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Uma vez ouvi alguém dizer, salvo erro durante uma viagem de autocarro: "Esta semana não há futebol, joga a selecção." De forma natural ou mesmo ingénua, essa pessoa definiu aquele que é o meu sentimento pela selecção de há uns bons anos para cá. Longe vai o tempo em que torcia pelos seus adversários, por ver na selecção a representação máxima do ódio ao FC Porto que vigora no futebol português, e mais longe ainda o tempo em que torcia realmente pela equipa das quinas. E mesmo nessa altura o meu interesse pela selecção nunca foi sequer comparável ao que tinha e tenho pelo nosso clube. E morreu lá para 2002, depois do Mundial da Coreia/Japão. Agora, posso dizer que sou quase indiferente à selecção. Encaro-a como a uma mera curiosidade. Ganhou? Que bom. Perdeu? Ok. E isso é só por ter lá jogadores do Porto.
Posso dizer que sou patriota, no sentido em que valorizo o meu país e a minha língua, mas as selecções como actualmente existem causam-me alguma confusão. Causa-me confusão sobretudo a forma como as instâncias superiores do futebol as protegem, em detrimento dos clubes. E não entendo por que razão, neste futebol moderno em que tudo vale dinheiro, os clubes continuam a ceder, ainda que de má vontade, os seus jogadores às selecções. Como se não fosse óbvio que, num braço-de-ferro entre os clubes e a UEFA/FIFA, seriam sem dúvida as confederações quem sairia a perder, até porque a maioria dos adeptos realmente interessados em futebol, ainda que acompanhem a selecção, colocam o seu clube num patamar bem acima. A própria FPF deixa isso claro ao apelidar a selecção nacional de "clube Portugal", na esperança de que os adeptos se unam em torno da selecção como se de um clube se tratasse.
Irrita-me profundamente que um jogador do Porto venha da selecção lesionado. Irrita-me que um jogador do Porto tenha que abandonar os trabalhos do clube e faltar a jogos para se juntar à sua selecção. Irrita-me que um jogador do Porto inicie a época atrasado porque passou o mês de Julho inteiro na selecção. E irritam-me estas paragens constantes do campeonato para joguinhos de qualificação. Se calhar quem gosta da selecção acha tudo isto maravilhoso. Mas eu gosto do meu clube e acho tudo isto um despropósito.
Nesta altura da conversa há sempre alguém que se lembra de desencantar o argumento de que "a selecção valoriza os jogadores". O que pode ser verdade para jogadores de clubes secundários sem grande projecção, mas nunca para o Porto, que passa a época a jogar na Liga dos Campeões. Haverá eventualmente algum lucro financeiro indirecto da utilização dos jogadores nas selecções, considerando que jogar na selecção possa ter um efeito positivo no prestígio do jogador que se reflicta, por exemplo, na venda de camisolas, mas duvido que tenha grande peso. De um ponto de vista estritamente financeiro, não tenho dúvidas de que os clubes ficam a perder com a ida dos jogadores às selecções.
A meu ver, a única real vantagem para um clube de ceder um jogador à sua equipa nacional diz respeito à disposição psicológica do próprio jogador, que naturalmente se sentirá mais confiante e motivado. Mas essa estrada tem dois sentidos. Também a selecção beneficia da motivação extra de um atleta que assina por um grande clube, que joga num campeonato competitivo ou que está a fazer uma boa época. Tudo o que a selecção pode dar a um clube, o clube devolve em dobro. E ainda paga por isso. Não é justo.
