http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Sampdória vs FC Porto
Como muitos já devem saber o nosso clube acabou por cancelar uma digressão a Angola (não é pela falta de importância que este País tem para o nosso clube, mas dado à viagem que é podia-se perfeitamente fazer noutra altura, como por exemplo no final da época), acabou por presentear os sócios e adeptos do FC Porto com um jogo contra a Sampdoria que acaba por me fazer lembrar muita coisa principalmente a deslocação a Génova onde trouxe fantásticas recordações.
Depois de uma época 93/94 menos boa aos comandos de Tomislav Ivic (despedido a “meio” da época), lá fomos “raptar” o Sir Bobby Robson que conduziria a equipa a uma vitória na Taça de Portugal para desespero do Presidente Leonino, feito este que conduziu o FC Porto directamente para a competição da Taça das Taças.
A época 94/95 começava com muita esperança e desejos de voltarmos a ser Campeões e se possível poder chegar muito longe na Europa, reforços eram bons e algumas surpresas como o regresso do Rui “rato atómico” Barros e mais tarde a facada no rival eterno a vinda de Yuran e Kukov e aqui começávamos sem saber a construir o chamado Penta.
Não começa bem a época 2 empates com o Sporting na Supertaça Cândido de Oliveira, onde não estive presente já que só assisti à 2ª finalíssima (onde acabou num 2-2). A 3ª finalíssima só foi disputada no mês de Abril do ano seguinte, coisas que só a nossa Federação se lembra de fazer e claro em Paris para parolo ver.
Além deste início de época algo atribulado somos logo confrontados com a morte de um amigo, jogador e símbolo de muito Portistmo do nosso clube, estou a falar de Rui Filipe que ainda tenho na memória o golo que marcou ao Braga na primeira jornada que seria também o primeiro golo do Penta.
Este foi logo o cenário que estávamos a passar e é só para ficarem com um resumo de como estava a moral entre os Portistas, numa época que devo lembrar a muitos que apenas acabou com uma derrota no Campeonato Nacional (na Madeira se a memória não me falha), e onde vivemos o primeiro de cinco Títulos Nacionais.
Voltemos à Taça das Taças onde o primeiro adversário é logo uma equipa Polaca, para mim quase desconhecida, de nome Lódz onde paguei perto de 500 escudos porque ainda usufruía do então cartão jovem (pois não é para todos), um jogo pausado com poucas oportunidades mesmo assim coube logo a iniciativa aos Polacos de rematar à baliza onde se ouviu os primeiros assobios, “pipoquices” digo eu, mas como quem tem Domingos e Rui Barros tem golos lá ganhamos aos Polacos por 2-0 e arrumamos quase em exclusivo a Eliminatória. Foi a primeira vez que vi Wosniak e não fiquei lá muito impressionado diga-se de passagem.
Nasce neste dia uma aposta com uns amigos e o meu companheiro da Bola (o meu falecido Primo), viesse quem viesse íamos ver o jogo em casa e fora todos juntos, o sorteio foi generoso mandou para o nosso caminho o Ferencváros da Hungria, lá compramos os bilhetes para a primeira mão nas Antas e assistimos a um autêntico festival de golos foi um 6-0, muitos já queriam desistir da aposta e diziam que não valia a pena era um passeio, mas tal não se sucedeu, 15 dias depois estava tudo pronto para ir à Hungria Via – Marrocos e vestidos a rigor, devo confessar que estava ansioso por fazer esta deslocação não era pelos Húngaros mas pelas Húngaras que tanto e tão bem ouvi falar nos sempre elucidativos e ilustrativos documentários da revista "Gina".
Então e já no Check In num aeroporto estrangeiro de nome Portela os quatro companheiros do costume o Antas, o primo do Antas, o Evaristo da "Saramita" e o Quim da "Paróquia" (um espécie de Padre pouco Católico e em vias de extinção), todos muito Portistas e com um pensamento trazer o resto da Vitória e se possível trazer 3 ou 4 ajudantes Húngaras para ajudar o nosso amigo Quim nas tarefas da Sacristia.
