Quando Domingo, o anfiteatro azul e branco receber as últimas emoções de 2008 da Liga Sagres, existirão muitos que por entre a voraz febre consumista, conjuguem na ansiedade o almejar de sonhos e pretensões que só a habitual noite mágica de 24 Dezembro costuma ter a capacidade de tornar reais.
Posto isto, e tu nobre Dragão, o que desejas? Simples questão retórica, claro, nas mentes de todos, só um desejo nos invade, ocupar aquele lugar que por tradição e direito têm sido nosso, face a evidente e tamanha supremacia ano após ano.
Para que a tradição ainda seja o que era, só um pensamento me habita, ganhar aos Verde Rubros insulares, é indesmentível que o primordial anseio está dependente de terceiros, o que torna o concretizar das pretensões azuis numa prenda faseada.
O derradeiro desafio, no Dragão, neste ano que caminha para o seu ocaso, coloca no caminho dos azuis e brancos o Marítimo, equipa que à luz dos últimos encontros se mostra uma verdadeira incógnita quando o tema versa o aferir do seu real valor.
Humilhados em pleno caldeirão às mãos dos encornados, onde nem mesmo a expulsão prematura em fase embrionário do jogo é justificativa de tamanha e gritante incapacidade face a tal desenlace, voltariam a exibir deploráveis predicados frente a Viscondes, em jogo para a Taça da Liga, confirmando uma ideia de fragilidade, onde os 18 pontos e o sexto lugar no bornal madeirense fazem por não corresponder a verdade.
Da Madeira, diz-se ser um jardim, e mesmo levando em linha de conta as últimas derrotas dos insulares, que me fazem destilar confiança, o adversário não será por certo flor que se cheire. Os maritimistas, não esqueçamos são um conjunto bem delineado, de futebol curto e apoiado, onde o sotaque cerrado da Madeira ganhou uma fluência típica de sons Baianos e ritmos Sambistas. O ritmo dengoso e vibrante do Brasil é quase uma segunda natureza da equipa de Lori Sandri.
Os Verde Rubros, contam no seu seio com algumas unidades experientes, que contra balançam a posse de bola com a audácia das transições rápidas, nem sempre com um futebol rectilíneo, a verticalidade do seu jogo emperra no futebol de pé para pé, donos de uma defensiva forte, (só um golo sofrido em jogos fora de casa), os maiores destaques vão para Van der Linden e Marcos, sem me esquecer das laterais entregues a homens que fazem da velocidade arma de arremesso.
A zona intermédia é repleta de jogadores que conhecem e tratam a bola por tu, sempre bem secundados pelos habituais carregadores de piano, onde Marcinho, Bruno e Olberdam, são pedras fulcrais do esquema do técnico dos Barreiros.
Na frente as luzes da ribalta têm dado a conhecer Djalma e um tal de Baba, ainda assim parece-me que este é o sector menos forte do colectivo insular, onde Bruno Fogaça pode ser a surpresa no onze maritimista, sejam eles quem forem, uma certeza, aliam a irreverência e o dinamismo próprio de quem procura um lugar ao sol, e o desafio no palco azul e branco é local ideal para evidenciar atributos, fica o aviso para o perigo que dai possa advir.
Não espero um Marítimo muito diferente do registo colectivo de outros encontros, (3x4x1x2), táctica e tecnicamente arranjando nas ideias de um técnico que opta sempre por um discurso arrojado mas que acaba sempre em desculpas calemerianas, existindo ainda o handicap de quem carrega sobre si o peso de um par de derrotas que pode adensar o clima de pressão e a inibição do seu futebol.
Ao invés na Invicta respira-se segurança e firmeza, o campeão atravessa a sua melhor fase o que em conjunto com a recepção a um adversário em perda, só augura mais do mesmo, Jesualdo procura o décimo triunfo consecutivo, o que seria novo recorde e o carimbar da melhor série de vitórias ao serviço dos Dragões, algo inesperado até a bem pouco tempo atrás, mas sabe-se como o futebol tem destas coisas e como em sede própria as equipas com estofo revertem facilmente os cenários de morte anunciada.
Mais que a ambição e qualidade que emanam do nosso código genético e se é justo que Hulk seja o catalisador associado a nova performance ofensiva azul, tenho para mim que o segredo não reside apenas e só neste fenómeno, para além do futebol compassado em ritmos de tango alvi-celeste, a “culpa” de todo este bom momento assenta na influência de Fernando no jogo colectivo Azul. É ele o barítono, a âncora que mantém o onze de Jesualdo preso a estas novas sensações de vitórias em catadupa.
O pivot defensivo tem vindo em crescendo, refinando a sua forma de jogar, muito mais capaz de controlar a posse de bola, a cada passo mais sagaz na recuperação da mesma, percebo perfeitamente que é naquela posição central que todo o jogo se influi e que o bloco ganha a consistência necessária para depois se poder sub dividir pelas várias fases dos processos ofensivos e defensivos como um todo.