É por isso que me junto ao coro que defende o estabelecimento de uma compensação financeira das (con)federações a todos os clubes que cedam os seus jogadores para jogos das selecções, sejam em grandes competições internacionais, em jogos de qualificação ou em jogos amigáveis. Bem sei que já se assinou uma carta de intenções a esse respeito – uma estrondosa derrota da FIFA, que tentou disfarçar esse facto referindo-se a "uma vitória do futebol como um todo" – mas esse acordo só cobre a utilização de jogadores em Europeus e Mundiais, o que é duplamente injusto, até por deixar de fora precisamente os clubes mais pequenos e de países mais pobres. E a ver vamos quando é que as coisas passam do papel à prática. Esta semana foi a Comissão de Educação e Cultura do Parlamento Europeu que sublinhou essa evidência, ao mencionar no Projecto de Relatório sobre a Dimensão Europeia do Futebol que os clubes devem ceder os jogadores às selecções "mediante uma compensação justa e um seguro colectivo". Só não vê quem não quer.
Dir-me-ão que as selecções "desempenham um papel essencial" ao futebol, expressão que, de resto, também consta no referido projecto de relatório. Que são imensamente populares, mais populares do que os clubes, que os Europeus e Mundiais são as competições mais importantes e emocionantes do futebol. Se assim é, que transformem então toda essa popularidade em euros e comecem a passar aos clubes a fatia que lhes é mais que devida.
E nem tudo é dinheiro. Parem para pensar, organizem-se, questionem o modelo actual. A CAN em Janeiro é sustentável? A Copa América a impedir os jogadores que actuam na Europa de fazer pré-época, é sustentável? O sistema de qualificação que obriga a constantes paragens dos campeonatos na Europa, é sustentável? Faltará muito para que a maioria dos jogadores comece a colocar os seus próprios interesses desportivos acima do desejo de jogar pela selecção? Quantos não o fazem já?
Algo tem que mudar. E é uma pena que a FIFA e a UEFA só ajam por coacção, quando encostadas à parede por uma posição de força dos clubes. É uma pena que se assumam como defensoras intransigentes dos interesses das federações nacionais, ainda que isso prejudique os clubes, em vez de buscarem proactivamente soluções benéficas para todos, que constituam uma "vitória do futebol como um todo" - mas a sério, e não só da boca para fora. É mesmo uma pena. E enquanto assim for, estarei sempre ao lado dos clubes. Até porque a minha selecção chama-se Futebol Clube do Porto.
Entretanto, e a meio de mais uma dessas pausas despropositadas - mas que, tendo em conta o nosso momento de forma, até pode ser que dê jeito -, vamos lá ver se Portugal ultrapassa a poderosíssima Bósnia e se qualifica para o Europeu do próximo ano. Tendo em conta que a partida será num local de tão boa memória para nós, pode ser que o Rolando e o Moutinho estejam particularmente inspirados :)
Posso dizer que sou patriota, no sentido em que valorizo o meu país e a minha língua, mas as selecções como actualmente existem causam-me alguma confusão. Causa-me confusão sobretudo a forma como as instâncias superiores do futebol as protegem, em detrimento dos clubes. E não entendo por que razão, neste futebol moderno em que tudo vale dinheiro, os clubes continuam a ceder, ainda que de má vontade, os seus jogadores às selecções. Como se não fosse óbvio que, num braço-de-ferro entre os clubes e a UEFA/FIFA, seriam sem dúvida as confederações quem sairia a perder, até porque a maioria dos adeptos realmente interessados em futebol, ainda que acompanhem a selecção, colocam o seu clube num patamar bem acima. A própria FPF deixa isso claro ao apelidar a selecção nacional de "clube Portugal", na esperança de que os adeptos se unam em torno da selecção como se de um clube se tratasse.
Irrita-me profundamente que um jogador do Porto venha da selecção lesionado. Irrita-me que um jogador do Porto tenha que abandonar os trabalhos do clube e faltar a jogos para se juntar à sua selecção. Irrita-me que um jogador do Porto inicie a época atrasado porque passou o mês de Julho inteiro na selecção. E irritam-me estas paragens constantes do campeonato para joguinhos de qualificação. Se calhar quem gosta da selecção acha tudo isto maravilhoso. Mas eu gosto do meu clube e acho tudo isto um despropósito.
