http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Foi para mim uma honra ser convidado a colaborar com esta "tertúlia" que faz do Futebol Clube do Porto o seu único interesse desinteressado.
Ás quartas-feiras com periodicidade quinzenal, vão ter "A Pronúncia do Norte".
Sou um comum cidadão á porta dos 30 anos, que tem a felicidade de ter um Pai que lhe traçou o destino bem cedo: amar o Futebol Clube do Porto!
Com 25 anos de filiação ao clube já ultrapassados, acatei a indicação do meu Pai, e de lá para cá, a instituição tem estado no topo das minhas prioridades.
Já perdi a conta aos kms percorridos, aos jogos em que marquei presença e aos estádios onde gritei bem alto o nome do meu amor.
Uma semana sem FCP é uma semana vazia!
Vê-lo pela tv uma tortura!
Estar ao seu lado o meu oxigénio!
Quanto ao resto, uma vida banal como todas as outras, com 10h por dia reservadas ao meu trabalho, pois é aí que ganho o dinheirinho que me permite acompanhar o clube de todos nós.
À minha curta e sacrificada família, reconheço uma imensa paciência de quem se vê privado de um dos seus, dado que passa as suas semanas dividido entre a obrigação do trabalho e o amor pelo clube. São o meu "porto de abrigo".
Para os meus amigos guardo sempre o ombro, pois eles bem sabem que sem eles pouco seria. São os meus "irmãos".
O ciclo fecha-se com a companheira, que em função dos resultados do clube, já sabe se pode ou não falar comigo. Exagerado? Nem um bocadinho... se as querem boas arranjem-nas, pois eu arranjei a minha e não a troco. É o meu "suporte".
Entrando no assunto do meu primeiro post, nada melhor do que começar falando daquela que é, na minha opinião, a pessoa mais marcante da história do nosso clube: Jorge Nuno Pinto da Costa.
Nascido no Porto a 28 de Dezembro de 1937, dia dos Santos Inocentes, Pinto da Costa cresceu no seio de uma família da alta burguesia portuense, proprietária do teatro S. João.
Faz-se sócio do clube aos 17 anos e em 1962 inicia o seu percurso no FCP na secção de hóquei em patins ao lado do então Presidente, Cesário Bonito. Passa para o boxe onde conhece o então boxeur Reinaldo Teles, chega a director das modalidades amadoras, e em 1976 passa para chefe do departamento de futebol com Américo de Sá ao leme dos destinos do clube.
De imediato trata da contratação de José Maria Pedroto para treinador, e é com ele que quebra o jejum de 19 anos sem títulos, alcançando o bi entre 1977 e 1979.
No entanto, para bem do clube e de todos nós, Pinto da Costa sentia-se com condições para fazer mais e melhor pelo FCP.
No final da época de 1979/1980, fomos derrotados numa final da taça de Portugal no jamor pelo slb, e esse foi o momento seguinte que marcou a viragem da nossa história. Estava na forja o "Verão Quente".
A equipa é mal tratada, insultada e agredida no exterior do estádio, mas o presidente Américo de Sá encontrava-se tranquilamente no seu interior em ameno convívio com os dirigentes lampiões.
Pinto da Costa, Pedroto e todo o grupo de trabalho não perdoam ao presidente tal distanciamento. Em conjunto com os restantes técnicos, emitem um comunicado acusando-o de se vender a Lisboa. Os jogadores solidarizam-se com o comunicado, Pedroto é suspenso pelo clube e acaba por o abandonar.
No início da época seguinte (1980/1981), 14 jogadores entre eles Gomes, Oliveira e Octávio, recusam-se a iniciar a época e treinam à parte durante 3 semanas em Santa Cruz do Bispo.
Ultrapassado esse período, os jogadores voltam ao clube e alcançam o vice campeonato.
Finalmente chega o dia 23/04/1982. O DIA QUE MUDOU O MUNDO!
Nada voltaria a ser igual!
Um novo clube acabaria de nascer!
Jorge Nuno Pinto da Costa assume a presidencia do clube aos 44 anos, sucedendo a Américo de Sá.
