15ª Taça de Portugal… 6º troféu para Jesualdo…

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assistência: --- espectadores.

árbitros: Pedro Proença (Lisboa), Tiago Trigo e Ricardo Santos; 4º árbitro: João Capela.

GD CHAVES: Rui Rego; Danilo, Lameirão, Ricardo Rocha e Eduardo; Siaka Bamba; Edu, Bruno Magalhães, Castanheira «cap.» e Samson; Diop.
Substituições: Castanheira por Flávio Igor (60m), Samson por Diego (61m) e Diop por Clemente (79m).
Não utilizados: Daniel Casaleiro, Vítor Silva, Heslley Couto e João Fernandes.
Treinador: Tulipa.

FC PORTO: Helton; Miguel Lopes, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Alvaro Pereira; Fernando, Guarín, Raul Meireles e Belluschi; Hulk e Falcao.
Substituições: Raul Meireles por Tomás Costa (46m), Miguel Lopes por Rodríguez (63m) e Guarín por Valeri (71m).
Não utilizados: Beto, Maicon, Farías e Addy.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

golos: Guarín (14m), Falcao (23m) e Clemente (85m).

disciplina: Cartão amarelo a Bruno Alves (12 e 90m), Bruno Magalhães (18m), Danilo (24m), Ricardo Rocha (40 e 90m), Eduardo (42m). Cartão vermelho, por acumulação, a Ricardo Rocha (90m) e Bruno Alves (90m).

Sob um sol intenso e perante um estádio Nacional praticamente cheio, o FC Porto carimbou hoje a conquista da sua 15ª Taça de Portugal, batendo o Desportivo de Chaves, equipa que há uma semana havia descido da Liga Vitalis para o 3º escalão do futebol português.

A entrada em jogo não foi boa para o FC Porto, com o Desportivo de Chaves a desperdiçar logo aos 9 minutos uma boa oportunidade para inaugurar o marcador. Edu atirou ao poste da baliza de um, estranhamente apático, Helton.

A partir daí, o FC Porto estabilizou o seu jogo e através de diabólicas arrancadas de Hulk começou a criar real perigo para a baliza flaviense. Guarin, aos 13 minutos, e depois de um lançamento longo, inaugurou o marcador com um remate cruzado, mas com culpas para o guardião flaviense Rui Rego. Estava feito o mais complicado, isto é, desmontar a estratégia flaviense, que como é natural, visava adiar o mais possível o golo do FC Porto.

A partir daí, o domínio azul e branco passou a ser uma evidência, com Hulk a desbaratar por completo a defesa do Chaves. Numa dessas arrancadas, o brasileiro voltou a oferecer um golo ao colombiano Radamel Falcão, que aos 23 minutos aumentava o marcador para a equipa portista. Até ao fim da primeira parte, o jogo teve sentido único, com o FC Porto a desperdiçar várias ocasiões para fazer o 3º golo. Neste particular, destacou-se negativamente Hulk que continua a ter como principal lacuna a finalização. Por 2 vezes, o brasileiro teve o golo nos pés e desperdiçou perante o GR flaviense.

A 2ª parte do jogo praticamente não teve história. Neste período , o FC Porto limitou-se a deixar passar o tempo, com os seus jogadores a trocar a bola longe da baliza do Chaves e os transmontanos através de ténues tentativas para chegar à baliza de Helton, pouco conseguiram assustar o brasileiro. Quando pouco o fazia prever, um erro de Bruno Alves, permitiu ao avançado açoriano Clemente reduzir o marcador para os comandados por Tulipa. Nos 5 minutos finais, assistiu-se à pressão do Chaves junto à área do FC Porto, registando-se um lance de perigo com Clemente a rematar forte e com perigo para uma defesa útil de Helton. Destaque ainda para duas expulsões, uma para cada lado. Bruno Alves, sem qualquer necessidade, entrou de modo descuidado sobre Clemente e viu, desse modo, o cartão vermelho. Uma atitude desnecessária num ambiente que já era de festa para o FC Porto, que carimbou assim a sua 15ª Taça de Portugal do historial. Depois da Supertaça, este foi o 2º troféu conquistado pelos azuis-e-brancos na presente época.

Melhor em campo: Hulk foi, claramente, o principal “inventor” da manobra ofensiva azul e branca. Sim, é um jogador que ainda peca muito na finalização, mas é dono de uma velocidade estonteante, tem uma técnica muito acima da média e uma potência de remate considerável. É aquele tipo de jogador relativamente ao qual se está sempre à espera de um rasgo individual que resolva um jogo. Não tem medo do um contra um, talvez por isso perca mais vezes a bola, mas é seguramente um “espalha-brasas”, daqueles jogadores que fazem do futebol um desporto apreciado por muitos milhões de pessoas.

Arbitragem: Jogo sem grandes problemas para Pedro Proença. Duas expulsões justas num jogo sem grandes problemas para o árbitro lisboeta, que se limitou a gerir bem o jogo ao longo dos 90 minutos.

Reflexão final: A época acabou. Este momento é de primordial importância para o futuro de curto/médio prazo do FC Porto. Há que reflectir sobre o que falhou internamente e prevenir as muitas “cascas de banana” exteriores, em que invariavelmente o FC Porto tropeçou na presente época. Da minha parte, deixo-vos duas reflexões que me ocorrem no momento:

1ª: O FC Porto venceu os últimos dez jogos da época, conquistou a Taça de Portugal e melhorou a triste imagem deixada no campeonato nacional deste ano… no entanto, esta boa série não pode enviesar a análise do que correu mal na presente época. Há jogadores que continuam longe de ter a mínima qualidade para serem titulares do FC Porto e há outros que, ou têm a cabeça no Dragão, ou mais vale irem “pregar para outra freguesia”;

2ª: Não tenho qualquer dúvida em afirmar que o FC Porto com Hulk é melhor equipa. As estatísticas também o comprovam: com o brasileiro, o FC Porto venceu maior percentagem de jogos, marcou mais golos, foi uma equipa mais alegre e, claramente, dispôs de uma dose de imprevisibilidade que sem o brasileiro nunca teve. Juntamente com Falcão, e do meu ponto de vista, com Ruben Micael, foi um dos protagonistas dos “bons episódios” da época portista. Agora, é tempo de reforçar o que tem de ser reforçado e manter os “bons valores” do plantel! Os que quiserem "melhorar as suas condições de vida", têm total liberdade para fazê-lo, desde que apareçam clubes dispostos a cobrir os montantes que a SAD portista estipular para a saída dos jogadores em causa. Os contratos quando se assinam não estipulam apenas direitos, mas também deveres… para bom entendedor.