Nesta altura da conversa há sempre alguém que se lembra de desencantar o argumento de que "a selecção valoriza os jogadores". O que pode ser verdade para jogadores de clubes secundários sem grande projecção, mas nunca para o Porto, que passa a época a jogar na Liga dos Campeões. Haverá eventualmente algum lucro financeiro indirecto da utilização dos jogadores nas selecções, considerando que jogar na selecção possa ter um efeito positivo no prestígio do jogador que se reflicta, por exemplo, na venda de camisolas, mas duvido que tenha grande peso. De um ponto de vista estritamente financeiro, não tenho dúvidas de que os clubes ficam a perder com a ida dos jogadores às selecções.
A meu ver, a única real vantagem para um clube de ceder um jogador à sua equipa nacional diz respeito à disposição psicológica do próprio jogador, que naturalmente se sentirá mais confiante e motivado. Mas essa estrada tem dois sentidos. Também a selecção beneficia da motivação extra de um atleta que assina por um grande clube, que joga num campeonato competitivo ou que está a fazer uma boa época. Tudo o que a selecção pode dar a um clube, o clube devolve em dobro. E ainda paga por isso. Não é justo.
É por isso que me junto ao coro que defende o estabelecimento de uma compensação financeira das (con)federações a todos os clubes que cedam os seus jogadores para jogos das selecções, sejam em grandes competições internacionais, em jogos de qualificação ou em jogos amigáveis. Bem sei que já se assinou uma carta de intenções a esse respeito – uma estrondosa derrota da FIFA, que tentou disfarçar esse facto referindo-se a "uma vitória do futebol como um todo" – mas esse acordo só cobre a utilização de jogadores em Europeus e Mundiais, o que é duplamente injusto, até por deixar de fora precisamente os clubes mais pequenos e de países mais pobres. E a ver vamos quando é que as coisas passam do papel à prática. Esta semana foi a Comissão de Educação e Cultura do Parlamento Europeu que sublinhou essa evidência, ao mencionar no Projecto de Relatório sobre a Dimensão Europeia do Futebol que os clubes devem ceder os jogadores às selecções "mediante uma compensação justa e um seguro colectivo". Só não vê quem não quer.
Dir-me-ão que as selecções "desempenham um papel essencial" ao futebol, expressão que, de resto, também consta no referido projecto de relatório. Que são imensamente populares, mais populares do que os clubes, que os Europeus e Mundiais são as competições mais importantes e emocionantes do futebol. Se assim é, que transformem então toda essa popularidade em euros e comecem a passar aos clubes a fatia que lhes é mais que devida.
E nem tudo é dinheiro. Parem para pensar, organizem-se, questionem o modelo actual. A CAN em Janeiro é sustentável? A Copa América a impedir os jogadores que actuam na Europa de fazer pré-época, é sustentável? O sistema de qualificação que obriga a constantes paragens dos campeonatos na Europa, é sustentável? Faltará muito para que a maioria dos jogadores comece a colocar os seus próprios interesses desportivos acima do desejo de jogar pela selecção? Quantos não o fazem já?
Algo tem que mudar. E é uma pena que a FIFA e a UEFA só ajam por coacção, quando encostadas à parede por uma posição de força dos clubes. É uma pena que se assumam como defensoras intransigentes dos interesses das federações nacionais, ainda que isso prejudique os clubes, em vez de buscarem proactivamente soluções benéficas para todos, que constituam uma "vitória do futebol como um todo" - mas a sério, e não só da boca para fora. É mesmo uma pena. E enquanto assim for, estarei sempre ao lado dos clubes. Até porque a minha selecção chama-se Futebol Clube do Porto.
