Com a rentrée na Champions, regressou também ao universo azul e branco, a “alta-costura” e o tricot opinativo.
Além Canal da Mancha, sobram ao Dragão, episódios e exibições descoloridas, algozes nódoas, num historial Europeu e Mundial feito de vindouras vitórias. Contudo, sempre que a táctica mexe com o jogo, surgem as torrentes de massa crítica que alagam fóruns, colunas mediáticas e caixas de comentários, contestando assertiva e dissertivamente a volatilidade do discurso/táctica de Jesualdo.
Não será descabido comparar o futebol à atmosfera terrestre. Bem vistas as coisas, ambos se podem dividir em estádios ou camadas, consoante as suas características. Numa divisão simplista desta, podemos falar de 5 camadas, sendo que para a analogia em causa, só a Troposfera e a Estratosfera colhem interesse.
A primeira, é onde existe vida, onde 99% de nós passa o tempo, sendo comparável em questões futebolísticas à Liga Sagres e outras competições de cariz interno. Já na Estratosfera, apenas os aviões supersónicos têm habitat, equiparando-se desta feita aos tubarões que inundam a Champions.
Ora visto por este prisma, o acesso à Estratosfera faz-se de vitórias ao nível da Troposfera, pelo que o desafio da 5ª ronda da Liga Sagres, encerra mesmo que numa fase embrionária da prova, importância capital no definir da capacidade azul e branca em assumir a dianteira desde cedo.
A competitividade da Troposfera Lusa vive muito de embates ao nível do mar, numa tendência gradual para o nivelamento médio/baixo, mesmo que de entremeio surjam duelos complexos como aquele que nos confronta com o SC Braga.
No Minho mora o líder, questão de índole prematura, o hábito gradual de posições imediatamente abaixo dos três clássicos emblemas, permite-lhes solidificar nessa experiência, bases para voos mais intromissos nos lugares cimeiros.
A liderança é uma responsabilidade partilhada entre a equipa e o seu técnico, sujeitos ao eterno conflito e pressão de um passado recente, Domingos desenhou os Arsenalistas num 4x2x3x1, feitos de consistência táctica, mas com muitos laivos de insistência ofensiva.
As suas unidades de melhor valor, casam na perfeição, neste início de temporada a contenção, disciplina e discernimento, numa clarividente demonstração de fibra, músculo e segurança defensiva.
A menor dimensão física de pré-temporada, enjeitou a possibilidade de explanarem combatividade na Europa, mas nem tudo o que é no início deve ser visto como um precoce fim.
Os Bracarenses revelam muitos pontos de contacto com 2008/2009.
Eduardo é voz de comando de uma dupla de centrais maduros a que se junta o empreendorismo dos laterais. Vandinho é suporte de acção eficaz, médio de cobertura cuja precisão reclama para si os louros dos equilíbrios estruturantes, capaz de fazer soltar os médios interiores/extremos em conjunto com a utilização do duplo pivot, garantindo uma equipa sempre muito alta no terreno de jogo.
Os adversários em face da dinâmica do miolo, vêem-se confinados a um perímetro relvado amuralhado, onde se emancipam duas unidades de futebol rendilhado, Mossoró cose as linhas e une as pontas, dotado de uma técnica de fino recorte, peca na objectividade, mas quando alia a criatividade a velocidade de execução, é vê-lo a abreviar na habilidade e a rasgar defesas contrárias com passes de morte.
Hugo Viana é a muleta que ganha cada vez mais peso no conjunto de Domingos, a inteligência táctica de Alan permite-lhe jogar de olhos fechados com João Pereira, Meyong e Paulo César os homens golo a quem se pede que façam a diferença na zona de área.
Indissociável de toda esta competência, é a confiança que se respira no Axa, aliada à vontade de fazer história e deitar por terra o registo de 4 vitórias consecutivas como melhor registo arsenalista na Liga.