Inverte mentalidades e posturas.
Incute ambição e querer no dia a dia.
Adopta um discurso de guerrilha constante com o poder central, muito baseado no seu mentor José Maria Pedroto.
É capaz de reunir à sua voltas as gentes do Porto e do Norte, criando uma coesão interna invejada pelos rivais.
De lá para cá, a história é por demais conhecida.
Seria demasiado exaustivo elencar tudo o que já fez e lutou pelo clube.
Num célebre programa televisivo, proferiu a afirmação que melhor ilustra o seu percurso de vida e que deveria servir de lema a todos os profissionais do clube e da SAD: "Por mais amigo que seja das pessoas, eu ponho os interesses do Futebol Clube do Porto acima das minhas amizades pessoais e dos meus interesses pessoais".
Enfrentou presidentes da República e Governos.
Nunca se vergou ao poder centralista de Lisboa.
Recusou ser subserviente até quando o estádio das Antas foi penhorado.
Desgastou a sua imagem e a sua privacidade pela guerra de uma vida: engrandecer todos os dias o Futebol Clube do Porto.
Por muitos anos que viva, nunca serei capaz de lhe agradecer tudo o que já fez e tem feito.
Desportivamente, conseguiu aquilo que ninguém sonharia.
Ao dia de hoje, e apenas falando em futebol sénior, conquistou tão somente o seguinte:
Uff, chega ou ainda querem mais? Eu quero, e tenho a certeza que ele também...
Mas, e nestas coisas há sempre um "mas", Pinto da Costa cometeu um erro histórico que foi permitir que a sua vida privada tivesse influência na vida do clube.
O aparecimento de criolina salgalhada, fê-lo cometer erros que nenhum de nós está livre de cometer, mas que tiveram consequências muito pesadas.
Judicialmente já ilibado de tudo, e este deve ser um sublinhado bem forte que devemos fazer, desportivamente, o Futebol Clube do Porto saiu molestado, estando os seus principais dirigentes impedidos de o defender nas sedes próprias por muito tempo.
Pinto da Costa e os seus verdadeiros companheiros de sempre, sairam fragilizados! Os profissionais de treta que o rodeiam, souberam aproveitar essa fragilidade, para paulatinamente ganharem poder e subirem na estrutura.
É já hoje dito nos corredores, que Pinto da Costa tem um papel cada vez menos decisivo no clube e na SAD. Que há coisas que já não passam por ele. Não quero acreditar nessas vozes!
No entanto, não sendo ele um ingrato, sendo alguém que muito ama o FCP, custa-me a perceber a sua aparente passividade perante a "debandada" de algumas pessoas com história e passado dentro do clube, dos lugares de destaque da estrutura.
Exemplos? Reinaldo Teles (que é feito dele?). Fernando Gomes (refiro-me ao actual presidente da Liga, e não acreditem que ele saiu do clube com esse projecto preparado). Vitor Baía (já alguém se perguntou como é que um portista destes não tem um lugar digno na estrutura?). Ilídio Pinto (este sem uma rotura total com o clube, porque o presidente demonstrou ser um homem com H grande, e já em última instância o conseguiu demover, depois de um processo nebloso sobre o qual um dia poderei escrever).
Ele que sempre se rodeou de fiéis amigos, indefectiveis portistas, homens capazes de dar tudo pelo Futebol Clube do Porto, será que ainda os mantém na estrutura de hoje, onde manda o suposto profissionalismo por oposição ao ardor clubístico?
O futebol moderno e o desporto em geral, já não se compadece com determinados pressupostos que reinavam há 25 anos atrás. Os tempos são outros, as exigências são diferentes, os desafios são constantes.
Mas será que um homem apenas por ser um suposto profissional, apenas por envergar uma roupa catita e articular correctamente o discurso, decide ou aconselha melhor do que aquele que lutou pelo clube quando ele pouco vencia? Que o fez quando simultaneamente tinha que manter outra profissão pois o clube não o remunerava? Que se preocupava em servir a insituição e não servir-se dela como meio de subsistência?
