Em Maio de 1948, o Arsenal veio ao Porto e ao velhinho Estádio do Lima para defrontar o FC Porto, num jogo amigável. A equipa inglesa era, então considerada a melhor do Mundo mas, segundo rezam as crónicas, os azuis-e-brancos fizeram das tripas coração e ganharam por 3-2. O feito passou a fazer parte da lenda e motivou a oferta, por parte de centenas de sócios que se reuniram em subscrição, daquele a que se chamou o maior troféu do Mundo. Infelizmente, o clube não dispõe hoje de um museu, o que é uma pecha, mas já tive o privilégio de admirar essa impressionante e simbólica taça. O que não pude ver ao vivo foi a primeira vitória do meu clube contra os arsenalistas londrinos, em provas oficiais, porque estava no estrangeiro por compromissos inadiáveis. Esta vitória teve não apenas o significado histórico a que acima aludi e a importância de ter determinado, em disputa directa, o primeiro lugar no grupo na mais importante competição do Mundo a nível de clubes. Serviu ainda para nos desforrarmos da derrota de Londres e para Jesualdo Ferreira se vingar dos sorrisos cínicos do francês Arsène Wenger, a quem desta vez deu um banho de táctica.
Serviu também para mostrar que, afinal, Jesualdo fez bem em insistir na utilização de Lucho em todos os jogos. Depois de ter acordado na segunda parte, em Setúbal, marcando o canto que daria o primeiro golo e, ainda, o magnífico terceiro tento dessa partida, o comandante está de volta à boa forma. Quando assim é, este FC Porto é muito forte, como estes ingleses terão apreendido. Mas, a vitória do FC Porto resulta também da táctica que vem sendo ensaiada, com Rodriguez a jogar mais recuado. Não terá sido só por isso, até porque Fernando e Raul Meireles jogaram muito bem, mas o reforço do meio-campo abre outras perspectivas e expectativas para o resto da época.
RUI MOREIRA (ABOLA DE 12-12-2008)
ResponderEliminarCOLUNA DE SENADOR
Lendas, desforras e vinganças
Em Maio de 1948, o Arsenal veio ao Porto e ao velhinho Estádio do Lima para defrontar o FC Porto, num jogo amigável. A equipa inglesa era, então considerada a melhor do Mundo mas, segundo rezam as crónicas, os azuis-e-brancos fizeram das tripas coração e ganharam por 3-2. O feito passou a fazer parte da lenda e motivou a oferta, por parte de centenas de sócios que se reuniram em subscrição, daquele a que se chamou o maior troféu do Mundo. Infelizmente, o clube não dispõe hoje de um museu, o que é uma pecha, mas já tive o privilégio de admirar essa impressionante e simbólica taça.
O que não pude ver ao vivo foi a primeira vitória do meu clube contra os arsenalistas londrinos, em provas oficiais, porque estava no estrangeiro por compromissos inadiáveis. Esta vitória teve não apenas o significado histórico a que acima aludi e a importância de ter determinado, em disputa directa, o primeiro lugar no grupo na mais importante competição do Mundo a nível de clubes. Serviu ainda para nos desforrarmos da derrota de Londres e para Jesualdo Ferreira se vingar dos sorrisos cínicos do francês Arsène Wenger, a quem desta vez deu um banho de táctica.
Serviu também para mostrar que, afinal, Jesualdo fez bem em insistir na utilização de Lucho em todos os jogos. Depois de ter acordado na segunda parte, em Setúbal, marcando o canto que daria o primeiro golo e, ainda, o magnífico terceiro tento dessa partida, o comandante está de volta à boa forma. Quando assim é, este FC Porto é muito forte, como estes ingleses terão apreendido. Mas, a vitória do FC Porto resulta também da táctica que vem sendo ensaiada, com Rodriguez a jogar mais recuado. Não terá sido só por isso, até porque Fernando e Raul Meireles jogaram muito bem, mas o reforço do meio-campo abre outras perspectivas e expectativas para o resto da época.
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Continua a choradeira....
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