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FC Porto 3-0 FC Paços Ferreira
Liga 2011/12, 9ª jornada
28 de Outubro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 30.318 espectadores.
Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa).
Assistentes: Nuno Roque e Hernâni Fernandes.
Quarto árbitro: José Quitério Almeida.
FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Mangala e Alvaro; Fernando, Belluschi e Defour; Hulk, Walter e Varela.
Substituições: Defour por João Moutinho (46m), Walter por Kléber (56m) e Hulk por James (59m).
Não utilizados: Bracalli, Maicon, Guarín e Djalma.
Treinador: Vítor Pereira.
PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Filipe Anunciação, Cohene, Eridson e Luisinho; André Leão, Luiz Carlos e Josué; Manuel José, William e Melgarejo.
Substituições: William por Michel (54m), Josué por Caetano (74m) e Manuel José por Vítor (83m).
Não utilizados: António Filipe, Fábio Faria, Lugo e Bacar.
Treinador: Luís Miguel.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Melgarejo (45m, auto-golo), Kléber (64m) e João Moutinho (84m).
Disciplina: cartão amarelo a Kléber (62m) e Josué (62m).
No jogo inaugural da presenta ronda da I Liga, Vítor Pereira optou por manter a aposta no onze que conquistara os três pontos e uma vitória por números expressivos na passada jornada, com Mangala, Defour, Belluschi e Walter a conservarem os respectivos lugares.
A primeira parte abriu com um lance que parecia demonstrar que os dragões vinham para o jogo com garra redobrada, com uma recuperação de bola em zona adiantada e um passe rápido de Hulk nas costas da defesa pacense a desmarcar Walter. Porém, esse primeiro cartucho provou ser de pólvora seca. Nuns 45 minutos iniciais de enorme sonolência, o FC Porto pouco fez para justificar a vantagem com que chegou ao intervalo, numa jogada de absoluta inépcia dos dois jogadores mais recuados do Paços de Ferreira. Na verdade, foi a equipa da Capital do Móvel a primeira a criar uma situação de perigo iminente, corria o quarto minuto, depois de mais uma descompensação do meio-campo azul e branco.
A manutenção de Varela no flanco esquerdo representou o apoio por que Álvaro Pereira há tanto ansiava, pois permite que o corredor fique aberto quando o extremo flecte para o meio e oferece uma possível tabela para libertar o flanco. Com efeito, tirando o lance do último minuto da primeira parte que deu origem ao golo, as poucas ocasiões de perigo criadas desenrolaram-se sempre pelo lado onde se encontrava Varela, uma vez que Hulk tinha entrado em campo com o complicador ligado e se perdia em lances individuais sem nexo aparente.
Ainda assim, houve algumas melhorias notórias, como, por exemplo, a pressão exercida no momento imediatamente após a perda de bola. Nesse seguimento, Belluschi causou aos 14 minutos um bruá de golo ao marcar um livre directo bem perto da baliza de Cássio. Aos 22', com a troca dos extremos, Varela instalou-se no flanco direito e, ao tentar cruzar para a cabeça de Walter, acertou na barra. Por outro lado, as torres da Invicta souberam sempre atacar melhor a bola nos cantos, lances em que a zona pacense era demasiado passiva e apresentava uma configuração algo duvidosa.
Não obstante essas melhorias, as dúvidas que me tinham assaltado na vitória do FC Porto sobre o Nacional não desapareceram, bem pelo contrário. A zona mais recuada permanece em constante sobressalto (o lance aos 32' em que nem Sapunaru nem Rolando conseguiram decidir em tempo útil qual deles atacava a bola numa jogada que não parecia oferecer perigo de maior é disso o maior exemplo), Fernando fica sempre desapoiado quando se desloca para o flanco em socorro da sua defesa e a organização ofensiva mantém-se lentíssima, quase sonolenta, sem ideias ou velocidade de circulação da bola.