Entretanto, e a meio de mais uma dessas pausas despropositadas - mas que, tendo em conta o nosso momento de forma, até pode ser que dê jeito -, vamos lá ver se Portugal ultrapassa a poderosíssima Bósnia e se qualifica para o Europeu do próximo ano. Tendo em conta que a partida será num local de tão boa memória para nós, pode ser que o Rolando e o Moutinho estejam particularmente inspirados :)
Sem comentarios...ainda que concorde com alguns pontos que frisas como prementes a algum firme debate pela defesa de algumas coisas, permita-me que discorde no "principio" que lhe esta subjacente!!!É certo que o futebol em Portugal esta mal defendido nas altas instancias internas, e que nem vale a pena falar a nivel da FIFA E UEFA, basta ver os criterios que propocionam que um jogo se dispute numa "horta" e permita que se regue a 2hrs do inicio da partida e depois comparar com os que objectivamente obrigam clubes da LIGA EUROPA OU CHAMPIONS a terem um sem numero de coisas salvaguardadas para que possam jogar nos seus estadios. Em Portugal a clubite é efectivamente um mal que se espalha e se reflete ao nivel das Selecções, em muito despoletado pela falta de etica e decoro ao nivel da imprensa que fomenta a divisao nacional quando nao trata todos os clubes de igual forma...Lá fora o "nacionalismo" esta bem presente quer ao nivel da emigraçao, quer ao nivel do que se passa ao nivel de outros países onde o "povo" sente a sua selecção!!!Mas isso sao raizes culturais que em Portugal outras forças que orbitam em torno do futebol ajudaram a destruir!!!
ResponderEliminaropiniões á parte, e claro, cada um tem a sua e como tal é de todo respeitável, aliás, mesmo no meu círculo pessoal de amigos há diversas opiniões sobre o tema, mas para mim não restam dúvidas eu sinto a selecção a 100%, vibro com a selecção, festejo efusivamente quando ganha, choro quando perde e para mim, a selecção é uma peça importantíssima do meu puzzle futebolístico. Longe vão os tempos (e graças a Deus eu vivi poucos) em que tinha de me sentar em frente a um televisor para ver a fase final de um Europeu ou de um Mundial e ter de escolher uma selecção pela qual iria torcer...
ResponderEliminarEu amo a selecção e sou fanático pela selecção, faz parte da minha cultura, faz parte da minha personalidade, faz parte de mim.
Sou um indefectivel adepto da selecção nacional, mesmo quando me causa tristezas e por mais "casos" que rodeiem a selecção, por mais polémicas e interesses que girem em torno dela, para mim, a camisola das quinas é sagrada!
Já vi as minhas cores futebolísticas conquistarem quase tudo no mundo do futebol, apenas me falta ver Portugal ser campeão da Europa e do Mundo, para morrer realizado e chamem-me sonhador, irrealista e utópico até, mas eu acredito que isso ainda vai acontecer.
Se alguém procurar um adepto fanático e apaixonado pela equipa das quinas, não precisa de procurar mais, encontrou:eu!!!
Mas claro, cada pessoa tem a sua opinião e vale o mesmo que a minha!
ResponderEliminarLonge de mim estar a querer passar aqui a ideia de que eu é que estou certo.
Emoções á parte, e falando racionalmente, parabéns pelo post, pois existem aí alguns aspectos que frisaste e bem, que deveriam de facto de ser resolvidos, ajudando com isso que a abertura dos clubes á selecção, fosse mais agradável do que é hoje.
cumprimentos
Caros Portistas,
ResponderEliminarSobre a selecção só tenho a dizer que depois do burro do Scolari não ter convocado o melhor guarda-redes Português para o euro 2004 e dar-se ao luxo de gozar com todos Portugueses e convocar o 3 guarda-redes do F.C.PORTO e ninguém por isto em causa, quero lá saber da selecção, ponham lá brasileiros,americanos ou chineses é-me igual!
Vejam bem o que me leva a Porto gal
"Ó meu Porto onde a eterna mocidade
Diz à gente o que é ser nobre e leal
Teu pendão leva o escudo da cidade
Que na história deu o nome a Portugal" está tudo dito.
Fica aqui uma nota que foi votada sobre os seguros para os clubes:
Sport: Parliament in favour of insurance compensation for clubs if players participate in national team, Santiago Fisas MEP
The European Parliament Committee for Culture, Education and Sport voted today in favour of a proposal drafted by EPP Group MEP, Santiago Fisas, to establish an 'insurance mechanism' to compensate clubs that make their players available for their national teams, and to regulate the profession of sports agents at European level.
