... é saber antecipar!
Num dos países mais populosos da Europa, a França, as estatísticas são alarmantes no que diz respeito à prática do futebol. Empresários e empresárias tocam batuque e outros bombos de alegria! Televisões e Federação fecham direitos, dançando e cantando! Mas, no terreno, a realidade é outra. Quem e quantos praticam futebol?
Nos países mais populosos da Europa, o futebol pode estar em perigo.Vejamos 3 exemplos:
Em Itália, o Calcio já não é o que era. Perdeu muito prestígio internacional. Não são os escândalos que agonizam o Calcio. Quem sabe que o Imperador Nero, no ano 67 da nossa era, ganhou uma prova olímpica, concorrendo sozinho, não liga a escândalos. Já a violência vivida nos estádios Italianos afugenta. Mas a “Squadra Azurra” já integra o “Torneio das Cinco (seis) Nações” em rugby. E os Italianos já têm um outro desporto de coração. Quem diria?
Em Inglaterra, o problema da violência na Premier Ligue parece ter sido resolvido com o aumento astronómico dos preços dos bilhetes. Só que, na realidade, o problema da violência foi transferido para os escalões menores, afugentando praticantes e adeptos. A Inglaterra não vai ao Euro e o presidente da Federação Inglesa já anda desesperado, acusando a Premier League de impedir a criação de novos talentos.
A França é o país que mais títulos internacionais têm a nível das camadas jovens. É também, segundo a revista brasileira, “Super Interessante”, o país onde nascem mais craques a nível mundial: 14 por cento. Para esta excelenta revista , o Brasil tem percentagem inferior: 8 por cento. Madjer e Tarik são um bom exemplo da qualidade de formação das escolas francesas.
Em França, a violencia e o racismo afugentam, diariamente, as adeptas e os adeptos, em suma os praticantes, dos estádios menores e das escolas de formação.
Penso que os primeiros responsáveis por esta situação no futebol são as federações de futebol. Estas parecem não ter qualquer estratégia, quer quanto à gestão da violência e do racismo quer quanto à cultura desportiva do futebol. A única estratégia, para as federações, parece ser a de permitir que o futebol fique refém de multimilionários.
Não deixa de ser alucinante constatar que um simples telespectador, em França, em 2008-09, não poderá assistir, em sua casa, a jogos da “Ligue 1” e a resumos destes últimos sem ter que recorrer a cadeias televisivas com portagem. Leram bem: mesmo para ver os resumos, será preciso pagar!
O último projecto de lei das finanças para 2007, elaborado pelo Senado Francês, relativo ao desporto, à juventude e à vida associativa apresenta o seguinte quadro quanto à prática desportiva. Note-se que o desporto constitui o primeiro movimento associativo de França. Movimento que tem cerca de 150.000 associações e quase dois milhões de benévolos. Não são contabilizadas, neste âmbito, as associações desportivas escolares.
Em % dos praticantes com idade entre os 15 e 75 anos:
Num dos países mais populosos da Europa, a França, as estatísticas são alarmantes no que diz respeito à prática do futebol. Empresários e empresárias tocam batuque e outros bombos de alegria! Televisões e Federação fecham direitos, dançando e cantando! Mas, no terreno, a realidade é outra. Quem e quantos praticam futebol?
Nos países mais populosos da Europa, o futebol pode estar em perigo.Vejamos 3 exemplos:
Em Itália, o Calcio já não é o que era. Perdeu muito prestígio internacional. Não são os escândalos que agonizam o Calcio. Quem sabe que o Imperador Nero, no ano 67 da nossa era, ganhou uma prova olímpica, concorrendo sozinho, não liga a escândalos. Já a violência vivida nos estádios Italianos afugenta. Mas a “Squadra Azurra” já integra o “Torneio das Cinco (seis) Nações” em rugby. E os Italianos já têm um outro desporto de coração. Quem diria?
Em Inglaterra, o problema da violência na Premier Ligue parece ter sido resolvido com o aumento astronómico dos preços dos bilhetes. Só que, na realidade, o problema da violência foi transferido para os escalões menores, afugentando praticantes e adeptos. A Inglaterra não vai ao Euro e o presidente da Federação Inglesa já anda desesperado, acusando a Premier League de impedir a criação de novos talentos.
