16 março, 2009

Exibição de gala? Não! Exibição de Lucho...

assistência: 34.211 espectadores.

árbitros: Cosme Machado (AF Braga), Alfredo Braga e Henrique Parente; Albano Correia.

FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Andrés Madrid, Raul Meireles e Lucho «cap.»; Mariano, Lisandro e Rodríguez.
Substituições: Andrés Madrid por Tomás Costa (59 min), Rodríguez por Tarik (79 min) e Lisandro por Farías (79 min).
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Rabiola e Ivo Pinto.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

NAVAL: Peiser; Carlitos, Paulão «cap.», Diego Ângelo e Daniel Cruz; Bruno Lazaroni, Godemeche, Alex Hauw e Davide; Marinho e Marcelinho.
Substituições: Daniel Cruz por Baradji (46 min), Alex Hauw por Dudu (46 min) e Davide por Bolívia (72 min).
Não utilizados: Jorge Baptista, Gilmar, Michel Simplício e Real.
Treinador: Ulisses Morais.

disciplina: cartão amarelo a Lisandro (29 min) e Dudu (90 min).

marcadores: Mariano (29 min) e Lucho (68 min).


É uma noite especial, esta da Invicta. Sob um céu estrelado, uma lua luminosa e uma temperatura amena, joga-se no Dragão uma partida transcendental. Quem diria, ainda a canícula do Verão convidava a mergulhos em águas tépidas, quando sorteio ditou que o Porto seria o anfitrião dos homens da Figueira, a oito jornadas do fim, que os 3 pontos em disputa valeriam ouro?

Com os encontros até final em contagem decrescente, e com a margem pontual a não ser tão folgada como em anos anteriores, as partidas revestem-se de um carácter imperativamente próximo de uma final. Ao subirem ao palco majestoso do mais belo Estádio nacional, os comandados de Jesualdo sabem de antemão o que o público, esse fiel companheiro de todas as horas, quer. A vitória. O soltar, de forma pujante e alegre, o grito doce do triunfo. Se o Dragão, ultimamente, não tem sido o bastião inexpugnável habitual, com os azuis e brancos a denotarem sérias e preocupantes carências na finalização, o apoio não tem sido regateado, numa mensagem subliminar de esperança e crença nas capacidades da equipa.

O opositor desta noite foi um dos carrascos do Porto, na competição-mor do futebol nacional, derrotando os portistas na Figueira da Foz, aumentando a crise então vivida, acentuando o sentimento de purga que se vivia, por aquela altura.

No lançamento da partida desta noite, os dados que merecem ser realçados são já conhecidos do grande público. O dream team, versão 153 da era Orelhas, baqueou em casa, perante o seu grande amigo vimaranense. O vizinho do outro lado da 2ª circular, ainda numa fase de convalescença depois da monumental tareia aplicada por uma germânicos irascíveis, é agora o detentor do 2º posto da tabela classificativa. Isso implica, tudo devidamente somado, que em caso de vitória azul e branca o fosso aumenta dos actuais 2 pontos de vantagem para uns mais confortáveis 4.

Na véspera de nova paragem na competição, Jesualdo sabia que não podia contar com o pêndulo do meio-campo, Fernando, e com a nova coqueluche do futebol europeu, Hulk, ambos a cumprirem o castigo disciplinar pelos 5 amarelos já vistos. Os seus substitutos esperados são o reforço de Inverno, vindo da cidade dos arcebispos e desejo antigo do técnico portista, Andres Madrid, e Mariano Gonzalez, entrando para o tridente atacante. O aríete, colocado bem junto dos centrais do adversário, era Lisandro, procurando redescobrir o segredo que o transformou, no ano transacto, num letal avançado.

Tinha um desejo secreto, antes do apito inicial do árbitro. Um golo madrugador, que afastasse a ansiedade, estabilizando o batimento cardíaco. E isso quase que acontecia…

O Porto entrou pressionante, rápido nas transições, num futebol efectuado a toda a largura do terreno, com os seus jogadores a movimentarem-se com celeridade nos espaços vazios. Aos 2 minutos, já as gargantas se soltavam em berros de frustração, quando Rodriguez falha clamorosamente a um metro da baliza. Uma oportunidade flagrante, reavivando fantasmas recentes de goleadas desperdiçadas pela inépcia no momento do remate final.