O desporto moderno exige rigor, mas não pode perder paixão. É essa paixão que ainda hoje vejo no olhar do nosso presidente, é esse amor que nem sempre vislumbro de há algum tempo para cá em quem o rodeia.
Já por algumas vezes dei por mim a pensar no que será o FCP depois de Pinto de Costa. Atrevo-me a dizer que qualquer um de nós já pensou nisso. Naturalmente que 30 segundos depois estamos a desejar que Pinto da Costa regrida na idade e esteja connosco pelo menos mais 30 anos.
Mas sabemos que tal não vai a contecer e que a luta pelo "poleiro" vai ser tremenda.
Dos muitos nomes que aos longo dos anos se foram especulando como eventuais sucessores, honestamente não sei qual quereria ou poderei vir a querer.
Ainda assim, tenho um determinado perfil em mente, onde sei o que desejaria e não desejaria:
Termino dizendo que tenho a consciência de que nunca mais teremos um presidente como este. Um homem com a sua capacidade de luta, com a sua sede de vitórias, com a sua ambição permanente.
Saibamos honrá-lo, respeitá-lo e apoiá-lo até ao último dia em que cá estiver.
E no dia em que ele deixar a presidência, nesse dia que desejo longínquo e que me arrepio de pensar nele, saibamos ser inteligentes e atentos, não caindo no engodo daqueles que se fazem muito amigos de Pinto da Costa, mas querem é vê-lo pelas costas, não caindo no engodo daqueles que lentamente vão aparecendo criando a ideia de que são muito importantes na estrutura, não caindo no engodo daqueles que procuram um "tacho" ao invés de engrandecerem o clube.
Quando um dia contar a um filho ou neto a história do Futebol Clube do Porto, o dia 23/04/1982 será referenciado com um brilho nos olhos, o nome de Jorge Nuno Pinto da Costa invocado com admiração e agradecimento.
Até á próxima!
Ás quartas-feiras com periodicidade quinzenal, vão ter "A Pronúncia do Norte".
Sou um comum cidadão á porta dos 30 anos, que tem a felicidade de ter um Pai que lhe traçou o destino bem cedo: amar o Futebol Clube do Porto!
Com 25 anos de filiação ao clube já ultrapassados, acatei a indicação do meu Pai, e de lá para cá, a instituição tem estado no topo das minhas prioridades.
Já perdi a conta aos kms percorridos, aos jogos em que marquei presença e aos estádios onde gritei bem alto o nome do meu amor.
Uma semana sem FCP é uma semana vazia!
Vê-lo pela tv uma tortura!
Estar ao seu lado o meu oxigénio!
Quanto ao resto, uma vida banal como todas as outras, com 10h por dia reservadas ao meu trabalho, pois é aí que ganho o dinheirinho que me permite acompanhar o clube de todos nós.
À minha curta e sacrificada família, reconheço uma imensa paciência de quem se vê privado de um dos seus, dado que passa as suas semanas dividido entre a obrigação do trabalho e o amor pelo clube. São o meu "porto de abrigo".
Para os meus amigos guardo sempre o ombro, pois eles bem sabem que sem eles pouco seria. São os meus "irmãos".
O ciclo fecha-se com a companheira, que em função dos resultados do clube, já sabe se pode ou não falar comigo. Exagerado? Nem um bocadinho... se as querem boas arranjem-nas, pois eu arranjei a minha e não a troco. É o meu "suporte".
Entrando no assunto do meu primeiro post, nada melhor do que começar falando daquela que é, na minha opinião, a pessoa mais marcante da história do nosso clube: Jorge Nuno Pinto da Costa.Nascido no Porto a 28 de Dezembro de 1937, dia dos Santos Inocentes, Pinto da Costa cresceu no seio de uma família da alta burguesia portuense, proprietária do teatro S. João.