A segunda parte trouxe consigo João Moutinho, por troca com Defour, e com ele teve início a transfiguração dos campeões nacionais. Com a sua dinâmica habitual (escondida nos jogos mais recentes), trouxe maior ligação entre sectores e uma maior ânsia de ter e recuperar a bola. Com efeito, aos 50', Álvaro Pereira fez mais um grande passe - depois de nova tabela com Varela - para Walter, com o avançado a falhar em frente a Cássio. O Paços respondeu aos 53', de bola parada, com Helton a mostrar-se à altura.
Pouco depois, as substituições que viriam terminar o que a entrada de Moutinho tinha começado. Kléber entrou para o lugar de Walter e James foi jogar para a posição do ineficaz Hulk, que demonstrou o seu desagrado ao sair directamente para os balneários. Com estas três trocas, os dragões revolucionaram a sua atitude e posicionamento, não sendo fácil compreender como podem existir diferenças tão vincadas entre uma parte e outra, parecendo que a equipa tinha (re)aprendido a defender, por exemplo, numas meras dezenas de minutos.
Com o adiantamento da equipa de Paços de Ferreira, uma circulação de bola muito mais rápida e uma maior pressão, o FC Porto mostrou-se mais alegre, mais dinâmico e muito mais efectivo. Foi como tal sem surpresa que Kléber chegou ao segundo golo, depois de uma bela iniciativa de Moutinho e consequente remate de James ao poste, com o avançado brasileiro a marcar na recarga. A partir desse momento, os jogadores mostraram-se ainda mais soltos e confiantes e foi possível ver lampejos da equipa do ano passado - pressionante na transição defensiva e mandona nas zonas mais recuadas. O terceiro golo, da autoria de João Moutinho, veio premiar um onze que não teve medo de assumir o jogo, de ter bola e sem nenhum jogador a querer agarrar-se à bola, como tem sido hábito nos últimos tempos.
Em jeito de conclusão, gostaria de elogiar Vítor Pereira, alvo de inúmeras críticas ao longo das mais recentes jornadas. Ao contrário do que tinha sido seu costume, o técnico portista teve uma óptima leitura de jogo e abriu mão dos jogadores certos a tempo e horas, sem medo de possíveis reacções do público ou de jogadores, como se pôde ver com a substituição do Hulk. James foi decisivo na criação de uma maior dinâmica, Álvaro Pereira mostrou-se a um nível muito mais próximo do seu potencial, mas gostaria de destacar Varela, um elemento que nem sempre é devidamente valorizado pelo que trabalha defensivamente e pelos espaços que abre com as incursões pelo meio e constante disponibilidade para tabelas com os seus colegas das alas.
DECLARAÇÕES
Vítor Pereira
Duas partes distintas
"Os nossos adeptos são exigentes. Nós também somos e gostamos de apresentar qualidade de jogo. Na primeira parte fizemos circulação de bola em ritmo baixo, o que permitia ajustamentos constantes do Paços de Ferreira, que é uma equipa bem organizada e posicionada, que sabe fechar os espaços e tem qualidade nas transições ofensivas. Com o decorrer do tempo precipitámo-nos um bocadinho na decisão de passe e perdemos algumas bolas pelas perdas de paciência. Acabámos por fazer um golo e, na segunda parte, entrámos com outra disposição, circulando a bola num ritmo mais alto, desposicionando o adversário e criando espaços e oportunidades. Poderíamos ter feito mais algum golo, mas penso que isso também não seria justo."
Gestão da equipa
"As substituições foram feitas em função do que o jogo pedia e do desgaste que um ou outro jogador apresentava. Treinar é gerir momentos. Pensámos no próximo jogo e tivemos que transmitir frescura neste, para aumentar a circulação de bola. Frente ao APOEL, teremos de estar na máxima força, porque é um jogo fundamental para nós."
Exigência dos adeptos
"A massa associativa é o que de mais puro e legítimo o futebol tem. Quando gosta aplaude, quando não gosta manifesta-se com assobios. Eles gostam do bom jogo e do clube. Aí, é a emoção a falar mais alto, a intranquilidade de não verem o seu clube a marcar. Como profissionais, temos de compreender isso. Se no próximo jogo fizermos uma boa exibição e apresentarmos qualidade, tenho a certeza de que os adeptos aplaudem."