Aos 10, um lançamento magistral de Lucho isolou o compatriota Lisandro. Este, com uma recepção exemplar, faz o que os manuais ensinam numa situação de um-para-um, com o guarda-redes. Bola para um lado, tirando-a do alcance das luvas e passagem estendida, no lado oposto, com a baliza desguarnecida a ficar à mercê. Mas isto é o que ensinam em ambientes teóricos. Na prática, há que levar em consideração uma série de factores aleatórios. Um pedaço de relva ligeiramente mais elevada que os restantes. Um cordão desapertado na chuteira. A sofreguidão no momento do remate. Ou Cosme Machado.

Lisandro não é derrubado por Peiser. Não. Isso seria um eufemismo. O avançado portista é literalmente abalroado, o mais parecido numa situação de jogo com um atropelamento brutal. A saída destemida e extemporânea do guardião figueirense ,derrubando de forma escandalosa o jogador adversário, mereceu uma estranha benevolência arbitral.

A miopia do juiz bracarense não provocou qualquer mossa nos Dragões. Com uma exibição sem mácula, alegre, jogando de forma simples, unindo a certeza do passe à velocidade de execução, o domínio acentuou-se, de forma asfixiante. A equipa funcionava como um harmónio, com os laterais participativos nas jogadas enleantes de ataque. Cissokho, exemplo de disponibilidade física, marcava o ritmo, combinando com Rodriguez, abrindo brechas na defensiva oposta. Lucho assumia-se como o cérebro, cabeça erguida, colocando o esférico, de forma cirúrgica, nos seus companheiros. As oportunidades sucediam-se, o pânico a dominar o conjunto da Naval.

Quando já se desesperava por um golo, merecido face a um caudal ofensivo brutal, El Comandante mostrou que estava nos seus dias. Um passe calibrado de forma perfeita, o couro a colar-se aos pés do companheiro de batalhas habitual, Lisandro, e este, depois de um movimento mágico, a ser derrubado por Paulão, dentro da área de rigor. Derrubado? Voltamos à velha questão dos factores aleatórios. E a Cosme Machado. O argentino tinha ganho a posição. Estava de frente para a baliza, a míseros metros de poder alvejar com sucesso as redes. O toque de Paulão, visível a olho nu na estação espacial americana, foi suficiente para o desequilíbrio do ponta-de-lança. Deve ser esta a impunidade de que fala o presidente encarnado…

Não houve tempo para impropérios e invectivas ao desastrado condutor da partida. Mariano Gonzalez, num remate de raiva, depois de um bailado esteticamente agradável à frente da defensiva navalista, conferiu justiça ao marcador. O golo, tardio, era uma pírrica forma de justiça para quem tanto tinha porfiado.

Faltava um quarto de hora para o intervalo. E deveria ter sido jogado sob um manto de silêncio sepulcral. Tal como as cosmopolitas audiências da ópera, reverentemente caladas, deixando brilhar os intérpretes que os deliciam, o público do Dragão assistiu a 15 minutos de gala. Um reportório imenso, deliciando as bancadas ávidas, com uma exibição conjunta de inegável qualidade. Fiquei fascinado, com destaque para o lance, brilhante, aos 40 minutos, iniciado numa recuperação do lateral-esquerdo portista, passando por uma troca de bolas, ao primeiro toque, culminada numa corrida desenfreada de Rodriguez e do cruzamento deste, mortífero, para Lucho. O falhanço do homem vindo das Pampas não deslustra a beleza inerente ao acto. O intervalo chegou, deixando pairar aquela mistura de êxtase, pelo que se tinha assistido, a frustração, pelo periclitante resultado.

A segunda metade foi uma cópia fiel da primeira. Domínio intenso. Futebol adulto, concentrado, com uma pressão alta digna de registo, numa concentração impar, não permitindo veleidades ao adversário. A pecha, como sempre, radicava numa finalização desastrada, colocando os nervos à flor da pele.