Começa mal a viagem com um atraso do voo em "Lissabone", que nos custou caro porque tínhamos ainda uma escala em Frankfurt e acabamos por perder o avião para Budapest daquele dia, bom nada que fosse problemático até porque tínhamos uma noite para curtir e Frankfurt também tinha atracções turísticas para “ver e beber”, foi uma noite que não vou contar porque verdade seja dita também não me lembro muito bem do que aconteceu só me lembro de andar a correr pela cidade fora porque o Evaristo se lembrou de pegar numa bicicleta que estava estacionada em frente a um quiosque Turco e em vez de fugir lembrou-se de andar a “sacar cavalos” em frente à loja.
Bom na manhã seguinte lá partimos para Budapest e ainda faltava um dia para a partida, viagem calma com a malta a morrer de sono, lá aterramos e fomos pousar as coisas ao Hotel e tentar dormir alguma coisa, estávamos pertinho do estádio, nessa noite fomos jantar e posso dizer que foi uma noite para recordar, jantar estava maravilhoso e bem regado e depois lá fomos para a noite curtir aquelas miniférias, depois disso fomos todos para os quartos dormir porque no dia seguinte havia muito para ver e fazer. Entretanto o cenário confirmava-se e que me desculpem as Portuguesas, mas encontrei autênticas Deusas, muito simpáticas por sinal e para nosso gaudio a moda em Budapest parou na mini-saia ( homens de sorte ), tentei aumentar o meu leque de conhecimentos falando com toda a população indígena onde aproveitei para trocar algumas ideias, sabiam pouco sobre Portugal mas conheciam o FC Porto, infelizmente não conheciam a minha Capital Distrito de nome Mozelos que era e é o marco cultural mais importante do nosso País, lá tive eu de explicar onde ficava e para que servia…
No dia seguinte parecia um dia de verão no Polo-Norte uma temperatura amena nem frio, nem calor estavam exactamente 0º e como bons homens que somos fomos todos bem preparados, eu levei um casaco à artista que abrigava tanto como 2 T-Shirts, o meu primo estava igual ou pior, o Quim achou que o blazer das lentejoulas chegava e sobrava e o Evaristo como sempre o nosso Ícone da moda lá inventou a versão sexy do roupão do Hotel, era feio , ficava mal e dava nas vistas mas como em "tempos de guerra não se limpam armas" era um solução mais que necessário porque à hora do jogo estava uma temperatura proibitiva.
O jogo esse foi mais um passeio onde encontramos ganhamos 2-0 sem espinhas e adeptos do FC Porto estavam alguns e mais 4 morcões de robe a tentar aquecer as orelhas, era a 2ª vez que via um jogador naquele meio-campo que se destacava de nome Lipcei, acabou o jogo estávamos nos Quartos-de-Final e a promessa sobe a parada, fosse quem fosse nós íamos ver o jogo.
Depois de uma espectacular viagem a Budapest, havia que repetir a dose, e o sorteio sai uma ida a Génova defrontar na altura um grande clube de nome Sampdoria, mesmo assim nada me fazia estremecer e como vínhamos jogando muito bem a cilindrar tudo e todos a confiança estava no máximo.
Lá decidimos fazer uma viagem com 3 dias de estadia em Génova porque se a memória não me falha era o ano em que Génova estava a ser Capital Europeia da Cultura, desta vez já fomos prevenidos para qualquer intempérie, chegamos e chovia bastante já para não falar do Frio que fazia sentir naquela cidade que parecia "tirada a papel químico" da nossa Ribeira do Porto, depois dos habituais procedimentos lá fomos à procura de um restaurante, encontramos um restaurante bem jeitoso onde o grande Pai de Família servia à mesa e como é claro as 4 filhas ajudavam no resto , o senhor Gianni estava de parabéns e que 4 belas filhas que este senhor apresentava a comida essa era de qualidade questionável mas só pelas vistas já valia a pena o sacrifício, lá andamos a passear por Génova fora com tempo ainda para visitar o Oceanário lá do sitio bem como quase todos os bares da zona do Porto.
Saímos na segunda noite com as nossas amigas do restaurante onde além de ficar a conhecer melhor a Cidade ainda consegui perceber se afinal alguém conhecia o nosso clube, engraçado que não só sabiam quem éramos, os nosso jogadores, como também sabiam quem era o Treinador.