A substituição de Hulk
"O Hulk sai fundamentalmente chateado consigo próprio, por não ter contribuído com a sua qualidade de jogo para ajudar a equipa. A sua relação com os colegas e a equipa técnica é a melhor possível. Numa manifestação de frustração, quis sair logo do terreno de jogo, quis estar só. Irá dar uma grande resposta no próximo jogo e aí os adeptos irão responder-lhe com aplausos e o agradecimento profundo que têm, por quem tanto lhes tem dado."
RESUMO DO JOGO
Liga 2011/12, 9ª jornada
28 de Outubro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 30.318 espectadores.
Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa).
Assistentes: Nuno Roque e Hernâni Fernandes.
Quarto árbitro: José Quitério Almeida.
FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Mangala e Alvaro; Fernando, Belluschi e Defour; Hulk, Walter e Varela.
Substituições: Defour por João Moutinho (46m), Walter por Kléber (56m) e Hulk por James (59m).
Não utilizados: Bracalli, Maicon, Guarín e Djalma.
Treinador: Vítor Pereira.
PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Filipe Anunciação, Cohene, Eridson e Luisinho; André Leão, Luiz Carlos e Josué; Manuel José, William e Melgarejo.
Substituições: William por Michel (54m), Josué por Caetano (74m) e Manuel José por Vítor (83m).
Não utilizados: António Filipe, Fábio Faria, Lugo e Bacar.
Treinador: Luís Miguel.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Melgarejo (45m, auto-golo), Kléber (64m) e João Moutinho (84m).
Disciplina: cartão amarelo a Kléber (62m) e Josué (62m).
No jogo inaugural da presenta ronda da I Liga, Vítor Pereira optou por manter a aposta no onze que conquistara os três pontos e uma vitória por números expressivos na passada jornada, com Mangala, Defour, Belluschi e Walter a conservarem os respectivos lugares.
A primeira parte abriu com um lance que parecia demonstrar que os dragões vinham para o jogo com garra redobrada, com uma recuperação de bola em zona adiantada e um passe rápido de Hulk nas costas da defesa pacense a desmarcar Walter. Porém, esse primeiro cartucho provou ser de pólvora seca. Nuns 45 minutos iniciais de enorme sonolência, o FC Porto pouco fez para justificar a vantagem com que chegou ao intervalo, numa jogada de absoluta inépcia dos dois jogadores mais recuados do Paços de Ferreira. Na verdade, foi a equipa da Capital do Móvel a primeira a criar uma situação de perigo iminente, corria o quarto minuto, depois de mais uma descompensação do meio-campo azul e branco.
A manutenção de Varela no flanco esquerdo representou o apoio por que Álvaro Pereira há tanto ansiava, pois permite que o corredor fique aberto quando o extremo flecte para o meio e oferece uma possível tabela para libertar o flanco. Com efeito, tirando o lance do último minuto da primeira parte que deu origem ao golo, as poucas ocasiões de perigo criadas desenrolaram-se sempre pelo lado onde se encontrava Varela, uma vez que Hulk tinha entrado em campo com o complicador ligado e se perdia em lances individuais sem nexo aparente.
Ainda assim, houve algumas melhorias notórias, como, por exemplo, a pressão exercida no momento imediatamente após a perda de bola. Nesse seguimento, Belluschi causou aos 14 minutos um bruá de golo ao marcar um livre directo bem perto da baliza de Cássio. Aos 22', com a troca dos extremos, Varela instalou-se no flanco direito e, ao tentar cruzar para a cabeça de Walter, acertou na barra. Por outro lado, as torres da Invicta souberam sempre atacar melhor a bola nos cantos, lances em que a zona pacense era demasiado passiva e apresentava uma configuração algo duvidosa.
