01 abril, 2009

Gatos esfolados

    Chove? A culpa é do F.C. Porto; Está sol? Aponte-se o dedo aos Dragões; A sua equipa perde? Influência azul e branca; A sua equipa vence? Jorge Nuno Pinto da Costa distraiu-se. Bendita criatividade! Acordam e deitam-se a pensar no melhor clube português. É certo que o Tricampeão lhes inflama os cotovelos e o par de extremidades ao nível da testa, ainda assim não deixa de ser caricato. Dizem mal, mas também ganham a vida a escrever sobre o F.C. Porto.

    O Labaredas assume um pedido humilde: De futuro, digam em que parte é para achar piada. Tipo: «Rir à terceira palavra da quarta linha do segundo parágrafo». É mais fácil, poupam tempo a quem lê e sempre conseguem manter o estatuto de «humoristas». Ou de «uma espécie» de humoristas. Daqueles que se fixam apenas no «istas» e esquecem o «humor». No «istas» de anti-portistas.

    É evidente que as páginas de A Bola e Record vão continuar a ser ocupadas por estas anedotas. E até faz sentido. Significa que o F.C. Porto continua a ganhar e a doença não lhes passou. O Labaredas encolhe os ombros aos figurões que fazem. E não se importa de contribuir para que continuem fedorentos, portanto esta é de borla: Escrevam sobre a «labareda» de hoje nos próximos artigos. É um orgulho ajudar a pagar o personal trainer das vossas esposas.
fonte: fcporto.pt

3 comentários:

  1. um novo Labaredas curto, incisivo e sem pinças para maquilhar o que nos entra por casa adentro a todo o instante.

    não percebi de todo o motivo, mas julgo ter a certeza de quem serão o ou os alvos a chamuscar.

    será uns tais de fedorentos, porcos e cara de asnos mal assanhados que mais não fazem do que um humor de alto teor mongulóide e que ao que se vai vendo e ouvindo, anda pelas ruas da amargura em estilo do «é méu»?

    parece que sim, parece-me que sim... a esses, mas especialmente ao perfeito GAYvota do RAP, o meu desprezo e sentimento de pena por tão deficiente QI cerebral, lugar onde, diga-se de passagem, excremento é o que deve mais haver e em dose industrial.

    por fim, percebi, não tendo percebido de todo, "É um orgulho ajudar a pagar o personal trainer das vossas esposas".

    o que é que o Labaredas saberá que eu não sei, mas até gostaria de saber?

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  2. boa tarde!
    os alvos são obviamente os cada vez mais fedorentos.
    não é que a besta do rap na bolha de domingo escreveu que não foi cumprida uma regra historica que é beneficiar a equipa que joga em casa no Dragão ou algo do genero.
    tb gostava muito de saber a do personal trainer mas quando se começa a ver o fumo...

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  3. O artigo que estará na origem deste Labaredas:

    Domingo, Março 29, 2009
    A chama imensa: Pato com fruta à António Tavares-Teles.
    Por Ricardo Araújo Pereira (in ABola)


    QUANDO o, digamos, jornalista António Tavares-Teles foi apanhado numa
    das mais edificantes escutas do processo Apito Dourado, temi pelo
    futuro profissional do, digamos, jornalista António Tavares-Teles.
    Depois, li que o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas
    concluiu que o, digamos, jornalista Tavares-Teles tinha infringido
    «objectivamente o n.º 1 do Código Deontológico (…) que obriga a
    relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com
    honestidade», e ofendera a deontologia profissional — e cheguei a
    pensar que o, digamos, jornalista Tavares-Teles não voltaria a
    escrever nos jornais. Só depois me lembrei de um facto importante:
    vivemos em Portugal, e aqui tudo é possível.

