31 agosto, 2011

Equador

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Há quem não se enxergue. Há quem admita que não percebe nada de futebol. Há quem não abdique do tacho do pasquim da queimada e do seu cache. Há quem mesmo que as coisas corram bem, continue a criticar por criticar. Há quem não consiga ver além da crítica. Há quem só esteja bem a ser politicamente correcto.

É esta a triste conclusão que chego quando leio a crónica do Miguel Sousa Tavares de 30-08-2011(claro que não fui ao site pornográfico da Bolha, posso sempre ver no meu amigo “Dragão Até à Morte”) . É uma triste conclusão, mas é minha. E nestas coisas, quando vem dos meus, levo a mal.

Começa logo com a frase, “FC Porto mereceu perder”, como se o futebol fosse de “merecimentos”. A realidade é que perdeu e perdeu o jogo em pormenores que ninguém no seu juízo perfeito quer esconder nem precisa de o fazer, aliás, é fácil de ver que até ao passe do Guarin para trás, o Barcelona tem tantas oportunidades claras de golo como teve o FC Porto, mas isso fui eu que vi mal o jogo. PS - Só para avisar que já revi o jogo segunda vez e no estádio tinha acesso via ecrã gigante aos lances todos.

Depois começa por dizer que o bombo da festa das finais em Monte Carlo é sempre o FC Porto. É verdade que vamos na terceira presença no Mónaco e não ganhamos nenhuma vez, mas também podia dizer que somos o bombo da festa da Taça da Liga, visto que também não ganhamos uma única vez e já contámos com 3 presenças. Puro criticar por criticar!

No ponto b), fala que jogámos apenas para retardar o golo do Barcelona. Se houve coisa que fiquei orgulhoso desta final, foi exactamente do contrário, com o FC Porto a jogar com o seu sistema de raiz, um histórico 4-3-3 e não foi por jogar com o Barcelona que íamos mudar como outros na história fizeram que em jogos desta natureza até com 5 centrais jogaram. Por isso, se houve quem foi para uma final à procura de jogar à bola e mostrar aquilo que sabe, com identidade muito própria e com os melhores no 11, aqueles que estavam aptos para jogar com um treinador que ainda agora chegou e já tem uma Supertaça no curriculum e com algumas ratoeiras que deram bem jeito, onde foram anulando os ataques do Barcelona e veja-se lá também fomos criando jogadas de perigo, só eu, contei 2 remates do Hulk com 2 defesas impossíveis, uma bola que é tirado na hora H da cabeça do Kleber, uma lance em que Kleber não consegue rematar em condições mesmo assim criou perigo, remate de Rodriguez a causar perigo, contra um remate de Xavi e uma jogada de Messi que aparece sozinho a tentar fazer um chapéu a Helton, isto tudo vindo de uma equipa que apenas estava ali para ser o bombo da festa e retardar golos do super Barcelona, há coisas fantásticas!

Depois no Ponto c) lá dá uma de cartomante e futurologia atrasada, deve ser o convívio com a Maia que lhe anda a fazer mal, que fosse jogasse como jogasse o FC Porto jamais venceríamos aquele jogo, assim de repente só me ocorre dois comentários ou anda a ler na estrelas como o Orelhas ou está na hora de comprar um novo baralho de cartas do previsão do futuro, segundo alguns até acho que irmos ao Mónaco foi perda de tempo o resultado estava mais que visto, bela conclusão, aliás é parecido com um velho do Restelo que via a bola ao meu lado que mal começava a época implicava com um jogador logo de imediato apenas e só pelo nome, mesmo que ele tivesse 15 épocas em grande ao primeiro falhanço lá saía a frase do costume “eu não disse, eu avisei”…

No ponto d), fala da arbitragem e do penalti. Aqui viu bem. Esqueceu-se é que há uma mão do Villa também dentro da área e também para grande penalidade, juntamente com o primeiro cartão amarelo a Rolando que fez o mesmo que Mascherano fez o jogo todo, mas as arbitragens manhosas não se medem nos lances capitais, é nas pequenas coisas, nos pormenores, e aí os laterais, bem como Rodriguez, o nosso melhor jogador em campo, na minha opinião, já tinham amarelo e não estava tudo 0-0.

No ponto e), lá volta a fazer futurologia, que mesmo com o penalti, apenas teríamos oportunidade de jogar o prolongamento e aí seríamos dizimados. Mas qual arauto da desgraça, qual quê! Isto sim é a bola de cristal em HD a funcionar na sua plenitude.

No ponto f), vai à comparação rasca, como se fosse possível comprar a época do ano passado com a deste ano. Basta que para haver comparação, tem de ser pelo menos idênticas em algum aspecto e desta época para a anterior não vejo grande relação. Vejo um treinador a perder jogadores em períodos difíceis, jogadores esses fulcrais, a receber jogadores aos remendos dado as suas participações no torneios de verão, bem como alguma inexperiência de alguns jogadores que tem ao seu dispor nestas andanças de jogos Europeus. Quanto à forma física estar pior, eu só pergunto uma coisa: viu o jogo da Naval vs FC Porto da época passada e dos 3 jogos seguintes? Estávamos em grande forma física comparativamente a este ano? Eu não noto grandes diferenças, mas adiante, para este peditório já dei faz tempo.