Não obstante essas melhorias, as dúvidas que me tinham assaltado na vitória do FC Porto sobre o Nacional não desapareceram, bem pelo contrário. A zona mais recuada permanece em constante sobressalto (o lance aos 32' em que nem Sapunaru nem Rolando conseguiram decidir em tempo útil qual deles atacava a bola numa jogada que não parecia oferecer perigo de maior é disso o maior exemplo), Fernando fica sempre desapoiado quando se desloca para o flanco em socorro da sua defesa e a organização ofensiva mantém-se lentíssima, quase sonolenta, sem ideias ou velocidade de circulação da bola.
A segunda parte trouxe consigo João Moutinho, por troca com Defour, e com ele teve início a transfiguração dos campeões nacionais. Com a sua dinâmica habitual (escondida nos jogos mais recentes), trouxe maior ligação entre sectores e uma maior ânsia de ter e recuperar a bola. Com efeito, aos 50', Álvaro Pereira fez mais um grande passe - depois de nova tabela com Varela - para Walter, com o avançado a falhar em frente a Cássio. O Paços respondeu aos 53', de bola parada, com Helton a mostrar-se à altura.
Pouco depois, as substituições que viriam terminar o que a entrada de Moutinho tinha começado. Kléber entrou para o lugar de Walter e James foi jogar para a posição do ineficaz Hulk, que demonstrou o seu desagrado ao sair directamente para os balneários. Com estas três trocas, os dragões revolucionaram a sua atitude e posicionamento, não sendo fácil compreender como podem existir diferenças tão vincadas entre uma parte e outra, parecendo que a equipa tinha (re)aprendido a defender, por exemplo, numas meras dezenas de minutos.
Com o adiantamento da equipa de Paços de Ferreira, uma circulação de bola muito mais rápida e uma maior pressão, o FC Porto mostrou-se mais alegre, mais dinâmico e muito mais efectivo. Foi como tal sem surpresa que Kléber chegou ao segundo golo, depois de uma bela iniciativa de Moutinho e consequente remate de James ao poste, com o avançado brasileiro a marcar na recarga. A partir desse momento, os jogadores mostraram-se ainda mais soltos e confiantes e foi possível ver lampejos da equipa do ano passado - pressionante na transição defensiva e mandona nas zonas mais recuadas. O terceiro golo, da autoria de João Moutinho, veio premiar um onze que não teve medo de assumir o jogo, de ter bola e sem nenhum jogador a querer agarrar-se à bola, como tem sido hábito nos últimos tempos.
Em jeito de conclusão, gostaria de elogiar Vítor Pereira, alvo de inúmeras críticas ao longo das mais recentes jornadas. Ao contrário do que tinha sido seu costume, o técnico portista teve uma óptima leitura de jogo e abriu mão dos jogadores certos a tempo e horas, sem medo de possíveis reacções do público ou de jogadores, como se pôde ver com a substituição do Hulk. James foi decisivo na criação de uma maior dinâmica, Álvaro Pereira mostrou-se a um nível muito mais próximo do seu potencial, mas gostaria de destacar Varela, um elemento que nem sempre é devidamente valorizado pelo que trabalha defensivamente e pelos espaços que abre com as incursões pelo meio e constante disponibilidade para tabelas com os seus colegas das alas.
DECLARAÇÕES
Vítor Pereira
Duas partes distintas
"Os nossos adeptos são exigentes. Nós também somos e gostamos de apresentar qualidade de jogo. Na primeira parte fizemos circulação de bola em ritmo baixo, o que permitia ajustamentos constantes do Paços de Ferreira, que é uma equipa bem organizada e posicionada, que sabe fechar os espaços e tem qualidade nas transições ofensivas. Com o decorrer do tempo precipitámo-nos um bocadinho na decisão de passe e perdemos algumas bolas pelas perdas de paciência. Acabámos por fazer um golo e, na segunda parte, entrámos com outra disposição, circulando a bola num ritmo mais alto, desposicionando o adversário e criando espaços e oportunidades. Poderíamos ter feito mais algum golo, mas penso que isso também não seria justo."
