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Começamos a época em grande: em 3 jogos oficiais conseguimos 3 vitórias, sendo que uma delas nos valeu o primeiro título da temporada. Melhor começo seria impossível. Como era de esperar, as críticas aos nossos resultados não tardaram em aparecer. "É o Hulk que leva a equipa às costas.", resmunga um aziado. "Eles ganham, mas o futebol deles não convence.", lamentam outros. Curiosamente, são exactamente as mesmas críticas que nos faziam no inicio da última época.
Temos um treinador fantástico que nos dá todas as garantias de competência e capacidade de trabalho. De realçar que Vítor Pereira não está a ter (nem de perto, nem de longe) a vida fácil que Villas-Boas encontrou quando chegou ao Porto na época passada. Vítor Pereira herda um plantel ultra-cobiçado por todos os grandes (em dinheiro) europeus e isso, até finais de Agosto, irá condicionar bastante as suas opções. A inevitável turbulência dos mercados está a obrigar a fazer uma gestão muito cautelosa do plantel, o que nem sempre é fácil.
Depois do jogo de Guimarães, até parecia que tínhamos perdido, tal foi o exagero nas críticas à equipa. Ao arrepio do que muito disseram, não acho que a equipa tenha estado assim tão mal. Sem dúvida que nos faltou ter mais posse de bola. Somos uma equipa de posse e gostamos de dominar o jogo. É a nossa identidade. Somos dominadores por natureza e isso faltou-nos um pouco em Guimarães - há que reconhecê-lo.
Porém não posso deixar de recordar que, na jornada inaugural da época passada, contra a Naval, o Porto também não fez uma exibição brilhante. O certo é que vencemos com mérito, num campo complicado onde o ano passado desperdiçamos dois pontos. Não tivesse Kléber falhado três golos feitos, e tudo poderia ter sido diferente.
Penso que contra o Gil Vicente já foram visíveis claras melhorias na equipa, especialmente na segunda parte. Fomos dominadores, tivemos mais posse e merecemos por inteiro a vitória - em mais uma incrível noite do Nosso Íncrivel Hulk.
Lá começam eles, de novo!
Pelos vistos, o Síndroma D. Afonso Henriques parece ainda desassossegar muitos espíritos. A época passada, ficou célebre a habilidosa manobra de marketing que o Benfica montou com o fito de condicionar os árbitros a seu favor só porque foi marcado um fora-de-jogo ao Cardozo (que por acaso até existiu). Essa tentativa foi tão bem sucedida que até levou Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem, a dar uma conferência de imprensa para se justificar e dar um raspanete a Olegário Benquerença na praça pública- algo nunca antes visto no futebol português. Talvez recordados desse beneplácito de Vítor Pereira, desta vez não perderam tempo e começam logo na 1ª jornada a tentar influenciar as arbitragens.
Jorge Jesus, gozando da memória selectiva que lhe conhecemos, fez a antevisão do Benfica-Feirense comentado o V.Guimarães- FC Porto. Segundo este visionário da Reboleira, o penalti sobre Sapunaru não existiu. Até aqui tudo normal: para os clubes do Regime, os penaltis a nosso favor nunca existem. Desconfio até que, desde 1893, nunca um jogador do Porto sofreu falta na área adversária.
Já mais interessante foi ouvir os argumentos de JJ para justificar a inexistência da penalidade. Apesar de ser evidente a gravata que Sapunaru sofre dentro da área vimaranense, o treinador que levou cinco no Dragão diz que "se fossem marcados todos os penaltis daqueles, havia penaltis todos os dias". JJ critica portanto o excesso de rigor de Olegário Benquerença no cumprimento da Lei. Reparem que aquilo que o treinador do Benfica quis dizer foi: "É penalti, mas escusavam de ter cumprido as regras do futebol!". Que eu sabia, as leis do futebol não mudam quando é marcado um pontapé de canto. Eu aceito que há haja quem defenda que os penaltis a favor do Porto nunca devam ser marcados, mas as regras são para ser cumpridas. Se os outros árbitros não marcam esse tipo de faltas, que culpa tem Benquerença? Felizmente, ainda há quem cumpra as leis.
Já em relação ao fora-de-jogo de Nolito que roubou a vitória ao Gil Vicente, nem uma palavra se ouviu. Se fosse ao contrário, ainda hoje as televisões e jornais não falariam de outra coisa. Teríamos a mesma manobra de marketing do fora-de-jogo do Cardozo e o PCA já teria suspendido o árbitro com nota negativa. Se Barcelos fosse um bairro de Lisboa, talvez a história fosse diferente.
