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Nascido a 29 de Janeiro de 1954, Rodolfo dos Reis Ferreira, viria a tornar-se o único jogador que, até ao momento, envergou a mágica camisola azul e branca em toda a sua carreira.
Conhecido pela sua forma aguerrida de actuar e pela dedicação e entrega com que sempre defendeu o nosso clube, Rodolfo Reis viria a tornar-se um dos capitães da equipa e um dos símbolos da mística do FC Porto.
Esteve ligado a um dos momentos mais marcantes da história do nosso clube, o título conseguido após o jejum de 19 anos. Mais tarde viria ainda a viver de perto o histórico Penta (como adjunto de Fernando Santos). Após 3 épocas como adjunto do seu/nosso clube do coração, resolveu dar por terminada a carreira de treinador, sendo hoje um espectador atento à vida do nosso clube.
Entretanto, deixo-vos a entrevista com Rodolfo Reis, agradecendo toda a sua disponibilidade, bem como a preciosa ajuda do Dragão Vila Pouca na elaboração da entrevista.
Sevilha03
Conhecido pela sua forma aguerrida de actuar e pela dedicação e entrega com que sempre defendeu o nosso clube, Rodolfo Reis viria a tornar-se um dos capitães da equipa e um dos símbolos da mística do FC Porto.
Esteve ligado a um dos momentos mais marcantes da história do nosso clube, o título conseguido após o jejum de 19 anos. Mais tarde viria ainda a viver de perto o histórico Penta (como adjunto de Fernando Santos). Após 3 épocas como adjunto do seu/nosso clube do coração, resolveu dar por terminada a carreira de treinador, sendo hoje um espectador atento à vida do nosso clube.
Entretanto, deixo-vos a entrevista com Rodolfo Reis, agradecendo toda a sua disponibilidade, bem como a preciosa ajuda do Dragão Vila Pouca na elaboração da entrevista.
«ENTREVISTA EXCLUSIVA»
1- Lembra-se do dia em que vestiu pela 1ª vez a camisola do FC Porto?
Do dia não, mas foi nas Antas contra o Portimonense.
2- Quais as memórias que guarda da sua passagem pela formação do nosso clube?
As melhores, visto que alcancei todos os títulos e foi muito bem tratado pelos directores e treinador.
3- Recorda-se de um avançado promissor chamado Costa Almeida?
Sim. Jogou comigo nos juvenis e juniores. Era um grande avançado.
4- Qual o treinador que o lançou na equipa sénior?
António Feliciano.
5- A ideia de passar para a posição de trinco (começou como lateral-direito) foi de Pedroto. Como é que foi trabalhar com ele? Era, de facto, muito avançado para a época?
Sem dúvida, o Pedroto estava á frente de todos. Tanto na metodologia de treino como na vertente psicológica.
6- Enquanto portista, o que representou para si ter-se sagrado campeão quebrando um jejum de 19 anos?
Foi uma alegria indescritível só vivida. Foi na realidade algo de sensacional. Foi arrepiante.
7- O que é que lhe passou pela cabeça quando viu Ademir a colocar a bola no fundo da baliza do Benfica?
Éramos campeões ao fim de 19 anos.
8- Concorda que o golo de Ademir foi o clique que faltava para levar o clube a acreditar que podia vir a ser um clube vencedor?
Sim, concordo visto que o FC Porto actual começa a sua caminhada precisamente a partir desse jogo e desse campeonato.
9- No famoso “Verão quente” foi um dos jogadores que optaram por manter a fidelidade ao clube. O que o levou, ao contrário de outros, a tomar essa atitude?
Porque o FC Porto sempre me tratou bem, sempre me respeitou e sempre cumpriu comigo em todos aspectos e situações.
10- Imagino que tenha muito orgulho em ser o único jogador que envergou a camisola azul e branca ao longo de toda a carreira…
Sim! Tenho muito orgulho!
11- Quais os melhores e piores momentos que viveu com a camisola do Porto?
O pior momento foi a morte do Pavão, sem dúvida. O melhor momento ao fim de 19 anos ser campeões.
12- Que significado teve para si ter vestido as cores da selecção nacional?
O que qualquer profissional almeja, visto que qualquer profissional quer atingir o “top”. E a selecção nacional é isso mesmo; o “top”.
