Lembro hoje mais um jogador fundamental na conquista do Campeonato Nacional da época 1977/78 quando recuperamos o título depois de 19 anos sem o ganhar.
Ademir Vieira nasceu a 21 de Outubro de 1951 em São Paulo, no Brasil. Começou a jogar no Santo André e em 1972 chega a Portugal para jogar no Olhanense tendo ajudado este clube a subir à 1ª Divisão na época de 1972/73.
As suas exibições no Olhanense valeram-lhe o interesse dos 2 principais clubes de Lisboa, do Guimarães e do Porto que, na época de 75/76 consegue a sua contratação. Ademir era um médio organizador de jogo com um magnífico remate sendo muitas vezes utilizado como avançado dada a sua apetência pelo golo. O seu primeiro ordenado no Porto terá a sido a impressionante soma de 22.500 escudos (cerca de 110€). Nas duas primeiras épocas foi pouco utilizado primeiro porque o F. C. Porto tinha como organizador de jogo aquele que foi, e ainda é, por muitos considerado o melhor estrangeiro que alguma vez passou pelo futebol português – Teófilo Cubillas e depois quer por opção do treinador quer devido a algumas lesões que o afectaram.
Só quase a meio da época de 1977/78 Ademir consegue ganhar definitivamente o lugar no meio campo do Porto onde jogou com Rodolfo, Octávio (entre outros) servindo Oliveira, Duda e Gomes na frente. Apesar de jogar sobre o meio campo e de não ter sido opção no princípio da época, Ademir ainda foi a tempo de fazer 12 golos nessa temporada. Não foi um jogador muito famoso e, mesmo entre os adeptos portistas, muitos não se lembrarão sequer dele. No entanto, eu lembro-me bem de Ademir e de como foi importante para a conquista desse campeonato numa luta palmo a palmo com o Benfica. Terminámos com o mesmo número de pontos dos vermelhos, que não perderam nenhum jogo nesse ano, mas tivemos uma melhor diferença de golos. O Porto de Pedroto era uma máquina de marcar golos tendo marcado mais 25 golos do que o Benfica.
O seu golo mais famoso foi o do decisivo Porto – Benfica nessa época 1977/78 com o jogo a começar praticamente com um auto golo de Simões e o Porto a andar o jogo todo atrás do empate que lhe dava a vantagem no campeonato. Conseguiu-o já muito perto fim (aos 83 minutos) num remate de fora da área na recarga a um livre apontado também por ele com a bola a entrar bem no canto e as bancadas a explodirem. Eu estava lá e lembro-me muito bem do sofrimento nesse jogo e da alegria que foi o golo do empate. No entanto, houve um outro golo que me marcou que foi em Braga (1977/78 e onde também estive) em que o Porto perdia a cerca de 10 minutos do fim e deu a volta ao jogo com outro golo de Ademir (o outro penso que foi do Gomes) empurrando o Porto para a vitória por 2-1 e marcando o início da arrancada decisiva rumo ao título.
No fim dessa época de 1977/78 Ademir assina pelo Boavista (aliás já tinha assinado na altura em que não era titular) mas, curiosamente, nunca chega a jogar pelo Boavista pois é imediatamente transferido para o Celta de Vigo. Conta a história que os emissários do Celta de Vigo vieram ao Porto ver o último jogo do campeonato – Porto- Braga – para verem o avançado do Braga, Chico Gordo, mas devido à grande exibição de Ademir, viraram-se imediatamente para este e, no dia seguinte, estava em Vigo a fazer os testes médicos. Pedroto ainda tentou o seu regresso ao Porto mas Ademir manteve-se em Vigo durante 5 épocas.
Em 1983, regressou ao Olhanense, passou pelo Louletano e terminou no Imortal em 1987. Penso que ainda hoje se mantém por Olhão onde tem uma escola de futebol em parceria com o Olhanense.
Ademir Vieira nasceu a 21 de Outubro de 1951 em São Paulo, no Brasil. Começou a jogar no Santo André e em 1972 chega a Portugal para jogar no Olhanense tendo ajudado este clube a subir à 1ª Divisão na época de 1972/73.
As suas exibições no Olhanense valeram-lhe o interesse dos 2 principais clubes de Lisboa, do Guimarães e do Porto que, na época de 75/76 consegue a sua contratação. Ademir era um médio organizador de jogo com um magnífico remate sendo muitas vezes utilizado como avançado dada a sua apetência pelo golo. O seu primeiro ordenado no Porto terá a sido a impressionante soma de 22.500 escudos (cerca de 110€). Nas duas primeiras épocas foi pouco utilizado primeiro porque o F. C. Porto tinha como organizador de jogo aquele que foi, e ainda é, por muitos considerado o melhor estrangeiro que alguma vez passou pelo futebol português – Teófilo Cubillas e depois quer por opção do treinador quer devido a algumas lesões que o afectaram.
Só quase a meio da época de 1977/78 Ademir consegue ganhar definitivamente o lugar no meio campo do Porto onde jogou com Rodolfo, Octávio (entre outros) servindo Oliveira, Duda e Gomes na frente. Apesar de jogar sobre o meio campo e de não ter sido opção no princípio da época, Ademir ainda foi a tempo de fazer 12 golos nessa temporada. Não foi um jogador muito famoso e, mesmo entre os adeptos portistas, muitos não se lembrarão sequer dele. No entanto, eu lembro-me bem de Ademir e de como foi importante para a conquista desse campeonato numa luta palmo a palmo com o Benfica. Terminámos com o mesmo número de pontos dos vermelhos, que não perderam nenhum jogo nesse ano, mas tivemos uma melhor diferença de golos. O Porto de Pedroto era uma máquina de marcar golos tendo marcado mais 25 golos do que o Benfica.
