http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Há quem diga, e com propriedade, que não há grandes treinadores sem grandes jogadores. Já aqui disse, e por mais duma vez, que os grandes treinadores conseguem fazer de jogadores apenas vulgares bons jogadores, e que, em muitas circunstâncias, são capazes de melhorar os que já são foras de série.
Por outro lado, a história do futebol está cheia de talentos que foram desperdiçados por treinadores negligentes, corruptos ou simplesmente incompetentes.
Estou capaz de sacar do meu livrinho de lugares-comuns e dizer que não há grandes treinadores sem grandes presidentes ou, pelo menos, sem excelentes organizações.
O nosso clube é, arrisco dizer, o melhor exemplo do mundo desta verdade de La Palisse. O que se disse sobre os jogadores, pode-se dizer no FC Porto sobre treinadores: os que tinham condições para ser extraordinários treinadores conseguiram sê-lo aprendendo no Porto, e até treinadores vulgares conseguiram passar a ter estatuto de grandes depois de passarem pela nossa casa.
Também podia referir o papel que o FC Porto tem tido na formação de treinadores mesmo sem que muitos não tenham tido a sorte de o ser na nossa equipa principal ou mesmo nos outros escalões. Rapazes que, enquanto jogadores, perceberam a importância do trabalho, da organização, do profissionalismo em tudo o que se faz. Basta ver quais são os treinadores portugueses de topo que foram profissionais do Porto ou das outras equipas do futebol português: quem são os Jorges Costas e os Domingos dos nossos adversários?
Pois é, as conversas são como as cerejas. Queria-se escrever sobre uma coisa e vão saindo outras. Queria-vos falar da importância da organização e de como ela se sobrepõe quase sempre ao próprio papel dos treinadores. Ou doutro modo, como a organização pode contribuir para que um treinador seja melhor ou consiga corrigir as eventuais falhas dum técnico.
Um bom exemplo é a quantidade de jogadores desperdiçados.
Não há, aliás, adepto de clube de futebol que já não tenha barafustado e insultado o treinador da sua equipa por achar que o jogador x ou y estava a ser desperdiçado, ou que pensasse que o jogador a ou b não devia estar a jogar pelo seu clube. Aqui o vosso consócio, por exemplo, está convencido que ficou assim a atirar para o descapotável por causa das vezes em que perdeu a cabeça com as escolhas de alguns treinadores... mas isto são contas de outro rosário...
Nós, portistas, muitas vezes olhamos para os nossos principais adversários e fartamo-nos de rir com o número de jogadores que eles desperdiçaram e que a nós nos deram um jeitão. A lista é enorme, mas bastam meia dúzia de nomes: Deco, Maniche, Futre, Águas, Kulkov, Yuran Varela, Pepe, entre muitos mais e só falando de competidores internos.
Agora o meu caro Amigo Dragão, ponha-se do outro lado e pergunte-se quais os jogadores que deixamos sair por meio litro de mel coado e se tornaram grandes estrelas nos nossos adversários. Mais, acrescente a competição externa. Pois é... os mais memoriados lembrar-se-ão do Diego e do Fabiano. Talvez, mas quanto ao Diego havia muito que dizer – para mim nunca seria um jogador à Porto- e o Fabiano nunca foi de facto jogador do nosso clube.
Houve treinadores que não gostavam deste ou daquele jogador. Contaram-me, por exemplo, que o Ricardo Carvalho esteve a segundos de ser dispensado; que houve grandes resistências à contratação do Jardel; que havia quem dissesse que o Deco tinha demasiados problemas (???); enfim, historietas que não passam disso e que carecem de confirmação.
Lembro também jogadores que vieram a ser grandes estrelas do nosso clube e que foram ignoradas por técnicos. Jogadores que passaram épocas inteiras no banco e só na época seguinte explodiram. Jogadores que assobiávamos (ai o Pepe, as vezes que eu o insultei e toda a família dele) e que os treinadores iam ficando com medo de os colocar.
Farto-me de rir quando ouço aquelas afirmações grandiloquentes dos dirigentes a dizer que quem manda no futebol dos respectivos clubes são os treinadores. Que todas as contratações e dispensas são por ordem do treinador.