É por vezes um trabalho invisível, em que se esmorece na dinâmica que depois a estrutura do 4x3x3 atribui aos médios vértices do triângulo, no nosso caso Meireles e Lucho, sendo estes, quase sempre os responsáveis pelas transições ofensivas e pela capacidade de estreitar a relação entre a linha de ataque e a primeira fase do processo ofensivo, bebendo do seu posicionamento, a capacidade de em quase todos os momentos, este lhes oferecer a melhor solução colectiva, até porque não privilegia os passes longos, optando sempre pela segurança e posse de bola.
A formação madeirense vai pois colocar à prova o ritmo intenso dos Dragões, numa equipa onde só Sapunaru e Tarik são baixas, não sendo pois de esperar grandes alterações ao onze que actuou na Reboleira a meio da semana. Nada aponta para que haja um desvio no alinhamento apresentado, atendendo ao poder de fogo demonstrado, onde finalmente a fidelização nas apostas no trio de ataque começam a surtir os seus efeitos, conjugando dessa forma todos os atributos, envoltos na mecanização sustentada da equipa, todo o poder de explosão de Hulk, materializando de forma evidente o crescimento ofensivo que a equipa demonstra, reforçado nos sete golos alcançados nos dois últimos encontros, sustentam uma lógica de continuação.
Apenas nas laterais o decano treinador azul parece ter de concentrar energias na procura da melhor solução, Pedro Emanuel tem sido solução de recurso, onde pese embora toda a experiencia e enorme boa vontade se denota a tibieza e falta de rotina. Fucile apesar do jogo de altos e baixos na Reboleira, será sempre um dos eleitos quer a esquerda ou no flanco oposto, sendo que Lino e Tomas Costa podem sempre espreitar a possibilidade nalgum devaneio de última hora. Conscientes da dificuldade do embate caseiro só um caminho norteia os Dragões, desde cedo o Marítimo terá de perceber os sinais evidentes da ambição azul e branca, ganhar é a palavra, os três pontos são essenciais a manutenção da férrea vontade de ainda antes do dobrar do campeonato a tabela conheça as habituais cores azuis, têm a palavra as equipas do feudo de Alberto João.
§1 porta 29, ponto de encontro da malta do blog, a partir das 18h30.
§2 a não perder mais logo, pelas 19h00, transmissão em directo do jogo aqui no blog.
Posto isto, e tu nobre Dragão, o que desejas? Simples questão retórica, claro, nas mentes de todos, só um desejo nos invade, ocupar aquele lugar que por tradição e direito têm sido nosso, face a evidente e tamanha supremacia ano após ano.
Para que a tradição ainda seja o que era, só um pensamento me habita, ganhar aos Verde Rubros insulares, é indesmentível que o primordial anseio está dependente de terceiros, o que torna o concretizar das pretensões azuis numa prenda faseada.
O derradeiro desafio, no Dragão, neste ano que caminha para o seu ocaso, coloca no caminho dos azuis e brancos o Marítimo, equipa que à luz dos últimos encontros se mostra uma verdadeira incógnita quando o tema versa o aferir do seu real valor.
Humilhados em pleno caldeirão às mãos dos encornados, onde nem mesmo a expulsão prematura em fase embrionário do jogo é justificativa de tamanha e gritante incapacidade face a tal desenlace, voltariam a exibir deploráveis predicados frente a Viscondes, em jogo para a Taça da Liga, confirmando uma ideia de fragilidade, onde os 18 pontos e o sexto lugar no bornal madeirense fazem por não corresponder a verdade.
Da Madeira, diz-se ser um jardim, e mesmo levando em linha de conta as últimas derrotas dos insulares, que me fazem destilar confiança, o adversário não será por certo flor que se cheire. Os maritimistas, não esqueçamos são um conjunto bem delineado, de futebol curto e apoiado, onde o sotaque cerrado da Madeira ganhou uma fluência típica de sons Baianos e ritmos Sambistas. O ritmo dengoso e vibrante do Brasil é quase uma segunda natureza da equipa de Lori Sandri.
Os Verde Rubros, contam no seu seio com algumas unidades experientes, que contra balançam a posse de bola com a audácia das transições rápidas, nem sempre com um futebol rectilíneo, a verticalidade do seu jogo emperra no futebol de pé para pé, donos de uma defensiva forte, (só um golo sofrido em jogos fora de casa), os maiores destaques vão para Van der Linden e Marcos, sem me esquecer das laterais entregues a homens que fazem da velocidade arma de arremesso.
A zona intermédia é repleta de jogadores que conhecem e tratam a bola por tu, sempre bem secundados pelos habituais carregadores de piano, onde Marcinho, Bruno e Olberdam, são pedras fulcrais do esquema do técnico dos Barreiros.