Depois diz que os centrais e Helton estiveram bem. Concordo em absoluto. Que Hulk foi ao limite da forma física, também concordo. Vi Adriano de língua de fora. Mas depois borra a pintura e compara o Cristian Rodriguez ao Capel do Sporting, quando Rodriguez até ficar sem pernas estava a ser o melhor jogador do FC Porto, onde imprimiu muita força ao ataque, onde foi sempre muito voluntarioso a ajudar a defender quando foi preciso, mas claro para ser bom jogador para algumas pessoas, é preciso marcar golos. Isto vindo de alguém que diz que 2 jogadores do Twente (Ola Jonh e o Ruiz) faziam muita falta a este Porto, haja pachorra para tanta asneira dita ao mesmo tempo e saída do mesmo teclado.

Serei eu o único a ver que MST de futebol não percebe grande pistola? Depois de criticar Moutinho, depois de criticar exibições no ano passado do FC Porto e agora vem com esta crónica de treta falar de uma final que ao que parece, lhe foi relatada pelo João Querido Manhã?

Miguel está-lhe a fazer muito mal os ares da Queimada. Ser politicamente correcto no campo de batalha não traz nada de bom.

a) Importante dizer que não saímos humilhados como muitos querem fazer passar. Não é por isto que me faz mais feliz, ou sequer possa estar mais satisfeito com o resultado.

b) Saber que estivemos no Mónaco contra uma equipa que com ou sem bola, é a melhor do Mundo, com (nossos) jogadores que não faz muito tempo, andavam na Madeira a disputar últimos lugares.

c) Encurtamos o campo de maneira a não deixar o Barcelona jogar com passe a rasgar, de forma a apanhar Messi e Villa em constante fora-de-jogo.

d) Pressionamos alto e forte, onde obrigamos o GR adversário a cometer deslizes, bem como a sua defesa.

e) Jogámos com identidade, jogámos à FC Porto no sistema que nos viu crescer e com um Treinador que deixa muito boas impressões. Mostrou não ser um cagão.

f) Contra a melhor equipa do Mundo, precisaram de um golo dado e dois penaltis por assinalar, mais as expulsões para ganharem por 2-0. Veja-se que aviaram neste fim-de-semana o Villarreal por 5-0.

Nestas alturas se vê também de que fibra se fazem alguns jogadores e com quem podemos contar para futuras batalhas. Já assim foi no Arsenal há dois anos atrás, e será sempre assim, porque nas vitórias, está sempre tudo bem, aliás, nem sequer hão criticas a fazer.

Eu não fiz 47 horas de viagem de autocarro para apoiar o meu Porto e ter de levar com um crítico por natureza a malhar no meu clube a torto a direito.

Com Amigos assim, quem precisa de inimigos.

Um abraço Tripeiro e muito... muito Portista.

Capítulo 5: 1941 a 1950 - O centralismo da capital e o jejum (Parte IV)

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FCPorto – Dragões de Azul Forte
Retalhos da história, conquistas e vitórias memoráveis, figuras e glórias do
F. C. do Porto


Capítulo 5: 1941 a 1950 – O centralismo da capital e o jejum (Parte IV)

Época 1944-1945

1944 - Constituição da secção de Hóquei em Patins
A patinagem já era uma tradição no FC Porto desde os primórdios do Clube. Mas foi em 1944 que o hóquei em patins chegou ao FC Porto sem que, contudo, singrasse para altos feitos como aconteceria mais tarde. Neste ano e nos imediatos, equipas portistas inscreveram-se nos torneios regionais participando nas respectivas provas.
Em 1955, após um interregno em que a secção esteve desactivada, os Dragões conquistaram o primeiro título nacional ao vencerem o Campeonato Metropolitano da 2.ª Divisão. Era o começo de um percurso feito de triunfos e esplendorosas vitórias, que fizeram do palmarés do FC Porto um dos mais valiosos do Mundo. Lá faremos o historial, bem rico, desta modalidade no FC Porto. Lá mais para diante.

17 Nov.1944 – O Dr. Ângelo César Machado foi agraciado com o título de Presidente Honorário do FC Porto.

19 Jan.1945 – O Dr. Cesário Bonito foi eleito presidente do FC Porto, sucedendo a Luís Ferreira Alves. Logo em Março fez regressar ao comando técnico da equipa de futebol José Szabo, na tentativa de se retomarem os triunfos. Cesário Bonito haveria de fazer história no FC Porto nos três mandatos para que foi eleito. Neste primeiro, até Maio de 1948, teve de se confrontar com as sucessivas manobras contra o FC Porto em que se empenhava o poder do futebol português instalado em Lisboa. E, nesse quadro, com os insucessos da equipa nas competições nacionais.
De sucesso não o privou a equipa de Andebol de 11 que conquistou o heptacampeonato. Relevante a constituição da secção de ciclismo e a formação de um grande conjunto, bem como a festa que organizou para a despedida de Pinga. Cesário Bonito ficou ligado, neste mandato, à edificação do Estádio das Antas, pois defendeu o projecto, de que foi pioneiro, com “unhas e dentes” e contra os que se lhe opunham. Viu partir Szabo e contratou o argentino Eladio Vaschetto, treinador protagonista da vitória sobre o Arsenal, em Maio de 1948, que assombrou o mundo. Logo de seguida entregou a presidência do FC Porto a Júlio Ribeiro de Campos.
Cesário Bonito foi, como se revalidará à frente, o presidente mais marcante da história do FC Porto depois de Pinto da Costa.

Derrotas comprometedoras e vitórias insuficientes
Os desaires continuavam a não ser superados nos campos de futebol que outrora tinham sido palco de sucesso. Os dirigentes portistas, feridos de revolta, culpavam insistentemente os “poderes perversos de Lisboa” e as suas jogadas de bastidores. Quando Cesário Bonito ascendeu à presidência do FC Porto o ambiente mantinha-se assim, carregado de mágoa e cinzento. O torpor também contaminava. E para o acentuar… as derrotas.
• Mas ainda com tempo para derrotar, no Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, os rivais Sporting e Benfica em jogos disputados no Porto.

