Gelsenkirchen. A evocação do nome provoca uma enorme onda de saudosismo e reminiscências a qualquer portista que se preze. Daqui a uma semana voltamos lá. A cidade alemã, de nome quase impronunciável, entrou no léxico português numa tarde primaveril de Maio. Estava-se em 2004. Lá, no mundo teutónico, a final mais apetecida, aquela que celebra a melhor equipa da Europa, iria ter um sabor especial.
E eu, como tantos outros, embarquei nesse sonho. Na bagagem, um mundo cheio de esperança, uma fé inabalável, uma crença indestrutível, fruto de uma relação de dois anos com uma equipa que conjugava, de todas as formas, o verbo VENCER. Nós sabíamos ao que íamos. Ao encontro da história, à coroação de uma geração inesquecível, que transportou a flâmula azul e branca pelo velho continente, mostrando orgulhosamente a sua qualidade.
Naquela tarde/noite alemã, com as luzes tremeluzentes do Estádio conferindo uma aura de magia a toda a envolvência, sentei-me, desfrutando da visão dos últimos preparativos. Os adeptos entrando, uns exibindo uma confiança enorme, outros com o nervosismo espelhado na face. Os risos nervosos, as conversas que fluíam, os abraços entre amigos, numa cacofonia de sons única, própria das grandes noites. Dei por mim com os pensamentos dispersos, lembrando-me da promessa que fizera, 17 anos antes…
27 de Maio de 1987. Na TV, os guerreiros de azul lutavam contra o colosso bávaro, lá longe, em Viena. Eu acompanhava, com o estômago tolhido de nervos, com a boca seca, sentindo o coração a pulsar acima do ritmo, as incidências da partida. Sentia que o Porto, o clube amado, estava no limiar de uma nova era. Apenas um pedaço pequenino nos separava da glória eterna. E chorei. Não me envergonho de o dizer. Chorei descontroladamente. Naquele instante em que o futebol me demonstrou quão belo e cruel pode ser ao mesmo tempo. Futre serpenteava por entre gigantes, num misto de agilidade e contorcionismo. Parecia fácil, à distância, vê-lo a desbaratar os jogadores do Bayern. E depois, com o grito de golo, tão ansiado, preso na garganta, desejando mais do que nunca ver a bola a aninhar-se nas redes, a mão omnipresente do Destino desviou o couro, lentamente, para fora. Senti-me apunhalado pela tragédia a que assistia. A mais bela jogada da minha vida, imerecidamente cerceada por centímetros. As lágrimas, teimosas, correram livres, numa torrente que não secou quando a reviravolta aconteceu. E ali, naquele exíguo apartamento, os gritos de júbilo atroaram os ares. Uma sensação indescritível apossou-se de mim. Uma alegria transbordante, mágica, que me prostrou de joelhos, agradecendo graças divinas. E eu prometi. “You’ll never walk alone…”
E eu, como tantos outros, embarquei nesse sonho. Na bagagem, um mundo cheio de esperança, uma fé inabalável, uma crença indestrutível, fruto de uma relação de dois anos com uma equipa que conjugava, de todas as formas, o verbo VENCER. Nós sabíamos ao que íamos. Ao encontro da história, à coroação de uma geração inesquecível, que transportou a flâmula azul e branca pelo velho continente, mostrando orgulhosamente a sua qualidade.