Gestão da equipa
"As substituições foram feitas em função do que o jogo pedia e do desgaste que um ou outro jogador apresentava. Treinar é gerir momentos. Pensámos no próximo jogo e tivemos que transmitir frescura neste, para aumentar a circulação de bola. Frente ao APOEL, teremos de estar na máxima força, porque é um jogo fundamental para nós."
Exigência dos adeptos
"A massa associativa é o que de mais puro e legítimo o futebol tem. Quando gosta aplaude, quando não gosta manifesta-se com assobios. Eles gostam do bom jogo e do clube. Aí, é a emoção a falar mais alto, a intranquilidade de não verem o seu clube a marcar. Como profissionais, temos de compreender isso. Se no próximo jogo fizermos uma boa exibição e apresentarmos qualidade, tenho a certeza de que os adeptos aplaudem."
A substituição de Hulk
"O Hulk sai fundamentalmente chateado consigo próprio, por não ter contribuído com a sua qualidade de jogo para ajudar a equipa. A sua relação com os colegas e a equipa técnica é a melhor possível. Numa manifestação de frustração, quis sair logo do terreno de jogo, quis estar só. Irá dar uma grande resposta no próximo jogo e aí os adeptos irão responder-lhe com aplausos e o agradecimento profundo que têm, por quem tanto lhes tem dado."
RESUMO DO JOGO
Não vi a 1.ª parte e parece que não perdi nada… Gostei da 2.ª parte onde Moutinho teve um papel determinante. Será que temos de volta o guerreiro à Porto? James não esteve bem em jogos anteriores, mas não tenho dúvida que é titular indiscutível; fez mexer a equipa, dinamizou o ataque, acrescenta valor ao jogo colectivo.
ResponderEliminarVarela também reaparece, aos poucos? Foi um dos melhores e abriu a frente de ataque muito confinada a Hulk nos últimos jogos. Por falar em Hulk: “menino”, tens de aprender a ser humilde, além de teres de te convencer que a tua função é jogar para a equipa.
Mais uma vez adorei ver jogar Mangala. Que jogador, Senhores! Otamendi que se cuide. Mangala tem velocidade, força, posicionamento, excelente toque de bola a transpô-la para o ataque. Para já, o grande reforço da época!
Belluchi, um jogador de eleição, irrita-me com a sua displicência em campo. É mais um que não gosta de ser substituído, mas tem de aprender a sê-lo.
Já depois de escrever estas linhas, li a crónica do Oculto. Concordo com ela, realçando o último parágrafo: Vítor Pereira não olhou a nomes e, finalmente, acertou (em cheio) nas substituições com base numa correcta leitura do jogo. Os bons indícios terão de ser confirmados em próximos encontros: mas oxalá não andemos nisto muito tempo. Porque o Porto que verdadeiramente desejamos ainda não apareceu, em definitivo.
Atenção p.f.:
Já lá vão 48 jogos sem perder, no Campeonato! Falta pouco para a meia centena!
2009-2010: 8 vitórias, 1 empate (total 9 jogos);
2010-2011: 27 vitórias, 3 empates (total 30 jogos);
2011-2012: 7 vitórias, 2 empates (total 9 jogos);
TOTAIS: 42 vitórias, 6 empates; 48 JOGOS SEM PERDER!!!
Penso que a substituição do Hulk hoje é muito mais importante do que aquilo que aparenta. Acho que pode ser o ponto de viragem e união em torno do treinador, com VP a dar um claro sinal de coragem e força ao balneário, esperando eu que Hulk não seja orgulhoso/teimoso e mostre-se determinado a dar tudo pelo clube (como tem vindo a fazer!). Por outro lado, e não acredito tanto nesta hipótese, pode também ter sido a gota de água que provoque uma revolução no balneário contra VP. A meu ver, que não tinha gostado das opções de VP até agora, hoje deu-me alguma esperança de poder pôr a equipa no caminho certo!
ResponderEliminarTanta intranquilidade, porquê? Vocês são bons!
