concretizada.

Nesse vídeo, podem ver o golo oportuno de Tó Neves (5-4) e os seus festejos a demonstrar toda a sua raça e amor ao clube, e depois o 6-4 que levou ao delírio a multidão num penalty transformado por Pedro Alves que provocou até que a rede de protecção aos adeptos, que estava por trás da baliza onde ocorreu o golo, cedesse e obrigasse ao improviso de uma solução de recurso. O Barcelos ainda reduziu para 6-5, mas os pupilos de Franklim Pais (era seu adjunto e preparador físico, Fernando Luís, que no ano anterior conquistou, como técnico principal do voleibol do Sporting de Espinho, a Top Teams Cup, aquele que é o único troféu europeu de clubes em voleibol ganho por uma equipa portuguesa) souberam segurar a vantagem nos últimos segundos, com o jogo a ser várias vezes interrompido pela precipitada entrada em ringue de alguns adeptos menos pacientes.

As batidas cardíacas estavam no máximo, os rostos e roupas dos adeptos não escondiam o calor excessivo que se sentia naquele palco, até que ao soar da buzina, a invasão deu-se por completo com os jogadores a não escaparem envolvendo-se nos festejos loucos de uma multidão que tudo quis levar de recordação, desde as camisolas às caneleiras... uma massa associativa em festa contínua que nesse ano também festejou o título Nacional no Andebol numa finalíssima ganha ao ABC na Póvoa de Varzim (onde também estive).

Os jogadores que fizeram parte desta conquista fantástica do hóquei do FC Porto, tão bem liderado pelos dirigentes Ilídio Pinto e João Baldaia, foram, Edo Bosch, Alberto Orlandi, Paulo Alves, Pedro Alves, Tó Neves (capitão de equipa), Filipe Santos, Reinaldo Ventura, Nuno Félix, Frederico Espinheira, Ricardo Figueira, Reinaldo Garcia e Paulo Solar (o treinador principal e vitorioso, e que só assumiu o cargo a meio da época, foi Franklim Pais, ele que, como sabem, não mais saiu desse posto tendo ganho entre outros troféus, os 6 campeonatos que se seguiram a esse, esperando-se que esta caminhada continue este ano).

Na última ronda, o FC Porto foi à Luz já campeão enfrentar o 2º classificado, Benfica, saindo de lá imbatível nesta fase final em que, em 10 jogos ganhou 9 e empatou este último a 5 bolas, não cedendo nenhuma derrota. Nesta época 2001/02 que marcou o início da senda gloriosa do heptacampeonato (para já…), o FC Porto foi à final da taça CERS ganhando em casa por 5-3 aos Espanhóis do Voltregã, mas na 2ª mão, 2 golos sofridos nos últimos instantes levaram ao prolongamento (4-2) e depois aos penaltys onde não fomos felizes. Espero que apreciem estes minutos finais emocionantes deste FC Porto 6-5 Barcelos (disputado a 30 de Maio de 2002) num pavilhão em ebulição e toda a festa que se seguiu com um público que neste jogo, mais do que nunca, levou a equipa às costas e toda esta sinergia de forças, terá resultado na recuperação mais espectacular da história do hóquei Nacional.

Depois do vídeo do andebol de 1999 (FC Porto 17-16 ABC Braga, que terminou com os 31 anos de jejum do FCP no campeonato), e do vídeo do basquetebol de 1996 (2º jogo da final do play-off, FC Porto 82-76 Benfica, que viria a contribuir para o nosso título, acabando com um jejum de 13 anos no campeonato), faltava somente um vídeo histórico para o hóquei em patins, que julgo não se vão arrepender dos 19 minutos necessários para visualizar este vídeo com a transmissão em directo na RTP2 dos momentos decisivos. É uma ocasião única para reviverem com muita emoção e saudade todos estes momentos, principalmente, quem esteve a «assar» toda aquela tarde no forno de Fânzeres. Há conquistas que jamais se esquecem!!!

