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O futebol nacional é uma espécie de Santíssima Trindade: nós, no Porto, temos o Papa; o Benfica tem o Jesus; e o Sporting pode agradecer ao Espiríto Santo o facto de ainda não ter seguido o mesmo caminho que o Boavista. Quando falo de Espiríto Santo, refiro-me àquele banco liderado por Ricardo Salgado que está sempre disponível a emprestar churudas maquias ao clube de Alvalade apesar de a liquidez do mesmo ser insustentável e o seu passivo pornograficamente altivante. É assim: quem tem os poderosos do seu lado sobrevive. Quem não tem essa sorte vai parar à Segunda Liga. É a sociedade que temos, espalhada no futebol.
Dois pesos e duas medidas
Jorge Jesus voltou a mostrar as suas qualidades pugilísticas em todo o seu esplendor. JJ agrediu um jogador de uma equipa madeirense, no final de um jogo da Liga, no Estádio da Luz. Curiosamente, isto aconteceu numa altura em que Jorge Jesus deveria estar suspenso por ter agredido um jogador de uma equipa madeirense, no final de um jogo da Liga, no Estádio da Luz. Desconheço o que leva Jesus a sentir tal azedume pelas equipas insulares. Neste momento, para além da Penalty Cup que decorre no intervalos do jogos da Liga, existe outro campeonato paralelo: a Punch Cup, que decorre no final dos jogos do Benfica com equipas madeirenses. Até ao momento, temos um empate no derby da Madeira. Um igual para Nacional e Marítimo, em termos de socos sofridos. A fama de ser alguém justo que, ao longo da História, Jesus granjeou confirma-se. Uma galheta num jogador do Nacional, outra galheta num jogador do Marítimo. Só para que João Jardim não se fique a rir. Na Biblía, Jesus quando era agredido dava a outra face. Em 2011, Jesus deixou de dar a outra, para passar a dar na outra face. Como dizia o poeta, "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
Para terminar este ponto, deixo uma questão que me parece pertinente. Quando Hulk e Sapunaru supostamente terão agredido um steward por este os ter provocado verbalmente, todos os benfiquistas foram unânimes ao considerar que uma provocação verbal jamais poderia justificar uma agressão física. Ora, em ambas as agressões protagonizadas por Jorge Jesus, as imagens mostram que o treinador do Benfica é o único interveniente que parte para uma resposta física. Assim sendo, podemos concluir que Jorge Jesus reage a uma provocação oral - visto que, repito, ele é o único que parte para a agressão física. Será então altura de perguntar aos dirigentes benfiquistas se têm dois pesos e duas medidas consoante os intervenientes em questão. Eu sei que é utópico, mas, se as conferências de imprensa no Seixal não fossem monólogos para uma plateia de jornalista embebecidos, talvez pudéssemos ver questões incómodas como esta serem colocadas.
Para amanhã, prevê-se uma intensa chuva de cadeiras para o lados da 2ª Circular
Depois de ter visto as cenas de violência que se verificaram no Benfica-Sporting, fiquei ainda mais convicto de que as autoridades nacionais devem ter uma especial atenção com as claques do Porto. Não há dúvidas: os Super Dragões são o belzebu dos estádios nacionais. Confesso que não sei em que sector do Estádio de Alvalade estavam colocadas as claques do Porto. Mas, com toda a certeza, estavam lá - muito bem disfarçadas de verde e vermelho. Pois, como aliás toda a gente sabe, qualquer mal que aconteça nos estádios nacionais é responsabilidade dos adeptos portistas. No passado domingo, todos vimos as imagens de um adepto skinhead vestido de verde a aplicar uma double high kick num agente da autoridade que se tentava barricar no túnel de Alvalade. Se atentarmos bem, constatámos que afinal é Fernando Madureira que decidiu rapar o cabelo e vestir uns andrajos veridentes - só para variar. Aliás, não vejo outra hipótese.
