10 dezembro, 2011

Arrepiar caminho!

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Foi preciso os nossos jogadores verem a passagem na Champions comprometida para começarem a jogar à bola. É justo reconhecer que deram tudo (por nós?) para vencer contra o Zenit. Na eminência de verem os seus passes desvalorizarem a pique, Álvaro Pereira e companhia voltaram a puxar pelo cabedal como faziam o ano passado e foi o que se viu: um massacre. Só não seguimos em frente porque os russos estacionaram o avião em frente da baliza. Aquele esmagamento infligido aos soviéticos merecia melhor sorte. Àquele rafeiro nojento que andou lá no campo e que mija como os cães devíamos ter dado o desprezo que merecem os vermes em vez de assobiar (só lhe demos uma importância que um jogador medíocre como aquele não merecia). A verdade é que apenas nos faltou o merecido golo. Tivéssemos um Incrível um bocadinho mais inspirado e talvez a sorte fosse diferente.

Enfim, não foi na terça-feira que falhámos a qualificação. Se tivéssemos aquela atitude em todos os jogos, a nossa situação actual seria muito diferente. Talvez se possa dizer que se não fossem aqueles últimos 30 segundos em Chipre, hoje estaríamos nos oitavos-de-final. É verdade. Mas também é verdade que não se pode mudar o passado apenas podemos mudar o futuro. A Liga Europa é uma segunda divisão do futebol europeu. No entanto, enquanto vencedores em título temos uma obrigação adicional nesta competição. A presença de equipas como a Manchester United e o Manchester City irá animar a competição e servirá de motivação adicional para os nossos jogadores. Afinal, estamos a falar do campeão inglês e finalista vencido da última Champions e do actual líder da Liga Inglesa.

Repito o que já escrevi nestas linhas: precisámos de um avançado de classe mundial urgentemente. É um facto que o Hulk foi o melhor marcador do último campeonato, mas todos sabemos que apesar de marcar muitos golos o Incrível rende muito mais nos flancos. E, por favor, não venham com brincadeiras de Djalós (como vi hoje escrito em alguns pasquins) e outros pernetas que tais. Para isso, prefiro um milhão de vezes os que já cá estão. O Porto sempre se distinguiu por ter os pontas-de-lança mais mortíferos (Jardel, McCarthy, Lisandro, Falcao, etc). Este ano, não pode ser excepção. Não vou dar bitaites sobre possíveis contratações. Deixo isso para a SAD e para a estrutura. Até hoje, a prospecção do Porto tem sido ultra-eficaz, por isso nem me atrevo a mandar nomes para o ar. Embora confesse que, à falta de melhor, o Éder da Académica até podia ser uma solução a equacionar.

Um pouco contra a corrente, tenho defendido (e, até ver, continuarei a defender) a continuidade de Vítor Pereira até ao final da época. Apesar de à semelhança de muitos portistas discordar de algumas substituições que são feitas, acho que o maior defeito do mister não está a nível técnico mas assim em alguma falha na comunicação. Não digo em termos de forma porque o professor Vítor Pereira expressa-se bem e não dá calinadas (ao contrário de outro que nós conhecemos). A questão está na abordagem que é feita aos jornalistas e à comunicação social. Um treinador do Porto não tem que justificar aos jornalistas de Lisboa o porquê de cada substituição que fez. Isso é o que fazem os treinadores da Naval e do Feirense. Nós somos vencedores da Liga Europa, batemos todos os recordes a época passada, não perdemos há quase duas épocas para o campeonato por isso não temos que justificar nada a ninguém muito menos a jornalistas manhosos que só querem o nosso mal. Mesmo não concordando com uma substituição ou outra, não quero ver o treinador do Porto a justificá-la perante os energúmenos da comunicação social da capital. Isso apenas coloca o nosso mister numa posição de fragilidade. Ainda por cima, sabendo nós que quem domina a comunicação social portuguesa são os interesses centralistas que não suportam o enorme sucesso do Porto.

Outro exemplo: hoje, o nosso treinador veio dizer que "não tem sido uma época de grandes sucessos". Tudo bem que fomos eliminados da Champions, mas a hora das grandes decisões ainda está longe de chegar. Mais uma vez, o nosso treinador caiu numa armadilha montada pelos jornalistas mouros que vão às conferências de imprensa à cata deste tipo de frases. Aliás, todos sabemos que a Liga é a competição mais ambicionada e aí nós somos líderes e temos dado uma boa resposta. Não há motivos para dramatismos nem para frases desmoralizadoras.

Sei que vamos ser campeões esta época. Sei isso porque, apesar de todo o mal que nos desejam, o portista vence sempre, acumula e nunca está satisfeito. Somos insaciáveis de títulos, por natureza. Mas, acima de tudo, o portista ama o clube como nenhum outro sabe fazer.Somos Porto, somos os melhores e os mais competentes deste país. Todos juntos venceremos outra e outra vez. Somos portistas de coração e como dizia alguém: "Somos mais que mil, somos um!".

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