Depois dos momentos culturais e do Quim da Paróquia fazer sucesso com o seu Blazer das Lentejoulas pelas ruas de Génova aproximava-se a hora do jogo e lá fomos nós vestidos a rigor de camisola oficial e com os cachecóis do FC Porto prontos a serem trocados por algumas recordações.
Ao chegar ao estádio fomos logo recebidos com fatias de pão frito com azeitonas e um refrigerante , juntamente davam um panfleto a dar-nos as boas-vindas (nunca tinha visto tal na minha vida), mas lá nos enfiaram num cubículo rodeado por um vidro com uma espessura impressionante, mesmo assim consegui trocar o meu cachecol por uma camisola da Samp que ainda hoje tenho.
Itália Vivia problemas muito grandes com o Hooliganismo onde semanas antes na bancada onde nos encontrávamos tinha sido esfaqueado um adepto do A.C. Milan, daí as medidas de segurança estarem na máxima força, o estádio Luigi Ferrari esse foi o primeiro grande estádio de futebol que entrei na minha vida, ali dava para ver muito bem o futebol embora a gaiola onde nos colocaram não era lá grande pistola, para terem uma noção o estádio do Bessa (para mim um dos melhores do País para assistir a uma partida de futebol) é uma fotocópia daquele estádio.
Lá começa o jogo e aqueles dois senhores da Samp lá na frente metiam respeito, Mancini e Lombardo, mesmo assim não trememos jogamos um bom futebol, de pé para pé e sempre muito seguros e aos 19 minutos lá aconteceu magia, combinação entre Yuran e Rui Barros com Yuran a empurrar a bola para o fundo da baliza, era o delírio na pequena bancada dos Dragões, cantou-se muito tivemos até ao fim alguns momentos de aperto mas estava feito o resultado 0-1 para o FC Porto e começavam as primeiras apostas, sabíamos que a Sampdoria nunca tinha ganho fora do seu campo por isso meio caminho estava feito.
Acabado o jogo e já muito tarde ainda deu tempo para nos irmos despedir do nosso amigo Gianni (Fervoroso Adepto do Génova) e das filhas pois claro que a partir daquele dia já ficaram a saber onde fica Mozelos e algum vocabulário Sui generis do nosso Português.
Na segunda mão não vou relatar o jogo, nem sequer o dia, lembro-me depois de Latapy mandar a bola ao poste nos penáltis eu chorar e despedir-me da equipa a gritar "Porto, Porto , Porto, Porto".
São dias como este que me tiram arrogância do achar que ganhamos sempre e me ensinou a dar muito valor a tudo aquilo que ganhamos.
Depois deste ano nunca mais os 4 companheiros foram à bola juntos, isto porque cinco meses depois o nosso Amigo Quim da Paróquia faleceu de acidente de mota e mais tarde em 2000 o meu Primo que considerava mais que irmão faleceu de acidente de carro, ainda hoje sinto a falta deles e das nossas aventuras a acompanhar o FC Porto, em jeito de brincadeira não sei se foram para o céu ou não mas coitado do mouro que calhe ser vizinho destes dois!
Peço desculpa pelo tamanho do post mas não consegui resumir mais esta aventura de 1994/95.
PS - Valeu a pena a chamada de atenção em relação ao nosso site, hoje podemos aceder a tudo o que se passa com os nossos atletas que estão na Alemanha, tenho de dar os parabéns porque desta vez merecem está um trabalho fantástico, agora é continuar.
Um Grande Abraço a todos os Portistas.
Depois de uma época 93/94 menos boa aos comandos de Tomislav Ivic (despedido a “meio” da época), lá fomos “raptar” o Sir Bobby Robson que conduziria a equipa a uma vitória na Taça de Portugal para desespero do Presidente Leonino, feito este que conduziu o FC Porto directamente para a competição da Taça das Taças.
A época 94/95 começava com muita esperança e desejos de voltarmos a ser Campeões e se possível poder chegar muito longe na Europa, reforços eram bons e algumas surpresas como o regresso do Rui “rato atómico” Barros e mais tarde a facada no rival eterno a vinda de Yuran e Kukov e aqui começávamos sem saber a construir o chamado Penta.