Na frente as luzes da ribalta têm dado a conhecer Djalma e um tal de Baba, ainda assim parece-me que este é o sector menos forte do colectivo insular, onde Bruno Fogaça pode ser a surpresa no onze maritimista, sejam eles quem forem, uma certeza, aliam a irreverência e o dinamismo próprio de quem procura um lugar ao sol, e o desafio no palco azul e branco é local ideal para evidenciar atributos, fica o aviso para o perigo que dai possa advir.
Não espero um Marítimo muito diferente do registo colectivo de outros encontros, (3x4x1x2), táctica e tecnicamente arranjando nas ideias de um técnico que opta sempre por um discurso arrojado mas que acaba sempre em desculpas calemerianas, existindo ainda o handicap de quem carrega sobre si o peso de um par de derrotas que pode adensar o clima de pressão e a inibição do seu futebol.
Ao invés na Invicta respira-se segurança e firmeza, o campeão atravessa a sua melhor fase o que em conjunto com a recepção a um adversário em perda, só augura mais do mesmo, Jesualdo procura o décimo triunfo consecutivo, o que seria novo recorde e o carimbar da melhor série de vitórias ao serviço dos Dragões, algo inesperado até a bem pouco tempo atrás, mas sabe-se como o futebol tem destas coisas e como em sede própria as equipas com estofo revertem facilmente os cenários de morte anunciada.
Mais que a ambição e qualidade que emanam do nosso código genético e se é justo que Hulk seja o catalisador associado a nova performance ofensiva azul, tenho para mim que o segredo não reside apenas e só neste fenómeno, para além do futebol compassado em ritmos de tango alvi-celeste, a “culpa” de todo este bom momento assenta na influência de Fernando no jogo colectivo Azul. É ele o barítono, a âncora que mantém o onze de Jesualdo preso a estas novas sensações de vitórias em catadupa.
O pivot defensivo tem vindo em crescendo, refinando a sua forma de jogar, muito mais capaz de controlar a posse de bola, a cada passo mais sagaz na recuperação da mesma, percebo perfeitamente que é naquela posição central que todo o jogo se influi e que o bloco ganha a consistência necessária para depois se poder sub dividir pelas várias fases dos processos ofensivos e defensivos como um todo.
É por vezes um trabalho invisível, em que se esmorece na dinâmica que depois a estrutura do 4x3x3 atribui aos médios vértices do triângulo, no nosso caso Meireles e Lucho, sendo estes, quase sempre os responsáveis pelas transições ofensivas e pela capacidade de estreitar a relação entre a linha de ataque e a primeira fase do processo ofensivo, bebendo do seu posicionamento, a capacidade de em quase todos os momentos, este lhes oferecer a melhor solução colectiva, até porque não privilegia os passes longos, optando sempre pela segurança e posse de bola.
A formação madeirense vai pois colocar à prova o ritmo intenso dos Dragões, numa equipa onde só Sapunaru e Tarik são baixas, não sendo pois de esperar grandes alterações ao onze que actuou na Reboleira a meio da semana. Nada aponta para que haja um desvio no alinhamento apresentado, atendendo ao poder de fogo demonstrado, onde finalmente a fidelização nas apostas no trio de ataque começam a surtir os seus efeitos, conjugando dessa forma todos os atributos, envoltos na mecanização sustentada da equipa, todo o poder de explosão de Hulk, materializando de forma evidente o crescimento ofensivo que a equipa demonstra, reforçado nos sete golos alcançados nos dois últimos encontros, sustentam uma lógica de continuação.
Apenas nas laterais o decano treinador azul parece ter de concentrar energias na procura da melhor solução, Pedro Emanuel tem sido solução de recurso, onde pese embora toda a experiencia e enorme boa vontade se denota a tibieza e falta de rotina. Fucile apesar do jogo de altos e baixos na Reboleira, será sempre um dos eleitos quer a esquerda ou no flanco oposto, sendo que Lino e Tomas Costa podem sempre espreitar a possibilidade nalgum devaneio de última hora. Conscientes da dificuldade do embate caseiro só um caminho norteia os Dragões, desde cedo o Marítimo terá de perceber os sinais evidentes da ambição azul e branca, ganhar é a palavra, os três pontos são essenciais a manutenção da férrea vontade de ainda antes do dobrar do campeonato a tabela conheça as habituais cores azuis, têm a palavra as equipas do feudo de Alberto João.
§1 porta 29, ponto de encontro da malta do blog, a partir das 18h30.
§2 a não perder mais logo, pelas 19h00, transmissão em directo do jogo aqui no blog.
Para ganhar, claro.
ResponderEliminarAté já, estou a caminho do palco dos sonhos.
Vámos a isto.
ResponderEliminarhttp://campeoesfcporto.blogspot.com/
se calhar até vou ver o jogo aqui no blog
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