Ninguém nega a importância do papel do treinador, mas os treinadores passam e o clube fica. A nossa casa é demasiado importante para ser deixada nas mãos dum qualquer técnico que hoje está cá e amanhã não está. É por isso que no Porto os treinadores são sempre (eu sei, quase sempre) bons: é que ele é só mais uma peça na engrenagem.
Por outro lado, a história do futebol está cheia de talentos que foram desperdiçados por treinadores negligentes, corruptos ou simplesmente incompetentes.
Estou capaz de sacar do meu livrinho de lugares-comuns e dizer que não há grandes treinadores sem grandes presidentes ou, pelo menos, sem excelentes organizações.
O nosso clube é, arrisco dizer, o melhor exemplo do mundo desta verdade de La Palisse. O que se disse sobre os jogadores, pode-se dizer no FC Porto sobre treinadores: os que tinham condições para ser extraordinários treinadores conseguiram sê-lo aprendendo no Porto, e até treinadores vulgares conseguiram passar a ter estatuto de grandes depois de passarem pela nossa casa.
Também podia referir o papel que o FC Porto tem tido na formação de treinadores mesmo sem que muitos não tenham tido a sorte de o ser na nossa equipa principal ou mesmo nos outros escalões. Rapazes que, enquanto jogadores, perceberam a importância do trabalho, da organização, do profissionalismo em tudo o que se faz. Basta ver quais são os treinadores portugueses de topo que foram profissionais do Porto ou das outras equipas do futebol português: quem são os Jorges Costas e os Domingos dos nossos adversários?
Pois é, as conversas são como as cerejas. Queria-se escrever sobre uma coisa e vão saindo outras. Queria-vos falar da importância da organização e de como ela se sobrepõe quase sempre ao próprio papel dos treinadores. Ou doutro modo, como a organização pode contribuir para que um treinador seja melhor ou consiga corrigir as eventuais falhas dum técnico.
Um bom exemplo é a quantidade de jogadores desperdiçados.
Não há, aliás, adepto de clube de futebol que já não tenha barafustado e insultado o treinador da sua equipa por achar que o jogador x ou y estava a ser desperdiçado, ou que pensasse que o jogador a ou b não devia estar a jogar pelo seu clube. Aqui o vosso consócio, por exemplo, está convencido que ficou assim a atirar para o descapotável por causa das vezes em que perdeu a cabeça com as escolhas de alguns treinadores... mas isto são contas de outro rosário...
Nós, portistas, muitas vezes olhamos para os nossos principais adversários e fartamo-nos de rir com o número de jogadores que eles desperdiçaram e que a nós nos deram um jeitão. A lista é enorme, mas bastam meia dúzia de nomes: Deco, Maniche, Futre, Águas, Kulkov, Yuran Varela, Pepe, entre muitos mais e só falando de competidores internos.
Agora o meu caro Amigo Dragão, ponha-se do outro lado e pergunte-se quais os jogadores que deixamos sair por meio litro de mel coado e se tornaram grandes estrelas nos nossos adversários. Mais, acrescente a competição externa. Pois é... os mais memoriados lembrar-se-ão do Diego e do Fabiano. Talvez, mas quanto ao Diego havia muito que dizer – para mim nunca seria um jogador à Porto- e o Fabiano nunca foi de facto jogador do nosso clube.
Houve treinadores que não gostavam deste ou daquele jogador. Contaram-me, por exemplo, que o Ricardo Carvalho esteve a segundos de ser dispensado; que houve grandes resistências à contratação do Jardel; que havia quem dissesse que o Deco tinha demasiados problemas (???); enfim, historietas que não passam disso e que carecem de confirmação.
Lembro também jogadores que vieram a ser grandes estrelas do nosso clube e que foram ignoradas por técnicos. Jogadores que passaram épocas inteiras no banco e só na época seguinte explodiram. Jogadores que assobiávamos (ai o Pepe, as vezes que eu o insultei e toda a família dele) e que os treinadores iam ficando com medo de os colocar.