O Negócio Falcao
Vamos, então, analisar o Negócio. Mesmo que os 7 milhões por objectivos não venham a ser obtidos, este negócio já não poderia ser melhor. Se me dessem a escolher, entre vender o Falcao por 45 M€ ou vender o Falcao por 45 M€ e ainda por cima deixar de pagar o salário ao Ruben Micael, optaria pela segunda hipótese sem hesitar. Como facilmente se percebe, a venda de Ruben Micael está incluída no Negócio Falcao e apenas serve para tapar os olhos aos adeptos do Atlético. Na prática, os 45 milhões foram pagos por Falcao (como o Presidente sempre havia prometido) e ainda por cima conseguimos libertar-nos de um suplente (menos um salário para pagar ao fim do mês). Aliás, a prova de que Micael não passa de um adorno neste negócio é que o Atlético já o recambiou por empréstimo para o Saragoça. Na retina dos portistas, para além dos muitos golos de Falcao, ficam também agora os valores pagos pelo seu passe. Passam a ser recorde em Portugal, no Atlético de Madrid e na Colômbia.
Não há adeptos como os Portistas e Falcao nunca mais terá uma demonstração de gratidão como aquelas centenas de Portistas lhe prestaram no aeroporto Sá Carneiro após a Copa América. Espero que um dia Falcao perceba que há coisas mais importantes que o dinheiro.
Há um mês, Falcao custava 30 milhões. Anteontem, foi vendido por um valor que poderá ascender a 47 milhões de euros. É caso para dizer, "Ah, Nosso Grande Presidente!". A ambição da nossa direcção contrasta com a falta de ambição desportiva de Falcao. Afinal, não foi só o amor à camisola que morreu. Pelos vistos, o amor aos títulos também já não existe. A uma semana de ter a possibilidade de jogar uma Supertaça Europeia, Falcao decide trocar uma época de conquistas no Porto por uma época de fracassos. São opções difíceis de perceber!
Temos um treinador fantástico que nos dá todas as garantias de competência e capacidade de trabalho. De realçar que Vítor Pereira não está a ter (nem de perto, nem de longe) a vida fácil que Villas-Boas encontrou quando chegou ao Porto na época passada. Vítor Pereira herda um plantel ultra-cobiçado por todos os grandes (em dinheiro) europeus e isso, até finais de Agosto, irá condicionar bastante as suas opções. A inevitável turbulência dos mercados está a obrigar a fazer uma gestão muito cautelosa do plantel, o que nem sempre é fácil.
Depois do jogo de Guimarães, até parecia que tínhamos perdido, tal foi o exagero nas críticas à equipa. Ao arrepio do que muito disseram, não acho que a equipa tenha estado assim tão mal. Sem dúvida que nos faltou ter mais posse de bola. Somos uma equipa de posse e gostamos de dominar o jogo. É a nossa identidade. Somos dominadores por natureza e isso faltou-nos um pouco em Guimarães - há que reconhecê-lo.
Porém não posso deixar de recordar que, na jornada inaugural da época passada, contra a Naval, o Porto também não fez uma exibição brilhante. O certo é que vencemos com mérito, num campo complicado onde o ano passado desperdiçamos dois pontos. Não tivesse Kléber falhado três golos feitos, e tudo poderia ter sido diferente.
Penso que contra o Gil Vicente já foram visíveis claras melhorias na equipa, especialmente na segunda parte. Fomos dominadores, tivemos mais posse e merecemos por inteiro a vitória - em mais uma incrível noite do Nosso Íncrivel Hulk.
Lá começam eles, de novo!
Pelos vistos, o Síndroma D. Afonso Henriques parece ainda desassossegar muitos espíritos. A época passada, ficou célebre a habilidosa manobra de marketing que o Benfica montou com o fito de condicionar os árbitros a seu favor só porque foi marcado um fora-de-jogo ao Cardozo (que por acaso até existiu). Essa tentativa foi tão bem sucedida que até levou Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem, a dar uma conferência de imprensa para se justificar e dar um raspanete a Olegário Benquerença na praça pública- algo nunca antes visto no futebol português. Talvez recordados desse beneplácito de Vítor Pereira, desta vez não perderam tempo e começam logo na 1ª jornada a tentar influenciar as arbitragens.
Jorge Jesus, gozando da memória selectiva que lhe conhecemos, fez a antevisão do Benfica-Feirense comentado o V.Guimarães- FC Porto. Segundo este visionário da Reboleira, o penalti sobre Sapunaru não existiu. Até aqui tudo normal: para os clubes do Regime, os penaltis a nosso favor nunca existem. Desconfio até que, desde 1893, nunca um jogador do Porto sofreu falta na área adversária.
Já mais interessante foi ouvir os argumentos de JJ para justificar a inexistência da penalidade. Apesar de ser evidente a gravata que Sapunaru sofre dentro da área vimaranense, o treinador que levou cinco no Dragão diz que "se fossem marcados todos os penaltis daqueles, havia penaltis todos os dias". JJ critica portanto o excesso de rigor de Olegário Benquerença no cumprimento da Lei. Reparem que aquilo que o treinador do Benfica quis dizer foi: "É penalti, mas escusavam de ter cumprido as regras do futebol!". Que eu sabia, as leis do futebol não mudam quando é marcado um pontapé de canto. Eu aceito que há haja quem defenda que os penaltis a favor do Porto nunca devam ser marcados, mas as regras são para ser cumpridas. Se os outros árbitros não marcam esse tipo de faltas, que culpa tem Benquerença? Felizmente, ainda há quem cumpra as leis.