Naquela tarde/noite alemã, com as luzes tremeluzentes do Estádio conferindo uma aura de magia a toda a envolvência, sentei-me, desfrutando da visão dos últimos preparativos. Os adeptos entrando, uns exibindo uma confiança enorme, outros com o nervosismo espelhado na face. Os risos nervosos, as conversas que fluíam, os abraços entre amigos, numa cacofonia de sons única, própria das grandes noites. Dei por mim com os pensamentos dispersos, lembrando-me da promessa que fizera, 17 anos antes…
27 de Maio de 1987. Na TV, os guerreiros de azul lutavam contra o colosso bávaro, lá longe, em Viena. Eu acompanhava, com o estômago tolhido de nervos, com a boca seca, sentindo o coração a pulsar acima do ritmo, as incidências da partida. Sentia que o Porto, o clube amado, estava no limiar de uma nova era. Apenas um pedaço pequenino nos separava da glória eterna. E chorei. Não me envergonho de o dizer. Chorei descontroladamente. Naquele instante em que o futebol me demonstrou quão belo e cruel pode ser ao mesmo tempo. Futre serpenteava por entre gigantes, num misto de agilidade e contorcionismo. Parecia fácil, à distância, vê-lo a desbaratar os jogadores do Bayern. E depois, com o grito de golo, tão ansiado, preso na garganta, desejando mais do que nunca ver a bola a aninhar-se nas redes, a mão omnipresente do Destino desviou o couro, lentamente, para fora. Senti-me apunhalado pela tragédia a que assistia. A mais bela jogada da minha vida, imerecidamente cerceada por centímetros. As lágrimas, teimosas, correram livres, numa torrente que não secou quando a reviravolta aconteceu. E ali, naquele exíguo apartamento, os gritos de júbilo atroaram os ares. Uma sensação indescritível apossou-se de mim. Uma alegria transbordante, mágica, que me prostrou de joelhos, agradecendo graças divinas. E eu prometi. “You’ll never walk alone…”
17 anos depois estava a pagar a minha promessa. Teoricamente, tinha-a cumprido, no ano anterior, enfrentando hordas de escoceses vestidos de verde, ébrios e cantando músicas celtas, na canícula sevilhana. Tecnicamente, era ali, na mesma competição, que a solenidade da promessa tinha que ser cumprida. Na mais elitista das provas de clubes. No jogo em que todos desejam estar. E o Porto estava lá. Eu também.
As incidências da partida já todos sabem de cor. Momentos que, relembrados ainda agora, provocam aquele arrepio de emoção. A loucura que se apossou do corpo, com este aos saltos no meio da imensa mole humana, gritando histericamente, quando o remate de Carlos Alberto se anichou nas redes. Impossível definir a sensação de alegria, que ameaçava transbordar de dentro do coração, músculo frágil, batendo descontrolado.
E depois, aquele lance, sentido quase como uma premonição. A perda de bola de Morientes, o arranque de Deco, cabeça levantada, bola colada à chuteira, deambulando pelo relvado, aproximando-se da baliza. Os corpos, nas bancadas, soerguendo-se lentamente, prevendo o desfecho, mas tímidos no movimento, como se tivessem medo de desconcentrar o mágico. Já sabem como a história acabou: com a destreza do costume, Deco introduziu a bola na baliza francesa. A apoteose começou ali. E durou uma eternidade.
E depois, aquele lance, sentido quase como uma premonição. A perda de bola de Morientes, o arranque de Deco, cabeça levantada, bola colada à chuteira, deambulando pelo relvado, aproximando-se da baliza. Os corpos, nas bancadas, soerguendo-se lentamente, prevendo o desfecho, mas tímidos no movimento, como se tivessem medo de desconcentrar o mágico. Já sabem como a história acabou: com a destreza do costume, Deco introduziu a bola na baliza francesa. A apoteose começou ali. E durou uma eternidade.
Gelsenkirchen é isto. Saudade. Glória. Orgulho. E nós vamos lá voltar. Daqui a uma semana. Boa sorte rapazes. Estamos com vocês!
ps - Fica aqui o desafio: caro leitor, puxe pela memória e evoque as suas emoções, referentes a esse 26 de Maio de 2004. Onde estava? Como viveu o jogo? Onde comemorou?
[nova actualização] [CoNtRa dOSsiEr] "o apito Bermelho" com upload de 7 novas imagens (total: 200 slides)… passem por lá para confirmar, não custa nada! Só tens que clicar no banner respectivo logo ali acima.
Para PP os parabems,reavivaste essa chama de gostosas saudades pelas magnificas vitorias,das mais emocionantes,sâo imagens q por cá alguns até temos nâo só na memoria como nos videos caseiros cujas maquinetas conservamos para rever os momentos assim. Com o video-Pc é logo,chegar aos momentos e ver,e rever e desfrutar do tal nó nesta garganta (secar nâo deixamos pq em casa sempre há com q lubrificar)e é direitinho como o descreves aqui!
ResponderEliminarVamos lá outra vez aos(04s)e tenho uma boa vibra q sairemos airosos !
Mas sempre faz falta a torcida bem fiel,se bem que pela Europa há mto patricio e m/colega emigrante, que viaja muito Km p'a assistir ó vivo.
Mas antes temos que ganhar à nossa ilha, e nem tanto pq precisemos d pontos, é só p'ra que essa media capitalina poupe tinta e saliva !!!