Farto-me de rir quando ouço aquelas afirmações grandiloquentes dos dirigentes a dizer que quem manda no futebol dos respectivos clubes são os treinadores. Que todas as contratações e dispensas são por ordem do treinador.
Ninguém nega a importância do papel do treinador, mas os treinadores passam e o clube fica. A nossa casa é demasiado importante para ser deixada nas mãos dum qualquer técnico que hoje está cá e amanhã não está. É por isso que no Porto os treinadores são sempre (eu sei, quase sempre) bons: é que ele é só mais uma peça na engrenagem.
Os treinadores são, de facto, parte de um todo e indissociável dele. Fazem parte de uma engrenagem, de uma organização que trabalha com um fito comum a todos os seus membros.
ResponderEliminarO FC Porto teve, no passado, grandes treinadores, vinham cheios de fama e o proveito era pouco. Faltava organização… Pinto da Costa teve, nesse particular, um papel decisivo. Veja-se, por exemplo, o que disse do período de antes da sua tomada de posse como Director do Departamento de Futebol em 1976:
"É demasiado ténue a fronteira entre o que pode ser correcto e o que pode implicar um verdadeiro desastre, desportivo ou nas relações humanas. É crucial perceber onde passa essa linha divisória tantas vezes definida por pequenos detalhes aparentemente sem importância, mas capazes de gerar grandes equívocos.
Vejamos uma situação concreta: era para mim errado que o futebol, mola real do clube, fosse discutido em mesas redondas e as decisões tomadas na pluralidade de um elenco de 24 pessoas. Por mais estranho que isso possa hoje parecer, era assim que funcionava o FC Porto, mesmo nas grandes decisões como, por exemplo, a escolha do treinador. Isto permitia situações completamente absurdas, como a maioria poder decidir contra a vontade dos responsáveis do futebol. Havia questões levadas a plenário e decididas pela margem mínima de um voto.”
Claro, isto levava a que, muitas vezes, por um voto se deliberasse mal, com prejuízo dos interesses do clube. Como as coisas mudaram!
Um abraço.
Grande mérito da estrutura, obviamente, mas fundamentalmente desse homem que percebe muitooo de futebol, JNPCosta.
ResponderEliminarMas q o André é especial, disso eu nunca duvidei. Acreditei nele muito antes de estar no Porto.
oitavos taça portugal em futebol
ResponderEliminardia 11 e 12/12
FCP-J.ÉVORA (II div.)
em dezembro de 97 para a taça de Portugal 97/98 (16 avos) ganhamos por 9-1 a este J.Évora com 7 golos de Jardel em 45m (um deles "de letra"), ao intervalo estava 2-1 e jardel entrou e fez 7 golos!
http://www.youtube.com/watch?v=PNHgsNc6E6g
http://www.youtube.com/watch?v=BgQ7E5bRb40
Também não será tanto assim! Ou talvez seja exactamente assim: se a peça não couber, a engrenagem plissa.. - Já tivemos vários exemplos de treinadores com pergaminhos (Fernandez, p.ex.) que não conseguiram encaixar...Então, a casa também não é assim tão universalmente boa; tem um esquema e sabe que esse esquema funciona, então, quem quiser servi-la que se adapte! E, é assim com jogadores e treinadores. Alguns, poucos, maiores que o tempo (Robson, p.ex.) vão polindo arestas, e melhorando o clube...- Não estou com isto a dizer que é mau método; é até um muito inteligente, e tivessem os governos de Portugal feito isso e não estaríamos a penar tanto...
ResponderEliminarQuanto ao futuro mais recente, e não querendo tirar das suas palavras um atestado de mediocridade sobre o Jesualdo, o AVB -de quem estou a gostar muito - está a saber aproveitar bem o trabalho do seu antecessor (Hulk, p.ex.)...Então, como portistas acho que devemos não só ver as qualidades organizativas do clube, mas deixar uma palavra de apreço e reconhecimento pelos treinadores que com um trabalho honesto têm passado pelo clube ...
Vejam a música que os cabrões dos lagartos têm para o João Montinho,...(..http://www.youtube.com/watch?v=1QU-G45uRVk&feature=player_embedded....)Sabádo temos de apoiar como nunca o nosso clube.Avante PORTO!!
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