Faz-se sócio do clube aos 17 anos e em 1962 inicia o seu percurso no FCP na secção de hóquei em patins ao lado do então Presidente, Cesário Bonito. Passa para o boxe onde conhece o então boxeur Reinaldo Teles, chega a director das modalidades amadoras, e em 1976 passa para chefe do departamento de futebol com Américo de Sá ao leme dos destinos do clube.
De imediato trata da contratação de José Maria Pedroto para treinador, e é com ele que quebra o jejum de 19 anos sem títulos, alcançando o bi entre 1977 e 1979.
No entanto, para bem do clube e de todos nós, Pinto da Costa sentia-se com condições para fazer mais e melhor pelo FCP.
No final da época de 1979/1980, fomos derrotados numa final da taça de Portugal no jamor pelo slb, e esse foi o momento seguinte que marcou a viragem da nossa história. Estava na forja o "Verão Quente".
A equipa é mal tratada, insultada e agredida no exterior do estádio, mas o presidente Américo de Sá encontrava-se tranquilamente no seu interior em ameno convívio com os dirigentes lampiões.
Pinto da Costa, Pedroto e todo o grupo de trabalho não perdoam ao presidente tal distanciamento. Em conjunto com os restantes técnicos, emitem um comunicado acusando-o de se vender a Lisboa. Os jogadores solidarizam-se com o comunicado, Pedroto é suspenso pelo clube e acaba por o abandonar.
No início da época seguinte (1980/1981), 14 jogadores entre eles Gomes, Oliveira e Octávio, recusam-se a iniciar a época e treinam à parte durante 3 semanas em Santa Cruz do Bispo.
Ultrapassado esse período, os jogadores voltam ao clube e alcançam o vice campeonato.
Finalmente chega o dia 23/04/1982. O DIA QUE MUDOU O MUNDO!
Nada voltaria a ser igual!
Um novo clube acabaria de nascer!
Jorge Nuno Pinto da Costa assume a presidencia do clube aos 44 anos, sucedendo a Américo de Sá.Inverte mentalidades e posturas.
Incute ambição e querer no dia a dia.
Adopta um discurso de guerrilha constante com o poder central, muito baseado no seu mentor José Maria Pedroto.
É capaz de reunir à sua voltas as gentes do Porto e do Norte, criando uma coesão interna invejada pelos rivais.
De lá para cá, a história é por demais conhecida.
Seria demasiado exaustivo elencar tudo o que já fez e lutou pelo clube.
Num célebre programa televisivo, proferiu a afirmação que melhor ilustra o seu percurso de vida e que deveria servir de lema a todos os profissionais do clube e da SAD: "Por mais amigo que seja das pessoas, eu ponho os interesses do Futebol Clube do Porto acima das minhas amizades pessoais e dos meus interesses pessoais".
Enfrentou presidentes da República e Governos.
Nunca se vergou ao poder centralista de Lisboa.
Recusou ser subserviente até quando o estádio das Antas foi penhorado.
Desgastou a sua imagem e a sua privacidade pela guerra de uma vida: engrandecer todos os dias o Futebol Clube do Porto.
Por muitos anos que viva, nunca serei capaz de lhe agradecer tudo o que já fez e tem feito.
Desportivamente, conseguiu aquilo que ninguém sonharia.Ao dia de hoje, e apenas falando em futebol sénior, conquistou tão somente o seguinte:
- 17 campeonatos;
- 11 taças de Portugal;
- 17 supertaças nacionais;
- 2 liga dos campeões;
- 2 taças intercontinentais;
- 1 taça UEFA;
- 1 supertaça europeia;
Uff, chega ou ainda querem mais? Eu quero, e tenho a certeza que ele também...
Mas, e nestas coisas há sempre um "mas", Pinto da Costa cometeu um erro histórico que foi permitir que a sua vida privada tivesse influência na vida do clube.
O aparecimento de criolina salgalhada, fê-lo cometer erros que nenhum de nós está livre de cometer, mas que tiveram consequências muito pesadas.
Judicialmente já ilibado de tudo, e este deve ser um sublinhado bem forte que devemos fazer, desportivamente, o Futebol Clube do Porto saiu molestado, estando os seus principais dirigentes impedidos de o defender nas sedes próprias por muito tempo.