Paulão ainda assustou, depois da saída em falso de Helton, na marcação de um canto. Foi também o canto do cisne, para aqueles que almejavam pontuar na Invicta. Mariano, sempre activo, assiste Lucho. O movimento sublime deste, recebendo e disparando, quase sem pestanejar, com o pé direito, sentenciou uma partida avassaladora dos portistas. The End, em letras garrafais, na noite portuense…

Análise final: Respira-se confiança, com os pupilos de Jesualdo a confortarem os seus adeptos, nesta recta final rumo ao desejado tetra. Exibições sólidas, dominadoras, assentes num futebol musculado, com a componente física a merecer elevados elogios. Afastado o espectro dos empates caseiros, a vitória frente à Naval foi convincente, perfeitamente justa, pecado apenas pela escassez dos números envolvidos.

Melhor em campo: É o cabo dos trabalhos. Gostei de tantos. Madrid, no tempo jogado, foi a personificação de um trinco inteligente, privilegiando o fácil em detrimento de lances mais adornados. Sapuranu, concentrado, perdeu definitivamente a tibieza. Raçudo, empenhado, tem suprido com qualidade a ausência de Fucile. Rodriguez continua a viver o seu estado de graça. Fulgurante, dotado de uma velocidade que provoca mossa nos defesas adversários, tem sido um demónio à solta, semeando terror nas hostes contrárias. Impressionante a quantidade de vezes que o uruguaio fintou, centrou e serviu os companheiros mais avançados.

Cissokho, um irmão gémeo do uruguaio, de tez mais negra, voltou a pontuar na gratidão dos indefectíveis adeptos do clube. Subindo inúmeras vezes no terreno, combinando com o seu parceiro de flanco, deixou o cabelo em pé aos figueirenses. Uma pérola, em estado ainda bruto, mas sendo lapidado serenamente pela equipa técnica. Mariano, o protótipo do jogador querido por qualquer técnico, efectuou um trabalho de sapa. Impulsionou o jogo, reactivando o fulgor do lado direito, sendo o primeiro a perceber como se deveria chegar à vitória. À bomba. Saindo do limbo onde viveu a temporada anterior, o argentino tem cumprido na perfeição a aposta regular de que é alvo. Não se contentando em finalizar, serviu Lucho, para este colocar o ponto final na partida.

E Lucho, o “man of the match”, voltando a tempos passados, quando a sua classe planava, omnipresente, sobre o relvado. El Comandante foi o timoneiro. Alternou passes curtos com longos, lateralizações com lances em profundidade, remates de fora da área e assistências letais. Marcou o 2º tento, pequena obra de arte, onde os seus atributos ficaram visíveis, tendo colocado, com uma precisão espantosa, a bola nos pés de Lisandro, em duas ocasiões em que viu o colega ser derrubado. Nem o falhanço clamoroso, a passe de Rodriguez, lhe estraga a nota elevada.

Arbitragem: Demasiado mau para ser apenas um acidente de percurso. Na dúvida, optou sempre por decisões contrárias à equipa da casa. Fechou os olhos, rivalizado com Lucilio Baptista, num célebre Sporting-Porto, não a um, mas a dois penaltys. Nítidos. Sem espinhas. Não contente com o feito, admoestou Lisandro, por pretensa simulação, impedindo o jogador portista de defrontar o Guimarães. Quando alguns, no habitual tom tonitruante, camuflam derrotas caseiras com o gasto discurso sobre impunidades no futebol tuga, estas actuações dos juízes de campo apenas provam quão fátuo é o conteúdo de tal prédica. “O melhor é fazer as coisas por outro lado”, como lema de vida de tipos com apêndices auditivos enormes, pode complicar a vida aos portistas, nestas oito jornadas finais. Temos que estar atentos…

26 comentários:

  1. Cinco pontitos à frente dos porcos não é mau!Se não fosse a roubalheira
    esta merda já estava definida!

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  2. Com esta vitoria de hoje , quer-me cá parecer que "este arroz já está cozido" , cá na liga doméstica da Sagres Bier!
    Dos que faltam , quem BIER , morre!

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  3. não querendo embandeirar em arco, mas o que é um facto é que nos faltam 6 vitórias e 2 empates (no máximo) para sermos campeões.