13- Por falar em selecção, lembra-se de um Israel-Portugal em que rompeu o ligamento do joelho?
Lembro-me. Nunca me tinha lesionado. Foi uma lesão grave e fiquei afastado durante um ano.
14- Como treinador, esteve ligado ao Penta. Que significado teve esse marco inigualável no futebol português?
Mais um momento de alegria, vivida no seio da massa adepta do FC Porto. Visto que o Penta só há um. FC Porto e mais nenhum.
15- Decidiu abandonar a carreira após as 3 épocas em que foi adjunto do Fernando Santos no FC Porto. Quais as razões para esse abandono?
Não recebi convite para renovar com o FC Porto e achei que tinha chegado a altura de abandonar o futebol e dedicar-me mais a família e ao negócio.
16- As expectativas que tinha para esses 3 anos foram cumpridas?
Não. O FC Porto tinha equipa para ser campeão durante estes 3 anos.
17- Hoje em dia o nosso trinco é o Fernando. Considera que estamos bem servidos?
Muito bem servidos. Jogador com garra, ambição, humildade - jogador à FC Porto.
18- O que representa o FC Porto na sua vida?
É a minha segunda família. Gosto muito do FC Porto e vou gostar toda a vida.
19- Para finalizar, gostaríamos que deixasse uma mensagem aos nossos leitores.
Foi um prazer responder a este questionário. Será sempre um prazer estar convosco porque ao estar convosco, estou com os Portistas. Espero, se não for antes, estarmos no final do campeonato a festejarmos todos juntos mais um título.
Sevilha03
Rodolfo Reis foi, sem dúvida, um extraordinário jogador cuja entrega e dedicação são difíceis de igualar. Futebolista de raça, jamais virava a cara à luta. Um Dragão a 120%!
ResponderEliminarQuero pedir desculpa ao Sevilha03, é verdade que Rodolfo só envergou a camisola azul-e-branca do FC Porto, mas não foi o único… Há outros mais. De momento estou a lembrar-me de um grande jogador dos anos 20 e 30: Waldemar Mota.
Eis um cheirinho (extractos) da sua biografia a publicar oportunamente em “FC PORTO – DRAGÕES DE AZUL FORTE”:
- Valdemar Mota – Waldemar Mota da Fonseca (n. Porto, 18 Mar.1906 – m. Abr.1966), extremo-direito e interior-direito, um dos melhores jogadores do FC Porto, nos anos 20 e 30.
- Cedo deu os primeiros pontapés na bola, no Campo da Constituição, junto do qual morava. Assim, facilmente saltava para o recinto e para os treinos a que se entregava com vontade férrea de aprender e aperfeiçoar-se sob a batuta de Abel Aquino… … …
- No FC Porto desde os infantis, como sénior venceu 1 Campeonato de Portugal, 1 Campeonato Nacional (Liga) e 8 Campeonatos do Porto entre as épocas de 1926-27 e 1935-36.
- Ao lado de Pinga e Acácio Mesquita, formou o célebre e brilhante trio a que os adeptos chamaram "três diabos do meio-dia"; eles fizeram maravilhas e encantaram no futebol nacional e europeu.
- Rejeitou uma tentadora proposta do Sporting, por ser Portista e hostil ao profissionalismo… … …
- Esteve nos Jogos Olímpicos de Amesterdão (1928) sendo o primeiro atleta olímpico do FC Porto… … …
- Atestando a sua relevância no clube, Waldemar foi o porta-bandeira do FC Porto nas cerimónias de inauguração do Estádio das Antas, em 1952.
- Faleceu em Abril de 1966. Está sepultado no mausoléu do Futebol Clube do Porto no cemitério de Agramonte. Waldemar Mota, um campeão, um atleta notável com um currículo notável, um ídolo, uma glória do FC Porto!
Um abraço.
Sou suspeito para falar do Rodolfo, mas aqui vai: se há um jogador à Porto, com raça, alma, mística, mas técnica e qualidade futebolística, esse jogador era o Rodolfo. Só jogou de Dragão ao peito - F.Moreira, já ouvi muito sobre o Waldemar Mota e de uma forma positiva, era, tal como diz, um desportista de eleição, mas eram outros tempos...- e como o F.C.Porto não renovou com ele, preferiu retirar-se, aos 30 anos, quando ainda tinha muito para dar. Foi treinador dos juniores e campeão. Quando era adjunto de Fernando Santos, tivemos algumas conversas, já que eu achava que ele tinha um papel pouco activo, mas compreendi as suas razões e percebi que Rodolfo não podia fazer mais.