Pinto da Costa e os seus verdadeiros companheiros de sempre, sairam fragilizados! Os profissionais de treta que o rodeiam, souberam aproveitar essa fragilidade, para paulatinamente ganharem poder e subirem na estrutura.
É já hoje dito nos corredores, que Pinto da Costa tem um papel cada vez menos decisivo no clube e na SAD. Que há coisas que já não passam por ele. Não quero acreditar nessas vozes!
No entanto, não sendo ele um ingrato, sendo alguém que muito ama o FCP, custa-me a perceber a sua aparente passividade perante a "debandada" de algumas pessoas com história e passado dentro do clube, dos lugares de destaque da estrutura.Exemplos? Reinaldo Teles (que é feito dele?). Fernando Gomes (refiro-me ao actual presidente da Liga, e não acreditem que ele saiu do clube com esse projecto preparado). Vitor Baía (já alguém se perguntou como é que um portista destes não tem um lugar digno na estrutura?). Ilídio Pinto (este sem uma rotura total com o clube, porque o presidente demonstrou ser um homem com H grande, e já em última instância o conseguiu demover, depois de um processo nebloso sobre o qual um dia poderei escrever).
Ele que sempre se rodeou de fiéis amigos, indefectiveis portistas, homens capazes de dar tudo pelo Futebol Clube do Porto, será que ainda os mantém na estrutura de hoje, onde manda o suposto profissionalismo por oposição ao ardor clubístico?
O futebol moderno e o desporto em geral, já não se compadece com determinados pressupostos que reinavam há 25 anos atrás. Os tempos são outros, as exigências são diferentes, os desafios são constantes.
Mas será que um homem apenas por ser um suposto profissional, apenas por envergar uma roupa catita e articular correctamente o discurso, decide ou aconselha melhor do que aquele que lutou pelo clube quando ele pouco vencia? Que o fez quando simultaneamente tinha que manter outra profissão pois o clube não o remunerava? Que se preocupava em servir a insituição e não servir-se dela como meio de subsistência?
O desporto moderno exige rigor, mas não pode perder paixão. É essa paixão que ainda hoje vejo no olhar do nosso presidente, é esse amor que nem sempre vislumbro de há algum tempo para cá em quem o rodeia.
Já por algumas vezes dei por mim a pensar no que será o FCP depois de Pinto de Costa. Atrevo-me a dizer que qualquer um de nós já pensou nisso. Naturalmente que 30 segundos depois estamos a desejar que Pinto da Costa regrida na idade e esteja connosco pelo menos mais 30 anos.
Mas sabemos que tal não vai a contecer e que a luta pelo "poleiro" vai ser tremenda.
Dos muitos nomes que aos longo dos anos se foram especulando como eventuais sucessores, honestamente não sei qual quereria ou poderei vir a querer.Ainda assim, tenho um determinado perfil em mente, onde sei o que desejaria e não desejaria:
- Por muito bom profissional que seja, não pode ter outro clube que não o FCP como clube de nascimento;
- Deverá ser alguém que queira servir o clube e não que se queira servir dele;
- O FCP deve ser a sua prioridade e não o ver como mais um posto de trabalho;
- O amor, o ardor clubístico, a paixão a uma causa, a um clube, a uma cidade e a uma região, devem ser preocupações constantes;
Termino dizendo que tenho a consciência de que nunca mais teremos um presidente como este. Um homem com a sua capacidade de luta, com a sua sede de vitórias, com a sua ambição permanente.
Saibamos honrá-lo, respeitá-lo e apoiá-lo até ao último dia em que cá estiver.
E no dia em que ele deixar a presidência, nesse dia que desejo longínquo e que me arrepio de pensar nele, saibamos ser inteligentes e atentos, não caindo no engodo daqueles que se fazem muito amigos de Pinto da Costa, mas querem é vê-lo pelas costas, não caindo no engodo daqueles que lentamente vão aparecendo criando a ideia de que são muito importantes na estrutura, não caindo no engodo daqueles que procuram um "tacho" ao invés de engrandecerem o clube.