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  4. Todos os jogos são uma final, mais uma vitória!
    Lucho a voltar aos "old times", Mariano a marcar golo e a fazer uma assistência.
    O árbitro deixa passar 2 grandes penalidades, e até dá amarelo ao Licha....lol..ficando este último de fora contra o Guimarães, de qualquer forma já teremos o Fernando e o Hulk. Cada vez mais gosto do Sapunaru, preferia o Fucile mas o Sapu dá conta do recado. Gostei da estreia na liga Sagres do Madrid, em suma a equipa esteve bem, sólida.
    Agora é ir a Guimarães queimar os minhotos!

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  5. Excelente vitória aliada a uma exibição muito personalizada. Destaco Mariano, pela utilidade que tem vindo a oferecer ao FC Porto, gradualmente. Saudações Portistas

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  6. estimados portistas,vamos imparáveis para a dobradinha,(tetracampeonato e taça de portugal,temos 24 pontos para disputar mas apenas necesitamos 20,mas por isso nao vamos deixar de falar das arbitragens,a de hoje é muito parecida á de ontem em alvalade,simplesmente vergonhosa,pois os penaltys de hoje roubados ao porto e aquele livre e expulsao do jogador do rio ave sao criminais,mas temos uma equipa que contra tudo e contra todos dá a cara por nós e por portugal.ttenho dito.

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  7. Licha viu o 5º amarelo, numa demonstração cabal da competência dos juízes. Este tinha apito. Provavelmente será para dar maior credibilidade às decisões a sufragar nesses areópagos da lisura que são as RTP,versão Paredes, RTPN versão extralarga, SICN versão encaracolada, TVI versão M24, e afiliados. Claro que este pretenso futebol, quando desce à Europa,demonstra de forma exuberante como crescem, naquele método irresistível, crismado de 5+7.
    Os pasquins em papel, farão a apologia destes seres rastejantes, invertebrados que se prestam a estes papeis de náusea. Entretanto Fernando e Hulk esvasiam a sapiência persecutória daqueles esbirros da Conceição Fernandes, sempre muito preocupados com renovações e amarelos, em azul. Há por aí um melro com 4 amarelos, que escapa a escrutínios há muitos meses. Tem a infelicidade de não vestir essa mítica camisola azul e branca do nosso orgulho, neste lado bom do País.
    Vamos então assistir a uma semana de encómios à tal taça, que tem mesmo o carisma daquele sucedâneo de gente, que julga que preside aquela ETAR da rua da Constituição.
    Viva o Porto! Vitórias ou Morte!!!

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  8. O DD do vermelhão não viu nenhum penalty:)

    Uma coisa extraordinária.

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  9. Consciente da importância da partida e da possibilidade que tinha, para alcançar uma liderança mais tranquila, o F.C.Porto entrou forte, dominador, a pressionar e criar vários lances de perigo, mas a ser muito perdulário. Na primeira-parte, o seu melhor período, a equipa azul e branca, que jogou muito bem, podia ter construído uma vantagem segura que fez por justificar, mas que não soube aproveitar, tal foi o desacerto na hora de finalizar.

    O F.C.Porto, na segunda metade, continuou dominador, senhor do jogo, mas com pior qualidade futebolística e sem ter as oportunidades da primeira-parte. Com o segundo golo, aí sim, a vitória ficou segura e depois foi só deixar passar o tempo, rodar jogadores e poupar os mais desgastados;Lisandro e C.Rodríguez.

    Ainda não foi ontem, que fizemos a grande exibição que o público do Dragão - que querem, somos muito exigentes e gostamos, porque a isso fomos habituados, de bons espectáculos - anseia, mas já foi melhor e também temos a noção, que atendendo às circunstâncias - jogo contra o A.Madrid - não podiamos pedir mais.
    A oito jornadas do fim - 4 jogos em casa e 4 fora - temos 4 pontos de avanço sobre o Sporting - não deixa de ser curioso - e 5 sobre o Benfica. Estamos po isso, no bom caminho para atingirmos os objectivos de sermos Tetracampeões. A tarefa não vai ser fácil e os obstáculos vão ser muitos - eles vão continuar a tentar por outro lado. Mas estamos atentos, preparados e conscientes, do que nos espera para conseguirmos, mais uma vez, ganhar a Liga e dar sequência ao nosso trajecto, em que o Céu é o limite. Temos tudo para o conseguir: Dirigentes, equipa e adeptos.

