03 abril, 2009

03Abr2009, capas da imprensa

1 comentário:

  1. RUI MOREIRA

    E o FC Porto até foi campeão

    MEIO século depois, é este o argumento que alguns benfiquistas invocam para justificar a arbitragem de Calabote, na mais famosa última jornada da história.
    O FC Porto (que visitava o Torriense) e o Benfica (que recebia a CUF) estavam empatados em pontos e os portistas tinham vantagem no goal-average. Os factos estranhos começaram durante a semana, quando o treinador-adjunto do Benfica passou a orientar a equipa de Torres Vedras. Mas, o roubo de igreja aconteceria na tarde dos jogos. O jogo do Benfica começaria quando em Torres Vedras já se jogava há alguns minutos e o árbitro, o tal Calabote, compensaria a equipa caseira com dois penalties logo a abrir o jogo, a que se seguiria outro no reatamento, quando a CUF já substituíra o seu pouco empenhado guarda-redes.

    Destes penalties, rezam as crónicas que dois foram inventados. Mas, as ajudas não chegaram. O FC Porto, que acabou o jogo à hora normal, esperou um quarto-de-hora para ouvir, pela telefonia, o apito de Calabote, que lhe daria o título por um golo de diferença. Diria o treinador da CUF que só se admirou que «o árbitro não tivesse arranjado um quarto penalty, nos últimos minutos».

    Perante as desculpas de Calabote, que acabaria irradiado, disse o presidente da Arbitragem, o belenense Coelho da Fonseca que «todas essas desculpas, são boas para ele contar aos seus amigos. Ele diz que foi por ter começado o jogo dois minutos mais tarde. Ora agora pergunto eu: algum dirigente no mundo poderia irradiar um árbitro por isso?».

    Meio século depois, em dia de enganos, um justiceiro voltou a aplicar a lei da brilhantina para tentar fazer história e beber champanhe à custa do FC Porto. No futuro, a história contará que, também desta vez, não conseguiram impedir o FC Porto de continuar na Champions e de ganhar o tetracampeonato.

    Rui Moreira n' A Bola.

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    JORGE MAIA

    Ligeireza

    Impressionante a ligeireza com que algumas vozes se apressaram a catalogar Lisandro López como batoteiro ou enganador. As mesmas vozes que falaram em jogo de emoções após a final da Taça da Liga, as mesmas vozes que se esqueceram de acusar Di María de batota por ter reclamado a grande penalidade que Pedro Silva não cometeu nesse jogo, as mesmas vozes que deram eco ao orgulho de David Luiz pelo golo em fora-de-jogo marcado ao Braga, as mesmas vozes que calaram as cinco grandes penalidades que ficaram por marcar a favor do FC Porto nos últimos dois jogos - uma delas custando precisamente um amarelo e a suspensão de Lisandro no jogo com o Guimarães -, essas vozes insuspeitas não tiveram problemas em apelidar de batoteiro ou enganador o melhor marcador do último campeonato, um jogador cujo profissionalismo e lealdade são reconhecidos por companheiros e adversários. Fizeram-no apoiados numa decisão peregrina da CD da Liga que reclamou para si a capacidade para avaliar a intensidade dos contactos demonstrando insuspeitados, embora muito suspeitos, conhecimentos de biomecânica. A resposta de Lisandro a uns e a outros segue, dentro de momentos, em Old Trafford, na Liga dos Campeões.

    Jorge Maia n' O Jogo.

    fonte : http://portistaforever.blogspot.com/

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