• No último dia do ano de 1944, 4-3 ante o Benfica. No Estádio do Lima o FC Porto alinhou com:
Barrigana; Alfredo Pais, Camilo, Franco, Octaviano, Romão, Álvaro, Correia Dias, Lourenço, Araújo e Catolino.
Golos portistas apontados por Catolino (1’ e 28’) e Araújo (68’ e 76’). Os golos dos de Lisboa foram marcados por Espírito Santo (40’), Joaquim Teixeira (65’) e Rogério Carvalho (69’).
• Depois, de uma assentada, duas pesadas derrotas: 2-6 com o Belenenses, no Lima, 4-5 com o Sporting, no Lumiar (4-2-1945). No jogo com o Belenenses, Correia Dias, avançado-centro do FC Porto, abandonou o campo aos 38 minutos com uma perna partida.
• Depois, 0-3 com o Guimarães e empate, no Estádio do Lima, com o Estoril. Assim…

• Durante a época, o melhor que o FC Porto fez terá sido impor uma goleada (10-0) ao Vitória de Guimarães, ainda com Correia Dias a jogar e outra ao Salgueiros, por 9-0, com cinco golos de Catolino e sem Correia Dias na equipa.
• Em 18 de Março, a prova do que fora, afinal, a campanha quase toda: derrota com o Benfica, no Campo Grande, por... 2-7.
O FC Porto acabaria o Campeonato, já sem Hertzka ao comando, no 4.º lugar a 10 pontos dos campeões…

Março 1945 - Foi sem espanto que José Szabo, que aceitou receber 1500 escudos por mês, assumiu o comando técnico do FC Porto, substituindo Hertzka. Era o regresso de um mito, quiçá a tentativa desesperada do presidente Cesário Bonito salvar a época através da Taça de Portugal, que no Campeonato o título já era inalcançável.










A Taça de Portugal era a réstia de esperança para salvar a época. Mais se acalentou o sonho quando, a 15 de Abril de 1945, o FC Porto empatou (0-0), no Lumiar, com o Sporting. Uma semana volvida, os sportinguistas, treinados por Cândido de Oliveira, venceram surpreendentemente, no Lima, por 4-1. Esfumava-se a fé num bom resultado, logo à primeira eliminatória da Taça de Portugal.

Uma equipa do FC Porto na época 1944-45.
Em baixo, da esquerda para a direita: Franco, Araújo, Correia Dias, Pinga e Catolino;
Em cima: Guilhar, Pocas, Romão, Barrigana, Octaviano e Alfredo Pais.

Szabo, de novo uma aposta de futuro
Perdido o Campeonato e perdida a Taça, foi assumido pela Direcção do FC Porto que Szabo fora contratado como aposta de futuro e não em jeito de desesperada procura de santo milagre. Os dirigentes portistas exigiram-lhe, então, que tentasse recolocar o clube em rota de sucesso, apesar das limitações financeiras para contratar grandes jogadores, já que sobrevivia a crise. Um exemplo: os gastos com a Secção de Futebol do Sporting, por essa época, já ultrapassavam os 1000 contos; os azuis-e-brancos tinham um “plafond” orçamental de 800 contos e excedê-lo poderia ser a bancarrota.
Por isso, as contratações para a época seguinte foram parcimoniosas: José Szabo Júnior — guarda-redes, jovem promessa, filho do treinador, cujo destino seria tragicamente cortado por um atropelamento que o deixou inutilizado — Armando e Joaquim Machado. Mantinham-se no plantel Barrigana, Guilhar, Correia Dias, Pinga, Catolino, Manuel dos Anjos “Pocas”, Araújo, Lourenço, Falcão, Francisco, Andrade, Alvarenga, Álvaro, Faria, Toninho, Diógenes Boavida, Zeca, Cereja, Camilo, Romão.

Os métodos insólitos que se mantinham…
O presidente Cesário Bonito anuíra a que o treinador utilizasse os seus reconhecidos métodos disciplinadores, que impusera com sucesso na sua primeira passagem pelo Clube e agora no Sporting. Szabo era um autêntico polícia de costumes…
• Não permitia que os jogadores solteiros fumassem, obrigando-os a tratar os casados por... senhores;
• Cinco minutos de atraso na chegada aos treinos, que se faziam logo de manhã cedo, equivaliam a 10 por cento de multa sobre o ordenado mensal;
• Szabo, que nunca largava de mão um cronómetro suíço que era para si amuleto, orientava treinos e jogos expelindo fumaças de charuto havano e proibia os seus pupilos que gargarejassem água durante as tarefas de treino, aventando, vezes sem conta: “Sinhores, não beber água fria porque garaganta estar quente e fazer inginhas. Sinhor massagista trazer chá quente para sinhores...”;
• Mantinha a fama de insultar os jogadores e ofendê-los com uma insuportável insolência, incendiando conflitos por vezes insanáveis. Tinha, de facto, um vocabulário agreste, havendo quem garantisse que, muitas vezes, não sabia o verdadeiro significado das palavras que utilizava e por isso mesmo insultava o próprio filho indignificando a mulher sem o saber…!
• Utilizava ainda, como antigamente, bonecos de madeira para exemplificar as tácticas. A expressão que o caracterizava e que o empolgava, continuava a ser “mandar Bêrnardo às compras”, que significava chutar ao golo;
• Antes de se deitar passava por casa de todos os jogadores (quer dos solteiros quer dos casados), para garantir que não prevaricavam na “malandrice do noite”. E passava a vida, como que numa obsessão invencível, a dizer-lhes que a maior praga dos jogadores de futebol eram as “mulieres”, exortando os jogadores casados a entrar em abstinência à quinta-feira, zangando-se com as mulheres!
• “Muito importante, sinhores: ficharem torneira dê nêmoros dê mininas. Atenção, fazer muito mal e precisar canetas para jogo... E casados fazer este: chigar a casa quinta-feira para jantar e dizer suas mulieres quê sopa estar um sucata, arranjar-se uma discussão, fazer zaragata, ir-se deitar zangado com ela, voltar-se lado contrária e só fazer-se pazes sêgundo-feira”.
Vezes sem conta dizia isto aos jogadores do FC Porto. Era o seu jeito.