Para o Dragão, a Pedreira é apenas mais um obstáculo num encadeamento de jogos de máxima exigência no consolidar das aspirações e objectivos traçados.
Depois da reinventada identidade táctica azul e branca, onde o rigor físico, capacidade das coberturas defensivas e a necessidade de zonas nucleares mais compactas foram mote, é crível que renasça a plataforma das estratégias internas.
Se é um facto que Rodriguez corporativisa o equilíbrio táctico e permite mesclar o 4x3x3 e viabiliza o 4x4x2, já a exibição obscura de Mariano, castrador e comprometedor das transições, não se oferecem de momento e para o desafio em análise, como as melhores respostas, mesmo que gizem uma maior qualidade ao pressing em zonas altas do campo.
Varela tem sido protagonista inevitável e na abordagem ao jogo na cidade dos Arcebispos, misturar potência e velocidade é uma das possíveis receitas para o sucesso desde que devidamente auxiliado por Hulk e Falcao.
Belluschi, continua afecto à dualidade da menor efervescência do miolo, este é um FC Porto onde se nota ainda a orfandade de Lisandro e Lucho, sobretudo na qualidade dos movimentos sem bola.
Hulk carece ainda da sapiência intuitiva de resgatar espaços à 1ª fase de construção rival, aspecto cada vez mais fundamental no sucesso dos jogos e na observância da equipa com linhas demasiado recuadas.
Monopolizar repetidas acções, estrangula o envolvimento colectivo. Frente ao Leixões, as laterais baralharam as contas do equilíbrio em zonas nevrálgicas, Álvaro Pereira foi dinamizador de investidas em profundidade, cujo nova apetência por movimentações similares deixará os da casa em Bracara angústia.
Os azuis convivem ainda num limbo de um existir em intermitência de jogo, a que não será alheio o déficit de Raúl Meireles, mesmo com Fernando a assumir basicamente o trabalho táctico, compensando e procurando ser o pilar da equipa.
Dificilmente as bases do encontro, prato forte da ronda cinco, será lançado em conjunturas que não passem pelo ganhar dos 3 pontos em disputa.
Qualquer um dos emblemas em compita tem ambição de ser ou continuar líder, pelo que não vou prognosticar defesas porfiadas, aposto na convicção e concentração do último reduto, como garantia da não ocorrência de erros primários em momento defensivo, como sinónimo dos anormais golos sofridos. Confio na capacidade enraizada de numa nuance ou outra, a força das transições relevem a capacidade ofensiva de preencher os vários corredores da mecânica ofensiva, onde largura e profundidade sejam recursos em constante utilização em função do máximo objectivo… GOLOS!!!
LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Beto
Defesas: Bruno Alves, Fucile, Rolando, Alvaro Pereira, Maicon e Sapunaru
Médios: Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Fernando e Rodríguez
Avançados: Falcao, Mariano, Hulk, Varela e Farías.
Além Canal da Mancha, sobram ao Dragão, episódios e exibições descoloridas, algozes nódoas, num historial Europeu e Mundial feito de vindouras vitórias. Contudo, sempre que a táctica mexe com o jogo, surgem as torrentes de massa crítica que alagam fóruns, colunas mediáticas e caixas de comentários, contestando assertiva e dissertivamente a volatilidade do discurso/táctica de Jesualdo.
Não será descabido comparar o futebol à atmosfera terrestre. Bem vistas as coisas, ambos se podem dividir em estádios ou camadas, consoante as suas características. Numa divisão simplista desta, podemos falar de 5 camadas, sendo que para a analogia em causa, só a Troposfera e a Estratosfera colhem interesse.
A primeira, é onde existe vida, onde 99% de nós passa o tempo, sendo comparável em questões futebolísticas à Liga Sagres e outras competições de cariz interno. Já na Estratosfera, apenas os aviões supersónicos têm habitat, equiparando-se desta feita aos tubarões que inundam a Champions.
