É disto que eu gosto no Verão

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É o momento pelo qual aguardo sempre com enorme expectativa nos últimos anos, por esta altura. É a vitória mais saborosa da pré-época. Incomparavelmente melhor, muito melhor, do que vencer qualquer jogo particular, é começar a ganhar-lhes mesmo sem jogar contra eles. Com o mercado ainda por fechar, já vão dois a zero. Alex Sandro foi o primeiro, Danilo aumentou a contagem – e não sei se isto fica por aqui…

Se em tempos idos, ainda puto, ia contando os dias para que chegasse o jogo de apresentação, que nos reservava sempre um reforço surpresa de última hora, hoje é por aquela notícia que eu aguardo ansiosamente. Nos últimos tempos tem sido um por ano, desta vez foi em dose dupla para tornar a vitória ainda mais saborosa e não menos humilhante, à imagem da época passada.

Eles estavam quase, quase, a assinar. Os jornais desportivos de Lisboa já os vestiam com a camisola vermelha, no habitual exercício de encantamento e manipulação das massas - houve um que até, pasme-se, fez uma curiosíssima manchete anunciando que o clube do Barbas, do Castello-Branco e do Mister Gay e daquela gentalha toda, tinha afinal, roubado, um deles ao FC Porto. Hilariante.

De repente, descobrem que aquele clube do Norte que nos últimos 30 anos os fez mergulhar numa depressão tão profunda quanto a arrogância deles, parece que também está na jogada. Os seis (?!?!) milhões deitam as mãos à cabeça, desesperados perante o previsível ataque mortífero dos dragões – o passado dava sentido àquela premonição.

O "menino d'oiro" da Luz transformado à pressa em dirigente de lata, vem logo a terreiro dizer que não, que eles não estão interessados nos atletas, já prevendo, obviamente, mais uma derrota no mercado. Dois dias depois de dizerem adeus a Alex Sandro – que tanto jeito lhes dava para suprir a anunciada partida do parolo caxineiro que preferiram ignorar - lá teve que ir o Kadhafi dos pneus a correr para o Brasil, esbaforido e desesperado, tentar a todo o custo evitar mais uma vergonha. Cada vez mais solitário, sem confiança nos seus homens, que tantas pecados cometeram no passado, teve que ir ele às terras do samba para levar mais um baile e regressar, como sempre, sem honra nem glória, com as mãos cheias de nada, mais uma vez ultrapassado.

Reza a história que o homem do “ambos os dois” também se esqueceu de meter avisar o clube do jogador, negociando directamente com o grupo de empresários que detinha a maior parte do passe, o que desagradou de sobremaneira ao Santos. Ups! Mais um deslize, mais uma prova de que o homem não tem grande jeito para a coisa… (Dedique-se aos pneus, meu caro! - com ou sem pó branco...)

Tanto não tem jeito para a coisa que se dá ao luxo de permitir que um jogador, já com uns dias de férias antes de ter participado na Copa América, termina o torneio e é convocado no avião para participar numa dificílimo jogo contra o vice-campeão turco. Dias depois, renova o contrato que acabava no final do mês passado e vai passar umas férias. Isto é o “Maxi(mo)", de facto.

Minhas senhoras e meus senhores, tenham medo, muito medo, este é “o colosso europeu em 2011”, prometido há precisamente seis anos.