O seu golo mais famoso foi o do decisivo Porto – Benfica nessa época 1977/78 com o jogo a começar praticamente com um auto golo de Simões e o Porto a andar o jogo todo atrás do empate que lhe dava a vantagem no campeonato. Conseguiu-o já muito perto fim (aos 83 minutos) num remate de fora da área na recarga a um livre apontado também por ele com a bola a entrar bem no canto e as bancadas a explodirem. Eu estava lá e lembro-me muito bem do sofrimento nesse jogo e da alegria que foi o golo do empate. No entanto, houve um outro golo que me marcou que foi em Braga (1977/78 e onde também estive) em que o Porto perdia a cerca de 10 minutos do fim e deu a volta ao jogo com outro golo de Ademir (o outro penso que foi do Gomes) empurrando o Porto para a vitória por 2-1 e marcando o início da arrancada decisiva rumo ao título.
No fim dessa época de 1977/78 Ademir assina pelo Boavista (aliás já tinha assinado na altura em que não era titular) mas, curiosamente, nunca chega a jogar pelo Boavista pois é imediatamente transferido para o Celta de Vigo. Conta a história que os emissários do Celta de Vigo vieram ao Porto ver o último jogo do campeonato – Porto- Braga – para verem o avançado do Braga, Chico Gordo, mas devido à grande exibição de Ademir, viraram-se imediatamente para este e, no dia seguinte, estava em Vigo a fazer os testes médicos. Pedroto ainda tentou o seu regresso ao Porto mas Ademir manteve-se em Vigo durante 5 épocas.
Em 1983, regressou ao Olhanense, passou pelo Louletano e terminou no Imortal em 1987. Penso que ainda hoje se mantém por Olhão onde tem uma escola de futebol em parceria com o Olhanense.
Há cada coicidência...
ResponderEliminarPois caríssimo amigo Dragão66, estava eu mesmo há uns instantes a falar com o meu pai (que não sei se conhecem lol) sobre histórias do nosso Porto (pois, eu devoro tudo o que tenha a ver com esta nossa paixão), e ele começou-me a falar do Ademir e mais precisamente desse golo aos lampiões em 77/78.
E agora, venho ao blogue, e deparo-me que o post é sobre este jogador :) Bem lembrado.
TETRAbraço
Nasci em 74. É evidente que esse jogo de 1978 na altura pouco me dizia. Mais tarde cheguei a ver imagens do golo numa recarga de Ademir (após 1 livre) que entrou ao canto da baliza de Fidalgo. Esse golo valeu o empate e Pedroto garantia o título para o FCP 19 anos depois...
ResponderEliminarHá acontecimentos que por vezes nos fazem desejar ter nascido um pouco antes... Como gostava eu de ter vivido essas emoções e sentir ali em directo a alegria de 2 Homens que aprendi a admirar por tudo quanto fizeram (e um deles ainda faz) pelo nosso clube. José Maria Pedroto e Jorge Nuno Pinto da Costa.
Há quem fale que nesse golo de Ademir a vibração no Estádio foi tanta que o cimento quase cedia...
A nossa história de glória não teve aí o 1º capítulo mas teve nessa tarde um dos seus capítulos + importantes e decisivos. O Porto não mais parou de subir, carago.
Eu estava lá e só me acreditei que era golo quando vi os jogadores aos saltos.
ResponderEliminarDise-me um amigo nada dado a futebóis que o clamor da multidão no Estádio se ouviu alto e bom som no Campo 24 de Agosto.
Foi uma loucura e aí recomeçaram os nossos êxitos, 19 anos depois de longa e determinada espera, mas sempre a acreditar.
Ademir sairia do Clube para o Boavista logo a seguir, o que foi uma pena.
Na realidade não era muito utilizado e quando o começou a ser e a jogar muito bem, já tinha contrato com os " entretelas" que não foi possível desfazer.
Mas foi um golo dos diabos no meio de uma floresta de pernas, mesmo ao cantinho.
( temi que a bola tivesse saído às malhas laterais).
Acho que não me enganei nos pormenores...
Também acho, Jorge aragão, que a bola entrou no meio de uma floresta de pernas de jogadores dos Gayvotas que naquela altura só se preocupavam em defender. Foi a verdadeira loucura pois o Porto manteve 1 ponto de vantagem e na jornada seguinte foi empatar a Coimbra (bastava) para na última ganhar ao Braga e conquistar o campeonato.
ResponderEliminarLembro-me de entrar no estádio com 2h30 minutos de antecedência e ter ficado já quase nos últimos degraus. O estádio das Antas estava completamente cheio (não cabia uma agulha mais). Foi o primeiro campeonato que eu vi o Porto ganhar e Ademir foi um dos que mais ajudou a esse momento épico, só comparável às finais de Viena e de Sevilha.
PORTO SEMPRE!
obrigado a todos por se lembrarem de mim (ADEMIR) no celebre golo ao benfica. fiquei muito feliz. um grande abração para todos os PORTISTAS
ResponderEliminar