Não começa bem a época 2 empates com o Sporting na Supertaça Cândido de Oliveira, onde não estive presente já que só assisti à 2ª finalíssima (onde acabou num 2-2). A 3ª finalíssima só foi disputada no mês de Abril do ano seguinte, coisas que só a nossa Federação se lembra de fazer e claro em Paris para parolo ver.
Além deste início de época algo atribulado somos logo confrontados com a morte de um amigo, jogador e símbolo de muito Portistmo do nosso clube, estou a falar de Rui Filipe que ainda tenho na memória o golo que marcou ao Braga na primeira jornada que seria também o primeiro golo do Penta.
Este foi logo o cenário que estávamos a passar e é só para ficarem com um resumo de como estava a moral entre os Portistas, numa época que devo lembrar a muitos que apenas acabou com uma derrota no Campeonato Nacional (na Madeira se a memória não me falha), e onde vivemos o primeiro de cinco Títulos Nacionais.
Voltemos à Taça das Taças onde o primeiro adversário é logo uma equipa Polaca, para mim quase desconhecida, de nome Lódz onde paguei perto de 500 escudos porque ainda usufruía do então cartão jovem (pois não é para todos), um jogo pausado com poucas oportunidades mesmo assim coube logo a iniciativa aos Polacos de rematar à baliza onde se ouviu os primeiros assobios, “pipoquices” digo eu, mas como quem tem Domingos e Rui Barros tem golos lá ganhamos aos Polacos por 2-0 e arrumamos quase em exclusivo a Eliminatória. Foi a primeira vez que vi Wosniak e não fiquei lá muito impressionado diga-se de passagem.
Nasce neste dia uma aposta com uns amigos e o meu companheiro da Bola (o meu falecido Primo), viesse quem viesse íamos ver o jogo em casa e fora todos juntos, o sorteio foi generoso mandou para o nosso caminho o Ferencváros da Hungria, lá compramos os bilhetes para a primeira mão nas Antas e assistimos a um autêntico festival de golos foi um 6-0, muitos já queriam desistir da aposta e diziam que não valia a pena era um passeio, mas tal não se sucedeu, 15 dias depois estava tudo pronto para ir à Hungria Via – Marrocos e vestidos a rigor, devo confessar que estava ansioso por fazer esta deslocação não era pelos Húngaros mas pelas Húngaras que tanto e tão bem ouvi falar nos sempre elucidativos e ilustrativos documentários da revista "Gina".
Então e já no Check In num aeroporto estrangeiro de nome Portela os quatro companheiros do costume o Antas, o primo do Antas, o Evaristo da "Saramita" e o Quim da "Paróquia" (um espécie de Padre pouco Católico e em vias de extinção), todos muito Portistas e com um pensamento trazer o resto da Vitória e se possível trazer 3 ou 4 ajudantes Húngaras para ajudar o nosso amigo Quim nas tarefas da Sacristia.
Começa mal a viagem com um atraso do voo em "Lissabone", que nos custou caro porque tínhamos ainda uma escala em Frankfurt e acabamos por perder o avião para Budapest daquele dia, bom nada que fosse problemático até porque tínhamos uma noite para curtir e Frankfurt também tinha atracções turísticas para “ver e beber”, foi uma noite que não vou contar porque verdade seja dita também não me lembro muito bem do que aconteceu só me lembro de andar a correr pela cidade fora porque o Evaristo se lembrou de pegar numa bicicleta que estava estacionada em frente a um quiosque Turco e em vez de fugir lembrou-se de andar a “sacar cavalos” em frente à loja.