Both proposals are the more significant of the European Parliament's first report on what should be the future EU policy on sport, to take into account the Lisbon Treaty mandate to support, coordinate and supplement sport policy measures taken by Member States.
"We have listed a large number of measures on the report which we believe will bring an added value to national sport policies - measures that will serve to promote European identity through sport", said Santiago Fisas MEP.
The report recognises that the insurance mechanism for clubs allowing players to play for national teams - an ever-increasing demand of bigger European football clubs - can't be applied to all sports, and is strict when it comes to the regulation of the sports agents as a 'professional activity'.
People claiming to act as a 'sport agent' should have an 'adequate official qualification' and a European licence, be part of a register, respect a code of conduct with a sanctioning mechanism and fix their fiscal residency 'within EU territory in the interest of transparency'. Parliament is also in favour of the payment of agent's fees for transfers being made in a number of instalments throughout the duration of the contract, with full payment being dependent on the contract being fulfilled.
The report also covers a large list of proposals to develop a 'European dimension of sport' complementing actions of Member States in areas such as health-enhancing physical activity at all education levels, the fight against doping and corruption in the world of sport, promotion of voluntary sport activities and programmes of social inclusion through sport or sustainable financing of grassroots sport.
The proposal also suggests that the European flag should be flown at major international sports events held on EU territory, as well a demand to national sports federations to consider the idea of having it displayed on the clothing of the players of athletes from EU Member States on a voluntary basis.
SEMPRE F.C.PORTO
Bruno e Rui, conheço muitos adeptos como vocês e obviamente que acho muito bem que vibrem com a selecção :) Embora eu, como sabem, esteja mais na onda do Anónimo que escreveu a seguir.
ResponderEliminarO que faço questão de desafiar é a ideia feita de que a clubite é uma coisa necessariamente negativa e de que um povo que se une mais em torno da selecção do que dos clubes é melhor ou mais evoluído. Cada um vive o futebol como quer e bem entende, como diz o Rui.
Mas mesmo quem sofre e vibra com a selecção - ou sobretudo quem sofre e vibra com a selecção - deve levar a sério estas questões, pois se a coisa chegar ao extremo e a corda partir não creio que parta para o lado dos clubes.
Excelente artigo, como sempre cara Enid ;)
ResponderEliminarSelecção, pois muito bem, em nada, mas em nada mesmo se compara ao que sinto quando vejo jogar o FCP. É um tema que debato por vezes com amigos portistas próximos, uns apoiam, outros não.
Apoio, isto é, quero que ganhem, mas se não ganharem não me tira o sono. Se à hora em que estiverem a jogar tiver que ir jantar fora, fá-lo-ei sem hesitar, por exemplo.
Com o FCP não tem nada a ver.
Não vibro, nem festejo um golo de forma se quer parecida.
O futebol moderno veio descaraterizar aquilo que seria uma selecção nacional. Que a equipa do Jorge Mendes faça lá o joguinho que tem a fazer amanhã, por mim que esteja no Europeu, mas que chegue Sábado rapidamente para invadir Coimbra e ver o mágico Porto, que já tenho saudades!!
Cumprimentos
Concordo Enid!
ResponderEliminarClaro que a clubite não é uma coisa necessáriamente negativa e nem quem goste mais da selecção é mais evoluido que os outros. É uma questão cultural. Há pessoas que gostam mais de clubes do que das selecções e são mais evoluidos do que outros que gostam mais de selecções do que dos clubes, e vice-versa!
O futebol é emoção, comprometimento e paixão, e cada um vive-o na proporção com que se realiza, independentemente do gostarmos mais ou menos das selecções!!!
Uma coisa para mim é fundamental, tanto o meu clube como a minha selecção estão no meu adn, mesmo que queira convencer-me do contrário, não consigo.