E nâo comecem outra vez com paleio de que já têm outra vez chances,e se nâo se pôem á tabela nem vâo à Uefa sequer,ficam en casa como uma noiva de parbónia , vestida e bem alvoracada!(Nao se vistam q n/vâo)!
Posts assim fazem-nos emocionar,pá!
Ainda estou a limpar lágrima insistente que corria no meu rosto.
ResponderEliminarPaulo, mais um post, cheio de magia. Nos teus textos encontramos as asas que nos levam em viagens pelo tempo lembrando feitos históricos de homens que orgulharam o nosso clube.
Para ser sincero Paulo, vibrei muito mais com a conquista da Uefa em 2003. Foi um jogo mais emocionante e foi a 1ª taça europeia depois de 16 anos de jejum, mas claro q tb gritei descontroladamente num café onde alguns Portistas da mh terra se reúnem. Em 87 era um puto ainda e ...é verdade... tb chorei.
Essa jogada do Futre foi talvez a melhor q algum futebolista azul e branco executou ao longo da história.
Em 87 vi o jogo pela tv com o meu Pai, loucura total e festejos na baixa.
ResponderEliminarAquando de Sevilha, vi o jogo em casa, sózinho, a sofrer como nunca e festejos na baixa.
Em 2004, posso dizer com orgulho " Ich war da ", Eu estive lá.
Cerveja a rodos e salsichas antes do jogo,água durante, uma alegria indescritível no decorrer do mesmo e no final.
Em 87 pela primeira vez fui chamado de doido, e foi nessa jogada do Futre.
ResponderEliminarDepois fui a Sevilha onde atingi topo que se pode atingir nas emoções do futebol.
Aquando da final de 2004 eu estava em Cabo Verde a trabalhar, tudo começou em Manchester a levar na cabeça pelos benfas nojentos que lá estavam, só eu e um amigo portista numa tasca. No final insultei aqueles fdp todos, nem sei como saí vivo de lá. Aquelas bestas de 2 metros de altura fo****s. A sorte é que depois chegou a tropa portista toda e ai lá me safei.
A final para mim foi um passeio, creio que nunca duvidei da vitória.
Sds do Brasil
Blue ora aí está, um blog de projecção Internacional:
ResponderEliminarVenezuela, agora Brasil, às vezes até da Polónia, alguns em França, outros em Espanha...
A verdade é q este Porto e esta paixão pelo azul e branco não tem limites, nem sequer fonteiras.
Permitam-me agradecer a todos os blogs por poder acompanhar de perto o nosso Porto.
ResponderEliminarA ti Lucho, ao mundo azul e branco, portistas de bancada, portista com orgulho que são os que eu acompanho mais
Valeu como por aqui se diz.
Nós podemos, temos legitimidade para isso, evocar o passado. Em primeiro lugar porque é um passado recente, depois porque não ficamos nem vivemos do passado, finalmente porque temos futuro.Aquela exposição benfiquista no Parlamento Europeu foi o maior exemplo de bacoquisse saloia que há memória. Que tristeza, que imagem tão tacanha, tão provinciana e tão pobre foi dada de um clube português.
ResponderEliminarEm 1º correu um arrepio na espinha ao rever estas imagens depois lá caiu uma lágrima marota.
ResponderEliminarEm 87 vi o jogo em casa com a família e foi o delírio total .Estava na 2ª ou 3ª classe. Lembro que a minha professora de 60 e tais anos fez o gesto do golo do Madjer (claro com as mãos na parede, senão ela caía lol). Na final de Sevilha estava com uma amigdalite e perto de 40 de febre mas mesmo assim gritei como um louco na minha cama, até doer e muito a garganta. Na última final vi na casa de uns amigos e fomos para a avenida e para o Dragão, loucura total.
Na próxima final europeia quero estar no estádio e vibrar com a equipa e os adeptos.
Caros amigos portistas
ResponderEliminarNao me tornem a fazer um post destes senao temo pela minha saude!
Um abraço a todos :)
Em 87 v o jogo no café que era do meu pai cheio de Portistas... no lance do Futre fiquei sem palavras pos ver tamanha que era a injustiça aquela bola não ter entrado na baliza, ouve um que gritou golo e caiu de joelhos no chão não acreditando naquilo que estava a ver, mas no fim os festejos foram muitos.