Bom na manhã seguinte lá partimos para Budapest e ainda faltava um dia para a partida, viagem calma com a malta a morrer de sono, lá aterramos e fomos pousar as coisas ao Hotel e tentar dormir alguma coisa, estávamos pertinho do estádio, nessa noite fomos jantar e posso dizer que foi uma noite para recordar, jantar estava maravilhoso e bem regado e depois lá fomos para a noite curtir aquelas miniférias, depois disso fomos todos para os quartos dormir porque no dia seguinte havia muito para ver e fazer. Entretanto o cenário confirmava-se e que me desculpem as Portuguesas, mas encontrei autênticas Deusas, muito simpáticas por sinal e para nosso gaudio a moda em Budapest parou na mini-saia ( homens de sorte ), tentei aumentar o meu leque de conhecimentos falando com toda a população indígena onde aproveitei para trocar algumas ideias, sabiam pouco sobre Portugal mas conheciam o FC Porto, infelizmente não conheciam a minha Capital Distrito de nome Mozelos que era e é o marco cultural mais importante do nosso País, lá tive eu de explicar onde ficava e para que servia…
No dia seguinte parecia um dia de verão no Polo-Norte uma temperatura amena nem frio, nem calor estavam exactamente 0º e como bons homens que somos fomos todos bem preparados, eu levei um casaco à artista que abrigava tanto como 2 T-Shirts, o meu primo estava igual ou pior, o Quim achou que o blazer das lentejoulas chegava e sobrava e o Evaristo como sempre o nosso Ícone da moda lá inventou a versão sexy do roupão do Hotel, era feio , ficava mal e dava nas vistas mas como em "tempos de guerra não se limpam armas" era um solução mais que necessário porque à hora do jogo estava uma temperatura proibitiva.
O jogo esse foi mais um passeio onde encontramos ganhamos 2-0 sem espinhas e adeptos do FC Porto estavam alguns e mais 4 morcões de robe a tentar aquecer as orelhas, era a 2ª vez que via um jogador naquele meio-campo que se destacava de nome Lipcei, acabou o jogo estávamos nos Quartos-de-Final e a promessa sobe a parada, fosse quem fosse nós íamos ver o jogo.
Depois de uma espectacular viagem a Budapest, havia que repetir a dose, e o sorteio sai uma ida a Génova defrontar na altura um grande clube de nome Sampdoria, mesmo assim nada me fazia estremecer e como vínhamos jogando muito bem a cilindrar tudo e todos a confiança estava no máximo.
Lá decidimos fazer uma viagem com 3 dias de estadia em Génova porque se a memória não me falha era o ano em que Génova estava a ser Capital Europeia da Cultura, desta vez já fomos prevenidos para qualquer intempérie, chegamos e chovia bastante já para não falar do Frio que fazia sentir naquela cidade que parecia "tirada a papel químico" da nossa Ribeira do Porto, depois dos habituais procedimentos lá fomos à procura de um restaurante, encontramos um restaurante bem jeitoso onde o grande Pai de Família servia à mesa e como é claro as 4 filhas ajudavam no resto , o senhor Gianni estava de parabéns e que 4 belas filhas que este senhor apresentava a comida essa era de qualidade questionável mas só pelas vistas já valia a pena o sacrifício, lá andamos a passear por Génova fora com tempo ainda para visitar o Oceanário lá do sitio bem como quase todos os bares da zona do Porto.
Saímos na segunda noite com as nossas amigas do restaurante onde além de ficar a conhecer melhor a Cidade ainda consegui perceber se afinal alguém conhecia o nosso clube, engraçado que não só sabiam quem éramos, os nosso jogadores, como também sabiam quem era o Treinador.
Depois dos momentos culturais e do Quim da Paróquia fazer sucesso com o seu Blazer das Lentejoulas pelas ruas de Génova aproximava-se a hora do jogo e lá fomos nós vestidos a rigor de camisola oficial e com os cachecóis do FC Porto prontos a serem trocados por algumas recordações.
Ao chegar ao estádio fomos logo recebidos com fatias de pão frito com azeitonas e um refrigerante , juntamente davam um panfleto a dar-nos as boas-vindas (nunca tinha visto tal na minha vida), mas lá nos enfiaram num cubículo rodeado por um vidro com uma espessura impressionante, mesmo assim consegui trocar o meu cachecol por uma camisola da Samp que ainda hoje tenho.
Itália Vivia problemas muito grandes com o Hooliganismo onde semanas antes na bancada onde nos encontrávamos tinha sido esfaqueado um adepto do A.C. Milan, daí as medidas de segurança estarem na máxima força, o estádio Luigi Ferrari esse foi o primeiro grande estádio de futebol que entrei na minha vida, ali dava para ver muito bem o futebol embora a gaiola onde nos colocaram não era lá grande pistola, para terem uma noção o estádio do Bessa (para mim um dos melhores do País para assistir a uma partida de futebol) é uma fotocópia daquele estádio.