E depois há a coisa fundamental do tema, que a enid referiu e bem no post, que são essas questões colaterais entre selecções e clubes que provoca no adepto esse pseudo-afastamento da selecção. Esse é que é o cerne da questão, porque como foi já rebatido aqui, cada um sente a selecção a sua maneira, e em todos os casos é de respeitar.
Cumprimentos
Boa tarde,
ResponderEliminarEu estou-me nas tintas para a seleção dita nacional! Eu sou do FCPorto!!
João
A minha Selecção tem um equipamento azul e branco às riscas e um Dragão no emblema
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarÀ imagem da Enid, este texto é um verdadeiro tratado aos assuntos nele abordados. Pertinência e justeza de ideias fazem que não tenho nada ou quase nada a contrapor.
ResponderEliminarMas gostaria, também eu, de manifestar o que para mim representa a Selecção Nacional. Mentiria se dissesse que tanto me faz que ganhe ou perca (p.e. amanhã). Contudo já lá vai o tempo em que sofria tanto pela chamada “equipa de todos nós” como sofro pelo meu Clube, o FC Porto.
Ao contrário do meu conterrâneo, amigo e “sócio” Rui Saraiva, não desperdiço uma lágrima pela selecção. Não é uma questão cultural, é de idiossincrasia: fala-se em “Portugal” e Portugal é só o de “lá de baixo” por via do despotismo sulista (de que não me canso de falar, a começar na narrativa da História do FC Porto…) sempre mais exacerbado e arrogante. “Eles” cada vez nos votam mais ao abandono! Nós para eles não somos portugueses; somos uma espécie de enteados galegos (que eu preferia como companheiros de viagem…). Ainda agora acabei de ler que alguém disse que “o Porto está a ser condenado à pobreza”. É evidente ser cada vez mais penoso o governo dos imperialistas do século XXI.
Por isso e tudo o mais, A MINHA TERRA, O MEU PAÍS, É O NORTE. A MINHA BANDEIRA e A MINHA CAMISOLA SÃO AZUL-E-BRANCO. Até já me atrevo a considerar-me um SEPARATISTA. Não me furto a dizer o que sinto e se for preso, por fazer a apologia do “separatismo”, só peço aos meus amigos (mesmo àqueles que o deixaram de o ser por causa do VP… … …) que me levem tabaco de embalagem vermelha… porque isto é para queimar.
Abraço.
Para mim amanhã joga a selecção de lisboa,quero lá saber se ganham ou se perdem,ou por outro lado acho que se perderem é dinheiro que se poupa,porque para fazerem figuras tristes mais vale ficarem pelo caminho,a ida aos mundiais e europeus só tem servido para os amandios de carvalho da federação andarem a passear à nossa custa.
ResponderEliminarmanuel moutinho
Acho a frase de abertura excelente. Uma pérola.
ResponderEliminarQuanto ao "clube Portugal" acho que acontece o que acontece com a gente sentir-se portuguesa ou sentir-se de uma região ou cidade. Sempre que estou no estrangeiro, como p.ex. agora, acho graça a estar com portugueses, e de ver a seleção mas... nem tanto ao mar, nem tanto à terra...
Vamos por partes:
A questão do patriotismo:
o verdadeiro orgulho tenho de ser do porto cidade, e do porto clube! e da região norte! portugal é muito lindo, mas de facto as pessoas das outras regiões não são iguais. Não adianta querer que exista uma unidade à volta de uma seleção ou de um país, quando nos querem impingir um modo de estar, uma pronúncia, um estilo, e até um (ou dois) clubes!
Enquanto não nos respeitarem - à região e aos clubes dela - dificilmente acreditaremos que são imparciais nas escolhas ...
Quanto à questão negócio das seleções:
uma vergonha! Fora raras exceções os jogadores só entendem a seleção para contratos de publicidade ou transferências. Todo o resto não lhes interessa. Como o nosso Cebola que vai para poder anunciar que em Janeiro fica livre... ou o Hulk que de repente passa a ser importante (agente?...sad? ... de quem foi o lobby?...)