    A arbitragem do Collina português - até devia ter vergonha de se referir a um extraordinário árbitro - foi uma tristeza!

    Um abraço

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  10. Já está referido na crónica mas eu acho que não é demais realçar: Os nossos laterais estão a subir de forma, e com eles a equipa fica mais consistente.

    O Sapunaru, que teve um início de época aos soluços e de quem muitos pediam a cabeça numa bandeja de prata, tem respondido com grande classe aos últimos desafios.
    Depois de algum tempo sem jogar, fez duas exibições de grande nível frente ao Atl. Madrid e ontem voltou a mostrar que está mais confiante.

    O Cissoko, que ainda levanta algumas dúvidas nas bancadas, também melhora a olhos vistos.
    Gostei muito do gesto dele no final do jogo que, depois das equipas terem recolhido ao balneário, foi até à claque oferecer a camisola.

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  11. Paulinho, mandaste aceleraçâo e mimo nesta descriçâo do jogo de ontem ! Com isso e o que ouvi no relato da RR , mais umas coisitas lidas aqui e acolá , e na falta de possibilidade de ver pessoalmente devida à distancia , acredito mais que esta temporada caseira vamos terminar à grande e à tripeira , para continuar a nossa costumada tradiçâo!

    (Anónimo! Que é isso de "saludos chavistas" aqui?
    Por favor! Modera o impeto,somos malta d PAZ!)

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  12. Não estou a ver por aqui é gente a dar valor ao trabalho do Jesualdo

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  13. Ora pois então, que são mais 3 pontos pró bornal... e o TETRA que está ali (quase) à mão.

    Surpresa? Naaa, nada disso, tudo normalidades neste nosso PORTOgal.

    Surpresa, surpresa, só mesmo o facto de há muito já não me recordar de nos serem completamente surripiados 3 penalties (!), repito, 3 penalties (!) num único jogo... a última vez que me recordo disso ter acontecido, foi num célebre Calimeros vs FC Porto, apitado pelo já mais conhecido que a Maria Alice, o Lucilio Calabote Baptista.

    Ontem, do que vi:

    1. exibição qb pa levar de vencida uma Naval muito tenrinha;

    2. desperdicio monumental na 1ª parte de 4/5 ocasiões de golo claras, o que tb já não é surpresa nenhuma;

    3. exibição sem mácula dos nossos laterais defensivos; Sapunaru em crescimento acentuado de produção exibicional; Cissokho, aqui e acolá ainda se perde um pouco, mas tb este já com uma dose qb de clarividência e entrosamento de registar;

    4. saliento tb a classe "à Aloisio" de Rolando, que não se dando por ele, está em (quase) todos os lances de corte da veia atacante adversária; onde Bruno Alves, é dono e senhor das alturas;

    5. um meio campo de muita labuta, onde Raúl Meireles continua a ser o dínamo que joga e faz jogar; Lucho, ontem, mais interventivo, mais acutilante, mas aqui e acolá, a perder o norte; Andrés Madrid, sem inventar, no recebe e passa com muita tranquilidade;

    6. um ataque que teve o expoente máximo de CR10 que joga, faz jogar, recupera, luta, transpira e inspira até dizer chega; Lisandro, a formiguinha do costume que fez por merecer por mais do que uma vez o golo que não conseguiu por manifesto azar, vendo ainda uma grande-penalidade por si cometida ser transformada em amarelo, o que o impossibilita de viajar até Guimarães na próxima jornada; um Mariano que continuo a dizê-lo, corre muito, esforça-se, faz por tentar e conseguir, mas que peca e de que maneira pela inconstância da sua produção, estando invariavelmente no melhor e no pior, o que leva a perguntar, para quando um Mariano constante? mas fez uma boa exibição.

    7. um Cosme que de Collina só mesmo a careca, porque burro como uma porta, ou talvez não (?!), trazia a lição bem estudada... Mariano e Lucho estragaram-lhe a festa.

