04 setembro, 2009

capas da imprensa

2 comentários:

  1. Rui Moreira n' A Bola.

    Falta colmatar as intermitências

    DEPOIS de se ter dado como certo que o FC Porto iria comprar mais um avançado, os últimos dias não trouxeram novidades para o plantel. Não terá sido por falta de assédio, porque o mercado não está famoso e o clube era dos poucos que tinha meios disponíveis para fazer contratações, depois dos grandes negócios realizados, que o colocam no 5.º lugar entre os clubes europeus que maiores receitas obtiveram nas transferências deste Verão. Provavelmente, a equipa técnica não viu necessidade em contratar mais um jogador, ou não viu interesse em nenhum dos que estavam disponíveis a preços comportáveis. É algo que não deve preocupar os adeptos, porque os reforços estão a ambientar-se e a equipa evidencia um grau de entrosamento apreciável, quando se compara com o que sucedia, por esta altura, na época passada.
    A defesa está estabilizada, e conta com Maicon e Sapunaru como suplentes de luxo, ainda que falte, aqui e ali, disponibilidade dos centrais para limpar as jogadas e continue a haver alguns lapsos posicionais de Fucile e de Álvaro. Isso obriga Fernando a jogar um pouco mais recuado, num meio-campo em que Meireles é indispensável mesmo em má forma, pois a inclusão de Valeri a par de Belluschi, que já agarrou a titularidade, poderia resultar numa alteração prematura e excessiva das rotinas da equipa. O meio-campo é, aliás, o sector que maior margem de progressão terá, o que não surpreende dada a saída de um jogador irreplicável como era Lucho.

    É na frente, onde Jesualdo quer jogar com três atacantes, que residem as maiores dúvidas. Em dois jogos, e apesar de Rodríguez ainda estar em recuperação e de Hulk ter estado castigado, o FC Porto marcou seis golos. Viu-se que Falcao é um grande jogador e confirmou-se que Varela está em grande forma. Ora, se pensarmos que Jesualdo ainda dispõe de Mariano e de Farías (que continua com um rendimento extraordinário) e poderá contar com Orlando Sá, a decisão de não contratar mais um avançado terá sido correcta, tanto mais que a excessiva abundância poderia causar problemas na gestão do plantel.

    Resta, ainda assim, saber como integrar Rodríguez e Hulk, já que admitindo que Mariano, de quem o treinador tanto gosta, possa perder a titularidade, não será fácil retirar Varela ou Falcao da equipa. E, relativamente a Hulk, a questão coloca-se, também, quanto ao seu posicionamento, pois é um jogador invulgar que não é fácil de integrar no plano táctico da equipa, algo que se complicou com a saída de Lisandro, cuja grande mobilidade lhe abria espaços.

    Mas o que a equipa precisa é de jogar sem intermitências. Aliás, a diferença entre o jogo com o Nacional e o jogo com a Naval é que, no segundo, o FC Porto conseguiu chegar cedo à vantagem. O que não se entende, como Jesualdo assinalou, é que a equipa assuma, de imediato, uma menor ambição, e que isso seja mais evidente nos jogadores que melhor conhecem as tradições da casa e o inconformismo dos adeptos.

    fonte: http://www.portistaforever.blogspot.com/

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  2. Hugo Sousa n' O Jogo.

    Talento revisto pelos outros

    É muito comum haver duas fases na apreciação dos supertalentos que vão surgindo por cá. Ao impacto inicial segue-se a cascata de elogios, em forma de adjectivos que se reciclam até à exaustão. Daí à unanimidade é um instantinho. Aconteceu com Hulk na época passada, e justificadamente. O problema pode estar na fase seguinte, quando a genialidade já não surpreende, quando tudo o que se diz já não parece novo. Na busca de um ângulo diferente, ampliam-se outros detalhes. No caso de Hulk, por causa de um início de época atribulado, ampliou-se, se calhar mais do que o devido, um suposto lado explosivo da personalidade em campo. Também por isso, mas não só, esta ideia sublinhada pelo empresário do jogador - a aposta numa Liga dos Campeões em cheio - faz todo o sentido: os elogios dos outros, inevitáveis se Hulk confirmar na Champions tudo o que se espera dele, podem ajudar a reapreciar um talento como o dele. Sem forçar ângulos novos, porque o primeiro sempre foi suficientemente bom.

    fonte: http://www.portistaforever.blogspot.com/

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