Orgulhoso deste grupo!

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

---

É aquilo que sinto por fazer parte deste grande grupo de fanáticos adeptos azuis e brancos, que fazem gosto de acompanhar o clube do seu coração para todo o lado e em qualquer situação! Muitos sacrifícios fazemos, unicamente em prol do FC Porto.

Não há palavras para descrever a nossa deslocação, no Domingo passado, a Alvalade. Já só anseio pela próxima! Como comentou aqui no rescaldo do jogo, um dos nossos elementos, e muito bem, “muito sinceramente, nada melhor do que uma derrota, em Lisboa, por 3-0(!!!), para ficar sem duvidas de que partilhamos todos as mesmas memórias, as mesmas ideias, convicções… o mesmo amor!”.

É difícil explicar. Afirmo mesmo que não se explica, sente-se. É no meio destes que eu quero estar! Os que sentem o clube do fundo do coração e dão tudo por ele, nas vitórias, nos empates e nas derrotas! Nos bons e nos maus momentos!

Estamos cada vez mais unidos, e os maus resultados também fazem com que isso aconteça. Mesmo na viagem de regresso, o espírito de grupo venceu.

No Domingo passado foram só mais 600 km...

13h: Já depois de terem assistido a jogos da nossa formação no "Vitalis Park", logo pela manhãzinha, mais de uma dezena de elementos enchiam o estômago no “Monte Aventino”, para mais um grande dia que se avizinhava, de apoio incondicional ao mágico Porto, na Mourolândia.

Ás 13h45 concentração na praça Velásquez conforme o combinado durante a semana. Um quarto de hora depois, um minibus com 22 indefectíveis Dragões partia em direcção ao Sul. Começa aqui mais uma deslocação. Grande ambiente por nós proporcionado. Tudo a cantar pelo Porto num clima de grande festa! Estava próxima mais uma autêntica invasão dos Ultras do Tetra-Campeão, à capital.

Por volta das 16h parámos na estação de serviço de Pombal. Cerca de quinze minutos para comer e esticar as pernas e de novo nos fizemos à auto-estrada. Seriam 17h30 aproximadamente quando passámos a portagem de Alverca. Já cheirava a inimigo. Conforme o esperado, fomos mandados encostar do lado direito, pela PSP.

Mal encostámos soubemos que o nosso basquetebol tinha acabado de perder o jogo com o Sampaense. Portistas como nós, estão sempre ligados em várias frentes.

Hora de recarregar baterias para a batalha que estava a pouco mais de duas horas, trocar opiniões e assistir a lagartos que passavam por nós a grande velocidade a buzinar. Estivemos parados quarenta e cinco minutos. Depois de chegadas mais duas camionetas, foi-nos dada ordem para avançar, atrás da polícia. O local da concentração dos Ultras do FC Porto era às 18h30 à beira do Instituto Ricardo Jorge, em frente ao McDonald’s. E foi durante essa curta viagem (o trânsito na capital foi mandado parar completamente para nós passarmos!), que recebemos uma grande notícia: a nossa equipa de Andebol acabava de quebrar 13 anos de jejum ao vencer na luz os lampiões! Tudo a festejar na camioneta! E tivemos amigos que o presenciaram ao vivo, e que mais tarde se juntaram a nós na bancada visitante do "WC XXI".

Faltava uma hora e meia para o apito inicial quando chagámos ao local onde já se encontravam bastantes Ultras do Porto. Pegámos no material, saímos da camioneta e juntámo-nos, cercados pelo corpo de intervenção, até ordem para descer a rua e entrar no estádio. Íamos contactando com os restantes elementos do grupo que tinham feito a viagem de carro e já se encontravam na bancada, assim como com outros quatro, que por lá moram.

A entrada, diga-se, é bastante mais pacífica do que no circo, do outro lado da segunda circular. Mas também conta com algumas falhas, que passo desde já a citar. Aparentemente tudo muito bem organizado, com o corpo de intervenção espalhado por todo o lado. Apresento o meu bilhete, revistam-me a bandeira e quando entrego o tubo para a mesma finalidade, eis que o steward simplesmente o coloca no caixote do lixo dizendo: “Isto não entra!”. Eu gostava de saber se é preciso tirar algum curso, antes de se fazer uma deslocação aquelas terras, para que nós, adeptos, nos consigamos fazer entender pelos senhores competentes (?!) pela autoridade. Posso afirmar por experiência própria que, somos provocados constantemente por heróis que estão armados da cabeça aos pés, ansiosos de uma mínima resposta da nossa parte para intervir, só como eles sabem. Para quem, de todo, não acredita, aconselho a fazer uma experiência e logo verá com os próprios olhos, a forma indecorosa como certos agentes nos tratam: como autêntico gado! Mas eles também podem ter a certeza que o nosso amor ao clube é superior a qualquer coisa, portanto, não vergamos de modo nenhum.