ResponderEliminarSeguindo a velha máxima do futebol, em equipa que ganha, não se mexe, Vítor Pereira começou o jogo com a equipa que tinha goleado o Nacional, embora nesse jogo, os números finais não significassem uma grande qualidade exibicional. No jogo desta noite e na primeira-parte, a qualidade exibicional da equipa portista manteve-se abaixo do mínimos exigíveis e os 30.318 espectadores que foram ao Dragão viram um Porto trapalhão, nervoso, complicativo na defesa, em particular pelo seu lado direito, Sapunaru e Rolando, lento e pouco imaginativo no meio-campo, com Fernando a ter dois erros que fizeram lembrar alguns da parte final da época anterior e sem ataque - Varela e Walter fizeram pouco e Hulk não fez nada.
Nem o golo, melhor, o auto-golo que colocou o Campeão em vantagem, animou a plateia do belíssimo anfiteatro portista e assistimos, primeiro, a poucos festejos, depois e logo a seguir, os assobios a mostrarem o descontentamento por 45 minutos muito fraquinhos.
Tudo ou quase tudo mudou na etapa complementar, muito por mérito de Vítor Pereira. O treinador portista deixou Defour nas cabines e meteu Moutinho; aos 56 minutos tirou Walter, entrando Kléber; e aos 59 tirou Hulk, com James a ocupar o seu lugar. Se as melhorias começaram por ser algumas, mas não significativas, depois da saída do Incrível, tudo foi diferente. Moutinho empunhou a batuta, Belluschi foi subindo, Fernando nunca mais inventou e assim a equipa arrancou, não para Ópera, mas para uma musiquinha já bem agradável. Também porque James jogou mais e mais simples que o Nº12 e Kléber mexeu-se mais que o Bigorna/Maciço. E assim, com o F.C.Porto em crescendo, alicerçado num futebol mais rápido e de mais posse, o segundo golo apareceu com naturalidade, por Kléber e João Moutinho, a coroar uns belos 45 minutos, fechou a contagem, terminando o jogo com público e equipa de pazes feitas.
Resumindo:
Porquê tanta nervoseira, tanta intranquilidade, tanta precipitação e uma equipa a jogar sobre brasas? Vocês são bons, que diabo! Provaram-no claramente na segunda-parte, em particular nos últimos 30 minutos, em que fizeram coisas muito bonitas, acabaram em força e tornaram o resultado, também nos números, justo.
Confiança, muita confiança, é meio caminho andado para que se juntem às vitórias, outra qualidade exibicional.
Notas finais:
Houve jogadores que melhorarm muito da primeira para a segunda-parte, dois, porém, estiveram sempre mal: Hulk que foi bem substituído e a quem dedicarei um capítulo à parte e Sapunaru que ficou em campo a fazer asneiras atrás de asneiras. Perdas de bola em zonas perigosas, lento a recuperar, mal colocado a defender, sem tempo de entrada, desconcentrado, foi quase sempre batido e quase sempre recorrendo à falta, o lateral romeno, foi um desastre. Espero que se jogar na terça-feira não cometa um quinto dos erros desta noite, caso contrário vamos ter problemas acrescidos...
Hoje, sim, gostei muito de Alvaro, já com muita corda, a desequilibrar e a dar profundidade pela esquerda. Mangala pegou de estaca. Só falta saber quem, no futuro, vai ser o seu parceiro no centro da defesa...
Capítulo Hulk:
O Incrível, esta noite, foi irritante e pouco inteligemente. Abusou das jogadas individuais, forçando, quando as coisas não lhe estavam a sair bem. Ora, quando as coisas não estão a sair bem, deve-se descomplicar, jogar simples, não insistir nas mesmas jogadas, jogar mais colectivamnete e menos individualmente. Hulk fez tudo ao contrário e foi bem substituído. Mas se dentro do campo esteve mal, fora dele Hulk esteve cinco estrelas, matando à nascença qualquer foco de polémica, que os ciosos jornalistas logo procuraram.