    8. finalmente (!), pude assistir ao final d'um jogo caseiro numa tranquilidade que há muito não era possivel... foram 20 min finais de completa tranquilidade e porque não até dizê-lo, monotonia qb... já mereciamos, carago!

    9. nota 5 para a atitude no fim do jogo, quando já meia equipe tinha regressado aos balneários, se dirigiu ao sector dos SD para lhes oferecer a camisola... gestos que não parecendo muito ou demasiado importantes, são de registar e saudar, porque são por vezes nestas pequenas atitudes, que se solidifica a alma e raça de Dragão... Grande Cissokho, confiamos e estamos contigo!!

    10. referência final para mais uma paragem de liga de 15 dias que se a alguém agrada (calimeros e gayvotas) pelos motivos mais que conhecidos, a outros (Dragões), não!, mas que fazer? é a calendarização da vergonha que temos, onde por cada 2/3 jornadas jogadas, lá vem mais uma paragem de 15 dias.

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  14. Passada a emoção, é tempo de reflexão. Que futebol é este, que tem personagens como o senhor Cosme Damião? O visual que escolheu, logo indicia uma complexa personalidade. Depois, a sua postura sugere uma total ausência de condições para ser árbitro. Este é o que arbitra, derime, decide, sempre de forma isenta. E que se viu? Uma deplorável falta de convicção, pois nada me permite achar falta de seriedade. Sendo assim, as decisões que não tomou, só o podem ter sido, pelo medo ao escrutínio de uma imprensa que nada tem que a recomende, logo nunca pode ser uma baliza, ou referência. Personalidade é não ter medo de julgamentos preconceituosos. Afinal, imitar Collina é isso. Sobretudo.
    O senhor Cosme Damião deve fazer como eu. Sentar-se na bancada, e deixar a arbitragem para gente competente, carácter forte, capacidade de decisão, e procura da verdade. 3 penaties por marcar, num mesmo jogo, não dão jarra. deviam dar caixão.

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  15. Estive no Dragão como habitualmente e vi uma boa exibição do nosso FC Porto. Uma exibição muito conseguida, equipa organizada, mas que talvez continue a pecar um pouco na finalização. Estamos mais perto do TETRA ! :) "Extraordinário" o facto do Sr.Cosme não ter assinalado nenhuma das 3 grandes penalidades ! Na primeira há uma obstrução clara ao Lisandro, na segunda nova falta sobre o Lisandro não assinalada (desta vez até teve direito a um cartão amarelo por "simulação" que o vai impedir de jogar em guimarães) e na terceira o Sr.árbitro não deve andar a par das novas regras, pois o facto do cissokho ter caido dentro da área, é sinal de grande penalidade ! Tudo na mesma...

    Agora paragem de 15 dias para taça da cerveja e selecção...

    P.S- queria também afirmar aqui a grande vitória que assisti no sábado de tarde em fânzeres, onde o nosso clube garantiu a presença na "final-eight" da Liga Europeia.
    Encontrei por lá o grande cronista Lucho, e tive o maior prazer em conhecer pessoalmente o presidente 'cá do sítio :)

    Um Abraço

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  16. Amorim,

    Pois, de facto, não deixa de ser em parte verdade a tua "provocação", mas posso-te dizer que no que a mim pessoalmente diz respeito, estou completamente à vontade nesse assunto, porque já o disse, redisse e repeti vezes sem conta.

    Aliás, não deixa de ser mentira alguma que sempre fui apologista do óbvio para mim... se ganhamos, todos ganham... se perdemos, todos perdem... tenho o direito a ter os meus 'patinhos feios', seja na componente técnica, seja na componente futebolistica, mas não tenho por hábito idolatrar nenhum cromo em especial, nem tão pouco crucificar quem quer que seja.

    O Prof. Jesualdo nunca foi do meu total agrado, não é e duvido que alguma vez o venha a ser... mas se há coisa que tenho por ele, é respeito e uma enorme admiração por ter sempre dado o corpo ao manifesto nas alturas mais complicadas ou menos complicadas, nunca regateando esforços na defesa do nosso clube, que profissionalmente, é tb o dele.