3 Jun.1945 – A II Guerra Mundial (terminou na Europa em 7 Mai.1945) afectou e interrompeu o intercâmbio desportivo entre clubes da Europa. Logo a 3 de Junho de 1945, o FC Porto retomou os contactos internacionais defrontando e vencendo, no Estádio do Lima, o Real Madrid por quatro bolas a uma. Foi uma vitória deveras prestigiante, espécie de reparação de afrontas antigas.

Andebol de Onze: heptacampeonato!
O FC Porto sagrava-se, pela sétima vez consecutiva, Campeão Nacional de andebol de 11 (época 1944-45)!
Sete títulos consecutivos! Era a primeira vez na história do desporto em Portugal que, em qualquer modalidade de jogo colectivo, uma equipa conquistava o heptacampeonato! Era mais um título conquistado por Henrique Fabião, Teixeira, Miguel, Raul, Teófilo Tuna, Pichel, Reis, Albano, Guerra, Prazeres e Gomes da Costa. E o Andebol de Onze do FC Porto não se ficaria por aqui…
Os andebolistas eram o orgulho do FC Porto. A secção gastava pouco mais de 10 contos por ano, numa altura em que o futebol absorvia mais de 700. E as receitas do andebol ultrapassavam os cinco contos! O Andebol era, sem dúvida, uma modalidade amadora que triunfava e se auto-sustentava!

1945 - Constituição da secção de Ciclismo
Esta modalidade teve no FC Porto o seu início de actividade em 1945 e foi suspensa em 1984. Mas já em 1927 uma equipa do FC Porto havia participado na 1.ª Volta a Portugal em Bicicleta, tendo o portista Nunes de Abreu obtido o 2.º lugar numa prova ganha por António Augusto de Carvalho, do Carcavelos.
Contudo, em 1945 é que se constituiu a secção de Ciclismo que muitos triunfos havia de dar ao Clube e que faria vibrar de euforia os adeptos espalhados por essas estradas fora. João Rodrigues, zeloso dirigente, formou a equipa em que, no ano seguinte (1946), viriam a ingressar Fernando Moreira, Onofre Tavares, Moreira de Sá e Dias dos Santos.
O ciclismo foi uma das modalidades que mais prestigiou o clube. Em 1948 Fernando Moreira venceu a 1.ª Volta a Portugal para o FC Porto. Aquando do relato dessa vitória, far-se-á o historial brilhante do ciclismo portista.
  • No próximo post.: Capítulo 5, 1941 a 1950 – O centralismo da capital e o jejum (Parte V) – Época 1945-46; Campeonato Nacional; Taça de Portugal; José Travassos a um passo do FC Porto; a despedida de Pinga; biografia de Gomes da Costa.

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30 agosto, 2011

Orgulho de Dragão - III

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Continua...

formação: resultados e classificações

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FUTEBOL

COMPETIÇÕES NACIONAIS

FC PORTO 5-0 GIL VICENTE

Campeonato Nacional de Juniores - Zona Norte - 4ª jornada
Local: Centro de Treinos e Formação Desportiva de PortoGaia - Olival.

Equipa de Arbitragem: Pedro Oliveira (árbitro principal) Vítor Almeida e Pedro Pinho (árbitros assistentes) - Aveiro

FC PORTO:
Elói Silva; Paulo Jorge (Rui Cardoso , 69 min.), Tiago Ferreira (Cap), André Teixeira e Rafael Floro; Mikel Agu, Ricardo Alves e Ebo Enoch; Frederic Maciel, Adriano Castanheira (António Carvalho 'Tozé', 64 min.) e Joaquim Lupeta (Gonçalo Paciência, 77 min.).
Suplentes não utilizados:
Luís Filipe, Hugo Basto, Leandro Silva e Ricardo Catarino.
Treinador:
Rui Gomes

GIL VICENTE:
Edivaldo (André , 70 min.); Cristiano, Coutinho, Espanhol e Gaby (Ricardinho, int.); Pedro, Ruben e Rui Magalhães(Cap); Mika (Hélder Sá, int.), Luís Eugénio e Dennis Campos.
Suplentes não utilizados: Aníbal, Teko, Rui Rodrigues e Henrique.
Treinador:
Sá Pereira

Indisciplina: nada a registar

Resultado ao intervalo
: 3-0

Marcadores:
Ricardo Alves (15 min., gp) Adriano Castanheira (30 min), André Teixeira (44 min.), Frederic Maciel (86 min.) e António Carvalho 'Tozé' (88 min.)

Revista Super Dragões - Nº10

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29 agosto, 2011

Longe da imundice…

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Longe do nosso medíocre e patético futebolzinho português, o FC Porto lá defrontou a melhor equipa do mundo, na sempre honrosa disputa da supertaça europeia, em que se defrontam as duas equipas que atingiram a glória europeia no anterior, longe da mediocridade do nosso futebol.