ResponderEliminarEm 2003, vi o jogo no café rodeado de portistas, foi a final que mais sofri mas no fim valeu a pena fui festejar para o centro da cidade de Santo Tirso, foi nesse dia que percei que em Santo Tirso avia mais portistas do aquilo que eu pansava, mais um mito quebrado.
Em 2004, a confiança era muita (talvez de mais) por isso vi o jogo em casa à espera que o jogo chegasse ao fim para festejar. Fui ver o Porto – Real madrid ao Estadio das Antas que perdemos, no fim do jogo virei-me para o meu primo e disse-lhe que nas meias finais iria estar no Estadio do Dragão para ver o Porto chamou-me apanhado, quando jogamos com o M. U. chamou-me outra vez apanhado mas nas meias finais lá estava no Dragão e no fim do jogo vierei-me para ele e disse-lhe que iamos ganhar a Espanha e que na final viesse quem viesse a taça era NOSSA, dito e feito.
Em 2008, em ano especial para mim, estou à espera de festejar outra vez não sei como nem onde.... mas deixem-me sonhar que por enquanto ainda não cobram por isso, TRI no campeonato e na Liga doa Campeões. Que bonito que era....
Olá a todos,
ResponderEliminarJá estou como o Lucho. Aqui sim, se vê a grande força da diaspora portista. Estamos em todo o lado. Milhares de quilómetros nos separam, geograficamente, mas a paixão pelo Dragão vence a distância...
Sinto-me feliz por, principalmente, este blog funcionar como elo de união entre portistas, sem olhar a credos, raças ou países. Um ponto de encontro entre amigos, uma tertúlia saudável, um ponto de discussão sobre a actualidade do nosso amado clube...
E, pk é sempre bom reviver momentos de felicidade, não me consegui controlar, novamente. Apesar de estar no trabalho, lá vim eu aqui, clicando nos vídeos, ficando embevecido a ver as imagens: 87 tal como 2004, a mesma alegria, o mesmo frémito de emoção, ao ver a glória, ao relembrar momentos ímpares na história secular do Porto...
Falta uma semana para Gelsenkirchen mas já sinto aquela carga de ansiedade típica dos grandes jogos. Que aquele 11 k subir ao relvado saiba ser digno deste clube de heróis...
Nós estaremos por cá, para dissecar aquilo k se espera seja uma vitória retumbante, numa união k cobre o planeta inteiro.
Obrigado a todos e, logicamente, viva o PORTO!
De todos os relatos, talvez o meu seja o mais solitário digo eu.
ResponderEliminarEm 87 infelizmente não era nascida, faltavam ainda 2 anos e dois meses para eu vir a este mundinho.
Em 2003, estava em casa sozinha, os meus pais a trabalhar (o meu pai a vibrar no trabalho) e eu em casa de cachecol ao pescoço, de terço de contas azuis no pulso e de olhos postos na rtp... Olhos toldados de lagrimas, de orgulho de alegria, porque embora ja tivesse vivido um penta, taças de portugal e supertaças era a minha primeira final europeia. Foi passada em casa, porque como ja disse neste blog, sou natural de uma terra proxima de lisboa e adivinhem la, pois somos 6 portistas nesta terra. No café nao passava o jogo, por isso e para nao ter uma taquicardia decidi ficar em casa... Foi a melhor tarde/noite da minha vida.
Em 04, mais uma vez estava na minha casa, de cachecol no pescoço, de terço no pulso, este terço veio do vaticano acompanha.me pa todos os jogos! Foi sei la a apoteose, desta vez o meu pai tava comigo foi o rebentar do coraçao, a casa vinha abaixo, ate a minha mae que é benfiquista participou na nossa festa, ate abrimos o champanhe. A seguir ao jogo, e eu tinha 14 anos, peguei no cachecol fui ao cafe e fui comprar um chocolate de cachecol ao pescoço e com um sorriso de orelha a orelha calando todos os que la se encontravam e que estavam cabisbaixos porque as suas preces nao tinham sido atendidas.:)
Este ano, e ja a morar na INVICTA, espero estar nos Aliados, junto ao estadio onde quer que seja, à espera deles caso o nosso destino se cumpra de novo e levarei novamente o meu cachecol que ha 6 anos me acompanha!
Beijinhos azuis e brancos da Ta_8
Tal como o Lucho, eu vibrei muito mais com a conquista de Sevilha, talvez por ter visto ao vivo. Aquela final da UEFA foi o jogo da minha vida. Em 2004, vi o jogo em casa de um amigo e, claro, foi a loucura total. A seguir ao jogo, fui de carro festejar para as ruas. Que saudades de poder dizer que somos campeões da Europa.