A França é o país que mais títulos internacionais têm a nível das camadas jovens. É também, segundo a revista brasileira, “Super Interessante”, o país onde nascem mais craques a nível mundial: 14 por cento. Para esta excelenta revista , o Brasil tem percentagem inferior: 8 por cento. Madjer e Tarik são um bom exemplo da qualidade de formação das escolas francesas.
Em França, a violencia e o racismo afugentam, diariamente, as adeptas e os adeptos, em suma os praticantes, dos estádios menores e das escolas de formação.
Penso que os primeiros responsáveis por esta situação no futebol são as federações de futebol. Estas parecem não ter qualquer estratégia, quer quanto à gestão da violência e do racismo quer quanto à cultura desportiva do futebol. A única estratégia, para as federações, parece ser a de permitir que o futebol fique refém de multimilionários.
Não deixa de ser alucinante constatar que um simples telespectador, em França, em 2008-09, não poderá assistir, em sua casa, a jogos da “Ligue 1” e a resumos destes últimos sem ter que recorrer a cadeias televisivas com portagem. Leram bem: mesmo para ver os resumos, será preciso pagar!
O último projecto de lei das finanças para 2007, elaborado pelo Senado Francês, relativo ao desporto, à juventude e à vida associativa apresenta o seguinte quadro quanto à prática desportiva. Note-se que o desporto constitui o primeiro movimento associativo de França. Movimento que tem cerca de 150.000 associações e quase dois milhões de benévolos. Não são contabilizadas, neste âmbito, as associações desportivas escolares.
Em % dos praticantes com idade entre os 15 e 75 anos:
Não integrei todas as disciplinas, para não tornar a leitura fastidiosa. Escolhi quatro que me parecem ser dialogantes: duas para um desporto colectivo / duas para um desporto individual. Se é que há desportos individuais!
Note-se também, que este inquérito, apresentado no relatório do Senado, data de Julho 2000. Desde então os dados são ainda menos favoráveis ao futebol.
Quem vai ver uma modalidade que não pratica ou à qual não adere?
Querem as federações matar o nome primeiro do meu clube: “Futebol”?
O Futebol Clube do Porto, graças ao seu presidente, tem um estádio de vanguarda! O estádio do Dragão tem, no mínimo, quinze anos de avanço sobre a maioria dos estádios europeus. Platini, citado pelo diário “L’Equipe”, no dia 1 de Fevereiro do ano em curso, afirma que a França , sem parceiros, dificilmente poderá realizar o euro 2016 porque não existem, actualmente, oito estádios, em França, com normas adequadas.
Não sei o que o futuro reserva. Creio que a política actual não vai poder durar porque é suicidária para a modalidade. Mas qualquer que seja a tendência, sabemos que o FC Porto já tem um estádio que o resguarda de ventos, marés altas e tempestades.
Parece-me, pelas razões evocadas, indispensável consolidar ainda mais o FC Porto.
O Futebol Clube do Porto, por história e trabalho, tem uma das melhores escolas de formação de Portugal das camadas jovens de futebol.
Por isso e por antecipação, como Portista, penso que se deveria dar muito maior relevo, nos escritos Portistas, ao trabalho dos iniciados e das camadas jovens de futebol do Porto. Penso que estas são, antecipadamente, imprescindíveis.
Deixo o debate em aberto.
E Viva o Porto !
Fontes citadas :
http://www.senat.fr/ (cf. «Projet de loi des finances pour 2007»)
Jornal «L’Equipe», 1 de Fevereiro de 2008, p.4 (edição papel)
Revista “Super Interessante”, Novembro 2007, pp.42-43, (edição papel)
Note-se também, que este inquérito, apresentado no relatório do Senado, data de Julho 2000. Desde então os dados são ainda menos favoráveis ao futebol.
Quem vai ver uma modalidade que não pratica ou à qual não adere?
Querem as federações matar o nome primeiro do meu clube: “Futebol”?