E tem sido assim, há mais de 30 anos, que o FC Porto tem respirado ar puro sempre que sai do país imundo, ordinário, maledicente e invejoso em relação aos azuis e brancos. O país detesta o FC Porto, e cada vez pode menos com o sucesso intenso e brilhante do clube não só em Portugal como no mundo inteiro!

E o FC Porto longe de tudo isso continua a honrar brilhantemente o seu nome além-fronteiras, vencendo de forma impressionante na Europa. Foi a noite mágica de Viena, foi o excitante fim de tarde de Sevilha, a fria mas competente noite de Gelsenkirchen e a recente glória em Dublin. No Mónaco, o que eu vi, enquanto adepto de futebol e não com o exacerbado sentimento portista, foi um FC Porto a obrigar o Barcelona a fazer coisas nunca vistas, desde o Valdés a queimar tempo aos 55m, como as pouquíssimas defesas que o Helton fez durante os 90 m, para além de uma boa meia dúzia de defesas complicadas do GR do Barça. Perdemos é certo, mas só muita maledicência ou cegueira propositada pode retirar mérito à valentia demonstrada pelo FC Porto numa final frente a uma equipa de “outro planeta”.

Por cá, continuam os mesmos queixumes do costume, as “carpideiras histéricas” que tanto gritam contra a arbitragem, culpando-a de tudo e mais alguma coisa. A propósito da choradeira inacreditável pós-1ª jornada, eu cada vez mais tenho a certeza que este é um país de medíocres invejosos. O sporting é um caso paradigmático daquilo que se passa no futebol português e do porquê do FC Porto ter tanto sucesso interno, mas também internacional…

Foi com enorme sentido de solidariedade (porque há que ter pena deste tipo de pessoas!) que ouvi o director desportivo do sporting gritar desalmadamente contra a arbitragem, gritando contra a “credibilidade” do futebol português e fazendo aquilo que melhor sabem os medíocres (medíocres como muitos adeptos vermelhuscos que andam mais caladinhos desde que foram violados sem dó nem piedade pelo Dragão na época transacta): levantar poeira, suspeições e calunias contra a arbitragem e a transparência do futebol português.

Claro que o futebol português não tem transparência rigorosamente nenhuma desde Abril de 74, porque a partir daí surgiu um nome que se tornou claramente o melhor clube português: o FC Porto! Antes disso, é que havia transparência no futebol português, havia a PIDE e a característica instrumentalização de tudo por parte da ditadura, mas claro, nesses tempos é que havia transparência. Acho por isso enorme piada quando se vem falar em transparência num país que provavelmente ainda hoje é tão atrasado por ter tido uma ditadura que praticamente em todos os sectores colocava o seu dedo, e obviamente o futebol não era excepção. Era bom que este tipo de verdades fossem escarrapachadas nos programas televisivos em que o FC Porto é constantemente caluniado por um bando de mentecaptos medíocres que apenas pretendem “lançar poeira para o ar”…

PS: O director desportivo do sporting com certeza estará tão entretido a analisar as arbitragens, que com certeza não vê o patético desempenho da sua equipa dentro de campo…

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28 agosto, 2011

A’gosto!

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Agora que passaram algumas horas após o término da Supertaça Europeia, o tempo é de baixar os níveis de adrenalina, reflectir para fria e calmamente poderem-se retirar algumas ilações importantes deste novo inicio de época.

Á semelhança de outros anos, mais concretamente os últimos, o FC Porto viu transferida, já uma das suas jóias da coroa, entre muitas que são faladas e possivelmente até já apalavradas para rumarem a outros destinos. Ora, é precisamente nesta altura, num período quase indefinido, do qual não damos conta da sua entrada, que o FC Porto enfrenta o primeiro e arrisco-me a dizer o seu principal rival dos últimos anos: o mês de Agosto!

O FC Porto criou um género de vírus, que o ataca sempre por esta altura do ano. Habituados a encontrar talento, a moldá-lo e a valorizá-lo, o clube vê-se agora, como que, relegado a desfazer-se dele, muitas vezes cedo de mais, por que como muitos dizem, o mercado assim o obriga!

Talvez parece um pouco exagerado, e o passado até tem mostrado, que para já, temos vantagem sobre o novo rival, mas se pensarmos que ainda ontem andávamos à procura de alguém que fizesse as vezes de Lisandro Lopez, hoje já andamos, quanto a mim tarde de mais, à procura de alguém que nos faça esquecer Falcao! E se Agosto, já nos levou um dos melhores pontas de lança que já passaram pelo clube, também já nos faz abdicar de outros, já que os telemóveis, destes, andam ligados nas malas de viagem, Louis Vuitton, fazendo com que os contratos assinados, sirvam mais para burocracia do que para serem cumpridos.

Não sei até que ponto, este ano, o FC Porto olhou de cima para baixo para este novo rival, o que é certo é que pode-lhe já ter custado encarar uma final europeia com outros olhos e opções e o tempo de manobra é curto, muito curto, podendo mesmo hipotecar, fora de portas, alguma coisa mais que poderíamos ambicionar, para a nova temporada.

Em jeito de Facebook, fica aberta a discussão e o repto:

Para já, Agosto:

Gosto!
Não Gosto!

Abraço e fiquem por aí... que eu fico!

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27 agosto, 2011

Barça SuperCampeão... Porto imagem de SuperDragão!

