Dragãozinho... de papel

competição: bwin LIGA 2007/08, 9ª jornada
data: 02.11.2007
local: Estádio do Dragão, no Porto
assistência: 38.423 espectadores
fc porto: Helton; Fucile, Bruno Alves, Stepanov, Marek Cech; Paulo Assunção, Raul Meireles, Lucho Gonzalez (Leandro Lima 11m, Sektioui 60m); Postiga (Adriano 70m), Quaresma e Lisandro Lopez.
golos: Hélder Postiga (20m), Zé Pedro (49m)

Antes do apito inicial, tempo para ser batido um record para constar no livro do Guiness com o maior número de aviões de papel a voar em simultanêo… ironia das ironias, um pouco mais tarde, íamos presenciar aos primeiros 2 pontos a ‘voar’ para o campeonato. Querem a minha opinião? Nada que já não fosse previsível há muito tempo. Também é verdade que algum dia tinha que ser… foi hoje! Agora, toca a seguir em frente.

Aos que continuam a querer ‘esconder o sol com a peneira’, é bom que acordem do embriagamento a que nas últimas jornadas fomos assistindo, parecendo pouco ou nada importar para alguns que se jogasse mal ou bem, que as opções fossem ou não discutíveis, que isto e aquilo, desde que se ganhasse, não é verdade?… pois então agora, façam o favor de descer das ‘nuvens’ e caiam na real… hoje, voltamos a assistir ao mesmo de muitos e outros jogos esta época. Por mim, podem continuar a ‘esconder o sol com a peneira’… eu não embarco nisso!

Mais uma vez, e como só o ‘iluminado’ percebe, voltou-se a mexer em equipa que ganha e lá foi um Lisandro encostado para a linha, depois de estar há vários jogos consecutivamente a carregar um FC Porto ‘poupadinho e tristonho’ às vitórias… a mim, até me dói a alma, mas adiante. O Tarik, pois, a esse, agora que anda a passar lustro no banco, só lhe falta mesmo é outro Ramadão para ser titular, caso contrário, não entra para as contas… e como o jogo se voltou a ‘esticar’ com a entrada deste, mas foi um esticar na vertical, porque por obra sabe-se lá de quem, o moço foi colocado no meio, qual clone do Mariano… quem terá sido o ‘iluminado’? Aviso já que não fui eu!

Apesar de uma entrada com relativo pressing nosso e deste agora oponente em nada ser parecido com o anterior visitante à casa do Dragão, fomos conseguindo levar o cântaro à fonte, passe a expressão, mantendo a bola sempre próxima da defensiva contrária… mas ao fim da primeira dezena de minutos, Lucho sentiu necessidade de ser substituído por Leandro Lima que foi ocupar o seu lugar (que me desculpem, mas este ainda está tão verdinho… tão tenrinho) e o futebol praticado passou a ressentir-se e de uma maneira muito ‘macia’ para as nossas cores.

Não gosto de admitir estas coisas, porque entendo e sempre entendi que um jogador não faz um clube… mas Lucho, mesmo nos seus piores dias, faz funcionar aquele meio-campo com outra classe, categoria e mestria muito difícil de igualar… hoje, vimos esta outra face da moeda!

Apesar desta contrariedade, aos 20 minutos de jogo, Hélder Postiga isola-se após passe de Paulo Assunção e com um remate cruzado e rasteio consegue bater Costinha que deixou passar a bola por baixo do corpo, fazendo o 1-0 para o FC Porto.

Continuamos a provocar a defensiva contrária em busca do 2º golo, mas o futebol praticado era mastigado, lento e com muita pouca cabeça, parecendo não haver ninguém que conseguisse agarrar o jogo a meio campo e fazê-lo fluir com outra mestria… aqui, Leandro Lima, mostrava-se uma nulidade, parecendo sempre querer fazer tudo rápido, muito rápido… e mal.

O Belenenses, mesmo que parecendo ter alguma predominância a meio-campo, não conseguia sequer aproximar-se da baliza de Hélton que passou uns primeiros 45 minutos como mero espectador.

Para a 2ª parte, concerteza que todos esperávamos um FC Porto forte em busca do 2º golo e quiçá de evitar sofrimentos desnecessários lá mais para a frente, mas foi o Belenenses a entrar melhor e fruto do controle de meio-campo que vinha já da 1ª parte, consegue chegar ao empate por Zé Pedro, estavam decorridos 49 minutos de jogo e o resultado ficava agora em 1-1.

Se o futebol praticado já não era o melhor (aliás, o habitual de há muitos jogos, mas há quem queira esconder o sol com uma peneira cheia de buracos!), este golo afectou ainda muito mais o FC Porto que passou a jogar com muito nervosismo e muita pouca cabeça… por esta altura, já as bancadas estavam nervosas, muito nervosas com o que (mais uma vez) estavam a presenciar no relvado.

O descontrole emocional dos nossos jogadores era por demais evidente, ora era ver Quaresma a irritantemente a querer fazer tudo sozinho (e já são tantos e tantos jogos do mesmo filme), ora era ver futebol directo dos centrais para a linha avançada, ora era ver Quaresma a entrar em picardias desnecessárias e evitáveis para um profissional (um dia, vai aleijar alguém e de que maneira, ai vai, vai!)... apesar de tudo isto, ainda houve tempo para nos serem anulados 2 golos, ao que parece, e vim a saber apenas já fora do estádio, um deles, o de Lisandro estava em jogo e faria naquela altura o 2-1 já bem perto do apito final.

O jogo chegou ao fim com um empate 1-1 e com o terminar do ‘sonho’ das 13 vitórias para ser batido… por mim, quero lá saber das 13 vitórias seguidas e dos recordes… eu quero é que o meu FC Porto ganhe, e hoje não ganhou!

Oxalá o ditado “há males que veêm por bem!” esteja correcto, porque acabou-se o embriagamento e agora é hora de voltar à realidade… e essa, começa já na próxima 3ª feira, dia 6 de Novembro, quando recebermos em casa os franceses do Marselha para a 4º jornada da Liga dos Campeões.

azul + : Lisandro Lopez (VIPortista), Raul Meireles e Tarik no pouco tempo que jogou.

azul - : Quaresma que brinca e brinca com Jesualdo (com Co Adriaanse, há muito que a bancada tinha sido o seu banco de suplentes!), o Prof. Jesualdo Ferreira que continua a ser o nosso maior adversário (insiste em mexer onde não deve, e onde deve, não mexe!), Marek Cech e os segundos 45 minutos sofríveis e falho de ideias, muito em parte pela ausência do ‘cerebral’ Lucho.

arbitragem: Paulo Baptista (Portalegre), com vários erros que interferiram no resultado final; o golo de Hélder Postiga foi precedido de fora-de-jogo e já na parte final do jogo, golo mal anulado a Lisandro Lopez que daria muito provavelmente o 2-1 final. No capítulo disciplinar, Quaresma teve a estrelinha do seu lado e mais não digo. Ahhh, e condescendeu em demasia com a teatralização final por parte do adversário.















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