Porto de Leixões, imponente e privilegiado interland comercial, secular infra-estrutura portuária, foi-se consagrando no tempo como um dos mais competitivos e polivalentes portos... bem ali ao lado, o Leixões SC, centenária agremiação, cujas bases da fundação nos atiram ainda para tempos da Monarquia (1907), mas que ao corrente da actual contextualização do nosso futebol, torna o clube Matosinhense numa das surpresas da época.
Não será a mais fluida das analogias, em rigor, estes dois baluartes Matosinhenses, mais não serão que duas premissas tão ou mais válidas para um qualquer silogismo demonstrativo do que é a força do Norte neste cantinho Luso.
Pondo ainda a tónica do discurso nas analogias, se fosse possível comparar a equipa de José Mota, com um computador, diria que após o falho arranque do seu sistema operativo, (derrota em casa na jornada inaugural, frente ao Nacional da Madeira, sendo até a data, a única desta época entre portas), os Leixonenses formataram processos e apresentaram os melhores recursos do seu operacional sistema, uma espécie Windows Vista.
Futebol escorreito, esteticamente belo, assente numa grande gama de recursos individuais e colectivas capazes de traduzir ofuscantes lampejos e provocar ocasos em outras máquinas talhadas habitualmente para serem topos de gama do nosso campeonato.
Num ápice, a cobiça e a codicia alheia, desenvolveram vírus capazes de se propagarem no mercado de Inverno, uma série constante de empates faziam soar o alerta, a capacidade sensorial das unidades leixonenses pareciam acusar falta de memória intuitiva para conviver com novos desafios, obrigando o técnico dos do Mar a um downgrade do sistema operativo. Familiarizado agora com outros recursos, mais à imagem do Windows XP, as incidências no relvado são bem menos apelativas, mas preconizam na perfeição o labor e o vínculo para com o sucesso das ideias, onde algumas das unidades do anterior sistema continuam a ser estrelas maiores da força colectiva.
Ao contrário de Jesualdo, ainda que confirme os inegáveis méritos do opositor deste Sábado e lhes atribuía crédito suficiente para se interporem como adversário capaz de fazer perigar a liderança Azul na Liga, tal não constitui base persecutória suficientemente capaz de os ver almejar o título, fazendo deste os futuros campeões de Portugal.
Com o ultimo terço do campeonato ao virar da esquina, caminha-se a passos largos para a hora das decisões, chegamos à fase em que cada escorregadela ganha relevo significativo pelo que o jogo no Estádio do Mar é uma daquelas fainas onde para os Azuis e brancos nem tudo o que vier à rede é peixe, por outras palavras, aos Dragões só os três pontos interessam na luta pelo titulo, ao invés, os rubro brancos, sem descurarem o objectivo vitória, procuram amealhar o número suficiente de pontos que no fim lhes permita garantir uma vaga na UEFA.
Aquando do primeiro confronto da época, muito poucos ousavam pensar que uma volta inteira depois, a liderança passasse por Matosinhos. Mais, quinze jogos depois, dizem as curiosidades em torno da partida, que em compita estão dois dos emblemas que mais jornadas passaram no topo da tabela. Mas há mais motivos de interesse em torno da contenda, rivalidades entre vizinhos à parte, os da casa apesar da gracinha no Dragão, procuram desde a época de 72/73 uma vitória caseira frente aos seus rivais de mais logo.
O saldo dos confrontos entre Leixonenses e Dragões no decurso da época traduz-se num empate, em todos os capítulos, quer em número de vitórias, quer em termos de golos marcados e sofridos, pelo que a bem das nossas cores, espera-se que à terceira seja de vez e o fiel da balança penda para o lado Azul.
Até pelo facto da repetitividade de encontros entre os dois contendores, as equipas não encerram grande desconhecimento quanto a questões tácticas e modelos estratégicos, o técnico matosinhense é bem conhecido na praça pela astúcia, experiência e matreirice com que o seu 4x3x3, moldado num superior arreganho e rigor de competências, onde as tais individualidades sectoriais ajudam ao adicionar de qualidade.
Beto é o esteio defensivo, homem luvas de ferros e de uma elasticidade tamanha, sempre bem resguardada por uma dupla de centrais certinha e forte nos duelos individuais com capacidade similar no jogo aéreo, depois um miolo que não superpovoado é eleante na capacidade manietadora das acções adversárias, exímios castradores de espaços, Bruno China e Roberto Souza são o pulmão e enquanto o oxigénio dura, a zona nevrálgica é totalmente espartilhadora e estranguladora da ofensividade contrária.