ResponderEliminarPara esta eliminatória, estou muito confiante, o FC Porto é muito superior e tem obrigação de passar. No entanto, cuidado, não gosto destas eliminatórias aparentemente fáceis... Será preciso concentração total.
Ah, posso também dizer que nessas gloriosas campanhas de 2003 e 2004, vi todos os jogos em casa, nas Antas e no Dragão. E com o Schalke 04, lá estarei no Palco de Emoções.
ResponderEliminarGelsenkirchen...só tenho pena de nao conchecer o meu amigo de agora Paulo Pereira, pois acredita que terias ido acompanhado tanto a sevilha como a alemanha....Vi o jogo da champions em casa e sim confesso chorei...em pranto postado frente a tv vibrei...é me dificil explicar pois sou visto por muitos como algo frio e insensivel...e acabar a chorar em frente a Tv por uma vitoria do FCP, explica bem o sentimetno que nutro pelo clube....Minutos depois telefonava-me a minha mae a pergunta se estava contente ..eu nao estava contenteestava euforico e de lagrima no olho...afinal o PORTO é algo muito grande dentro de mim.
ResponderEliminarAi amigo Paulo so tu e a tua escrita para me levar hoje para algo melhor...
Abraço...Allez Porto!!!
Passado tanto tempo, um mais recente que outro, estas são memórias que nunca se irão apagar das nossas mentes... mesmo hoje, ou noutro dia qualquer, ouvir/ver estes momentos, deixa um tipo, por mais forte que seja, com uma lágrimazinha no canto do olho e num estado tal de arrepios que só quem «ama» este clube, quem sente estas cores verdadeiramente, consegue perceber o «momento» mais intenso que é poder voltar a fazer um rewind das nossas noites mais mágicas.
ResponderEliminarEm 87, ainda com os meus 12 anitos, lembro-me perfeitamente como se fosse hoje desses momentos vividos, nessa altura, em casa dos meus avós paternos, já que em casa, televisão, só mesmo a p/b e de ecrã minimalista... outros tempos! Dessa noite, guardo 5 momentos jamais inesqueciveis: jogada magistral do Futre, calcanhar de Madjer, vôo de Juary, já no final ver Juary ajoelhado a rezar a todos os santos e o «egoísta» :D do João Pinto que não largava a taça nem por 1 segundo. Depois, foi abalar em direcção aos Aliados em carrinha de caixa aberta, ao bom estilo «nómada»... mas que saudades dessa ainda infância inocente, carago!
Em 2003, Sevilha, foi a «minha primeira vez», se me faço entender, e passem-se os anos que se passarem, aquele dia, aquele momento, aquele jogo, aquela taça, para mim, serão sempre «únicas» e irrepetiveis, passem-se os anos que se passarem... apenas porque foi a «minha primeira vez» e essa nunca mais se esquece e fica para sempre marcada na nossa memória. Eu estive lá!!!
Em 2004, ainda «bêbados» da fama alcançada na época anterior, foi o culminar e o fecho de um ciclo a todos os níveis deslumbrante e que a ninguém, aposto, nem no melhor dos seus sonhos, jamais imaginaria ganhar tudo o que se conquistou em 2 épocas seguidas. Não posso dizer que este tenha sido para mim o momento mais marcante enquanto Portista, pq não foi, pela tranquilidade do resultado, pelo adversário... mas que ninguém possa dizê-lo, era a final da «nata» do futebol, a tal Liga dos Campeões, e essa, não é para todos... apenas para quem pode!! Ahhh, e deste jogo, guardo na memória a mais louca viagem que fizemos em 2 Peugroy 307 novinhos em folha... foi cansativo, demasiado, mas pelo nosso FC Porto, todos os sacrificios são poucos!
Já dormi 2 noites nas Antas para sacar bilhetes pra Sevilha... já dormi 2 noites nas bancadas do Dragão para sacar bilhetes pra Gelsenkirchen... se o voltaria a fazer?
Venham elas... nem que sejam 10 noites ao frio e ao relento... eu, lá estarei!
