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Tenho um carinho especial por aquela equipa de basquetebol treinada por Jorge Araújo que acabou com o reinado dos vermelhos em pleno pavilhão da Luz em 1996.
Nessa equipa, onde estavam nomes como Jared Miller, Rui Santos, Nuno Marçal, Paulo Pinto, havia também um poste que sempre que era chamado, correspondia principalmente nas tarefas defensivas e nos ressaltos ofensivos, de seu nome Raúl Santos. A raça era a mesma do grande capitão Fernando Sá e por isso o Raúl Santos nunca dava nenhuma bola como perdida.
Raúl Santos foi bicampeão com Jorge Araújo em 1996 e 1997 e viria ainda a ser campeão com Alberto Babo em 1999.
Esteve no último jantar do blog e é um prazer para mim publicar as suas palavras cheias de gratidão e orgulho por ter representado este clube tão especial, o nosso FC Porto!
Saudações Portistas,
Lucho.
Nessa equipa, onde estavam nomes como Jared Miller, Rui Santos, Nuno Marçal, Paulo Pinto, havia também um poste que sempre que era chamado, correspondia principalmente nas tarefas defensivas e nos ressaltos ofensivos, de seu nome Raúl Santos. A raça era a mesma do grande capitão Fernando Sá e por isso o Raúl Santos nunca dava nenhuma bola como perdida.
Raúl Santos foi bicampeão com Jorge Araújo em 1996 e 1997 e viria ainda a ser campeão com Alberto Babo em 1999.
Esteve no último jantar do blog e é um prazer para mim publicar as suas palavras cheias de gratidão e orgulho por ter representado este clube tão especial, o nosso FC Porto!
- ENTREVISTA EXCLUSIVARaul Santos, ex-basquetebolista do FC Porto
1. Quais os títulos ganhos pelo Raúl Santos ao serviço do FC Porto? E de todos esses diz-nos qual o que te deu mais gozo ganhar...
Comecei a praticar basquetebol já com idade de sénior, como tal os títulos que conquistei foram todos já na idade adulta. Conquistei pelo F. C. Porto 3 campeonatos nacionais (1996, 1997 e 1999), 3 taças de Portugal (1997, 1999 e 2000), 2 supertaças (1997 e 1999) e 1 taça da liga (1999). Todos eles tiveram um grande sabor especial, sou Portista e vivo/vivia o clube, mas os de campeão nacional são os que me ficaram mais gravados.
2. Em 1996, o FC Porto, com Raúl Santos na equipa, foi à Luz acabar com o reinado do Benfica no último jogo de Carlos Lisboa. Aquela equipa do Porto era fantástica. Conte-nos um pouco sobre a mística dessa equipa e os pormenores que ainda recordas desse play-off que determinou o quebrar do jejum de 13 anos do FC Porto.
Aquela equipa era especial porque era uma equipa em que a base era a formação do F. C. Porto. Grandes jogadores como Rui Santos, Paulo Pinto, Nuno Marçal, Fernando Sá, João Rocha, Nuno Quidiongo (…) e ainda, um jogador americano, dos melhores que por cá passaram que era o Jared Miller. Para além disso o nosso treinador era Jorge Araújo, também um dos melhores treinadores, que por cá passaram no F. C. Porto nos nossos campeonatos.
3. Já que jogavas na posição de poste, qual o melhor jogador "poste" com quem jogaste no FC Porto?
Jared Miller.
4. Quais os treinadores que mais te marcaram, e qual o jogo mais inesquecível da tua carreira no FC Porto?
Jorge Araújo foi o treinador que mais me marcou no F. C. Porto, como treinador e como Professor. Vários jogos que fiz e que me ficaram; um deles foi para a FIBA European Cup 1996/97, contra uma equipa da Macedónia (MZT Skopje), cá, no Pavilhão Rosa Mota em que vencemos por 6 pontos (80-74 depois de uma derrota fora por 73-69) e a eliminamos, passando aos oitavos de final pela primeira vez na história do clube, num jogo que fui convocado devido a lesão de um jogador inglês que jogava na minha posição (Ian White), e em que contribuí muito para atingirmos esse feito quando joguei (marcou 8 pontos e foi o grande destaque do Porto nos minutos finais de intenso sofrimento).
5. Peço-te que refiras o cinco ideal da história do FC Porto, qualificando de forma resumida, cada um dos 5 escolhidos.
Base(1): Rui Santos, Extremo (3): Nuno Marçal, Extremo(2): Julio Matos Extremo Poste(4): Paulo Pinto e Poste(5): Jarred Miller.
Prefiro sempre os portugueses, com a mesma qualidade.
6. O que significa para ti a instituição FC Porto? O que sentias ao entrar no pavilhão com a camisola azul e branca e sentir uma enorme multidão a vibrar com o jogo? Segues também as outras modalidades do clube, incluindo o futebol?