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Barcelona FC 2-0 FC Porto

Supertaça Europeia 2011
26 de Agosto de 2011
Stade Louis II, no Mónaco
Assistência: 18.048 espectadores


Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Erwin Zeinstra e Berry Simons
Assistentes adicionais: Richard Liesveld e Danny Desmond Makkelie
Quarto árbitro: Bas Nijhuis

BARCELONA: Valdés; Dani Alves, Mascherano, Abidal e Adriano; Keita, Xavi e Iniesta; Messi, Pedro e Villa
Substituições: Villa por Alexis (61m), Adriano por Busquets (63m) e Pedro por Fàbregas (80m)
Não utilizados: Olazábal, Alcântara, Fontàs e Jonathan
Treinador: Josep Guardiola

FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Fucile; Souza, Guarín e João Moutinho; Hulk, Kléber e Cristian Rodríguez
Substituições: Cristian Rodríguez por Varela (69m), Kléber por Belluschi (77m) e Souza por Fernando (77m)
Não utilizados: Bracali, Maicon, Djalma e Defour
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Messi (39m) e Fàbregas (87m).
Disciplina: cartão amarelo a Cristian Rodríguez (30m), Iniesta (51m), Rolando (65 e 85m), Guarín (82 e 90m); cartão vermelho a Rolando (85m) e Guarín (90m).

Começo esta análise felicitando todo o grupo do FC Porto pelo orgulho enorme que fazem sentir neste momento na sua massa associativa, adeptos e simpatizantes. Não faria sentido algum sentir-se triste pelo nosso jogo hoje… sim pelo resultado, injusto para o que se passou no Estádio Luís II, palco desta final da Supertaça Europeia, na qual defrontávamos a melhor equipa do Mundo nesta altura e para mim, melhor equipa de todos os tempos, desde que vejo futebol.

Surpresa para muitos a aposta do mister em Cristián “Cebola” Rodriguez , tal como previ num comentário anterior neste blog. Aposta acertada, mas já lá iremos. No restante 11 inicial não houve surpresas. Do lado oposto estavam “apenas” Dani Alves, Xavi, Iniesta, Villa, Messi e Cia. Tinha comentado ao longo desta semana com alguns “colegas” de blog que a forma do Porto jogar a partir de hoje ia ser diferente, mas quero esperar pelos próximos jogos. Tenho bem presente, ao longo destes 3 jogos oficiais anteriores a maneira que a nossa equipa defrontou o Lyon no último jogo de preparação. Não achava possível essa exibição ter caído do céu, pois os princípios de jogo que aplicámos não aparecem de um dia para o outro. Então vi-me esta semana a reflectir sobre o facto de nos seguintes encontros o Porto não ter abusado dessa forma de jogar… talvez para criar o efeito surpresa ao máximo para o jogo de hoje, pois as criticas e algumas com razão foram grandes às últimas exibições do Porto. Não sei se verdade ou mentira, o Porto pode ter limitado a sua forma de jogar nas duas 1ªas jornadas… se o fez correu o risco de perder alguns pontos importantes neste início de época. Tiro o chapéu a VP, não deixando de lhe dar um valente “calduço”.

Previa voltarmos aos índices de pressão altíssimos dos jogos de pré-temporada, linhas muito subidas e reacção imediata e enérgica à perda de bola. E assim aconteceu…limitámos as saídas curtas do Barça até aos 25min obrigando-os a descaracterizar um pouco o seu futebol, jogando mais longo e directo para Messi e Villa. Raramente ligaram uma jogada com algum perigo. Sempre que o tentaram fazer com passes de ruptura, lá estava a sempre bem coordenada defesa portista a subir no momento certo colocando inúmeras vezes os catalães em posição irregular (note-se que isto dá muito trabalho coordenar). Ofensivamente neste período, criámos algum frissom junto da baliza e podíamos mesmo ter chegado à vantagem num remate cruzado de Hulk, junto ao poste direito da baliza de Valdés! Fora isso houve alguma dificuldade em ligar o nosso jogo, mas sabíamos de antemão dessa dificuldade, pois os nossos médios não se poderiam aproximar muito dos avançados, correndo o risco de não ter a equipa equilibrada no momento da perda da bola.

A partir deste período, a pressão não foi exercida com tanta eficácia com o Barcelona a conseguir sair a jogar na 1ª fase de construção ofensiva, chegando ao meio-campo do Porto, como é hábito ver o Barça jogar, assumindo Dani Alves um papel importante nas suas subidas para apoiar o ataque libertando Messi/Pedro para zonas mais interiores. No entanto, não criaram nenhuma situação de perigo iminente às redes de Helton. Surge o minuto 39’, talvez o momento do jogo. Recuperação da bola por Guarín, com este a tentar manter a posse da mesma e bem, exagerando na 2ª finta, sendo obrigado a jogar de recurso para trás (jogando para trás, naquela zona, só com 1000% de certeza no sucesso do passe – não aconteceu) colocando a bola nos pés de… Messi que se encontrava nas costas da defesa. O resto foi ver Messi a partir os rins a Helton e a encostar para o 1-0! Até ao intervalo boa reacção da equipa, tendo possibilidade de no último minuto Kléber isolar-se e nem se fez à bola. Grande 1ª parte, apesar de tudo!

Competência, garra, ambição, empenho, espírito de sacrifico foi o que nos trouxe a 2ª parte do nosso Porto. Guarín apareceu um pouco afectado pelo erro cometido, errando demasiados passes em zonas importantes do campo, não permitindo à equipa chegar-se à frente com mais qualidade. Rodriguez continuou muito bem na ajuda aos 3 homens do meio, sendo decisivo no bom jogo do Porto. De realçar que era importante o reforço do nosso meio para podermos lutar olhos nos olhos, daí ter dito que este seria o jogo para ele. E confirmou-se. Em algumas recuperações defensivas pareceu algo lento, não manchando a sua enorme exibição.

