25 setembro, 2009

capas da imprensa

4 comentários:

  1. é possível colocar o texto do Francisco José Viegas ?

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  2. Tu mandas:)

    Factos & argumentos

    PERCEBE-SE o que Jesualdo Ferreira quer dizer quando afirma que «o clube, os jogadores e os treinadores não convivem bem com as derrotas». Ele próprio não o consegue. Por exemplo, no final do jogo com o Sp. Braga, Jesualdo foi mais demolidor com o FC Porto do que Domingos Paciência a elogiar a sua equipa. Também se percebe: Jesualdo preparava, estrategicamente, a defesa. Ou seja, se alguém podia punir o plantel seria ele. O problema é que, com mais ou menos pedagogia, o resultado do jogo com o Braga foi inteiramente justo. E, justo ou injusto, não podia ter sido aquele, depois da derrota em Londres.
    Outro problema que nasceu das declarações de Jesualdo foi a sua tentativa (conseguida) de separar a campanha da Champions da carreira na I Liga. Portanto, segundo Jesualdo, não houve duas derrotas consecutivas; houve, pelo contrário, uma derrota na Champions e, na semana seguinte, uma derrota na I Liga. Faz toda a diferença, não faz? Faz alguma. Por isso, será que pode perguntar-se por que razão o FC Porto jogou com o Sporting de Braga com uma linha parcialmente semelhante à que defrontou o Chelsea?

    Contra estes argumentos, não há factos que resistam. Mesmo que sejam «bons factos», como aqueles que se esperam para este fim-de-semana, no Dragão. Sobre isso não vale a pena fazer futurologia, sondagens ou previsões. O Sporting leu Jesualdo. Esperemos, no nosso caso, que os jogadores tenham sobrevivido à pedagogia.

    Volto a Hulk, para dizer que é cada vez mais fácil pespegar-lhe cartões amarelos e, em consequência, pô-lo fora de jogo. O epifenómeno conhecido por Apito Dourado (um julgamento popular e feito à medida) inaugurou um campeonato paralelo e original apenas aberto a árbitros: saber quem assinala mais faltas duvidosas contra o FC Porto e quem mostra mais cartões a jogadores da equipa. Quanto mais prejudicarem o FC Porto, mais pontos acumulam. No final, têm direito a aplauso e, quem sabe, a promoção na carreira. Para esta gente, os campeonatos de futebol deviam ganhar-se por televoto.

    Francisco José Viegas, n' A Bola.

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  3. A herança londrina

    DEPOIS de Londres, Jesualdo deveria ter tirado algumas conclusões. Não o fez, talvez por achar que o jogo correra bem, algo que, a meu ver, só acontecera nos últimos vinte minutos em que optara pelo seu sistema habitual. É verdade que, em Braga, deixou Mariano e Rodriguez de fora, optando por Varela e Falcao como titulares. Mas, ao regressar ao seu desenho táctico, escolheu um meio-campo defensivo, sem nenhum criativo.
    Quereria premiar Guarín, mas o colombiano transporta bem a bola e tem força, mas não é um bom distribuidor de jogo. Por isso, só poderia ter sido titular à custa de Meireles, que, como vai sendo hábito este ano, se fartou de asneirar. Curiosamente, Belluschi voltou a ficar 90 minutos no banco e Valeri não faz parte das opções do professor… Todos esses equívocos no meio-campo fizeram com que a linha avançada do FC Porto tivesse que buscar a bola a 40 metros da baliza adversária, o que limita a prestação de jogadores como Varela, Hulk e Falcao. Hulk, em particular, não sabe jogar de costas para a área e não havia quem lhe fizesse um passe longo que o fizesse ganhar, em corrida, aos defesas que o marcavam. Além disso, parece ter entendido mal os recados do treinador e o mais que dele se viu foi que se entreteve a adornar as jogadas, a tentar «quaresmices» e a simular faltas.

    O FC Porto, que passara a primeira parte sem criar uma única situação de perigo, regressou do balneário com a mesma disposição táctica, o que não admira, porque para Jesualdo é tabu mexer na equipa antes dos 60 minutos. E, com a dupla substituição, as coisas ainda se complicaram mais, porque Rodriguez, que substituiu Meireles, também não era o organizador de jogo de que o FC Porto precisava, e também porque o Braga marcou de seguida, o que lhe permitiu fechar mais as suas linhas.