Já em relação ao fora-de-jogo de Nolito que roubou a vitória ao Gil Vicente, nem uma palavra se ouviu. Se fosse ao contrário, ainda hoje as televisões e jornais não falariam de outra coisa. Teríamos a mesma manobra de marketing do fora-de-jogo do Cardozo e o PCA já teria suspendido o árbitro com nota negativa. Se Barcelos fosse um bairro de Lisboa, talvez a história fosse diferente.
O Negócio Falcao
Vamos, então, analisar o Negócio. Mesmo que os 7 milhões por objectivos não venham a ser obtidos, este negócio já não poderia ser melhor. Se me dessem a escolher, entre vender o Falcao por 45 M€ ou vender o Falcao por 45 M€ e ainda por cima deixar de pagar o salário ao Ruben Micael, optaria pela segunda hipótese sem hesitar. Como facilmente se percebe, a venda de Ruben Micael está incluída no Negócio Falcao e apenas serve para tapar os olhos aos adeptos do Atlético. Na prática, os 45 milhões foram pagos por Falcao (como o Presidente sempre havia prometido) e ainda por cima conseguimos libertar-nos de um suplente (menos um salário para pagar ao fim do mês). Aliás, a prova de que Micael não passa de um adorno neste negócio é que o Atlético já o recambiou por empréstimo para o Saragoça. Na retina dos portistas, para além dos muitos golos de Falcao, ficam também agora os valores pagos pelo seu passe. Passam a ser recorde em Portugal, no Atlético de Madrid e na Colômbia.
Não há adeptos como os Portistas e Falcao nunca mais terá uma demonstração de gratidão como aquelas centenas de Portistas lhe prestaram no aeroporto Sá Carneiro após a Copa América. Espero que um dia Falcao perceba que há coisas mais importantes que o dinheiro.
Há um mês, Falcao custava 30 milhões. Anteontem, foi vendido por um valor que poderá ascender a 47 milhões de euros. É caso para dizer, "Ah, Nosso Grande Presidente!". A ambição da nossa direcção contrasta com a falta de ambição desportiva de Falcao. Afinal, não foi só o amor à camisola que morreu. Pelos vistos, o amor aos títulos também já não existe. A uma semana de ter a possibilidade de jogar uma Supertaça Europeia, Falcao decide trocar uma época de conquistas no Porto por uma época de fracassos. São opções difíceis de perceber!
Vamos fazer a nossa caminhada, sempre focados no essencial: a Vitória!!!
ResponderEliminarTodos nós que assistimos a futebol ha alguns anitos, já sabemos como isto funciona, a comunicação social começa a intoxicar a opinião publica, cabe-nos a nós desmacarar estas situações, aos jogadores cabe "apenas" ganhar os jogos.
Não nos deixemos levar pelas noticias, pelos pseudocomentadores, só temos de acreditar na nossa equipa.
O que interessa:
3 jogos
3 vitórias
6 golos marcados
1 golo sofrido
1 titulo (espero que para a semana esteja desactualizado)
"Desconfio até que, desde 1893, nunca um jogador do Porto sofreu falta na área adversária. "
ResponderEliminarTotalmente de acordo...
Já agora, toda a gritaria, histerismo e revolta dos calimeros de alvalade parece que desfriou com 2 empates frente ao Midtiland e Beira-Mar, esses 2 colossos do futebol mundial....
Será que agora a culpa também dos árbitros?!?!?!
É muito dificil combater as sucessivas campanhas da execrável comunicação social desportiva portuguesa. Nem quero pensar o que seria se não existisse a internet e espaços como este. Mas felizmente existem e, nos dias que correm, só se deixa intoxicar quem quer.
ResponderEliminarExcelente texto.
Salvo raríssimas excepções, a comunicação social portuguesa está associado a interesses obscuros e capitalistas.
ResponderEliminarA cada hora, somos confrontados com manobras de marketing dos clubes do Regime com o intuito de condicionar árbitros e Comissões de Arbitragem.
Eles têm a comunicação social do seu lado. Nós temos a Razão.
Por isso, não temos nada que temer. Apenas continuar a denunciar e combater os vis ataques que nos fazem.
Como não nos vencem nos relvados, querem vencer fora deles. Não podemos baixar os braços. Nunca desistiremos de defender o nosso FCP. Contra tudo e contra todos.
Abraço!
Escrevinhador, estou completamente em sintonia contigo neste teu post!
ResponderEliminarEm relação ao Falcao, a minha opinião é que não era só ele que queria experimentar outros campeonatos, mas também o nosso Clube precisava de o vender...
BIBÓ PORTO