12 março, 2009

Já são envelopes a mais...

Irmã de Carolina Salgado denuncia telefones secretos
Ana Salgado garante ter mantido contactos em segredo com Pinto da Costa e um suposto sócio do dirigente


A gémea de Carolina Salgado declarou à Procuradoria-Geral da República que manteve contactos com Pinto da Costa através de um telemóvel exclusivamente para esse efeito. E denunciou os alegados números em causa.

No depoimento prestado perante o ex-vice-procurador-geral da República Agostinho Homem - pelas 00.30 horas do passado dia 4, em Lisboa, e pelas 16 horas do dia 6, numa residência em Vila Nova de Famalicão -, Ana Salgado relatou ter tido três encontros com o presidente do F. C. Porto, em que terá ficado acordada ajuda na criação de uma empresa de pichelaria e ar condicionado, de nome Green Clima, e supostas entregas, mensais, de envelopes com cinco mil euros em notas. A irmã de Carolina chega a garantir que o primeiro encontro aconteceu num lugar público (um hotel), aquando de uma conversa, a seu pedido, com o advogado Lourenço Pinto.

Depois disso, segundo o seu novo depoimento, os contactos ocorreram através de um telemóvel entregue por um agente imobiliário que julga ser sócio de Pinto da Costa e directamente para um suposto número do dirigente portista.

Também os contactos com este agente imobiliário - que lhe vendeu uma casa em Vilar de Andorinho, em Gaia, e arranjou a casa arrendada onde vive actualmente em Famalicão - seriam efectuados através de um outro número de telemóvel.

Ainda segundo a irmã de Carolina, foi-lhe dito que os números teriam de ser mantidos em segredo e os telefones só poderiam ser utilizados exclusivamente para contactos com Pinto da Costa e o agente imobiliário. Disse estar na posse de um desses telemóveis.

O suposto "sócio" do líder portista - ao que o JN apurou, conhecido por intermediar vendas de imóveis a jogadores e várias pessoas relacionadas com o mundo do futebol - foi apontado pela gémea de Carolina como alguém que, inicialmente, lhe fez chegar, todos os meses, um envelope com cinco mil euros em notas.

Mais tarde, de acordo com a nova versão, passou a ser o seu advogado a entregar os "envelopes", o que é negado pelo próprio.

Tudo isto, recorde-se, para supostamente mentir à Justiça, denunciando factos susceptíveis de diminuir a credibilidade de Carolina e da equipa especial do "Apito Dourado", em concreto a procuradora Maria José Morgado e o inspector da PJ Sérgio Bagulho.

As novas declarações de Ana aconteceram na sequência das "pazes" feitas com Carolina, conforme noticiado, e inseriram-se em "retractação" por supostas falsas declarações antes prestadas.

Ao JN, Gil Moreira dos Santos, advogado de Pinto da Costa, não quis responder à mais recente versão de Ana Salgado.

"Independentemente da veracidade ou falsidade da nova narrativa, só me pronunciarei quando houver oportunidade de a senhora responder a perguntas em contexto de contraditório oral. Não me opus nem oponho a que seja ouvida no julgamento que decorre. Apenas prescindi do seu testemunho por ela ter alegado não estar em condições emocionais. O que não aceito são depoimentos escritos, sem contraditório, prestados a hora em que obrigaram o procurador a sair da cama." Porém, a juíza do Tribunal de Gaia recusou ouvir Ana Salgado e os depoimentos escritos. O Ministério Público vai recorrer para a Relação do Porto. O julgamento deve prosseguir amanhã, com as alegações finais.

# fonte: JN on-line em 12Mar2009

2 comentários:

  1. Envelope práqui, envelope prácolá, versão práqui, versão prácolá... mas será que ninguém manda fechar a culatra a este par de badalhocas?

    Dassse......

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  2. Isto não é mais do que o resultado do desespero do MP e da dona morgada
    que sabem que esta é a ultima oportunidade que teem de foder o Pinto!
    Porque é que ninguem põe a hipótese da outra mula estar a ser comprada agora?
    Não acham estranho a cabra virar o bico ao prego nesta altura do campeonato?
    E quem é o catalisador deste circo?Correio da Manha!2+2 são e sempreserão 4!

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