    Nesse aspecto, estou completamente à vontade... por isso, nada estou a dizer de diferente do que sempre disse.

    Se o final desta época, ficar... será sempre o meu treinador (tal como sempre foi!)... se não ficar, boa sorte pessoal e profissionalmente, mas nunca contra o FC Porto.

    Portanto, nada de diferente...

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  17. Tripeiro,

    O sentimento, é recíproco... um Grande Abraço para ti e manda sempre, carago!!

    ps - no site oficial do FCP, no resumo do jogo de sábado em Fânzeres, se não me falha a memória, aquando do 3º golo, tu próprio e o teu estandarte multicolorido dos SD, em primeiro plano, conseguiram captar todas as atenções do cameraman de serviço ao pavilhão... és grande, carago :)

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  18. Chego tarde, tá tudo dito, foram dois, podiam yer sido 5 mais os penaltis, bom jogo dos laterais a crescerem de rendimento, Mariano e Raul Meireles. o CR10 precisa de ser mais clarividente na hora do remate mas assino o que o Blue disse sobre ele.
    Agora mais 15 dias de espera com benefícios directos para os outros. Arbitragem das que ajudam outros a ganhar " lá dentro "!!!! mas furado desta vez.
    Campeonato??? Calma, luta muita luta nos espera, nada de facilidades, a ratoeira está atras da esquina e temos de estar concentrados e preparados para um enorme apoio à equipa.
    Viva o FC Porto.

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  19. Só gostava de perceber qual o motivo para 30 equipas pararem a competição só para duas disputarem uma final. Faz algum sentido? Só em Portugal é que isto acontece.

    O que vale é que o FC Porto foi mais esperto e desviou um jogo para esta altura. Mas isto só mesmo em Portugal.

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  20. Viva !

    Mais uma vitória mais uma alegria.

    Vi o jogo e gostei.

    Acho que há cada vez mais entroncamento entre as linhas, muito maior fluidez na circulação de bola. E Meireles está sempre onde deve estar.

    Mariano com um golo e uma assistência para golo ( bonito golo de Lucho ) poderia ser o homem de jogo. Só que já que conhecem a minha teoria : O futebol é um desporto colectivo.

    Viva, pois, o colectivo.

    Existem muitos pontos ainda a disputar. É, pois, preciso "não vender a pele do urso antes de o ter morto" e ir indo conquistando pontos após pontos.

    Já aqui escrevi várias vezes que Jesualdo Ferreira, ao ganhar o campeonato dos campeonatos, com vinte pontos de avanço, ficou um padrão marcante para a história e memória do Porto. Este ano, após as saídas de jogadores importantes, conseguiu apurar o Porto para os quarto de final da Taça dos Campeões, ir à frente com um avanço substancial e, sobretudo, sim sobretudo vencer a pouca ou falta de sorte. Quantas bolas nas traves e postes o Porto já não tem este ano ?

    Quem consegue vencer a pouca ou a falta de sorte só pode ser um grande treinador.

    É verdade que já sofri bastante, receando sempre um golo da equipa adversa. Mas olhando para o balanço,esquece-se o que é subjectivo e ficam os factos. Esses não mentem.

    E Viva o Porto !

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  21. «A RTP no seu museu virtual (museu.rtp.pt) tem uns clips de vídeo onde fala dos principais acontecimentos das várias décadas.

    Ora, não é que a RTP se "esqueceu" de um acontecimento na década de 80 que talvez seja um bocadito relevante:

    O FC Porto foi campeão europeu e mundial.

    A RTP na década de 80 fala de tudo:
    - Festival da canção
    - Andebol
    - Râguebi
    - Formula 1
    - Atletismo
    - Futebol Internacional»

    Vi esta vergonha no blog jornaisdesportivos e chamou-me a atenção.