Ora visto por este prisma, o acesso à Estratosfera faz-se de vitórias ao nível da Troposfera, pelo que o desafio da 5ª ronda da Liga Sagres, encerra mesmo que numa fase embrionária da prova, importância capital no definir da capacidade azul e branca em assumir a dianteira desde cedo.
A competitividade da Troposfera Lusa vive muito de embates ao nível do mar, numa tendência gradual para o nivelamento médio/baixo, mesmo que de entremeio surjam duelos complexos como aquele que nos confronta com o SC Braga.
No Minho mora o líder, questão de índole prematura, o hábito gradual de posições imediatamente abaixo dos três clássicos emblemas, permite-lhes solidificar nessa experiência, bases para voos mais intromissos nos lugares cimeiros.
A liderança é uma responsabilidade partilhada entre a equipa e o seu técnico, sujeitos ao eterno conflito e pressão de um passado recente, Domingos desenhou os Arsenalistas num 4x2x3x1, feitos de consistência táctica, mas com muitos laivos de insistência ofensiva.
As suas unidades de melhor valor, casam na perfeição, neste início de temporada a contenção, disciplina e discernimento, numa clarividente demonstração de fibra, músculo e segurança defensiva.
A menor dimensão física de pré-temporada, enjeitou a possibilidade de explanarem combatividade na Europa, mas nem tudo o que é no início deve ser visto como um precoce fim.
Os Bracarenses revelam muitos pontos de contacto com 2008/2009.
Eduardo é voz de comando de uma dupla de centrais maduros a que se junta o empreendorismo dos laterais. Vandinho é suporte de acção eficaz, médio de cobertura cuja precisão reclama para si os louros dos equilíbrios estruturantes, capaz de fazer soltar os médios interiores/extremos em conjunto com a utilização do duplo pivot, garantindo uma equipa sempre muito alta no terreno de jogo.
Os adversários em face da dinâmica do miolo, vêem-se confinados a um perímetro relvado amuralhado, onde se emancipam duas unidades de futebol rendilhado, Mossoró cose as linhas e une as pontas, dotado de uma técnica de fino recorte, peca na objectividade, mas quando alia a criatividade a velocidade de execução, é vê-lo a abreviar na habilidade e a rasgar defesas contrárias com passes de morte.
Hugo Viana é a muleta que ganha cada vez mais peso no conjunto de Domingos, a inteligência táctica de Alan permite-lhe jogar de olhos fechados com João Pereira, Meyong e Paulo César os homens golo a quem se pede que façam a diferença na zona de área.
Indissociável de toda esta competência, é a confiança que se respira no Axa, aliada à vontade de fazer história e deitar por terra o registo de 4 vitórias consecutivas como melhor registo arsenalista na Liga.
Para o Dragão, a Pedreira é apenas mais um obstáculo num encadeamento de jogos de máxima exigência no consolidar das aspirações e objectivos traçados.
Depois da reinventada identidade táctica azul e branca, onde o rigor físico, capacidade das coberturas defensivas e a necessidade de zonas nucleares mais compactas foram mote, é crível que renasça a plataforma das estratégias internas.
Se é um facto que Rodriguez corporativisa o equilíbrio táctico e permite mesclar o 4x3x3 e viabiliza o 4x4x2, já a exibição obscura de Mariano, castrador e comprometedor das transições, não se oferecem de momento e para o desafio em análise, como as melhores respostas, mesmo que gizem uma maior qualidade ao pressing em zonas altas do campo.
Varela tem sido protagonista inevitável e na abordagem ao jogo na cidade dos Arcebispos, misturar potência e velocidade é uma das possíveis receitas para o sucesso desde que devidamente auxiliado por Hulk e Falcao.
Belluschi, continua afecto à dualidade da menor efervescência do miolo, este é um FC Porto onde se nota ainda a orfandade de Lisandro e Lucho, sobretudo na qualidade dos movimentos sem bola.
