QUANDO, na véspera do jogo, lamentei a ausência de Jesualdo Ferreira no banco, por um inexplicável e platinesco castigo, e sugeri que se assobiasse o hino da Champions, o que, aliás, sucedeu, estava já muito preocupado. A equipa entrou em campo órfã de Jesualdo, e tudo se adensou aos 30 minutos quando ficou viúva de Lucho, o seu grande pensador. Duvido que Jesualdo tivesse retirado Rodriguez quando era Hulk que não estava em campo, ou tivesse trocado Sapunaru por Tomás Costa quando era Meireles que já não aguentava a dupla função a que a lesão de Lucho o obrigara.
Confirmou-se que José Gomes não tem a qualidade de Azenha mas, mais do que as opções, o que me irritou foram as suas declarações no fim do jogo. Depois de tantos meses no Dragão, devia ter tido tempo para perceber que já não está na Luz e que os adeptos portistas não se contentam com vitórias morais.
É urgente que alguém lhe explique que este é o clube errado para quem se contenta com elas, e lhe diga que podemos sempre reclamar que nos ficou a honra, mas não podemos nunca invocar a glória quando perdemos.
O que se viu, na eliminatória, é que o FC Porto poderia ter ido mais longe, apesar das diferenças de orçamento. Teve à sua mercê o campeão de Inglaterra, da Europa e do Mundo e houve jogadores, como Fernando, Cissoko, Rodriguez, Sapunaru, Lisandro e Mariano que não mereciam ficar pelo caminho. Mas também se percebeu que faltou alguma coisa.
Faltou, pelo menos, um substituto para Lucho e, também, um grande guarda-redes. Helton é uma simpatia e chega para consumo interno, mas falhou ao lançar-se tarde. No futebol de primeira, os remates a 40 metros, desencobertos, por alto, sem ressaltos ou desvios, são sempre defensáveis. Foi pena, mas para o ano há mais.
Hoje fiquei a conhecer-te um pouco mais. Uma crónica escrita num dia mau, com toda a certeza. Uma das piores crónicas de alguém que eu achava q até percebia de futebol.
Desiludido estiu eu contigo.
O adjunto de Jesualdo disse o que era para ser dito, a equipa caiu de pé, lutou até ao fim e por isso o orgulho de todos tinha q ali ser evidenciado.
Qt ao Helton, no coments. Já se viu de longe que ele é o melhor. E naquela bola nem o Baía, meu caro.
Jesualdo Ferreira tem dois problemas complicados para gerir nos próximos dias. Por um lado, há a inevitável frustração dos seus jogadores pela eliminação na Liga dos Campeões, amplificada pelas esperanças alimentadas pela excelente exibição e correspondente resultado no jogo da primeira mão e pelo equilíbrio que marcou a segunda partida frente aos campeões europeus e do Mundo. Voltar à terra depois de duas semanas a flutuar entre as nuvens pode ser uma experiência traumatizante especialmente quando a aterragem é forçada pela violência de um remate de Cristiano Ronaldo. Depois, há a ausência, ainda sem termo certo, de Lucho, capitão, melhor marcador da equipa e principal referência do meio-campo portista. Ainda que os últimos jogos tenham servido para Jesualdo Ferreira mostrar alternativas às opções mais habituais no onze e ainda que o FC Porto nunca tenha perdido para o campeonato sem Lucho, a importância do "Comandante" é incontornável e vai muito para além das evidências sublinhadas pelos números. Com o campeonato a entrar na recta final, estes são problemas que Jesualdo Ferreira tem de resolver com a urgência.
RUI MOREIRA
ResponderEliminar(BOLA DE 17/4)
Faltou qualquer coisa...
QUANDO, na véspera do jogo, lamentei a ausência de Jesualdo Ferreira no banco, por um inexplicável e platinesco castigo, e sugeri que se assobiasse o hino da Champions, o que, aliás, sucedeu, estava já muito preocupado. A equipa entrou em campo órfã de Jesualdo, e tudo se adensou aos 30 minutos quando ficou viúva de Lucho, o seu grande pensador.
Duvido que Jesualdo tivesse retirado Rodriguez quando era Hulk que não estava em campo, ou tivesse trocado Sapunaru por Tomás Costa quando era Meireles que já não aguentava a dupla função a que a lesão de Lucho o obrigara.
Confirmou-se que José Gomes não tem a qualidade de Azenha mas, mais do que as opções, o que me irritou foram as suas declarações no fim do jogo. Depois de tantos meses no Dragão, devia ter tido tempo para perceber que já não está na Luz e que os adeptos portistas não se contentam com vitórias morais.
É urgente que alguém lhe explique que este é o clube errado para quem se contenta com elas, e lhe diga que podemos sempre reclamar que nos ficou a honra, mas não podemos nunca invocar a glória quando perdemos.
O que se viu, na eliminatória, é que o FC Porto poderia ter ido mais longe, apesar das diferenças de orçamento. Teve à sua mercê o campeão de Inglaterra, da Europa e do Mundo e houve jogadores, como Fernando, Cissoko, Rodriguez, Sapunaru, Lisandro e Mariano que não mereciam ficar pelo caminho. Mas também se percebeu que faltou alguma coisa.
Faltou, pelo menos, um substituto para Lucho e, também, um grande guarda-redes. Helton é uma simpatia e chega para consumo interno, mas falhou ao lançar-se tarde. No futebol de primeira, os remates a 40 metros, desencobertos, por alto, sem ressaltos ou desvios, são sempre defensáveis. Foi pena, mas para o ano há mais.
Rui Moreira n' A Bola.
BLOG PORTISTAFOREVER
Meu caro Rui Moreira:
ResponderEliminarHoje fiquei a conhecer-te um pouco mais. Uma crónica escrita num dia mau, com toda a certeza. Uma das piores crónicas de alguém que eu achava q até percebia de futebol.
Desiludido estiu eu contigo.
O adjunto de Jesualdo disse o que era para ser dito, a equipa caiu de pé, lutou até ao fim e por isso o orgulho de todos tinha q ali ser evidenciado.
Qt ao Helton, no coments. Já se viu de longe que ele é o melhor. E naquela bola nem o Baía, meu caro.
Dois problemas
ResponderEliminarJORGE MAIA (ojogo 17/4)
Jesualdo Ferreira tem dois problemas complicados para gerir nos próximos dias. Por um lado, há a inevitável frustração dos seus jogadores pela eliminação na Liga dos Campeões, amplificada pelas esperanças alimentadas pela excelente exibição e correspondente resultado no jogo da primeira mão e pelo equilíbrio que marcou a segunda partida frente aos campeões europeus e do Mundo. Voltar à terra depois de duas semanas a flutuar entre as nuvens pode ser uma experiência traumatizante especialmente quando a aterragem é forçada pela violência de um remate de Cristiano Ronaldo. Depois, há a ausência, ainda sem termo certo, de Lucho, capitão, melhor marcador da equipa e principal referência do meio-campo portista. Ainda que os últimos jogos tenham servido para Jesualdo Ferreira mostrar alternativas às opções mais habituais no onze e ainda que o FC Porto nunca tenha perdido para o campeonato sem Lucho, a importância do "Comandante" é incontornável e vai muito para além das evidências sublinhadas pelos números. Com o campeonato a entrar na recta final, estes são problemas que Jesualdo Ferreira tem de resolver com a urgência.