Aguerridos, pressionantes, onde a dinâmica ofensiva com especial envolvência natural pelas laterais é quiçá o ponto mais forte do conjunto rubro branco, não espantam no afirmar que é na força do bloco recuado e na sapiência do controlo das fases do jogo, que podem colher frutos dos espaços concedidos pelo adversário, Zé Manuel, Diogo Valente, Braga e Chumbinho são os mais acicatadores do último reduto forasteiro.
O não aceitar por parte dos Dragões de um jogo assente no alvitrado nas linhas acima, põe a meu ver os comandados de Jesualdo em apuros ainda mais elevados, ao intentos matosinhenses de refrear ao máximo as intenções de golo, terá de responder o técnico Azul com mais futebol que o demonstrado no passado Sábado.
Têm sido por demais as dificuldades evidenciadas pelo tridente ofensivo quando encara oponentes que pouco ou nada dividem as despesas do jogo, notando-se não só a pouca objectividade ofensiva como desnudando algumas das dificuldades que a estrutura do futebol Azul demonstra, sobretudo a parca capacidade na gestão da posse de bola ou na competência com que faz e promove a alternância de posicionamento e ritmo de jogo.
Ainda que o timoneiro da nau preconize uma matriz de jogo tacticamente organizada onde a dinâmica colectiva forte assume especial relevo e preponderância, a verdade dos factos torna-se indesmentível. Sem Rodriguez, a manobra ofensiva será afectada, sendo que o que mais me preocupa é que a ausência de “cebola” tornará ainda mais evidente a dificuldade em manter as zonas de pressing de forma mais constante e eficaz.
A juntar a pouca simbiose e libertina cadência na ocupação de espaços de Hulk e Lisandro, soma-se o afunilar da zona central portista, condicionando sobremaneira o bloqueio das saídas de bola pelas alas o que deriva em maiores sobressaltos e desequilíbrios para as alas defensivas Azuis.
Não viria mal maior ao Mundo se fosse este o único problema com que se debate Jesualdo para o jogo no “Mar”, seria uma questão lateral, não fosse a velha questão unilateral à esquerda ter passado a malapata em sentido contrário, sendo que há ainda que levar com a errática das decisões técnicas para a ocupação dos lugares em aberto.
Jesualdo adianta uma equipa próxima dos limites, a semana de trabalho atira com uma solução para a direita menos conservadora que a utilizada no clássico, a lista dos convocados mostra que apesar de algumas nuvens negras que pairaram sobre o Olival, o tema lesões ficou mais desanuviado, e as principais figuras estão prontas para mais uma batalha, pelo que não se afiguram poupanças mesmo com outros jogos de inegável importância na calha.
Tomas Costa e Mariano Gonzalez aparecem desta forma como principais candidatos à ocupação dos lugares em aberto no onze habitual, e se o primeiro colhe desde logo o meu aval não só pela combatividade e competência no fechar do flanco direito, já o fetiche argentino apesar de ter em seu favor o aspecto moral do golo que apontou ao rival de hoje a contar para a taça, tem a sombra de Farias apontada ao Onze, pelo que entre habitual disponibilidade e boa vontade de Mariano e o instinto de baliza e apurado faro pelo golo de “el tecla”, eu não enjeitaria esta última.
Salutar o aparecimento nos eleitos de Rabiola e de Ivo Pinto, ainda que a chamada dos mesmo na cabeça de Jesualdo valha o que vale, ainda assim, é para mim nota de facto e de assinalável registo. Certo e sabido é que as escolhas serão sempre em virtude daquilo que se quer como ambição para a faina no Estádio do Mar… porque já diz o ditado: “Quem vai ao Mar, avia-se em terra !!!”.
LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-Redes: Helton e Nuno.
Defesas: Bruno Alves, Pedro Emanuel, Rolando, Stepanov, Cissokho e Ivo Pinto.
Médios: Andrés Madrid, Fernando, Raul Meireles, Lucho González, Tomás Costa, Mariano e Tarik Sektioui.
Avançados: Farias, Hulk, Lisandro e Rabiola.
Não será a mais fluida das analogias, em rigor, estes dois baluartes Matosinhenses, mais não serão que duas premissas tão ou mais válidas para um qualquer silogismo demonstrativo do que é a força do Norte neste cantinho Luso.
Pondo ainda a tónica do discurso nas analogias, se fosse possível comparar a equipa de José Mota, com um computador, diria que após o falho arranque do seu sistema operativo, (derrota em casa na jornada inaugural, frente ao Nacional da Madeira, sendo até a data, a única desta época entre portas), os Leixonenses formataram processos e apresentaram os melhores recursos do seu operacional sistema, uma espécie Windows Vista.