ResponderEliminarGostei de o rever no jantar do BiBó-PoRtO. Está bem e recomenda-se.
Um abraço para o Sevilha e para O Rodolfo.
O Rodolfo foi um grande capitão do FC Porto, um símbolo deste nosso grandioso clube.
ResponderEliminarFoi excelente estarmos em convívio com ele no último jantar do blog.
Um abraço para o Rodolfo e outro para o meu amigo Sevilha03 (que fez a entrevista) que ainda deve estar com a alma dorida (tal como eu) depois de tudo o q vivemos ontem no Caixa.
Abraço forte para o Rodolfo e para o blog que me proporcionou um dos momentos mais marcantes da minha vida de portista.
ResponderEliminarSaudações PORTISTAS
Realmente, foi um dia marcante, este da foto. Conhecer o Rodolfo e algumas das suas histórias caricatas foi qualquer coisa de transcendente. Como jogador, os adjectivos usados por todos aqui, servem-lhe na perfeição, sobretudo o de "um jogador com raça"
ResponderEliminarParabéns ao SEVILHA e ao VILAPOUCA, por este momento.
Beijinhos para todos e venham mais entrevistas ;)
Venham apoiar a nosso equipa nos jogos do campeonato no Estádio do Dragões e para a fase de grupos da Liga Europa.
ResponderEliminarSaber mais em:
http://superdragoes.com/
Próximo jogo:
F.C.Porto x SCBraga
O Rdolfo foi daqueles jogadores do Porto que nos faz bem ao ego! De Portistas!
ResponderEliminarAinda hoje retenho as palavras daquele que agora treina o Setúbal, por causa dos engulhos que Rodolfo lhes (aos sucedâneos de mouro) causava.
Obrigado Rodolfo! Venham mais como este, que é o que precisamos! Copinhos de leite, perfilando-se, já me cheiram mal...
Dragão Azul Forte, realmente não conhecia a história do Valdemar Mota... Obrigado pela informação! :)
ResponderEliminarLucho, a alma ainda dói (muito), mas o orgulho naquela equipa é gigantesco! E não há derrota nenhuma que supere esse sentimento de orgulho em quem dignifica a nossa camisola da forma que a nossa equipa de andebol tão bem o faz.
Um grande abraço!
grande entrevista! continua o bom trabalho ;)
ResponderEliminarPorto rumo ao titulo!!
Este (Rodolfo Reis) é dos tais que eu gosto de dizer "ali vai um jogar à Porto..."
ResponderEliminarAutoritário quando era necessário, Duro quando assim se exigia e muito muito Portismo no coração quando as pernas falhavam e só a muita vontade e querer conseguiam com que elas se mexessem depois de levar com 5 ou 6 patadas nas pernas, de correr sobre terrenos enlameados e onde já nem o gelo ou as massagens ao intervalo consigo fazer passar a dores.
Grande Entrevista a um homem que sempre admirei.
Ao Sevilha e ao Rodolfo um grande abraço.
rODOLFO rEIS,
ResponderEliminarnuma palavra, um SENHOR!!!
se já muito tinha ouvido falar dele nos meus tempos de infância, muito recentemente, ouvi-lo de viva voz a «debitar» histórias atrás de histórias dos seus tempos de fC pORTO, foram como histórias d'encantar... com tamanha assistência a deleitar-se em ouvi-las.
por mais estes 5 minutinhos de atenção que nos disponibilizou, um muito, muito obrigado.
se na próxima já não nos iriamos esquecer, desta vez, é presença mais que garantida para todos os próximos e futuros conBiBios!!
aKeLe aBrAçO.
Sempre admirei muito o Rodolfo, apesar de não ser "do meu tempo". Sevilha, que bela forma de aliviar um bocadinho a dor de ontem... Obrigada :)
ResponderEliminarGrande entrevista amigo!
ResponderEliminarUm SENHOR, Rodolfo Reis. Foi uma honra ter jantado com ele, à relativamente pouco tempo, no aniversário do blog.
Um abraço