Podem-me chamar ingénuo, mas estou convencido que aquilo que as claques do Sporting fizeram não foi para aleijar ninguém. O que se passou foi que as claques leoninas perceberam que já não são necessárias tantas cadeiras no Estádio de Alvalade, uma vez que apenas meia dúzia de gatos pingados ainda tem o denodo de ir a Alvalade ver a sua equipa (chamemos-lhe equipa, por facilitismo de linguagem) ser enxovalhada. A meu ver, o raciocínio dos adeptos do Sporting foi mais ou menos o seguinte: "Para que é que estão aqui estas cadeiras a estragar-se à chuva, se só há dois ou três parvos é que ainda vêm assistir regularmente os nossos jogos/enxovalhos! Vamos mas é tirar as cadeiras daqui e resguardá-las no túnel!". À quem tenha apodado os comportamentos da Juventude Leonina de grotescos e primários. Eu, na minha boa-fé, chamo àquilo uma louvável tentativa de melhorar a gestão dos recursos mobiliários do clube. Já para não falar do efeito que cadeiras coloridas esvoaçando no ar fazem, é bastante aprazível à vista.
É certo que, naquele momento, estava a decorrer um jogo, mas isso é um pormenor. Até porque os adeptos sportinguistas fazem tudo para desviar as atenções do futebol mediocremente praticado pela sua equipa. As agressões à polícia são o equivalente ao clássico momento em que mãe tenta arrumar a casa, e o filho teima em não retirar os pés do chão para que a mãe possa aspirar. A polícia é esse filho mal-comportado que estava a impedir as claques do Sporting de "arrumar a casa".
Para além disso, ao que consta, nenhum daqueles agentes da autoridade tinha bilhete para o jogo. Portanto, os adeptos do Sporting tinham todas as razões do mundo para ter aqueles comportamentos próprios do Homem de Neandertal.
Há uma outra explicação para justificar aquela chuva de cadeiras a que se assistiu em Alvalade: as claques do Sporting estavam fartas de ver o seu estádio com o colorido de um arco-íris. Embora eu ache que um estádio a lembrar um arco-íris se coaduna perfeitamente a um clube com uma massa associativa como a do Sporting. Para quem não sabe, o "arco-íris" tem um simbolismo muito particular no seio da comunidade LGBT. Recordo apenas que todos os anos a ILGA distingue uma personalidade nacional com um prémio cujo o bonito nome é "Prémio Arco-Irís".
Dois pesos e duas medidas
Jorge Jesus voltou a mostrar as suas qualidades pugilísticas em todo o seu esplendor. JJ agrediu um jogador de uma equipa madeirense, no final de um jogo da Liga, no Estádio da Luz. Curiosamente, isto aconteceu numa altura em que Jorge Jesus deveria estar suspenso por ter agredido um jogador de uma equipa madeirense, no final de um jogo da Liga, no Estádio da Luz. Desconheço o que leva Jesus a sentir tal azedume pelas equipas insulares. Neste momento, para além da Penalty Cup que decorre no intervalos do jogos da Liga, existe outro campeonato paralelo: a Punch Cup, que decorre no final dos jogos do Benfica com equipas madeirenses. Até ao momento, temos um empate no derby da Madeira. Um igual para Nacional e Marítimo, em termos de socos sofridos. A fama de ser alguém justo que, ao longo da História, Jesus granjeou confirma-se. Uma galheta num jogador do Nacional, outra galheta num jogador do Marítimo. Só para que João Jardim não se fique a rir. Na Biblía, Jesus quando era agredido dava a outra face. Em 2011, Jesus deixou de dar a outra, para passar a dar na outra face. Como dizia o poeta, "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
Para terminar este ponto, deixo uma questão que me parece pertinente. Quando Hulk e Sapunaru supostamente terão agredido um steward por este os ter provocado verbalmente, todos os benfiquistas foram unânimes ao considerar que uma provocação verbal jamais poderia justificar uma agressão física. Ora, em ambas as agressões protagonizadas por Jorge Jesus, as imagens mostram que o treinador do Benfica é o único interveniente que parte para uma resposta física. Assim sendo, podemos concluir que Jorge Jesus reage a uma provocação oral - visto que, repito, ele é o único que parte para a agressão física. Será então altura de perguntar aos dirigentes benfiquistas se têm dois pesos e duas medidas consoante os intervenientes em questão. Eu sei que é utópico, mas, se as conferências de imprensa no Seixal não fossem monólogos para uma plateia de jornalista embebecidos, talvez pudéssemos ver questões incómodas como esta serem colocadas.