É um grande clube, dos melhores a nível Europeu e no Mundo. É uma sensação indescritível e fantástica, e quando jogamos, de superação constante, de motivação acrescida, de grandes alegrias nas vitórias e profunda tristeza nas derrotas.
Sigo o Basquetebol e às vezes o futebol, mas sou sócio para ir ver só os jogos de basket sempre que posso. Espero que um dia o F.C. Porto possa voltar às competições europeias no basket.
7. Como estás a viver este novo capítulo da tua carreira no basquetebol, agora como treinador das camadas jovens da Selecção Nacional?
Sempre foi para mim um prazer representar a Selecção Nacional enquanto jogador.
Como treinador a sensação/sentimento é o mesmo.
É bom trabalhar com atletas de topo, dos melhores de Portugal, e sendo formação de poder contribuir como treinador para eles serem melhores. É um trabalho sazonal, Dezembro, Abril e Julho.
Agrada-me mais como treinador de formação do trabalho de treinador diário e longo prazo, como se faz nos clubes, mas tenho gostado muito de participar e de contribuir com o meu trabalho na selecção Nacional.
8. Qual a sensação de jogar ao lado de jogadores como Marçal, Miller, Nixon, Paulo Pinto e Rui Santos, entre outros? O Fernando Sá era o grande capitão do FC Porto nesses gloriosos anos. Como o caracterizas?
Grandes e excelentes sensações. Sá era um capitão representativo da força, do colectivo e da atitude dos jogadores do F. C. Porto deixada em campo em cada treino e jogo.
9. Moncho Lopéz é o actual treinador do FC Porto. Qual a tua opinião sobre ele e sobre o director do basquetebol no nosso clube, Júlio Matos?
Moncho é um excelente treinador e com um largo e bom curriculum. Gosto de ver a equipa do Porto jogar tacticamente quando me desloco ao Dragão caixa para ver jogos, e gosto da forma como jogam e o que procuram individualmente a partir das movimentações colectivas no ataque, tudo parte do seu trabalho claro.
Júlio Matos começou ano passado uma etapa nova na sua carreira ao serviço do F. C. Porto, que teve/tem varias faces, como jogador, treinador e agora a como director, e como até aqui, sei que irá trabalhar para fazer tudo para ajudar o nosso F C Porto a ser melhor cada ano.
10. Achas que é possível o FC Porto revalidar o título nesta nova época de 2011/12? Como viste o campeonato passado? O FC Porto foi um justo campeão?
O Porto ano passado foi claramente a melhor equipa e um justíssimo campeão, e ao longo da época foi construindo a sua superioridade.
Este ano acredito que pode revalidar o titulo, tendo em conta os jogadores nacionais que tem nos seus quadros para além do MVP do ano passado; os reforços americanos, para a posição de base e extremo/poste se corresponderem, então a equipa estará naturalmente à altura de revalidar o titulo alcançado ano passado.
11. Já conhecias o nosso blog? O que dizer da nossa atenção às outras modalidades com um dia em exclusivo (3ª feiras) para abordar essa temática e ao mesmo tempo, proporcionarmos aos nossos leitores, entrevistas com antigos jogadores das «modalidades amadoras» do clube?
Já conhecia. É bom ver que há muitos portistas que não se ficam só por verem jogos de futebol, e que aprofundam a cultura da diversidade conhecendo e seguindo todas as modalidades, e neste caso publicando e falando sobre elas. Os meus parabéns.
Se grande parte dos sócios o fizessem o ano inteiro (como por exemplo no jogo em que o Porto foi campeão de basket deste ano, em que o pavilhão estava cheio e com um ambiente fabuloso) então penso que as modalidades, basket incluído, poderiam crescer bastante mais e tornarem-se muito mais fortes.
Força Porto!
Raúl Santos.
Saudações Portistas,
Lucho.
Amigo Lucho :
ResponderEliminar..."Tenho um carinho especial
por aquela equipa de basquetebol treinada por Jorge Araújo
que acabou com o reinado
dos vermelhos em pleno pavilhão
da Luz em 1996."...
Então , já somos dois !
Um abraço
Bela página, contributo importante para a história das modalidades no FC Porto.
ResponderEliminarAbraço.
Bibó Porto!
Então já somos três.
ResponderEliminarRaúl Santos, não era um craque, longew disso, mas tinha a alma e espírito do Dragão e isso foi muito importante para acabar com a hegemonia do Benfica.
Um abraço
Lucho, excelente trabalho!
ResponderEliminarBIBÓ PORTO
É sempre um prazer "ouvir falar" gente que honrou o nosso símbolo. Obrigada Lucho por nos dares mais uma vez essa oportunidade :)
ResponderEliminarAo Raúl Santos as maiores felicidades desportivas e pessoais!