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Em primeiro lugar, quero pedir desculpas pela "mentirinha" que vos preguei no post publicado ontem. Escusado será pois dizer que é absolutamente falso que os 50 milhões estejam a caminho. Até porque nós não precisámos de recorrer a esse tipo de artíficios para regularizar a nossa situação financeira. Isso é próprio de clubes medianos e aflitos. Não é certamente para o actual 4º melhor clube do mundo, segundo o IFFHS.
Mas já que estamos a falar de mentiras, decidi reflectir um pouco sobre esse flagelo nacional que é "a mentira", nomeadamente as inventonas de que o Nosso Clube tem sido vítima.
O DIA DAS MENTIRAS
O simples facto de se celebrar o "Dia da Mentira" já diz muito acerca da sociedade em que vivemos. De todos os pecados, a mentira é aquele que menos me interessa e simultaneamente aquele que mais repugna.
Em Portugal, o Dia 1 de Abril não costuma ser muito festejado. Talvez o facto de sermos um país de mentirosos contumazes ajude a explicar isso.
Como sabem, o Porto tem sido vítima de várias mentiras. Todos sabemos que ser um colosso não é fácil. Ser um colosso em Portugal é ainda mais difícil. Quem já leu As Viagens de Gulliver, sabe que um gigante tem sempre a vida mais complicada em Liliput. O sucesso alheio costuma ser indigesto para as hostes menos propensas ao sucesso. Não será mera coincidência o facto de Luís de Camões ter escolhido a palavra "inveja" para encerrar a obra mais representativa do nosso povo.
Quando se trata de atacar o FC Porto, a mentira torna-se um meio justificado por qualquer fim. Isto traz-me à memória aquelas pessoas que, quando estão directamente envolvidas num processo judicial, proclamam aos quatro ventos as virtudes da Justiça. "Eu confio na Justiça", diz um dirigente desportivo barricado no Reino Unido. "Num Estado de Direito, todos somos inocentes até que se prove o contrário", diz um jogador acusado de doping. "Ainda há Justiça em Portugal", diz um hipócrita ilibado pelo Tribunal da Relação. Porém basta que a tão idolatrada Justiça tome uma decisão que não seja do contento dos donos da Verdade, para que a tão endeusada Justiça passe de bestial a besta, em menos de um ápice. Basta haver um juiz que tenha o atrevimento de decidir sem se subordinar aos interesses do senhores da Capital, para que tudo o que havia sido dito se esfume.
Quando o Tribunal ousa tomar uma decisão que não coincida com as fantasias mais exóticas dos "Donos da Verdade", a Justiça perde imediatamente toda a credibilidade. As decisões do Tribunal só fazem jurisprudência consoante os desejos do senhor Vieira. Um arguido só tem direito à "presunção de inocência" de acordo com a vontade dos apaniguados do clube do Regime.
Lembro-me sempre duma história que o Nosso Presidente contou na Grande Entrevista. Para quem não se recorda ou não viu, eu vou tentar sintetizá-la.
Da última vez que fomos ao Estádio da Luz, roubaram-nos o Título com toda aquela encenação e consequentes castigos, que nos privaram do nosso melhor jogador durante vários meses. Esta é a primeira vez que voltámos ao "local do crime" depois disso. Ganhar este domingo não seria (e será) apenas uma tremenda ironia, seria (e será) uma questão de dignidade e fazer justiça pelos próprios pés. A passagem de testemunho tem que ser feita ali, neste Domingo, pois esse é a única forma de fechar um ciclo em que fomos vilidipendiados e ultrajados como não há memória em Portugal. O destino está-se a encarregar de fazer pagar aqueles que nos tentaram derrotar fora das quatro linhas. Não tenho dúvidas que os nossos heróis vão dar-nos essa alegria.
Mas já que estamos a falar de mentiras, decidi reflectir um pouco sobre esse flagelo nacional que é "a mentira", nomeadamente as inventonas de que o Nosso Clube tem sido vítima.
O DIA DAS MENTIRAS
O simples facto de se celebrar o "Dia da Mentira" já diz muito acerca da sociedade em que vivemos. De todos os pecados, a mentira é aquele que menos me interessa e simultaneamente aquele que mais repugna.
Em Portugal, o Dia 1 de Abril não costuma ser muito festejado. Talvez o facto de sermos um país de mentirosos contumazes ajude a explicar isso.