Quando um dia contar a um filho ou neto a história do Futebol Clube do Porto, o dia 23/04/1982 será referenciado com um brilho nos olhos, o nome de Jorge Nuno Pinto da Costa invocado com admiração e agradecimento.
Até á próxima!
Grande entrada, Norte! E que bela escolha para começar. Parabéns!
ResponderEliminarQuando Pinto da Costa tomou posse, em 23 Abr.1982, anunciou entre os seus objectivos: “reestruturar o clube e fortalecer o futebol. Contribuir decisivamente para um FC Porto a lutar sempre pelo título". Convenhamos que estes foram amplamente atingidos.
Pinto da Costa remodelou, organizou, disciplinou, combateu a mediocridade e o desânimo; Pinto da Costa, obstinado e lutador como ninguém, contrariou todas as forças que tinham "instituído" a perseguição aberrante e sistemática e a um Clube que ansiava pela oportunidade de poder trabalhar e porfiar para vencer. De um FC Porto desamparado, fez um Clube respeitado, guindando-o ao mais alto nível com fantástica projecção internacional. Pinto da Costa personifica o FC Porto, o Porto, o Norte. Obrigado, Presidente! Obrigado por todas as alegrias!
Pinto da Costa empregou, por diversas vezes, palavras de assombro. Destaco isto:
“Na fantástica cidade do Porto vive um povo que não verga, um clube que não desiste e um orgulho que pode ser combatido... mas nunca derrubado!"
"Para lá de todas as vitórias, de todos os títulos conquistados, de todas as taças em todas as modalidades, de todos os triunfos obtidos, quando nos pedem para nomear a vitória mais saborosa, é sem dificuldade que elegemos uma à qual todas as outras se subordinam: o orgulho de ser portista."
Pelo Norte e pelo FC Porto, um grande abraço ao “Norte”.
Só não percebi isto:«passividade perante a "debandada" de algumas pessoas com história e passado dentro do clube, dos lugares de destaque da estrutura.»
ResponderEliminarReinaldo, administrador da Sad. Não se dá por ele?, não, mas alguma vez se deu? Deixou de ir para o banco e ainda bem, principalmente para a saúde dele. Quem não sabe que fez uma operação melindrosa ao coração?
F.Gomes, saiu porque quis. O futuro esclarecerá porque saiu.
V.Baía, idem.
Ilídio Pinto, esse sim, merece todo o respeito, todo o carinho. Não saiu, se saísse seria muito mau e sobre as razões, toda a gente que conhece o F.C.Porto sabe e não vale a pena fazer tabús: estava a ter, por falta de verbas, problemas na secção e como não pode ser ele a aguentar com tudo... Basta dizer isto para se perceber, nem é preciso aprofundar.
Um abraço
Entrada em grande.
ResponderEliminarUm post com grande ênfase à mudança radical operada no nosso clube desde q se iniciou a era Pinto da Costa.
Mas tb coloca em destaque algumas falhas da estrutura que agora naturalmente é menos "presidencialista" que na década de 80.
E fechas assim:
"Quando um dia contar a um filho ou neto a história do Futebol Clube do Porto, o dia 23/04/1982 será referenciado com um brilho nos olhos, o nome de Jorge Nuno Pinto da Costa invocado com admiração e agradecimento"
E eu digo que fechaste com chave de ouro. Eu penso exactamente o mesmo. As alegrias q este homem já me deu são coisas que estão aqui guardadas para um livro de memórias ou como dizes, apenas, umas palavras aos filhos e/ou netos.
Grande abraço ao Norte, nosso novo "companheiro de bancada".
OFF TOPIC
ResponderEliminarNo próximo Nacional-Porto estará Bruno Paixão. Todos sabem os episódios deste senhor nos jogos do Porto que começaram logo pelo inesquecível jogo de Campomaior. O último episódio foi o da época transacta com o Leixões-Porto (0-0) em que "roubou" um penalty claro ao FCP sobre Micael.