Da atual seleção de portugal nem falo. Acho que mereciam ficar de fora do europeu. E do mundial no brasil.
Para ver se de uma vez por todas em vez de ficarem muito dececionados por portugal não ser o campeão sempre anunciado e nunca cumprido, se passa a baixar as expectativas e viver à altura do que temos e mercemos.
"Esta semana não há futebol, joga a selecção."
ResponderEliminaré preciso dizer mais alguma coisa?!
não vou entrar em muitos discursos sobre o tema, porque aqui, como em muitos outros, cada um, toma o que quer... com respeito pelo outro... ponto final, parágrafo.
se o antes-SOCOLARI, já era assim que a modos de um pouco ou quase nenhuma paixão... no pós-SOCOlari, quero mais é que a selecção se vá F**** com as letras todas, joguem ou não lá os "meus"... aliás, por mim, se não levarem nenhum, ATÉ AGRADEÇO!!!
Não gostam ter jogadores na Selecção Nacional? O FcP é tudo menos uma equipa de jogadores da Selecção Nacional, são isso sim de Jogadores de Selecções de outros Países nomeadamente sul-americanos, E voçês ficam todos vaidosos quando os vossos jogadores sul-americanos jogam nas selecções . E pelo visto vocês não se importam que eles joguem pela Selecção dos Países deles.
ResponderEliminarQuando as Selecções Sul-americanas jogam todas na mesma altura o FCporto fica sem grande parte dos seus jogadores e é a realidade e nessa altura não vêm com a choraminga que eles podem vir dos jogos da Selecção lesionados.
Não gostam da Selecção Nacional mas se lá tivessem seis jogadores do FC Porto como titulares já não importavam nada, alias diziam logo que era a equipa do Porto que estava a ganhar os jogos da Selecção
É diferente o conceito clube e selecção. É diferente a forma como vivemos os jogos ( principalmente os de qualificação) e os do nosso clube. São diferentes mas ambos cabem no meu coração. Sou Portuense , Portista e no conceito político/geográfico Regionalista. Mas sou Português com muito orgulho e nunca permitirei que uns quantos jornalistas avulso e contratados a recibo verde me retirem o gosto pelo meu país só porque destilam clubisticamente, o seu veneno avermelhado. DAQUI nasceu e se deu nome a Portugal, deste Norte forte mas ostracizado pelo poder centralista. Tenho uma memória do que representou mentalmente o meu país para mim , quando estive 5 anos no estrangeiro. É impossivel não sentir o orgulho, a alegria como aqueles dias do Campeonato da Europa em Portugal ou no Mundial da Alemanha. Sinto o meu FC Porto de forma mais apaixonada e mais presente, mas na hora das decisões sou muito Português e estou com a minha selecção. Isso a mim ninguém me tira muito menos uns "moiramas" com o seu centralismo bacoco. Concordo com várias abordagens feitas neste bom tópico no que concerne por exemplo aos calendários de competiçoes como a Copa América e Africana e da protecção por vezes exagerada dada aos selecionadores e em mais uns quantos pontos .Mas o meu orgulho em ser Portugues e sofrer com a selecção de Portugal está bem definido.
ResponderEliminarConcorde-se ou não, a opinião de cada um deve ser respeitada. Por mim esse respeito não deve nem será esquecido, muito embora não comungue com o princípio que exaustivamente argumentou como ideia base, ou seja e se bem entendi, a nossa selecção tem para si uma valia menor do que aquela que dedica ao nosso clube. Na paixão ao Futebol Clube do Porto arrisco uma equiparação a sua, mas naquela que dedica a selecção permita-me discordar, pois nunca serei capaz de a dissociar do símbolo que ela representa. Perdoe-me, mas não confundo as paixões que me despertam a bandeira Portuguesa e a do meu clube de sempre.
ResponderEliminarWell I believe that current Portugal team is the best and despite being unable to win the 2010 world cup it certainly has the potential to be a potent force in coming world cup.We just need to support the team.
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