Para amanhã, prevê-se uma intensa chuva de cadeiras para o lados da 2ª Circular
Depois de ter visto as cenas de violência que se verificaram no Benfica-Sporting, fiquei ainda mais convicto de que as autoridades nacionais devem ter uma especial atenção com as claques do Porto. Não há dúvidas: os Super Dragões são o belzebu dos estádios nacionais. Confesso que não sei em que sector do Estádio de Alvalade estavam colocadas as claques do Porto. Mas, com toda a certeza, estavam lá - muito bem disfarçadas de verde e vermelho. Pois, como aliás toda a gente sabe, qualquer mal que aconteça nos estádios nacionais é responsabilidade dos adeptos portistas. No passado domingo, todos vimos as imagens de um adepto skinhead vestido de verde a aplicar uma double high kick num agente da autoridade que se tentava barricar no túnel de Alvalade. Se atentarmos bem, constatámos que afinal é Fernando Madureira que decidiu rapar o cabelo e vestir uns andrajos veridentes - só para variar. Aliás, não vejo outra hipótese.
Podem-me chamar ingénuo, mas estou convencido que aquilo que as claques do Sporting fizeram não foi para aleijar ninguém. O que se passou foi que as claques leoninas perceberam que já não são necessárias tantas cadeiras no Estádio de Alvalade, uma vez que apenas meia dúzia de gatos pingados ainda tem o denodo de ir a Alvalade ver a sua equipa (chamemos-lhe equipa, por facilitismo de linguagem) ser enxovalhada. A meu ver, o raciocínio dos adeptos do Sporting foi mais ou menos o seguinte: "Para que é que estão aqui estas cadeiras a estragar-se à chuva, se só há dois ou três parvos é que ainda vêm assistir regularmente os nossos jogos/enxovalhos! Vamos mas é tirar as cadeiras daqui e resguardá-las no túnel!". À quem tenha apodado os comportamentos da Juventude Leonina de grotescos e primários. Eu, na minha boa-fé, chamo àquilo uma louvável tentativa de melhorar a gestão dos recursos mobiliários do clube. Já para não falar do efeito que cadeiras coloridas esvoaçando no ar fazem, é bastante aprazível à vista.
É certo que, naquele momento, estava a decorrer um jogo, mas isso é um pormenor. Até porque os adeptos sportinguistas fazem tudo para desviar as atenções do futebol mediocremente praticado pela sua equipa. As agressões à polícia são o equivalente ao clássico momento em que mãe tenta arrumar a casa, e o filho teima em não retirar os pés do chão para que a mãe possa aspirar. A polícia é esse filho mal-comportado que estava a impedir as claques do Sporting de "arrumar a casa".
Para além disso, ao que consta, nenhum daqueles agentes da autoridade tinha bilhete para o jogo. Portanto, os adeptos do Sporting tinham todas as razões do mundo para ter aqueles comportamentos próprios do Homem de Neandertal.
Há uma outra explicação para justificar aquela chuva de cadeiras a que se assistiu em Alvalade: as claques do Sporting estavam fartas de ver o seu estádio com o colorido de um arco-íris. Embora eu ache que um estádio a lembrar um arco-íris se coaduna perfeitamente a um clube com uma massa associativa como a do Sporting. Para quem não sabe, o "arco-íris" tem um simbolismo muito particular no seio da comunidade LGBT. Recordo apenas que todos os anos a ILGA distingue uma personalidade nacional com um prémio cujo o bonito nome é "Prémio Arco-Irís".
E "Prémio Azul Dragão" para o seu post, Escrevinhador.
ResponderEliminarExcelente. Um abraço.
Impunidade TOTAL para tudo o que acontece nos jogos dos vermelhos, no decorrer do jogo e logo após o final naquelas comoventes despedidas à moda de jesus... Nada acontece e as situações vão-se repetindo... Mas dentro de campo é a mesma coisa com cosntantes agressões à cotovelada de coentrão, cardoso e outros galináceos...
ResponderEliminarAmanhã em Braga há que estar atento ao que vai acontecer no jogo apitado pelo xistrema....
ResponderEliminarFantástico texto. Absolutamente delicioso e totalmente objectivo.
ResponderEliminarAlguém imagina o que seriam os jornais e televisões se AVB fizesse aquilo q Jesus fez apenas uma vez? Já não há vergonha por parte da nossa CS nem do CD da Liga q não faz rigorosamente nada.
Ahh, também concordo que era o Fenando Madureira q deu uns pontapés na polícia. Ele não rapou o cabelo, estava a usar aqueles adereços de palhaço q parecem carecas. Mas aquele chefe da polícia q um dia disse q essa coisa das bolas de golfe era lá mais acima, no norte, é que devia ter levado com uma cadeira... para arrumar, claro.
Escrevinhador, mais uma vez, mordaz qb, sem dó nem piedade... tás em grande ;)
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