A campanha vermelha poderá já estar a dar resultado.
Mas, que eu suspeitava q este homem (B.Paixão) era vermelho, de facto assumo que sim. Mas agora, deixei de ter dúvidas. Leiam o que escreve hoje na imprensa Jorge Coroado:
"Hipocrisia
JORGE COROADO
Era expectável que a evolução classificativa da Liga ZON Sagres redundasse nas velhas e ralhas ladainhas, sem originalidade, com base nas motivações de sempre, comuns à generalidade dos participantes nas competições profissionais, cujo ruído de fundo se nota mais devido ao mercado objectivo potenciado por quem as veicula, neste caso, estranhamente ou talvez não, por quem, vê-se agora, hipocritamente tem clamado contra procedimentos idênticos professados por outras cores e em outras latitudes. Podia a semana, com jogos das competições europeias pelo meio, ter contribuído para aplacar cegueiras sectárias, fazer sentir aos dirigentes da respeitável instituição que é o SL Benfica quão essencial não é viver, mas viver com honra, algo que se pratica e demonstra na coerência das acções e das palavras. Ou não será verdade que, da respectiva tumba, apenas com um olho, o falecido general e político israelita Moshe Dayan viu a grande penalidade cometida por Luisão sobre Schechter, não se ouvindo ninguém próximo dos encarnados citar o presidente da UEFA sobre incompetência dos árbitros? Porque a vida não pára, saíram as nomeações para a quinta ronda. Para a Luz, cujo crivo faz questão de rememorar permanentemente tempos idos, foi designado elemento com 11 presenças ininterruptas na divisão principal, internacional desde Janeiro de 2008, sem experiência ou provas dadas em embates do género. Na Madeira, para dirigir o líder da prova, estará um árbitro, não um adepto capaz de chorar quando os encarnados da Luz não vencem. Para os restantes jogos, com maior ou menor acerto, foi utilizada a prata que a casa tem."
___
esta frase é forte....
"Na Madeira, para dirigir o líder da prova, estará um árbitro, não um adepto capaz de chorar quando os encarnados da Luz não vencem. "
Nunca apreciei Coroado mas q os tem no lugar devido, isso tem.
Luho, este texto é muito interessante, qual o jornal onde esta este texto para eu acrescentar ao meu arquivo?
ResponderEliminar"Na Madeira, para dirigir o líder da prova, estará um árbitro, não um adepto capaz de chorar quando os encarnados da Luz não vencem. "
Em primeiro dar os parabéns pela inclusão no lote da equipa que veste a camisola 12 do FC Porto que vai até ao fim do mundo para defender o nosso clube.
ResponderEliminarGostei da crónica, homenageou um Homem que deveria ter um post todas as semanas aqui no nosso blog, é um Homem pelo qual eu nutro muito respeito e admiração e jamais esquecerei o que fez,faz e fará pelo nosso clube.
Gostei de ver que não somos poucos, o grupo de tolinhos que sacrifica a vida familiar para ir ver o FC Porto e acabou como eu por ter sorte na companheira que escolheu, este sempre foi o meu problema em todas as relações que tive até esta ultima, deixava tudo, literalmente tudo para ir ver o FC Porto seja no que for...
Norte um Grande Abraço e continuar em grande como o post de hoje.
"Com 25 anos de filiação ao clube já ultrapassados, acatei a indicação do meu Pai, e de lá para cá, a instituição tem estado no topo das minhas prioridades.
ResponderEliminarJá perdi a conta aos kms percorridos, aos jogos em que marquei presença e aos estádios onde gritei bem alto o nome do meu amor.
Uma semana sem FCP é uma semana vazia!
Vê-lo pela tv uma tortura!
Estar ao seu lado o meu oxigénio!"
É dos meus! Seja bem-vindo. Grande post!
Um abraço
Dragão Azul disse...
ResponderEliminarLuho, este texto é muito interessante, qual o jornal onde esta este texto para eu acrescentar ao meu arquivo?