    Jesualdo reconheceu a justeza da derrota mas não encontrou explicação para a exibição, que apelidou de irreconhecível. Ora, houve desde logo um problema com a linha média, mas há um problema de forma de alguns jogadores, que não se limita a Hulk e Meireles. Fucile não tem velocidade, o que lhe causou grandes contratempos defensivos, Helton voltou a não fazer tudo o que é exigível, Rodriguez ainda não tem velocidade. Ou seja, e como Jesualdo reconheceu, há um problema no FC Porto, mas talvez se possa recordar que ele não era tão visível antes de mexer na equipa.

    Por outro lado, o FC Porto defrontava o tal Sporting de Braga que dizem que joga mal, mas que, como eu prevenira, é uma equipa bem treinada e com muito bons jogadores que, ainda por cima, apostam tudo na entreajuda. Os desgarrados jogadores do FC Porto perderam contra uma equipa que jogou como equipa. Agora segue-se o Sporting e o Atlético de Madrid. São jogos diferentes, e o FC Porto parte, para ambos os embates, como favorito. Será sem grandes invenções, escolhendo os melhores e com o tal espírito que tem faltado que o FC Porto ganhará ambos os jogos.

    (RUI MOREIRA) (CONT...)

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  4. (CONT...) RUI MOREIRA



    Um problema recorrente

    A forma como Helton actuou em Braga, e não escrevo isto apenas pelo 'frangolo' que sofreu (dando um passo à frente para tentar defender uma bola alta e fácil é um erro de principiante) mas também pelas suas 'movimentações', obriga-me a voltar a escrever sobre um jogador que, ainda por cima, aproveitara uma boa exibição para logo falar de mais...
    Gostaria de saber por que razão o FC Porto mandou Ventura estagiar para Olhão e adquiriu Beto, que não é um jogador da nossa formação. É que se não veio para disputar a titularidade, se o seu destino é o banco ou um lugar na bancada, mais valia ter poupado o investimento, ou ter contratado alguém que estivesse à altura das aspirações do clube.

    O candidato esquecido

    COMO escrevi na última crónica, a equipa do Sporting de Braga e o seu treinador não mereciam a desvalorização de que estavam a ser alvo por parte da imprensa, por contraste com a equipa do ano passado.
    No sábado, percebeu-se que, haverá um quarto candidato ao título, ainda que reste saber se Domingos conseguirá jogar, com os mais pequenos, como tem jogado com os grandes.

    E, a quem o tenta ridicularizar por ser grato ao FC Porto, lembro que Rui Costa também não gostava de ganhar ao Benfica, mas isso não o impedia de fazer o seu melhor quando estava ao serviço de outra equipa. É esse carácter e essa lealdade que distinguem os grandes desportistas dos melhores mercenários.

    O 'penalty' evidente

    FOI só depois de ver a segunda repetição que verifiquei que Alvaro Pereira cometera uma infracção sobre Alan. Na imagem corrida, parecera-me que Alvaro Pereira tocara a bola antes de ser abalroado por Alan e não vira que o defesa impedira a progressão do avançado, elevando a perna.
    Quer-me parecer, por isso, que o lance está longe de ser evidente, ao contrário do que já li, e compreende-se a dificuldade do árbitro em interpretar o que sucedeu.

    É nessas jogadas que a equipa de arbitragem é vítima da falta dos meios técnicos que nós, os espectadores, e também a crítica, temos à nossa disposição, e que a eles são recusados.

    E, como já se viu, é um problema que não se resolverá com mais árbitros.

    A lavandaria do costume

    ORA, já não precisei de repetições para ver que o penalty de Leiria foi fantasma. O árbitro, na dúvida, não descortinou o corte da bola pelo defesa leiriense, e assinalou uma falta que não existiu, tal como não existira a falta junto à lateral de que resultara o primeiro golo encarnado. A imprensa, essa, concluiu que foi uma vitória da raça… Pois, e vão quatro penalties em cinco jogos para este Benfica «à moda antiga». Também não precisei de repetições para ver o escândalo de Alvalade, onde o Sporting também foi favorecido e levado ao colo. A arbitragem já entrou no campeonato, interferindo nos resultados. Veremos o que acontece agora no Dragão, com a imprudente nomeação de Duarte Gomes.


    Rui Moreira n' A Bola.

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