O Futebol Clube do Porto, graças ao seu presidente, tem um estádio de vanguarda! O estádio do Dragão tem, no mínimo, quinze anos de avanço sobre a maioria dos estádios europeus. Platini, citado pelo diário “L’Equipe”, no dia 1 de Fevereiro do ano em curso, afirma que a França , sem parceiros, dificilmente poderá realizar o euro 2016 porque não existem, actualmente, oito estádios, em França, com normas adequadas.
Não sei o que o futuro reserva. Creio que a política actual não vai poder durar porque é suicidária para a modalidade. Mas qualquer que seja a tendência, sabemos que o FC Porto já tem um estádio que o resguarda de ventos, marés altas e tempestades.
Parece-me, pelas razões evocadas, indispensável consolidar ainda mais o FC Porto.
O Futebol Clube do Porto, por história e trabalho, tem uma das melhores escolas de formação de Portugal das camadas jovens de futebol.
Por isso e por antecipação, como Portista, penso que se deveria dar muito maior relevo, nos escritos Portistas, ao trabalho dos iniciados e das camadas jovens de futebol do Porto. Penso que estas são, antecipadamente, imprescindíveis.
Deixo o debate em aberto.
E Viva o Porto !
Fontes citadas :
http://www.senat.fr/ (cf. «Projet de loi des finances pour 2007»)
Jornal «L’Equipe», 1 de Fevereiro de 2008, p.4 (edição papel)
Revista “Super Interessante”, Novembro 2007, pp.42-43, (edição papel)
A formação no FC Porto já foi a melhor do País, nos últimos tempos foi perdendo valor e só na última época se reergueu com o trabalho do Prof.Luís Castro. Esta época estamos bem em todas as frentes mas só nas fases finais se verá. A aposta do clube em jogadores de formação está a voltar, Castro, h.barbosa, ventura... Por isso as nuvens q existiam estão a passar.
ResponderEliminarAntes da Lei Bosman a formação era tb mt mais importante...agora há mts opções noutros mercados.
Comportamento digno e corajoso da nossa equipa de andebol ao perder por 31-28 na Rússia. A todos eles um abraço e a convicção de que me deixaram orgulhoso por toda esta prestação nas provas Europeias que agora termina bem perto dos quartos de final.
PortoMaravilha :
ResponderEliminar...e não deixas de ter razão !
Embora também pense que o FUTEBOL , de dentro e em volta de si próprio , saberá criar e libertar novas paixões .
Já tivemos realmente uma grande formação,parece que agora temos de novo um projecto credível e que ficará melhorado com as obras na Constituição.
ResponderEliminarNo entanto e apesar de estarem a aparecer alguns jovens, acho que ainda não se lhes está a dar verdadeiras oportunidades não os colocando a jogar mesmo que o jogo esteja de feição, salvo uma ou outra vez.
Aí os lagartos tem tido menos medo ou então não tem tido alternativa e os rapazs vão pegando.
Mas espero um melhor futuro nesta área.
Quanto ao futuro do futebol, vejo-o algo nebuloso com todas eetas transformações e tal como a nossa vida a ser comandado apenas pela vertente económica dando pouca ou nemhuma expressão às pessoas. Números, contabilidade, produtividade... Sinal dos ( tristes )tempos ...
Antes do mais, porque é justo reconhecer: Excelente Post!
ResponderEliminarHá que pensar é, se nos tempos que aí venhem se vampos apostar na inclusão da formação na equipa principal!
Boas,
ResponderEliminarComo sempre, um artigo sério e ponderado, levantando várias questões interessantes...
No que diz respeito ao Porto, já por aqui o Estilhaço e o Lucho defenderam a dama:)
Actualmente, o Porto está bem e recomenda-se, com um notável trabalho a ser desempenhado nas camadas jovens, sob a supervisão de Luis Castro, mostrando que se quer voltar a tempos passados, onde a formação desempenhava um papel notável no clube...
Mostrando que essa mesma formação será uma aposta arrojada, o projecto Visão 611 e o novel campo da Constituição aí estão, prestes a entrar em acção, criando condições para sermos, cada vez mais, MELHORES!
Um abraço,
É tudo muito bonito, a formação é fundamental, mas se o acordão do T.A.D. que deu razão ao escocês Andy Webtser, continuar a ser aplicado,corremos o risco de andar a formar jogadores para os outros.
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