"Na Madeira, para dirigir o líder da prova, estará um árbitro, não um adepto capaz de chorar quando os encarnados da Luz não vencem. "
DRAGÃO AZUL: Está no jogo de hoje. É a coluna opinião do jorge coroado.
podes ver aqui:
www.ojogo.pt/26-259/artigo885331.asp
ora pois então, mas ca ganda entrada à «Dragão» pó novo bitaiteiro cá da zona ;)
ResponderEliminarrevejmo-me em muito do sentimento que aqui deixaste neste teu primeiro abrir da alma pa botar faladura sobre o nosso fcPORTO, mesmo até naquele um ou outro momentos que mostraste, ainda que muito ao de leve, aquele teu jeito já tão caracteristico de ser provocador, para o bem do nosso clube.
bem, nem adiantar pensar sequer no dia do «adeus», que tantos e tantos desejam ainda como muito, muito distante... assim o venha a ser!
portanto, bem vindo a este espaço de tertúlia que a partir deste dia, ede uma forma mais calara e assumida, passa a ser tb a «tua casa», fazendo desta rúbrica, a tua praia, onde nada mais espero, tal como todos os outros, que sejas apenas tu próprio.
Boa sorte... e um aBRAÇO!
Antes de mais, um muito obrigado pelo carinho de todos! Tenho muito gosto em cá estar, e prometo ser eu próprio, sem medo das palavras e/ou observações.
ResponderEliminarMas permitam-me um abraço especial ao Dragão Vila Pouca, dizendo-lhe que não vou entar em discussao que em nada engradeça o nosso clube. Padecemos do mesmo "mal" que é muito amar o FCP.
Ainda assim, prometo dentro em breve escrever sobre Ilidio Pinto. Dizer a todos o que realmente se passou e não resumir a uma questão meramente financeira a vergonhosa actuação de algumas pessoas, das quais exclu-o Pinto da Costa.
Prometo escrever onde estavam Pinto da Costa, Adelino Caldeira e Fernando Gomes no dia 29 de Janeiro de 2010, dia onde alegadamente teriamos contratado um tal de Kleber "o gladiador" do Cruzeiro.
Mas prometo igualmente que a minha vontade é nada mais do que ver o FCP sempre na ribalta, pelo que nada farei para causar "perturbação" ainda mais numa altura tão positiva como aquela que estamos a viver.
Contém comigo para lutar sempre pelo meu grande amor chamado FUTEBOL CLUBE DO PORTO!!!!!
Antes de mais, um muito obrigado pelo carinho de todos! Tenho muito gosto em cá estar, e prometo ser eu próprio, sem medo das palavras e/ou observações.
ResponderEliminarMas permitam-me um abraço especial ao Dragão Vila Pouca, dizendo-lhe que não vou entar em discussao que em nada engradeça o nosso clube. Padecemos do mesmo "mal" que é muito amar o FCP.
Ainda assim, prometo dentro em breve escrever sobre Ilidio Pinto. Dizer a todos o que realmente se passou e não resumir a uma questão meramente financeira a vergonhosa actuação de algumas pessoas, das quais exclu-o Pinto da Costa.
Prometo escrever onde estavam Pinto da Costa, Adelino Caldeira e Fernando Gomes no dia 29 de Janeiro de 2010, dia onde alegadamente teriamos contratado um tal de Kleber "o gladiador" do Cruzeiro.
Mas prometo igualmente que a minha vontade é nada mais do que ver o FCP sempre na ribalta, pelo que nada farei para causar "perturbação" ainda mais numa altura tão positiva como aquela que estamos a viver.
Contém comigo para lutar sempre pelo meu grande amor chamado FUTEBOL CLUBE DO PORTO!!!!!
Norte, bem vindo!
ResponderEliminarExcelente post, fico á espera do próximo!;)
E esta parte final, é exatamente aquilo que penso e sinto!
"Quando um dia contar a um filho ou neto a história do Futebol Clube do Porto, o dia 23/04/1982 será referenciado com um brilho nos olhos, o nome de Jorge Nuno Pinto da Costa invocado com admiração e agradecimento"
BIBÓ PORTO