Ano novo... novo líder!!!

assistência: --- espectadores.

árbitros: Pedro Proença (AF Lisboa), Tiago Trigo e Ricardo Santos; João Capela

Nacional: Bracalli; Patacas «cap.», Maicon, Felipe Lopes e Nuno Pinto; Cléber, Edson Sitta, Luis Alberto e Ruben Micael; Mateus e Fabiano Oliveira.
Substituições: Edson Sitta por Halliche (58m), Nuno Pinto por Miguel Fidalgo (73m) e Cléber por Bruno Amaro (75m).
Não utilizados: Douglas; Igor Pita, João Aurélio e Juliano.
Treinador: Manuel Machado.

FC Porto: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap.»; Fernando, Lucho González e Raul Meireles; Hulk, Lisandro e Rodríguez.
Substituições: Pedro Emanuel por Mariano (46m), Raul Meireles por Guarin (71m) e Hulk por Benítez (93m).
Não utilizados: Nuno; Stepanov, Pelé e Farías.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

disciplina: cartão amarelo para Fernando (13m), Felipe Lopes (23m), Maicon (55m), Raul Meireles (64m), Mariano (86m); cartão vermelho para Felipe Lopes (90m), por acumulação de amarelos.

golos: Edson Sitta (14m), Hulk (51m e 92m), Rodríguez (72m), Miguel Fidalgo (78m) e Lucho González (90m).

Demorou, e (muito) custou... estamos de regresso ao poiso natural dos campeões, aliás, dos TRIcampeões. O FC Porto visitou a Choupana e venceu por 2-4, com o carimbo da vitória a ser obtido já nos instantes finais da partida. Fruto desta vitória e consequente derrota do «dream-team v2.0» na Trofa, atingimos a liderança isolada da liga Sagres.

Para iniciar esta partida, o Prof. Jesualdo Ferreira voltou a repetir pela 3ª vez consecutiva o mesmo onze, mantendo Pedro Emanuel na esquerda da defensiva, onde está mais que provado que por muita boa vontade do grande «capitão», as pernas já não aguentam o ritmo acelerado de futebol praticado pelas alas, sendo invariavelmente «comido» em velocidade. Muitas das vezes, vai conseguindo disfarçar a «coisa» com um sentido posicional irrepreensível, mas quando assim não acontece, é um “ai Jesus” constante.

Bem, os minutos iniciais mostraram um FC Porto personalizado e pressionante com vontade de rapidamente resolver a partida, tendo logo aos 2 min desperdiçado uma enorme oportunidade para inaugurar o marcador, quando Lisandro já no interior da grande área, isolado, e depois de dominar a bola com o peito, desfere um forte remate que faz a bola embater com estrondo na barra da baliza de Bracalli. No seguimento e de calcanhar, Rolando, não consegue concluir.

Este período de pressão por parte do FC Porto foi sol de pouca dura no jogo, tendo a partir dali, o futebol praticado passado a ser muito pobre, com os madeirenses a procurar responder com rápidos contra-ataques sempre conduzidos por Mateus ou Fabiano.

Como um azar nunca vem só, o Nacional inaugura o marcador por Edson que com um remate de fora da área que parecia inofensivo, vê a bola embater na cabeça de Bruno Alves, o que acabou por trair Hélton que seguia já o lance para uma outra direcção.

Esta infelicidade foi sentida e de que maneira, perdendo clarividência e acontecendo um número preocupante de passes errados, sempre com um futebol jogado muito trapalhão.

O intervalo chegou e havia que fazer algo porque a continuar assim, dificilmente poderíamos almejar outro resultado que não o havido na recolha às cabinas.

Tal como já na 1ª parte, o FC Porto entrou melhor em jogo, parecendo mostrar uma vontade férrea em alterar o resultado, aos 5 min do segundo tempo, Hulk iguala a partida na recarga a um remate de Lisandro Lopez, repondo alguma justiça na partida.

Mantendo a mesma toada atacante e pressionando cada vez mais a defensiva madeirense, foi sem surpresa que voltou a marcar na partida, passando para a frente do marcado, mas desta vez, com um golo F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O de Cristian Rodriguez que no seguimento de um cruzamento de Guárin para o interior da área, efectua um movimento acrobático espectacular (destes, só mesmo na playstation, não?), meio em bicicleta ou lá o que foi aquilo, colocando a bola pela 2ª vez no interior da baliza de Bracali que nada podia fazer.

Esperava-se por esta altura um assentamento em termos de domínio do jogo por parte do FC Porto, agora que tinha feito o mais difícil, a reviravolta no marcador, mas pouco depois, o Nacional voltaria marcar, igualando a partida aos 79 min, com Miguel Fidalgo a conseguir cabecear onde nunca o deveria conseguir; entre Bruno Alves e Fucile.

Temia-se o pior, até porque a tónica do estar por cima do jogo em termos psicológicos pertencia agora aos da casa, arrastando o jogo até aos minutos finais, já muito perto dos 90 minutos.

Eis que mesmo em cima do fim do período regulamentar, excluindo o tempo de desconto, Guarin fuzila a baliza madeirense ainda fora da grande área, com um defensor madeirense a travar autenticamente a trajectória da bola com o braço de uma forma tão claro que dúvidas nunca as houveram quanto à razão para a marcação da respectiva grande penalidade.

Lucho, chamado a converter, desta vez e depois de ter falhado as últimas 3 grandes penalidades, não acusou o peso da responsabilidade e colocou novamente o FC Porto em vantagem por 2-3, já com o período de descontos a decorrer.

Os da casa lançaram-se ao ataque num assomo de último fôlego, abrindo com isso brechas na defensiva que foram superiormente aproveitadas pelos atacantes azul-e-brancos, com Hulk a bisar na partida depois de lançado por Lisandro e ultrapassado um último defesa, elevou a contagem para o 2-4 final.

Estava terminada a partida, vitória conquistada, 1º lugar à condição (que mais tarde se viria a confirmar como definitiva), e com uma certeza em cima da mesa: o FC Porto não pode continuar a dar de avanço 45 minutos aos adversários, como já o tem feito nesta época por mais do que uma vez, correndo o risco de poder vir a sofrer dissabores (completamente) desnecessários.