Hulk é grande jogador, importantíssimo para o F.C.Porto e repito, foi bem substituído, mas temos de ter memória e os assobios de que foi vítima, eram escusados.
Abraço
Mais um jogo com todos os defeitos e virtudes que têm caracterizado o FC Porto desta época. A equipa acusa alguma falta de confiança que a leva a cometer erros escusados e a fazer exibições intermitentes, alternando coisas boas com outras decepcionantes.
ResponderEliminarO importante nesta fase tem sido conseguido. As equipas vivem de resultados e por aí não nos podemos lamentar. Somos lideres. Mas já começam a ser horas, para aos resultados somarem-se exibições convincentes.
Se há jogadores em evidente baixa de forme, Hulk empunha o estandarte. Logo agora que o seleccionador brasileiro mais parece apostado em testá-lo. Pouca sorte do incrível, que como mortal que é também tem direito aos seus momentos menos bons. Gostei da coragem de Vítor Pereira na sua substituição e compreendo que a massa adepta portista não tenha ficado agradado com a exibição do brasileiro, mas daí a demonstrá-lo com uma vaia descomunal, parece-me no mínimo ingrato.
Gostei mais uma vez do jovem Mangala, o mais rápido dos defesas-centrais do plantel, que para mim, conquistou o lugar.
Um abraço
Caros colegas,
ResponderEliminarTrês golos marcados. Zero golos sofridos.
Primeiro lugar no campeonato com maior diferença de golos.
Enquanto a ópera não chega, a caravana vai passando...
Entretanto, não consigo compreender o que motiva varias pessoas a irem ao estádio numa sexta-feira à noite, com uma camisola azul e branca vestida, cachecol a condizer no pescoço, pacote de pipocas debaixo do braço para assobiar um golo da sua equipa! A sério que não entendo. Mas OK, o burro devo ser eu…
Mas para esse iluminados, aqueles que querem sempre espectáculos de magnânime qualidade, aconselho a cidade de Londres. Têm é de se apressar... parece que alguém anda por lá a fazer "borrada" a mais...
Um abraço a todos e um bom fim de semana,
Miguel Monteiro
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarRetive várias coisas positivas da 2ª parte.... As substituições de VP, especialmente a de Hulk que não rendeu nada, mas que injustamente foi assobiado (por aquilo que já fez não merecia), bem como os bons desempenhos de Moutinho, James, Beluschi, Kléber, Mangala e A. Pereira...
ResponderEliminarAchei curiosos os assobios depois do golo marcado... Acho que é o expoente máximo da exigência, levada a níveis mesmo elevados, mas enfim, é com esta massa associativa que o clube tb tem ganho tanto nos últimos 30 anos... Mas há coisas que não percebo...
O jogo de Chipre não é importante... é direi IMPORTANTÍSSIMO e pode ser a diferença entre uma razoável ou boa época e uma EXCELENTE época...
Nao peço substituiçoes de treinadores quando sao claramente os jogadores que nao tem correspondido ao nivel que se lhes exige. Hulk nao merece ser assobiado mas mereceu sair. Mas a sua forma tem vindo a cair. Rolando está de uma fragilidade impressionante. Otamendi x Mangala deveria ser a dupla para chipre. Moutinho a subir deu outra dinámica. A paciencia tem limite e Walter é para mim um flop de contratação. E 6 milhoes por este jogador é um graaaande flop. Primeira parte com 10 mt iniciais de garra mas depois muito mau. Com moutinho, kleber e james a equipa cresceu e fez uns 30 minutos finais a um nivel interessante. A máquina continua "perra" e ou os jogadores conseguem libertar-se e a deixar de se esconder da bola como na 1º parte , ou isto vai ser muito dificil. VP tem uma tarefa herculea e começo a suspeitar que a coisa se vai complicar.
ResponderEliminarGostei muito da crónica, acho é que merecia outro título.
ResponderEliminarrodrigo
Como complemento ao meu comentário anterior:
ResponderEliminarEu julgo que Hulk não ficou irritado por causa da substituição mas sim pelas palmas de apoio à mesma substituição.