Não conseguimos penetrar na área com qualidade mas tivemos oportunidade de alvejar a baliza de longe, por Guarín e Moutinho - quando este último começou a aparecer mais próximo dos homens da frente, o nosso jogo começou a fluir com mais naturalidade e conseguimos ter mais posse. Fomos lutando com todas as nossas forças, apesar de limitados pelo enorme desgaste causado pelo tiki-taka do adversário. Esta foi a imagem da 2ª parte até à expulsão justa de Rolando no minuto 86. A partir daqui foi o natural avançar dos ponteiros, com tempo ainda para mais dois momentos! Passe mágico de La Pulga, para Fabregas finalizar com classe. Depois foi ver Guarín a perder a cabeça, fazendo uma entrada dura para vermelho directo.

Como diz VP, não há vitórias morais… mas sinto-me orgulhoso da nossa equipa! Poucas equipas serão capazes de fazer ao Barcelona, aquilo que nós fizemos… fez o Real e fizemos nós! Veremos quantas mais serão capazes… refiro que não é só meter a malta lá para dentro a fazer pressão, é preciso incumbir os momentos da mesma, a forma de pressionar e os princípios inerentes aos mesmos. Digo, esperando não errar, que a jogar desta forma, dificilmente teremos problemas de maior nas competições internas. É muito complicado parar uma equipa da nossa qualidade com a capacidade de pressão e recuperação rápida da bola.

Parabéns a todos! Foram enormes... foram Porto... SOMOS PORTO!!!

Notas positivas: capacidade de pressão; coordenação defensiva;

Notas menos boas: equipa pouco profunda pelo que já foi explicado, mas em parte tinha de ser assim;

Melhor em campo: EQUIPA! (não quero individualizar, porque hoje fomos Porto!)



DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

"Julgo que fizemos um jogo olhos nos olhos com o Barcelona. Quisemos ganhar, jogar alto, jogar de acordo com os nossos princípios, estamos habituados a querer bola. Houve momentos em que foi possível, houve outros em que a nossa organização defensiva resultaram. Tivemos uma ou outra oportunidade de golo. Entrámos na segunda parte com vontade de dar a volta às coisas. Tivemos uma ou outra oportunidade e com um a menos as coisas tornaram-se mais difíceis.

Sei que é complicado, mas aos 80 minutos há uma grande penalidade. Na área contrária teria dado penalti e um penalti é uma oportunidade clara de golo, que podia ditar um outro final de jogo e um outro resultado.

Quero realçar sobretudo o grande jogo que fizemos frente ao grande Barcelona.

Fizemos o nosso jogo, vendemos muito cara a derrota, não vivemos de vitórias morais, mas saio satisfeito com o comportamento da equipa. O Porto foi consistente, só não conseguiu chegar ao golo. É uma equipa que está em crescimento e dentro de pouco tempo estará ao nível que nos habituou no ano passado e se possível até melhor. Temos de dar tempo ao tempo e a equipa deu passos no sentido de crescer. Daremos passos no sentido de um jogo mais consistente do ponto de vista ofensivo".

Hulk

"A equipa tem de levantar a cabeça, chegamos aqui com a identidade do Porto, pressionamos o Barça, tivemos as melhores oportunidades, mas sofremos um golo num erro nosso. Há um penalti, tivemos oportunidades para empatar. Foi penalti, seria 1-1, e com 11 seria diferente.

Quem está jogando é porque tem qualidade, quem saiu é desejar boa sorte. Os aplausos significam a gratidão dos adeptos, corremos bastante, eles viram que a equipa deu o máximo. Temos de voltar a ganhar."

Helton

"Quando acertam acertam todos, quando erram erram todos, não foi um erro individual, foi um erro colectivo. Há que levantar a cabeça, não jogámos contra qualquer equipa. Temos de estar de cabeça erguida pelo que fizemos, contra a equipa que foi.

Temos a ideia que todos os companheiros que buscaram outras felicidades, mas os que vieram também serão com certeza importantes.

Estou um pouco distante, não tenho como dizer muita coisa, mas espero que vejam os lances. São seres humanos e todos cometemos erros."



RESUMO DO JOGO

Tribunal d'O JOGO - supertaça Europeia 2011

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Tribunal O JOGO: FC Porto Vs. Barcelona FC
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda) / Assistentes: Erwin Zeinstra e Berry Simons / Assistentes adicionais: Richard Liesveld e Danny Desmond Makkelie / Quarto árbitro: Bas Nijhuis.


por mOTIVOS aLhEIOS a este espaço, não se encontra ainda disponível até ao momento, na edição electrónica do jornal O JOGO do dia 27-08-2011, a análise habitual à arbitragem...



fonte: ojogo.pt

capas da imprensa

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26 agosto, 2011

SUPER DRAGÃO... ABRA(R)ÇA TAÇA!!!

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“O Sucesso tem tudo a ver com atitude”
(Jimmy Dunne)

A vencer desde 1893! Este é o nosso Destino! Somos Porto!...Três frases soltas que espelham os intentos dos adeptos no Mónaco.

O Principado é concepção e sucessão inevitável da ordem natural das conquistas no Futebol, sobretudo para quem granjeia sucesso, prestígio e historial como os Dragões na Europa.

Como em qualquer outro jogo, a questão resume-se a ganhar, por muito que politicamente jogando as equipas comecem por criar códigos genéticos e identidades próprias compatíveis com objectivos de bom futebol.

Na sua significação máxima, uma Final é ainda mais um jogo de variáveis imensas onde cada segundo ganha dimensão exponencial, por muito intrínseca que seja a memoração táctica, a disciplina técnica ou a bipolaridade criativa/activa entre momentos de equilíbrio, passividade e/ou explosividade em passes rasgados que deliciam os olhos tal é a geometria dos seus desenhos.