    O caso explica-se depressa: o, digamos, jornalista Tavares-Teles
    escrevia uma coluna chamada O Pato no jornal O Jogo. Certo dia, o bem
    informado Pato sugeriu que Deco abandonaria a Selecção se fosse
    injustamente castigado pelo acto corriqueiro e inofensivo de ter
    atirado uma bota a um árbitro. A escuta da conversa telefónica entre
    o, digamos, jornalista Tavares-Teles e Pinto da Costa era precisamente
    sobre esse texto. Cito o jornal Correio da Manhã de 24 de Julho de
    2007: «Pelo que se pode ler da transcrição da referida escuta
    telefónica percebe-se (…) que, além de ter sido combinado, o teor do
    texto era falso, já que, conforme assumiu Pinto da Costa noutra
    conversa telefónica, servia apenas como forma de pressão e de
    chantagem para com os elementos do Conselho Disciplinar da Liga de
    Clubes». Cito agora alguns dos momentos mais notáveis da escuta:

    Tavares-Teles: (…): Olha pá, eu já escrevi aquela história do Deco
    (…). O Manuel Tavares [director de O Jogo] estava a querer pôr aquilo
    em grande destaque, pá!

    Pinto da Costa: Não, não! Tem mais impacto aí.

    Como se não fosse suficientemente habilitado como dirigente, o
    presidente do Porto ainda revela talento para o jornalismo, e é capaz
    de definir o lugar em que os textos devem sair para terem mais
    impacto. A escuta prossegue com a legítima preocupação do, digamos,
    jornalista Tavares-Teles: quando Deco fosse confrontado com uma
    intenção que nunca manifestara, como reagiria? Vale a pena ler o
    diálogo entre dois grandes senhores da comunicação social:

    Tavares-Teles: O gajo não é maluco o suficiente para dizer que não,
    que não é nada, que é tudo mentira?

    Pinto da Costa: Não! Eu falo com o Antero e ele avisa!

    É interessante referir a escolha vocabular do, digamos, jornalista
    Tavares-Teles, para quem aquele que opta por dizer a verdade é, e
    cito, um «maluco».

    Quando a escuta foi publicada o, digamos, jornalista Tavares-Teles
    esbracejou, ameaçou processar o mundo inteiro, e depois não processou
    ninguém e foi esbracejar para casa. Foi o melhor que fez: livrou-se de
    mais vergonhas e continua a escrever nos jornais — o que constitui,
    creio eu, um excelente negócio para os jornais: os textos de opinião
    são caros, mas os ditados não devem ser especialmente dispendiosos.

    Ontem, o professor Carlos Queiroz talvez tenha pretendido surpreender
    os suecos, mas julgo que acabou por embasbacar os portugueses. Nenhum
    indígena estaria à espera que o lateral-esquerdo fosse um extremo, que
    o trinco e o lateral-direito fossem centrais, e que o ponta-de-lança
    fosse um médio ofensivo. Os bons treinadores surpreendem o adversário;
    os excelentes surpreendem a própria equipa.

    Sobre o jogo, há que dizer duas coisas. Primeiro, foi um excelente
    resultado: da última vez que jogámos contra onze jogadores vestidos de
    azul e amarelo levámos seis. Aqui está um progresso que se saúda.
    Segundo, a arbitragem foi isenta, o que constitui um escândalo: é
    raríssimo haver um jogo no Dragão em que a equipa da casa não é
    beneficiada. É lamentável que a FIFA não respeite tradições
    ancestrais.

    De resto, tudo correu bem. Durante a partida, os comentadores da TVI
    exibiram aquele chauvinismo a que os jornalistas estão obrigados
    durante os jogos da Selecção. Destaco a observação segundo a qual os
    suecos se tinham apresentado com uma formação demasiado defensiva.
    Enfim, nem todos os treinadores podem ter o arrojo do professor
    Queiroz, que passou a maior parte do jogo com quatro centrais em
    campo.

    Ontem, Filipe Soares Franco afirmou que «o Benfica não pode continuar
    a agredir o presidente do Sporting», na medida em que isso deteriora
    as relações entre os clubes. Concordo apenas em parte: pode minar as
    relações agora, mas melhora-as a longo prazo. Recordo que, em Outubro
    de 2003, Soares Franco fez insinuações desagradáveis relativamente à
    relação de Pinto da Costa com os árbitros e disse que «o Papa estava a
    morrer». Pinto da Costa respondeu que Franco era indigno e prometeu
    que nunca mais o cumprimentaria. Hoje, são unha com carne. Está visto
    que, dentro de seis anos, Benfica e Sporting serão grandes amigos.

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