    Um abraço

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  22. Bom jogo e boa vitória do FC Porto. A equipa continua a crescer, alguns jogadores estão claramente melhor agora que há uns meses atrás e, colectivamente, o FC Porto é a melhor equipa portuguesa. Mérito para toda a gente, especialmente para Jesualdo Ferreira, que conseguiu montar uma equipa, com uma ideia de jogo claramente definida, integrando vários jogadores novos, alguns deles inexperientes, e alcançando resultados. Eu insisto: noutros clubes, pede-se tempo, pede-se paciência, pede-se períodos de jejum de títulos, tudo e mais alguma coisa. No FC Porto, mesmo com uma equipa praticamente nova, perdendo 3 peças nucleares em relação à temporada passada, Jesualdo conseguiu contornar os momentos difíceis e, com infinita competência, mantém-se em todas as frentes, tirando a Taça da Liga, onde foi eliminado a pedido.

    Domingo à noite, vi uma equipa com maior capacidade para jogar em ataque continuado, relativamente a outros jogos caseiros recentes. Os primeiros 45 minutos e boa parte dos segundos foram bastante bons a esse nível. O FC Porto revelou boa capacidade de circulação de bola, com muitas sequência de passes, variações de flanco, jogo apoiado e diversas chegadas com perigo à zona de finalização. Eu gostei. Pena foi que a concretização, uma vez mais, não estivesse calibrada. A equipa funciona hoje muito melhor e isso é favorável a que as individualidades se apresentem em bom plano.

    Deste jogo, dizer que talvez a maior capacidade para jogar em ataque planeado esteja na presença de jogadores como Madrid e Mariano. Madrid teve duas ou três hesitações escusadas e não é muito intenso, mas em posse ganha claramente a Fernando. É mais jogador com a bola no pé. Quanto a Mariano, fez um grande jogo, com um golo e uma assistência, e a sua presença potencia o futebol apoiado quando comparado com Hulk (obviamente que Hulk é um jogador muito superior e muito mais decisivo, mas está mais talhado para transições rápidas e não tanto para segurar a bola, escolher a melhor opção para passar e pautar o ritmo de jogo). Dos laterais, nota muito positiva para Cissokho. Mostra sinais de evolução e vem dar razão a quem gostou da sua contratação. O Sapunaru também esteve melhor em relação a desafios anteriores, mas continuo a achar que não é lateral para o FC Porto. Ainda assim, gosto do seu espírito de luta e, não sendo muito dotado, é esforçado e isso é de aplaudir. Meireles foi o habitual, pertence à elite dos médios portugueses. Lucho foi o MVP, com passes de ruptura sem fim e uma inteligência de jogo sem paralelo em Portugal. Rodriguez e Lisandro também estiveram bem e muitos dos desequilíbrios causados na defesa navalista passaram por eles. Os centrais e Helton não tiveram problemas de maior.

    4 pontos para o Sporting, 5 para o Benfica. O tetra ainda não é um dado adquirido mas está agora mais próximo. É continuar com o espírito de conquista que temos visto nestes últimos meses. Próxima conquista: final da Taça.

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  23. «Respira-se confiança, com os pupilos de Jesualdo a confortarem os seus adeptos, nesta recta final rumo ao desejado tetra. Exibições sólidas, dominadoras, assentes num futebol musculado, com a componente física a merecer elevados elogios.»

    Paulo, neste teu parágrafo está um resumo perfeito do que tem sucedido nos últimos tempos.

    Um destaque especial para Lucho de volta aos seus melhores momentos mas sem esquecer Cissokho que além de uma boa exibição veio ao Super entregar a sua camisola agradecendo o apoio. É nestas atitudes que o nosso clube se fortalece. E eu por muito que me empurrassem nas escadas para sair do estádio não me mexi e fiquei ali admirando o humilde gesto do nosso lateral esquerdo.

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  24. Sobre o Cosme, uma vergonha. Um nojo. Nem o Lucílio, carago. É pá desconfio q vai ser esse calabote a apitar em guimarães...

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  25. Como deixei como título num artog que fiz "F.C. Porto e o árbitro não deixaram a Naval "equipar" à Sporting"... sinceramente acho que ultrapassavamos os 7, mas também acredito que foi por pena... Saudações portistas

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  26. Excelente jogo, péssima arbitragem.

    Podiamos e deviamos ter ganho por muitos mais mas o que conta é que só faltam 7 vitórias para o Tetra

    Não deixem de visitar guardiaodainvicta.blogspot.com

    Fantástico o vosso blog.

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