Futebol escorreito, esteticamente belo, assente numa grande gama de recursos individuais e colectivas capazes de traduzir ofuscantes lampejos e provocar ocasos em outras máquinas talhadas habitualmente para serem topos de gama do nosso campeonato.
Num ápice, a cobiça e a codicia alheia, desenvolveram vírus capazes de se propagarem no mercado de Inverno, uma série constante de empates faziam soar o alerta, a capacidade sensorial das unidades leixonenses pareciam acusar falta de memória intuitiva para conviver com novos desafios, obrigando o técnico dos do Mar a um downgrade do sistema operativo. Familiarizado agora com outros recursos, mais à imagem do Windows XP, as incidências no relvado são bem menos apelativas, mas preconizam na perfeição o labor e o vínculo para com o sucesso das ideias, onde algumas das unidades do anterior sistema continuam a ser estrelas maiores da força colectiva.
Ao contrário de Jesualdo, ainda que confirme os inegáveis méritos do opositor deste Sábado e lhes atribuía crédito suficiente para se interporem como adversário capaz de fazer perigar a liderança Azul na Liga, tal não constitui base persecutória suficientemente capaz de os ver almejar o título, fazendo deste os futuros campeões de Portugal.
Com o ultimo terço do campeonato ao virar da esquina, caminha-se a passos largos para a hora das decisões, chegamos à fase em que cada escorregadela ganha relevo significativo pelo que o jogo no Estádio do Mar é uma daquelas fainas onde para os Azuis e brancos nem tudo o que vier à rede é peixe, por outras palavras, aos Dragões só os três pontos interessam na luta pelo titulo, ao invés, os rubro brancos, sem descurarem o objectivo vitória, procuram amealhar o número suficiente de pontos que no fim lhes permita garantir uma vaga na UEFA.
Aquando do primeiro confronto da época, muito poucos ousavam pensar que uma volta inteira depois, a liderança passasse por Matosinhos. Mais, quinze jogos depois, dizem as curiosidades em torno da partida, que em compita estão dois dos emblemas que mais jornadas passaram no topo da tabela. Mas há mais motivos de interesse em torno da contenda, rivalidades entre vizinhos à parte, os da casa apesar da gracinha no Dragão, procuram desde a época de 72/73 uma vitória caseira frente aos seus rivais de mais logo.
O saldo dos confrontos entre Leixonenses e Dragões no decurso da época traduz-se num empate, em todos os capítulos, quer em número de vitórias, quer em termos de golos marcados e sofridos, pelo que a bem das nossas cores, espera-se que à terceira seja de vez e o fiel da balança penda para o lado Azul.
Até pelo facto da repetitividade de encontros entre os dois contendores, as equipas não encerram grande desconhecimento quanto a questões tácticas e modelos estratégicos, o técnico matosinhense é bem conhecido na praça pela astúcia, experiência e matreirice com que o seu 4x3x3, moldado num superior arreganho e rigor de competências, onde as tais individualidades sectoriais ajudam ao adicionar de qualidade.
Beto é o esteio defensivo, homem luvas de ferros e de uma elasticidade tamanha, sempre bem resguardada por uma dupla de centrais certinha e forte nos duelos individuais com capacidade similar no jogo aéreo, depois um miolo que não superpovoado é eleante na capacidade manietadora das acções adversárias, exímios castradores de espaços, Bruno China e Roberto Souza são o pulmão e enquanto o oxigénio dura, a zona nevrálgica é totalmente espartilhadora e estranguladora da ofensividade contrária.
Aguerridos, pressionantes, onde a dinâmica ofensiva com especial envolvência natural pelas laterais é quiçá o ponto mais forte do conjunto rubro branco, não espantam no afirmar que é na força do bloco recuado e na sapiência do controlo das fases do jogo, que podem colher frutos dos espaços concedidos pelo adversário, Zé Manuel, Diogo Valente, Braga e Chumbinho são os mais acicatadores do último reduto forasteiro.
O não aceitar por parte dos Dragões de um jogo assente no alvitrado nas linhas acima, põe a meu ver os comandados de Jesualdo em apuros ainda mais elevados, ao intentos matosinhenses de refrear ao máximo as intenções de golo, terá de responder o técnico Azul com mais futebol que o demonstrado no passado Sábado.