Hulk carece ainda da sapiência intuitiva de resgatar espaços à 1ª fase de construção rival, aspecto cada vez mais fundamental no sucesso dos jogos e na observância da equipa com linhas demasiado recuadas.
Monopolizar repetidas acções, estrangula o envolvimento colectivo. Frente ao Leixões, as laterais baralharam as contas do equilíbrio em zonas nevrálgicas, Álvaro Pereira foi dinamizador de investidas em profundidade, cujo nova apetência por movimentações similares deixará os da casa em Bracara angústia.
Os azuis convivem ainda num limbo de um existir em intermitência de jogo, a que não será alheio o déficit de Raúl Meireles, mesmo com Fernando a assumir basicamente o trabalho táctico, compensando e procurando ser o pilar da equipa.
Dificilmente as bases do encontro, prato forte da ronda cinco, será lançado em conjunturas que não passem pelo ganhar dos 3 pontos em disputa.
Qualquer um dos emblemas em compita tem ambição de ser ou continuar líder, pelo que não vou prognosticar defesas porfiadas, aposto na convicção e concentração do último reduto, como garantia da não ocorrência de erros primários em momento defensivo, como sinónimo dos anormais golos sofridos. Confio na capacidade enraizada de numa nuance ou outra, a força das transições relevem a capacidade ofensiva de preencher os vários corredores da mecânica ofensiva, onde largura e profundidade sejam recursos em constante utilização em função do máximo objectivo… GOLOS!!!
LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Beto
Defesas: Bruno Alves, Fucile, Rolando, Alvaro Pereira, Maicon e Sapunaru
Médios: Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Fernando e Rodríguez
Avançados: Falcao, Mariano, Hulk, Varela e Farías.
Não vai ser um jogo fácil, mas confio na vitória! E só pode ser dessa forma se não nem teria umas férias descansadas! :)
ResponderEliminarSaudações
O Minguinhos q nos desculpe mas a vitória tem de ser nossa! Força Porto!
ResponderEliminarFundamental ganhar nem que para isso seja preciso partir a "Pedreira" toda.
ResponderEliminarUm Porto como o de Stamford Bridge, na atitude, determinação e em alguns períodos, bom futebol, com ligeiras alterações - saída de Mariano e Rodríguez e entradas de Falcao e Varela -, deve dar para ganhar.
Um abraço
Jogo complicado, talvez até mto complicado, mas que se colocada em campo toda a fibra de campeão, poderemos tornar o dificil em fácil e vencer... conquistando os tão ansiados 3 pontos.
ResponderEliminarBamos a eles...
O jogo ainda nem começou e já andam aí as insinuações de facilitismo do Domingos.Que vai ser macio,que não vai querer ganhar o jogo contra o seu Porto,que é o PortoA vs PortoB enfim...sabe Deus quando vier o Olhanense.
ResponderEliminarMais logo quero ver o Porto com a mesma atitude e garra dos últimos jogos.Se o fizer,será mais fácil vencer o jogo,pois claro.Concentração do primeiro ao último minuto,pontaria afinada...e venha de lá o jogo.
Jogo difícilm as acredito que a equipa vença e jogue para ganhar desde o 1º minuto. Hulk irá aparecer em grande...
ResponderEliminarAbraços
Vamos até braga partir mais umas pedras, para que o “calceteiro” possa completar a calçada azul e branca e por isso não sinta necessidade de dar pedradas nas opções do Professor Jesualdo.
ResponderEliminarVenham de lá esses três pontinhos preciosos.
PS: as ironias por vezes não são compreendidas como tal, no entanto asseguro que esta é perfeitamente inocente. Floreados de retórica para compor o ramalhete.
Teste muito sério ao Porto, versão nacional, num confronto sempre de elevado grau de dificuldade.
ResponderEliminarSeria importantíssimo vencer, antes do clássico com o Sporting, evitando uma pressão desusada em caso de perda de pontos.
Vamos a eles!