O FC Porto, para mim, vale todo o esforço... o que posso dar e mesmo aquele que nem julgava ter.
ps - que puto de vídeos estes... dassseeeee... já os vi sei lá quantas vezes e não me canso (nunca) de os ver, nem paro tão pouco de me sentir arrepiado... dasseeee :D
Em 2004...estava bem atrás da baliza do golo do Carlos Alberto...
ResponderEliminarque alegria!!!!Comemorar? Foi mais sentir-me portista e orgulhoso!!!!!!!!E estou como todos....não me canso de ver estes videos ( a cores...e bem vivas principalmente o azul e branco!).
Pois, esqueci-me de dar as boas vindas aos novos comentadores, mas tão ilustres Portistas quanto os que aqui comentam de forma mais assídua: Zep e ZePortista.
ResponderEliminaraKeLe aBrAçO,
ps - é verdade Amigo Lucho... há muito que ultrapassamos a barreira das fronteiras deste nosso PORTOgal dos pequeninos... aqui, neste espaço, apenas podemos dar uma certeza a todos os nossos visitantes: "tal como ontem, podem continuar a contar connosco! Não vamos parar!!".
simplesmente lindo!!
ResponderEliminararrepiante e memoravel...só os portistas para terem recordações tão boas!!
ao ver estas imagens a emoção e os arrepios são os mesmo que sentimos no dia dos jogos!!
que mais venham por aí...
força PORTO
Vi a final de Gelsenkirchen junto com uns amigos no local de trabalho de um deles.
ResponderEliminarÉ claro que no final foi uma grande alegria e fomos festejar para os aliados.
Mas gostei mais da final de Sevilha, foi mais sofrida e talvez por isso teve outro sabor.
Em 87 como tinha 12 anos foi mais aquela alegria pelo FC Porto ter ganho a taça. Agora é diferente porque aquela grande alegria também se junta uma grande emoção :)
Abraço
http://estrelas-do-fcp.blogspot.com/
Ver, ouvir e ler esta HISTÓRIA VIVA, até me faz mal.
ResponderEliminar84 Basileia - ainda miúdo, a minha primeira grande vivência enquanto adepto do FC Porto. Perdemos, mas nesse instante deixei de ter duvidas do seguinte - o PLANETA vai ser pequeno para nós.
Ainda em 84 - o meu pai concede-me uma honra suprema e um previlágio único - torna-me sócio do F-U-T-E-B-O-L C-L-U-B-E D-O P-O-R-T-O !
87 - Com excepção da primeira eliminatória em Vila do Conde, estive em todos os jogos nas Antas. Depois Viena, em casa, foi ... foi ... a maior alegria desportiva da minha vida. Até os candeeiros lá de casa viram a sua "vida" em perigo !! Loucura total !! Já devo ter visto esse jogo, na íntegra, numa contagem por defeito, umas trinta vezes. Até já cheguei a saber de cor o número de passes, e seus executantes, para as jogadas mais importantes. Adiante...
2003 - Depois de muitas horas na fila, morri na praia. Mais uma vez em casa, mais uma vez a loucura total. Fiz uma jura - se houver próxima final e eu tiver saúde e possibilidades nem que vá a pé.
2004 - Estive lá !
? - Se eu tiver saúde e possibilidades ...
Não me levem a mal ...
ResponderEliminarÉ que ainda choro ...como uma criança !
Oh eu aprecio imenso Homens que choram e esses sim, merecem um "H" maiusculo. Chorar não é mais do que uma maneira de exteriorizar emoçoes negativas ou neste caso muitissimo positivas!
ResponderEliminarEu tmb choro cada vez que meto play e ouço os comentadores por tres vezes:
"Goloooooo marca o miudo marca o miudo!"
"Vamos Porto vamos po goloooooo! O mágico agita as redes!"
"Golooooo!Dimitri Dimitri Dimitri Alenitchev!"
É A APOTEOSE MEUS COMPARÇAS!
Beijinhos azuis e brancos da Ta_8
PaRaBeNs Paulo Pereira!!!
ResponderEliminaro texto está simplesmente fantástico e de cada vez que vejo estes videos choro como uma desalmada e os arrepios permanecem desde o dia em que os vivi, em 2004claro, porque em 87 ainda nao tinha vindo ao mundo...
os nossos rapazes vao voltar a Gelsenkirchen...e nao vao estar sozinhos...
"UM FILME INESQUECIVEL, MAS NAO IRREPETIVEL"
FoRçA FC PORTO!!!!
Oh meus Amigos, eu também choro como um bébe, ao recordar estes jogos fantásticos, do nosso FCP...
