Coitadinho

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Era uma vez um clube coitadinho.
Ora até que coitadinho não é nome que se deva dar a clube algum.
Mas o clube foi-se habituando a conviver com o nome comportando-se como toda a gente espera que se comporte um clube coitadinho.
Raramente tinha sucesso.

Experimentava sempre os mais diversos truques mas precisava sempre de imensas ajudas.
Eram os árbitros no futebol, as tabelas no basquete e os sticks no hóquei.
Eram os túneis menos ou mais iluminados e os socos que se tornavam estaladas.
Eram as pedras que só a Norte são alvo de histeria dos me(r)dia, as bolas de golfe a iva reduzido e o mais vale ter homens na Liga e na Federação que bons jogadores.
Eram os cinco, o mai na bancada bip e o Kamov como cobertura aérea.
Era até o fazer as coisas por outro lado.

A verdade é que o clube coitadinho esforçava-se.
Esforçava-se mas, coitadinho, não era assim muito fácil ser bem sucedido.

Os outros clubes não se davam muito bem com ele pois, como sabem, raros são aqueles que gostam muito dos coitadinhos.
E assim, o clube coitadinho foi ficando, coitadinho, cada vez mais triste e só.
O tempo foi passando e toda a gente começou a estranhar que o clube coitadinho não atava nem desatava.
Enquanto que os outros cresciam o coitadinho estava, coitadinho, cada vez menos maior grande e cada vez mais maior só.

É que enquanto os outros clubes crescem para fora e para cima os clubes coitadinhos crescem para dentro e para baixo.
Mas que raio de vida a deste clube coitadinho.