Portugal continua na corrida mas a França é de outra galáxia

(Fase de qualificação para o Europeu de Andebol 2010, que se irá realizar na Áustria)

O FC Porto vencedor da fase regular, só inicia os play-off a 18 de Abril, tendo-se jogado esta semana 2 jogos de apuramento para o Europeu 2010 em Selecções A. Na 5ª feira, estive na Póvoa de Varzim onde assisti à derrota (24-31) natural de Portugal frente a uma França com outro poder físico e muito mais qualidade a todos os níveis. A actual campeã Mundial e Olímpica não vacilou mesmo perante a enchente que se efectivou no pavilhão onde habitualmente joga o FC Porto. Aproveitei para no final trocar umas palavras simpáticas com o pivot do FC Porto e da Selecção Tiago Rocha (na foto). No domingo, Portugal ganhou com tranquilidade (principalmente na 2ª parte) no Luxemburgo por 26-33, mantendo-se na corrida pelo 2º lugar (que também permite o apuramento) onde deverá ter como principal opositor uma forte República Checa (que ganhou em casa à França), mas que apenas defrontaremos em Junho deste ano.

FC Porto perseguido pelas constantes lesões...
(6º FC PORTO - 27 jgs/ 16v/11d/43pts.)

• Seixal, 77 - FC Porto, 82

Com Nuno Marçal a lesionar-se ainda na 1ª parte (lesão muscular?), esta equipa do FC Porto demonstrou inesperadas dificuldades para derrotar um dos mais fracos oponentes da Proliga. Valeu a fabulosa exibição de Kevin Martin com 26 pontos e 16 ressaltos, bem auxiliado por Paulo Cunha (19 pontos). Agora, segue-se um jogo muito importante no sábado (15h, sporttv1), na Figueira da Foz, Ginásio-FC Porto. Com ou sem Marçal, isso terá o FC Porto que informar... se o FC Porto vencer, o play-off deixará finalmente de estar em perigo, embora a equipa também já saiba que não conseguirá ir além do 6º posto nesta fase regular, mas vencendo, o 9º lugar também deixaria, de vez, de nos causar aquela sensação de desconforto... e nos play-off, nunca se sabe.

FC Porto já está nas meias finais do play-off...
(FC PORTO apurado para as meias finais do play-off, venceu o Portosantense por 2 jogos a zero)

• FC Porto, 5 - Portosantense, 2


• Portosantense, 3 - FC Porto, 6

No 1º jogo (presenciado pelo Estilhaço em Fânzeres), o FC Porto teve uma fase complicada quando já na 2ª parte os Madeirenses empataram a 2. Mas aí, Reinaldo Ventura revoltou-se e com 3 golos consecutivos, decidiu o jogo (os outros golos foram de André Azevedo e Jorge Silva).

No 2º jogo em Porto Santo, o FC Porto venceu mais tranquilamente, chegando aos 0-4 e 1-6 com um bis de Ventura e Jorge Silva. Os outros golos foram de Emanuel Garcia e Pedro Moreira. Agora nas meias finais (também à melhor de 3 jogos, ou seja de 2 vitórias), vamos ter um FC Porto-Benfica, com o 1º jogo em nossa casa no dia 25 de Abril. Na outra meia-final, a Oliveirense espera ainda o desempate entre Viana e Oeiras (amanhã).

Já este sábado, para os oitavos-de-final da taça de Portugal, teremos um interessante FC Porto - Viana (18h) em Fânzeres.

O sorteio deste domingo relativamente à fase final (final-eight) da Liga Europeia que se irá realizar em Bassano (Itália), de 30 de Abril a 3 de Maio, não teve afinal quaisquer condicionantes, sendo que nos quartos-de-final, a 1 de Maio, o FC Porto defrontará a equipa da casa (Bassano), num jogo em que Reinaldo Ventura não poderá jogar, por castigo. Se nos apurarmos para as meias-finais, defrontaremos o vencedor do desafio Barcelona-Réus. Nos outros jogos, temos um Vic-Follonica e um Liceo-Noia. O site oficial desta fase final é este. Outro site muito interessante e onde se destaca todo o hóquei em patins Europeu, é o do meu amigo Pedro Antunes que está, actualmente, na Suiça (pode aceder aqui) e que até já fez um post sobre o nosso blog (aqui).