ResponderEliminarVou deixar as minhas recordações: Em 87, só tinha dois anos de vida, por isso, não lembro nada...
Em 2003, na final de Sevilha, vi o jogo em casa, e quando o Ninja marcou o terceiro golo quase parti uma porta...!
Depois fui para junto da Casa do Porto de Famalicão festejar...
No ano seguinte, também vi o jogo em casa, mas no final fui com uns colegas para o Estádio do Dragão. Estava cheio de gente, perto da meia-noite... De lá fomos para o aeroporto, e apesar de algum frio esperamos lá pelos nossos heróis campeões da europa... Fizemos uma directa e no final fomos rouquinhos directos para os empregos...
Uma das coisas que mais orgulho dá em ser portista é podermos dizer que vimos o nosso clube ser campeão da europeu...! O passado é (muito) importante, mas o presente é mais...
PS: A minha melodia preferida, no Dragão era: «Somos nós/ somos nós/ CAMPEÕES da EUROPA7 somos nós...!»
saudações portistas...
Estive em todas!
ResponderEliminarA minha primeira foi Baslieia em 84! Ao lado do meu irmão Nuno, no peão do velho Estadio St Jackobs, se tirássemos os pés do chão não caíamos dado o aperto em que estávamos! Perdemos talvez de forma injusta, mas nesse dia o Porto afirmou-se na Europa! E lembro-me bem de que, após o jogo terminar, de lágrimas nos olhos, tiramos centenas de fotos com adeptos da Juve que nos vinham dar os parabéns! E só quando chegamos ao carro é que demos conta que estava a chover e nos tínhamos molhado todos!
Depois foi Viena 87 e a tremenda alegria que foi a vitória na Taça dos Campeões! Chorei como uma criancinha!
Depois, Supertaça Europeia em 87 e uma vitória saborosa!
Valeu a pena esperar e em 2003 lá estava em Sevilha! Um ambiente indescritível, um jogo de enorme sofrimento (talvez o pior de todos) e a alegria da vitória já abraçado ao meu filho Miguel!
Mas deixem-me aqui recordar uma outra viajem: uma viajem épica à Corunha para a meia final da Liga dos Campeões! 3500 portistas, nas bancadas do Riazor, calaram o Estádio da cidade galega com os seus cânticos de apoio ao grande campeão: o FC Porto! Foi lindo ver no final, rendidos à superior categoria dos portistas, os adeptos locais a darem-nos os parabéns e a desejarem uma vitória na final!
Claro que estive em Gelsenkirchen e, pela primeira vez numa final, vi o Porto a dominar claramente nas bancadas! Impressionante a fé clubista que se vivia no Aeroporto de Pedras Rubras na manhã desse dia 26 de Maio! Jamais tinha imaginado aquela romaria aérea de 15 000 portistas a partirem para a Alemanha! Creio que nenhum de nós tinha dúvidas: o Porto ia ganhar!
Só estive na primeira, em 84 em Basileia para onde fui de camioneta com uma tia (infelizmente já não é viva) e, no estádio cheio de italianos perdemos mas, naquela altura percebeu-se que estava próximo a conquista da Europa. Em 87, com o Rei Artur no comando assisti em casa de um amigo e depois do 1º golo, quando o Madjer recebe a bola, entrei em êxtase com a certeza de que íamos marcar. Depois quer a Intercontinental (na neve) quer a Supertaça europeia deram a conhecer ao Mundo todo aquela equipa fantástica de camisola às riscas azuis e brancas.
ResponderEliminarE veio 2003 e a final de Sevilha que assisti em casa dos meus pais com a minha filha mais nova que fazia anos a não perceber porque é que ninguém lhe cantava os parabéns e eu a prometer à mais velha que se ganhássemos a levava ao Jamor ver a final da Taça de Portugal com o Leiria que se jogava uns dias depois (e cumpri a promessa e ganhámos mais uma final). E, em 2004, veio essa caminhada imparável com o Special One (aqui o meu reconhecimento eterno a JOSÉ MOURINHO) no comando dos dragões com esse golo memorável em Old Trafford depois de um não menos memorável jogo no Dragão (foi o primeiro jogo da Champions no Dragão) e a vitória na Corunha. Na final que assisti novamente nos meus pais, foi um jogo brilhante mas desde o início que a hipótese era só uma: GANHAR.