Lá começa o jogo e aqueles dois senhores da Samp lá na frente metiam respeito, Mancini e Lombardo, mesmo assim não trememos jogamos um bom futebol, de pé para pé e sempre muito seguros e aos 19 minutos lá aconteceu magia, combinação entre Yuran e Rui Barros com Yuran a empurrar a bola para o fundo da baliza, era o delírio na pequena bancada dos Dragões, cantou-se muito tivemos até ao fim alguns momentos de aperto mas estava feito o resultado 0-1 para o FC Porto e começavam as primeiras apostas, sabíamos que a Sampdoria nunca tinha ganho fora do seu campo por isso meio caminho estava feito.
Acabado o jogo e já muito tarde ainda deu tempo para nos irmos despedir do nosso amigo Gianni (Fervoroso Adepto do Génova) e das filhas pois claro que a partir daquele dia já ficaram a saber onde fica Mozelos e algum vocabulário Sui generis do nosso Português.
Na segunda mão não vou relatar o jogo, nem sequer o dia, lembro-me depois de Latapy mandar a bola ao poste nos penáltis eu chorar e despedir-me da equipa a gritar "Porto, Porto , Porto, Porto".
São dias como este que me tiram arrogância do achar que ganhamos sempre e me ensinou a dar muito valor a tudo aquilo que ganhamos.
Depois deste ano nunca mais os 4 companheiros foram à bola juntos, isto porque cinco meses depois o nosso Amigo Quim da Paróquia faleceu de acidente de mota e mais tarde em 2000 o meu Primo que considerava mais que irmão faleceu de acidente de carro, ainda hoje sinto a falta deles e das nossas aventuras a acompanhar o FC Porto, em jeito de brincadeira não sei se foram para o céu ou não mas coitado do mouro que calhe ser vizinho destes dois!
Peço desculpa pelo tamanho do post mas não consegui resumir mais esta aventura de 1994/95.
PS - Valeu a pena a chamada de atenção em relação ao nosso site, hoje podemos aceder a tudo o que se passa com os nossos atletas que estão na Alemanha, tenho de dar os parabéns porque desta vez merecem está um trabalho fantástico, agora é continuar.
Um Grande Abraço a todos os Portistas.
Em tempo de futebol em férias, estas e outras memórias vêm mesmo a calhar. Eu até estou a recuar mais, recordando agora, por exemplo, que já passaram 60 anos do início do Estádio das Antas...
ResponderEliminarAbraço
http://longara.blogspot.com/
Hungaras, genovesas?, revista Gina, Evaristo da "Saramita", Quim da "Paróquia", estórias deliciosas, mas ò Antas, na Hungria estavas com os copos, perdemos 2-0 e passamos um mau bocado com a expulsão, já não me lembro de quem.
ResponderEliminarEm relação à eliminatória frente aos italianos, grande jogo em Itália, pior nas Antas, mas apenas um penalty falhado mandou-nos borda fora, quando tinhamos equipa e futebol para chegar à final. Foi um tal Mancine, que nos derrotou.
PS-O site está melhor, houve também, reacção contra a descriminação da RTP...Esperemos que seja para continuar.
Um abraço
Mais um grande post com fantásticas histórias do grande Antas!
ResponderEliminarLembro-me bem dessa época na Taça das Taças e da grande desilusão que foi a nossa eliminação frente aos italianos. Em Génova fizemos um jogo perfeito (era esse o título do jornal A Bola que ainda guardo lá em casa), o pior veio depois. Ainda me recordo que a Sampdoria jogou com o seu equipamento alternativo (vermelho) no 2º jogo e todos diziam que assim até ia saber melhor... Mas Mancini e companhia não deixaram. Podiamos perfeitamente ter chegado à final da competição...
Um grande abraço e parabéns pelo excelente post!
PS: O Vila Pouca tem razão, perdemos por 2-0 na Hungria. :)
Apesar de tenra idade, lembro-me bem da decepção que tive no jogo das Antas em que perdemos na marcação de grandes penalidades...