Se toda esta prosaica escrita parece óbvia e concordante, não é menos verdade que tudo isto não é assim tão linear, pois a cada acção de jogo muda a ordem das prioridades, não devendo contudo mudar o objectivo final da contenda.

Antes de atacar e procurar a baliza adversária, falta sentir no Dragão o fluxo produtivo da mente, explorar a motivação, traçando linhas teóricas entre o que é viver no fio da navalha ao encontrar equipas que roçam a perfeição e a sensibilidade de manterem a predisposição para dinâmicas de intensidade, de coesão, ganhando antecipadamente enquadramento entre acção/reacção, captando elos charneira de abertura ao diálogo entre a lógica e o imprevisto.

Pensar no Barça é pensar no pior dos problemas em termos de Futebol, up-date Catalão de um processo de jogo refinado, autoritário em posse e de invisíveis pontos débeis quer em amplitude de movimentos ofensivos quer em dinâmicas de posicionamento defensivo.

Qualquer que seja o caminho, a multiplicação de passes leva perigo e deriva em golo. Percorra a bola centenas de calcetas hábeis, peça movimentos curtos, passes, tabelas, calcorreie por princípio o meio-campo ofensivo, ou a génese seja o eixo defensivo, a qualidade é de quilate abissal e só de acompanhar os traços e a ocupação dos espaços é de ficar com a língua de fora.

Raciocinar esta envolvente estrutura colectiva é como cogitar um Icebergue, onde Messi é só a ponta, referência ofensiva de posicionamento vagabundo, favorecendo ainda mais o carrossel futesalístico em que se torna o futebol Blaugrana.

Paradoxalmente os comandados de Pep Guardiola, jogam longe da área procurando a destabilização rival em rasgadas diagonais, que depois desaguam como enxurradas de finalizações dentro do rectângulo mais próximo da linha de golo.

Ao dogmático 4x3x3 de sintomatologia táctica livre, Busquets é âncora do corredor central, móvel, fixo, às vezes dois metros a frente, outras, três metros mais atrás é ele a delimitação e báscula entre sectores, mobilizando nas suas acções o redesenhar dos Culés para um engenhoso 3x4x1x2, com Villa e Pedrito a dar largura ao campo, originando os espaços nas costas da defesa, quando acompanhados os seus movimentos por parte dos centrais rivais.

Xavi é precisão, Iniesta um complemento mental da velocidade de pensar/executar o tik e taka, os laterais materializam o acessório, coordenando ritmos, incorporando velocidade em transição, optimizando a manutenção da posse de bola obrigando ao baixar de linhas por parte dos contendentes.

Com um rácio de aproveitamento cínico e desgastante, são-no ainda mais com a bola no pé, soltam-na com segurança exasperante na certeza, multiplicando incerteza nessa precisão, pois quem recebe o endosso mesmo que após 123 passes, sabe que quando esta chegar está perto o ambicionado golo.

Senão pudemos mudar o destino da índole do jogo que chega da cidade Condal, não mudemos a nossa atitude perante as adversidades. Após o que será o impacto emocional inicial, há que mostrar o rosto do Dragão, laterais responsáveis com mobilidade cuidada nos apoios ofensivos, encaixando verticalidade nas saídas e na capacidade de pressionar em linhas mais altas.

É comum a agressividade caminhar paralela com a competitividade, é certo que o tik e taka, promove face a árbitros menos conscientes, o toque e cai, blaugrana, ensombrando o tempo real de jogo. A serenidade e capacidade de retenção emocional, diluem certas não conformidades, resistindo o conjunto ao estremecimento de um apito desregrado em função de uma certa filosofia de jogo.

Apreensivos por culpa de um começo titubeante no que concerne ao esplendor exibicional, que não de resultados, a alma-mater deste Dragão enferma da chama que engoliu adversários na época transacta, a qualidade está lá, a posse, o passe, a raça e a vontade de chegar aos efeitos da transição apoiada, pensada e de equilíbrio entre a organização e a capacidade de pressionar como reacção efectiva à perda de bola.

A teia invisível que o trinómio força/raça/abnegação possa criar como primeiro obstáculo ao futebol rendilhado do Barça é apenas parte de uma solução tímida, o défice tético nas bolas paradas defensivas dos blaugrana pode ser outra estrada para o Olimpo, agravado até pelas ausências de Pique e Puyol.

A superação individual fará este Porto transpor as barreiras de um qualquer medo ou insegurança, auto estima, método e a tal coragem da geração da moda, são segredos artifícies das equipas que atingem dimensões de reconhecimento internacional. Liberdade para criar, investir e arriscar, as mãos de Hulk, Varela, Moutinho, Guarin ou de um nome menos público como Kléber, podem inspirar os azuis e brancos para mais um desígnio que não impossível, antes de começarmos a tentar.

Uma vez mais seremos a expressão futebolística de um País além fronteiras, o mérito expressa-se à luz de uma hegemonia que não deixa margem para laivos dúbios, rigor táctico, solidariedade, voluntarismo, sacrifício e superação nos erros próprios, tudo em função de um só repto…Ganhar!!!

Se o Barça é a perfeição... a imperfeição no Futebol, é só poder ganhar um! Hoje vamos ser Nós...



LISTA DE CONVOCADOS

Guarda-redes: Bracali e Helton.
Defesas: Fucile, Maicon, Otamendi, Rolando e Sapunaru.
Médios: Belluschi, Defour, Fernando, Guarín, João Moutinho, Souza, Cristian Rodríguez e Djalma.
Avançados: Hulk, Kleber e Varela.