Os assobios que se ouviram a seguir foram de reprimenda à atitude condenável do brasileiro: ir directamente para o balneário. E, nesse contexto, mereceu-os. Aliás eu acho que é dos procedimentos mais reprováveis num jogador. Não ir para o banco, não cumprimentar o jogador substituto, os outros colegas, as equipas técnica e médica, é absolutamente deplorável. È uma falta de respeito que condeno em qualquer jogador seja ele qual for. Para mim é tão grave que merece "jarra" no jogo seguinte.
De resto, Hulk não merece os impropérios dos adeptos. Já deu muito ao Clube e é uma das nossas jóias. Tem dias bons e maus e, sobretudo, atravessa um mau momento no qual precisa do carinho e do apoio de todos nós.
Abraço.
A equipa azul e branca ganha mas o seu futebol não deslumbra, não convence. Os automatismos não existem, grande parte dos passes por lentos e denunciados são por tal motivo interceptados pelo adversário. E quando assim não acontece, acontecem passes transviados! Ora o Plantel é praticamente o mesmo da época passada e não se compreende portanto tanto desacerto, tanta falta de entrosamento! Gostaria de ver um futebol escorreito, feito de tabelas e ao primeiro toque, não dando tempo aos contrários de se reagruparem, de voltarem a colocar o autocarro em frente da sua baliza! Outro aspecto que me parece relevante é a baixa de forma de grande parte dos habituais titulares da equipa, não conseguem segurar a bola, são constantemente desarmados pelos adversários e parece terem perdido velocidade de pernas e de execução!
ResponderEliminarConclusão: a jogarem assim, não acredito que consigam ganhar ao Apoel em Chipre.
NAO SEI ASSOBIAR mas tenho pena porque me epeteceu assobiar o Hulk,não pela exibiçao,mas pela atitude de falta de respeito para os colegas,dizem que ele já fez muito pelo clube,concordo mas o clube também já fez muito por ele,e nós os sócios também,porque fazemos sacrificios para pagar as cotas e outras despezas para acompanhar a equipa por isso só nao assobiei por não sei,quanto ao jogo já foi tudo dito,não gostei nada da 1ª parte mas os últimos 30 minutos de jogo já deram alguma esperança.VIVA O PORTO
ResponderEliminarHulk é grande jogador, importantíssimo para o F.C.Porto e repito, foi bem substituído, mas temos de ter memória e os assobios de que foi vítima, eram escusados.
ResponderEliminar"Vila Pouca"
De resto, Hulk não merece os impropérios dos adeptos. Já deu muito ao Clube e é uma das nossas jóias. Tem dias bons e maus e, sobretudo, atravessa um mau momento no qual precisa do carinho e do apoio de todos nós.
Dragão Azul
Assino por baixo.Todos aqueles que assobiaram um jogador que tem um discurso à Porto,não são merecedores dos títulos conquistados.Diria mais, estes que assobiam, são os novos conquistadores que se encostaram ao clube só pq ganhamos mais vezes. Não são sérios.Se um dia passarmos a não ganhar, vão ser como os ratos de bordo... tenho dito. FORÇA PORTO
a minha cadeirinha é mesmo ao lado do estilhaço e à frente do nosso blue, :-)))))))
EU NÃO CONSUMO PRODUTOS DO GRUPO COFINA, E TU?
ResponderEliminaraproveitar a crise para infligir mais um golpe em quem só tem um objectivo Dizer mal do Porto e das suas gente
Se a direcção do Porto e os seus jogadores não dão entrevistas aos jornais desse grupo, pq razão os adeptos do Porto não devem associar-se a essa forma de protesto? Não damos entrevistas, mas evitamos consumir esses produtos. Há centenas de adeptos que já o fazem
Record | Correio da Manhã | Sábado | Máxima | Rotas & Destinos | Destak | Automotor
Sou o gajo da cadeira de sonho, mesmo à frente do nosso blue coadjuvado pelo estilhaço .-))))