Preocupações!?

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O calceteiro muito gostava de se encontrar com o polvo da moda e lhe perguntar se a época azul e branca vai ser, apenas, de viragem, consistência ou de supremacia antiga… É que para já, a Calçada não entra em optimismos desmesurados, mas também não é negativa em demasia, é sim céptica, exigente e por estes dias, reticente e preocupada!

Reticente em saber como será a nova indumentária principal do Dragão, uma vez que a alternativa já lhe serviu de aviso para a viragem que se está a implementar à nova época que se avizinha;

Preocupada em perceber porque ultimamente se procuram, travam, já que só posteriormente nos dão a vitória quando esta já não interessa, “televisivas” guerras que tendem em ferir sempre os mesmos e únicos guerreiros (nós os adeptos);

Preocupada por continuar a ver que nenhum “novo” jogador da casa, se consegue intrometer na equipa sénior, quando nesta por lá habitam ano após ano estrangeiros de qualidade, já nada, duvidosa;

Preocupada em ver que no clube há dinheiro para pagar ordenados chorudos a cerca de 50/60 activos, todos os anos, mas depois vê-se obrigado a vender quem não quer e lhe faz falta;

Preocupada em saber, que mística e balneário está afinal o FC Porto a construir, agora, que se encontra num novo ciclo. O calceteiro, aprendeu a não ligar a tudo o que se tenta escrevinhar e dizer nesta e naquela redacção jornalística, mas também não consegue passar ao lado dos constantes “ditos” que ecoam por esses jornais fora, que fazem desmantelar não só o núcleo duro draconiano (Bruno Alves, Raúl Meireles, Fucile, Álvaro Pereira) os únicos capazes de incutir aos que chegam o que é ser Porto, cada vez mais Porto, como também arrasam por completo um dos pontos mais forte do onze portista, a sua defesa. Será que o FCPorto tem assim tanta necessidade de vender logo estes e todos estes?

Preocupada em ver que o principal rival e adversário do Dragão, mantém-se intransponível a vender e a comprar, cada vez mais e melhor não provocando qualquer abalo na sua estrutura, reforçando-a até, e a nossa caminha a passos largos para ser seriamente ameaçada quer em identidade quer em qualidade.

Todas estas premissas diferem entre si, mas todas elas entroncam numa mesma preocupação. A preocupação que tem ultimamente feito o calceteiro questionar, onde andará aquele Porto que dá aos adeptos aquilo que eles querem, onde andará aquele Porto que constrói Símbolos, Homens e referências nacionais ao nível do Desporto, onde andará aquele Porto que não se subjuga a um Marketing de modas, mas vê nas suas cores e camisolas de sempre as suas raízes… Onde andará afinal aquele Porto, de outros tempos, que depois de mais uma apresentação, quase gratuita, nos fazia dizer: “Com estes, este ano somos outra vez Campeões!”

É preciso, novamente, um Porto como menos fato e gravata, e voltar a ser um Porto mais do Povo, para se poder voltar a dizer e a sentir, tal como diz a música, que "O Porto está na Rua!".

PS: A calçada vai sofrer um ligeiro interregno, visto que vai umas semanitas de férias, contudo meio de Agosto é altura de voltar com energias recarregadas, ver a bola a rolar e escrever sobre mais uma, após outra, vitória do Dragão.

Abraço e fiquem por aí… que eu fico!