Kevin Martin

O poste do basquetebol Portista levou a equipa às costas com 26 pontos e 16 ressaltos. Uma exibição fabulosa. Sem o seu contributo, a vitória no Seixal não seria possível, por certo. A equipa continua a vacilar muito, mas, sábado há que triunfar na Figueira para afastar, de vez, os fantasmas que ainda nos atormentam. Se tal não for possível (Marçal pode não recuperar), há pelo menos que evitar perder por mais de 13 pontos, pois em casa ganhamos por 80-67.

No futebol, destaco a vitória por 2-1 dos iniciados do FC Porto em São João da Madeira no 1º jogo da 2ª fase do Nacional, enquanto os juvenis estreiam-se apenas no dia 5 de Abril, recebendo o Varzim. Os juniores somam e seguem (ganharam em Penafiel por 3-2), liderando a tabela com 13 e 15 pontos de avanço sobre os mais directos perseguidores. Na Liga Intercalar de futebol, o FC Porto vai disputar os quartos-de-final amanhã (16h) na Maia, frente ao Leixões. No andebol, só os iniciados jogaram e uma vez mais, venceram por 34-29 em Àguas Santas, continuando invictos. No hóquei, é sempre a abrir, com a maior goleada a vir dos infantis que ganharam em Valongo por 12-1. No basquetebol, os nossos juniores A ganharam em Ovar por 74-67 e amanhã (21h) recebem o Vasco em Matosinhos. Os Juniores B e Cadetes também ganharam, mas continuo a destacar mais a carreira dos iniciados, que desta feita, foram a Barcelos arrasar o clube local por 73-38, continuando a sua escalada triunfal. Nos escalões femininos do basquetebol, o destaque vai, desta feita, para as nossas cadetes que ganharam em Ilhavo por 57-38.

No passado fim de semana de 6 a 8 de Março, decorreu o Torneio Zonal Norte Infantis, na Piscina Municipal de Cantanhede (25m). A equipa do FC Porto/Império Bonança fez-se representar por 20 atletas (equipa com mais atletas), fazendo uns grandes campeonatos. Foram conseguidos 13 pódios, 2 de “ouro”, 3 de “prata” e 8 de “bronze”, e observou-se uma evolução muito positiva, quer nos tempos obtidos, quer na técnica de nado. Além disto, 6 atletas já conseguiram alcançar tempos de acesso para aos Campeonatos Nacionais em Julho.

Também no fim-de-semana de 13 a 15 de Março, decorreram os Campeonatos Nacionais de Juvenis na Piscina Municipal da Póvoa de Varzim (50m). Também aqui, a equipa do FC Porto/Império Bonança foi a mais representada, com 20 atletas. Foram uns campeonatos muito positivos, sendo a nossa equipa a mais medalhada com 14 pódios, 6 de “ouro”, 3 de “prata” e 5 de “bronze”, havendo apenas uma equipa que conseguiu mais um título do que nós (SFUAP com 7 "ouros"). O momento alto do campeonato foram os 400Livres femininos, onde obtivemos os três 1ºs lugares, com a Ana Neto em 1ºlugar, a Sílvia Soares em 2ºlugar e a M.ª Luís Amorim em 3ºlugar.

Os nossos novos Campeões Nacionais são:

Ana Neto (400Livres, 800Livres, 4x100Livres, 4x200Livres), Sílvia Soares (4x100Livres, 4x200Livres), Maria Luís Amorim (4x100Livres, 4x200Livres), Catarina Lopes Reis (4x100Livres, 4x200Livres), Miguel Ferraria (4x100Livres, 4x200Livres), Miguel Lemos (4x100Livres, 4x200Livres), Luís Fonseca (4x100Livres, 4x200Livres), Francisco Mangas (4x100Livres) e Bernardo Costa (4x200Livres).

Foram dois fins-de-semana que serviram para demonstrar toda a força da nossa Natação e da nossa Formação. Parabéns a todos.

Um abraço do Lucho.

# post publicado em simultaneo no fórum fcporto.planetaportugal