Têm sido por demais as dificuldades evidenciadas pelo tridente ofensivo quando encara oponentes que pouco ou nada dividem as despesas do jogo, notando-se não só a pouca objectividade ofensiva como desnudando algumas das dificuldades que a estrutura do futebol Azul demonstra, sobretudo a parca capacidade na gestão da posse de bola ou na competência com que faz e promove a alternância de posicionamento e ritmo de jogo.
Ainda que o timoneiro da nau preconize uma matriz de jogo tacticamente organizada onde a dinâmica colectiva forte assume especial relevo e preponderância, a verdade dos factos torna-se indesmentível. Sem Rodriguez, a manobra ofensiva será afectada, sendo que o que mais me preocupa é que a ausência de “cebola” tornará ainda mais evidente a dificuldade em manter as zonas de pressing de forma mais constante e eficaz.
A juntar a pouca simbiose e libertina cadência na ocupação de espaços de Hulk e Lisandro, soma-se o afunilar da zona central portista, condicionando sobremaneira o bloqueio das saídas de bola pelas alas o que deriva em maiores sobressaltos e desequilíbrios para as alas defensivas Azuis.
Não viria mal maior ao Mundo se fosse este o único problema com que se debate Jesualdo para o jogo no “Mar”, seria uma questão lateral, não fosse a velha questão unilateral à esquerda ter passado a malapata em sentido contrário, sendo que há ainda que levar com a errática das decisões técnicas para a ocupação dos lugares em aberto.
Jesualdo adianta uma equipa próxima dos limites, a semana de trabalho atira com uma solução para a direita menos conservadora que a utilizada no clássico, a lista dos convocados mostra que apesar de algumas nuvens negras que pairaram sobre o Olival, o tema lesões ficou mais desanuviado, e as principais figuras estão prontas para mais uma batalha, pelo que não se afiguram poupanças mesmo com outros jogos de inegável importância na calha.
Tomas Costa e Mariano Gonzalez aparecem desta forma como principais candidatos à ocupação dos lugares em aberto no onze habitual, e se o primeiro colhe desde logo o meu aval não só pela combatividade e competência no fechar do flanco direito, já o fetiche argentino apesar de ter em seu favor o aspecto moral do golo que apontou ao rival de hoje a contar para a taça, tem a sombra de Farias apontada ao Onze, pelo que entre habitual disponibilidade e boa vontade de Mariano e o instinto de baliza e apurado faro pelo golo de “el tecla”, eu não enjeitaria esta última.
Salutar o aparecimento nos eleitos de Rabiola e de Ivo Pinto, ainda que a chamada dos mesmo na cabeça de Jesualdo valha o que vale, ainda assim, é para mim nota de facto e de assinalável registo. Certo e sabido é que as escolhas serão sempre em virtude daquilo que se quer como ambição para a faina no Estádio do Mar… porque já diz o ditado: “Quem vai ao Mar, avia-se em terra !!!”.
LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-Redes: Helton e Nuno.
Defesas: Bruno Alves, Pedro Emanuel, Rolando, Stepanov, Cissokho e Ivo Pinto.
Médios: Andrés Madrid, Fernando, Raul Meireles, Lucho González, Tomás Costa, Mariano e Tarik Sektioui.
Avançados: Farias, Hulk, Lisandro e Rabiola.
Vai ser complicado, e não será pouco. As duas belas exibições leixonenses, no Dragão, para Campeonato e Taça, bastam para atestar a qualidade da equipa.
ResponderEliminarHoje será um jogo crucial, pelo facto de envolver a liderança. E, nestas coisas, só podemos mesmo contar connosco. Convenhamos que a corja encarnada já terá a passadeira estendida, nestas 10 jornadas finais, passando obviamente pelo jogo deste fim-de-semana na Figueira.
Por isso, ao Porto interessa apenas a vitória, a colecção de mais 3 pontos e a manutenção da chama da esperança no tetra.
Com o jogo da Champions no subconsciente, dias depois, o jogo de hoje será - e terá - que ser jogado de prego a fundo, sem limitações.
Sem Rodriguez, um autêntico puro-sangue, galvanizador do ataque azul e branco, sem Fucile na ala direita, colocaremos as nossas esperanças no instinct-killer de Farias, Lisandro e Hulk.
Vamos a eles!
Não será fácil, acredito até que bem mais dificil do que defrontar um daqueles 2 cromos da 2º circular... mas não há que saber... hoje, é jogar pa ganhar pq é o mais importante de todos... na 4ª feira, é outro jogo e logo se verá.
ResponderEliminarBamos a eles, caragoo!!