Como sabem, o Porto tem sido vítima de várias mentiras. Todos sabemos que ser um colosso não é fácil. Ser um colosso em Portugal é ainda mais difícil. Quem já leu As Viagens de Gulliver, sabe que um gigante tem sempre a vida mais complicada em Liliput. O sucesso alheio costuma ser indigesto para as hostes menos propensas ao sucesso. Não será mera coincidência o facto de Luís de Camões ter escolhido a palavra "inveja" para encerrar a obra mais representativa do nosso povo.
Quando se trata de atacar o FC Porto, a mentira torna-se um meio justificado por qualquer fim. Isto traz-me à memória aquelas pessoas que, quando estão directamente envolvidas num processo judicial, proclamam aos quatro ventos as virtudes da Justiça. "Eu confio na Justiça", diz um dirigente desportivo barricado no Reino Unido. "Num Estado de Direito, todos somos inocentes até que se prove o contrário", diz um jogador acusado de doping. "Ainda há Justiça em Portugal", diz um hipócrita ilibado pelo Tribunal da Relação. Porém basta que a tão idolatrada Justiça tome uma decisão que não seja do contento dos donos da Verdade, para que a tão endeusada Justiça passe de bestial a besta, em menos de um ápice. Basta haver um juiz que tenha o atrevimento de decidir sem se subordinar aos interesses do senhores da Capital, para que tudo o que havia sido dito se esfume.
Quando o Tribunal ousa tomar uma decisão que não coincida com as fantasias mais exóticas dos "Donos da Verdade", a Justiça perde imediatamente toda a credibilidade. As decisões do Tribunal só fazem jurisprudência consoante os desejos do senhor Vieira. Um arguido só tem direito à "presunção de inocência" de acordo com a vontade dos apaniguados do clube do Regime.
Lembro-me sempre duma história que o Nosso Presidente contou na Grande Entrevista. Para quem não se recorda ou não viu, eu vou tentar sintetizá-la.
- "Um senhor é internado no Conde Ferreira, porque tinha sido espalhado o boato de que ele tinha sérios problemas mentais. Decidiram então levar esse senhor ao Conde Ferreira. Lá, o senhor foi exaustivamente avaliado e examinado, sujeitando-se aos mais rigorosos exames efectuados por especialistas de nomeada.
Depois de a situação clínica do paciente ter sido escalpelizada até ao mais ínfimo pormenor pelos melhores especialistas, a comunidade científica do Hospital chega à conclusão que o senhor não padecia de qualquer doença. Tudo não passará de um boato espalhado pelo povo sem qualquer tipo de fundamento científico. O senhor recebe alta do Hospital, sendo considerado um cidadão tão saudável como qualquer outro.
Quando o senhor regressa ao seu bairro, há um vizinho que, não se conformando com a decisão do Hospital, continua a tratá-lo como "O Maluco". Perante esta situação, o respeitável senhor vai falar com esse vizinho e muito educadamente diz-lhe: "De nós os dois, só um de nós é pode afirmar com categoricamente que não é maluco: sou eu. Eu estive internado, fui examinado até à exaustão pelos melhores especialistas nacionais, submetido a testes rigorosíssimos, vigiado 24 horas por dia e, depois de todos estes procedimentos clínicos, sai-me de lá com alta. Isto é, depois de o meu caso ter sido dissecado e estudado por quem tem competências para o fazer, fui considerado saudável e saí do Hospital de cabeça levantada. Tu, caro vizinho, nunca foste visto pelos médicos. Se fosses examinado como eu fui, talvez não saísses com alta como eu sai. Se fosses visto pela comunidade médica, não sei se não ficavas internado no Conde Ferreira. Por isso, se ainda resta um "maluco" entre nós os dois, só podes ser tu, caro vizinho!".
Da última vez que fomos ao Estádio da Luz, roubaram-nos o Título com toda aquela encenação e consequentes castigos, que nos privaram do nosso melhor jogador durante vários meses. Esta é a primeira vez que voltámos ao "local do crime" depois disso. Ganhar este domingo não seria (e será) apenas uma tremenda ironia, seria (e será) uma questão de dignidade e fazer justiça pelos próprios pés. A passagem de testemunho tem que ser feita ali, neste Domingo, pois esse é a única forma de fechar um ciclo em que fomos vilidipendiados e ultrajados como não há memória em Portugal. O destino está-se a encarregar de fazer pagar aqueles que nos tentaram derrotar fora das quatro linhas. Não tenho dúvidas que os nossos heróis vão dar-nos essa alegria.
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