Como é possível calcular, não fiquei satisfeito com aquele acto, sem razão aparente. Ainda para mais nunca me foi negada a entrada daquele tubo, porque teria de ser para aquele jogo?! O steward lá me veio explicar que estava proibida, por imposição do Sporting, a entrada a tubos com mais de dois metros. Muito bem, pensei eu, hoje não vamos ter nenhuma bandeira na Curva. Entrámos todos, altura em que tive o grande prazer em conhecer pessoalmente mais quatro membros deste grupo fantástico.

Entretanto, mais uma situação curiosa se deparou. O nosso bilhete era para o piso superior. Até aqui tudo bem. Mas quando chegámos lá acima, reparámos que vários amigos nossos, com o bilhete para o mesmo sector que nós, tinham conseguido entrar para o piso inferior. É óbvio que se pudermos optar preferíamos o de baixo, então, descemos toda a escadaria. Mas quando chegámos lá abaixo disseram-nos que não podíamos fazê-lo, pois o bilhete não permitia a entrada. Explicámos a situação, porque eles estavam enganados. Aquilo não deu em nada, e tivemos de subir tudo outra vez. Quando chegámos lá acima, estava muita gente à volta da polícia a pedir-lhes que nos deixassem aceder ao piso de baixo, pois este não chegaria a encher. Lá acabaram por ceder, e passados uns minutos descemos tudo novamente, saímos do estádio e voltamos a entrar por outra porta que dava acesso à bancada mais próxima do relvado. Estranho o facto de, enquanto descíamos, nos cruzarmos com lagartos. Isto, no sector visitante do seu estádio!

Uma vez já na bancada, arranjámos lugar para nós. O famoso “Tribunal”, ao todo, contou com a presença de cerca de 35 elementos, que durante o jogo foi quem mais puxou pela equipa e pela própria Curva Portista. Ainda antes do início e enquanto os nossos jogadores faziam o aquecimento, falei com o líder dos "Super Dragões", que lá falou com um steward para resgatar o tubo da bandeira. Isto porque, na bancada, via tubos com cerca de quatro metros! Passou no mínimo por três revistas até chegar à minha mão. Um exagero!

Tudo a postos para o jogo. Estiveram presentes em Alvalade 28 220 espectadores. 2000 eram Dragões.

Começando pelos grupos da casa, à entrada das equipas, o "Directivo Ultras XXI" usou umas tiras grandes verdes e brancas, semelhantes às usadas nas claques argentinas, que diziam “Força SCP”. Tifo este, acompanhado por alguns fumos verdes. A "Torcida Verde", como tem sido hábito, apresentou mais uma coreografia. É o grupo que mais o faz em Portugal. A mensagem era: “Queremos o nosso grande Sporting… de volta!!!”. A "Brigada Ultras" abriu um pano branco, com uma cruz verde onde estava inscrito “Sporting”. Da "Juve Leo" nada a registar. Do nosso lado, muito material presente como tem sido hábito. Tanto dos "Super Dragões" como do "Colectivo".

Relativamente ao apoio, o nosso melhor período foi mesmo no início do jogo. O golo que sofremos aos seis minutos não nos deitou completamente abaixo, mas com o fim da primeira parte e no início da segunda fomos enfraquecendo e os grupos de Alvalade infelizmente é que fizeram a festa. Ao intervalo, já os lagartos excitados nos provocavam dos varandins do estádio.

No final do jogo os jogadores, como deve ser, só recolheram ao balneário depois de nos vir agradecer. Enquanto não nos era dada permissão para abandonar o WC XXI, era ver senhores, já com idade para ter juízo naquela cabecinha, a gesticular efusivamente dos camarotes, na nossa direcção. E acham eles que são um exemplo…

Entre meia hora e quarenta minutos para se abrirem as portas. Estou a passar as portas do estádio e ouço um agente, com o cassetete no ar, a dizer: “Rápido, todos para a barraca!!”. O sujeito deve ter confundido algum de nós com um familiar lá de sua casa. Prosseguimos a curta marcha, até chegar ao nosso minibus.

Na viagem de regresso à Invicta, estávamos tristes, mas com o sentimento de que demos tudo, mais uma vez, pela nossa paixão. E todos partilhamos da mesma opinião: “Sempre contigo allez allez ohh…”. A viagem foi amenizada, tal como já disse, devido ao espírito de grupo existente entre nós. Ainda tentámos parar na estação de serviço de Santarém. Digo tentámos, porque não nos foi autorizada a paragem pela polícia. Fizemo-lo na área de repouso entre Santarém e Leiria.

Eram 2h30, estávamos em cima da ponte do Freixo, a cantar bem alto: “O Porto somos nós…”.

Que orgulho, pessoal!

No próximo fim-de-semana, teremos um Sábado em grande! Às 15h, FC Porto-Viareggio em Hóquei em Patins para a Liga Europeia da modalidade, e às 17h, FC Porto-Olhanense no estádio do Dragão! Lá estaremos, como sempre.

NASCEMOS PARA TE AMAR, VIVEMOS PARA TE SEGUIR!
O PORTO SOMOS NÓS!!

Um abraço Ultra.