ResponderEliminarTalvez, por incrível que possa parecer, foi um dos meus maiores desgostos desportivos aquela eliminação nos sempre crueis penalties...depois daquele jogo ficavamo a apenas 2 jogos da final, e quem sabe poderiamos naquele ano vencer a Taça das Taças, fazendo o triplete europeu: Taça Campeões, Taça das Taças, Taça UEFA!
Excelente post. Todas estas memórias, todas estas emoções aqui relatadas é mesmo um modelo de post ao meu gosto:)
ResponderEliminarNesse jogo das Antas com a Samp... é melhor nem falar, foi uma decepção, uma tristeza que nos marca para toda a vida.
Olha uma coisa, a época começa (94/95) com 3 jogos de supertaça com o benfica e não com o sporting, ó estrunfe! Empatamos 1-1 na luz, golo d rui filipe e aqui ficou 0-0 (houve finalissima em junho em paris q ganhamos). Antes desses 2 tinhamos ganho em coimbra em penaltys ao slb tb para a supertaça...da época anterior...
É o q dá escrever o post depois do jantar:)
grande abraço e continua assim on-fire!!
Vila-Pouca só hoje vi o que escrevi coloquei a vitória por 2-0 e ainda por cima escrevi que foi sem espinhas.
ResponderEliminarFica corrigido que na Hungria perdemos por 2-0, mas não retiro o que disse em relação a um puto que andava lá para o meio campo, o Lipcei.
Lucho tens razão estou a fazer confusão, o jogo de Paris contra o Sporting foi no ano seguinte.
ResponderEliminarMesmo assim só vencemos ao 3º jogo.
Fiz confusão porque pensava que o 5-0 tinha sido com o Robson mas afinal foi com o Oliveira.
É que dá não só escrever depois do jantar e claro usar a cabeça.
Grandes histórias, grandes aventuras, um exemplo este ANTAS!!
ResponderEliminarIr à Samp, que sonho amigo!!
Excelente post, mas uma vez deliciei-me a lê-lo. Continua.
Tripeiro já viste ali alguma coisa que gostes?
ResponderEliminarO bilhete esse está prometido a um amigo aqui do blog, um fanático coleccionador de bilhetes.
Não me posso lembrar dessa eliminatória, mas como devoro tudo o que tem a ver com o mágico Porto, estou bem por dentro da forma como não passámos :(
ResponderEliminarTanto o cachecol como o casaco são brutais!
Ler esta crónica e imaginar o que lá viveste é maravilhoso.
E nos primeiros segundos do vídeo que mostra o golo do Yuran, vê-se ao fundo a fantástica curva da Samp. Imagino a festa e o delírio na pequena bancada dos Dragões!!
Fica também aqui a minha homenagem ao teu Primo e ao "Quim da Paróquia"!
a primeira palavra, vai para o 'autor' deste novela... azul-e-branca! parabéns, muito parabéns, pq ao ler-te, admito, invejei-te em certos momentos, pois tb queria muito lá ter estado... mas não estive.
ResponderEliminarestive isso sim, infelizmente (ou felizmente?!) naquela tal noite de desgraça perante os da Samp... recordo-me como se fosse hoje... naquela altura, ainda assíduo ocupante daquela tal zona ultra da superior sul, lembro-me do jogo ter acabado, o estádio praticamente vazio e eu ali ainda sentado, alone, naquelas imensas bancadas que gelaram como há muito não me recordava... foi uma tremenda desilusão... nem apetece recordar, dasseee!
e em segundo lugar, o tal Topo Gigio que ao que dizem, parece, consta-se, pelo menos, assim se diz à boca cheia, dedica-se ao ajuntamento de pedaços de papel em formato 'rectângulo', manda cumprimentos e agradeço a lembrança, antes que a 'menina' lá de casa, se lembre de ir à caixa de sapatos, e num qq sábado de limpezas domésticas, vá tudo parar ao 13º arquivo ;)
"...recordo-me como se fosse hoje... naquela altura, ainda assíduo ocupante daquela tal zona ultra da superior sul, lembro-me do jogo ter acabado, o estádio praticamente vazio e eu ali ainda sentado, alone, naquelas imensas bancadas que gelaram como há muito não me recordava... foi uma tremenda desilusão... nem apetece recordar, dasseee!"
ResponderEliminarGRANDE!