http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Depois de um ano quase todo AZUL está quase no final a bizarra época de um período alargado de férias para o pessoal da bola.
Período esse onde somos obrigados a engolir coisas como 'o Eusébio já conseguiu beber um copo de água sozinho' e onde outras como o prémio carreira nos Globe Soccer Awards, que envergonha uma qualquer gala da Confederação do Desporto de Portugal (leia-se lisboa), são vergonhosamente deixadas para cantos de páginas ou curtos minutos de televisão.
Em relação à segunda o mãozinhas, de cinismo mais alto que a Burj Khalifa, diz até que como foram cerimónias privadas não careceram de tal publicitação.
- Ó mãozinhas, olha a judite! - boca do Rato.
Ano novo, bida noba.
O caraças, tá tudo como dantes!
Até o quartel-general em Abrantes.
O Sr. Pais continua a fazer classificações à sua moda.
O Sr. Serpa a imitar o JN com entrevistas encomendadas.
E os Srs. da manha a venderem a equipa do FC Porto.
Bem chega de encher pneus.
Calcem as pantufas, aconcheguem-se no sofá, acendam (ou não) um cigarro e desfrutem (ou não) de uma história.
Não do passado nem do futuro mas do presente.
Mas não aquele presente que estavam à espera no Natal.
Vai uma história passada há já muito tempo.
Há muito e tanto tempo que o próprio Tône não sabe se se lembra dela completa.
Era uma vez um menino a quem nem sequer valia a pena perguntarem-lhe o que queria ser quando fosse grande.
A resposta, quisesse o mesmo ou não, era invariavelmente a mesma:
- Benfiquista.
Tinha de ser. Ora sendo ele filho único de um benfiquista, que outra coisa, clube ou destino poderia ter?
Cabisbaixo e matutando sobre o assunto o miúdo, que não tinha vontade alguma em seguir as cores clubistas do seu pai, entristecia.
Até que um dia se encheu de coragem e decidiu enfrentar o pai com o assunto.
O Pai que era um homem compreensivo respondeu-lhe.
- Filho, eu, quando tinha a tua idade tb. não queria ser benfiquista, queria ser arquitecto, mas o teu avô deixou-me esta obrigação, que poderia eu fazer?
Pelos vistos o Pai era muito dado a essas coisas de construções.
Era vê-lo no meio de projectos de escolas, hospitais, prédios.
Até discutia com os arquitectos e engenheiros como se fosse um deles.
- Se não tivesses de ser benfiquista, o que é que gostarias de ser quando fosses grande? - perguntou o Pai ao filho.
- Gosta de ser Portista - respondeu o miúdo.
- Não vai ser fácil. - um Portista filho de benfiquista não era muito comum naquele tempo.
- No entanto vou pensar no assunto - prometeu o Pai.
E em segredo começou a projectar um grande estádio de futebol. Desenhou tudo muito bem desenhado, como um verdadeiro arquitecto.
- Ficam ao teu cuidado, para que tu construas o estádio, quando fores grande.
- Mas o pai podia mandar construir o estádio agora. - retorqui o miúdo.
- Não, fica à tua responsabilidade. Quando eu morrer ficas com o projecto e mandas então construir o estádio.
E assim sucedeu.
O miúdo tornou-se grande, arquitecto e... Portista.
E ao estádio deu o nome de Dragão, em honra ao senhor seu pai, que tinha querido ser arquitecto e muito provavelmente... Portista.
Período esse onde somos obrigados a engolir coisas como 'o Eusébio já conseguiu beber um copo de água sozinho' e onde outras como o prémio carreira nos Globe Soccer Awards, que envergonha uma qualquer gala da Confederação do Desporto de Portugal (leia-se lisboa), são vergonhosamente deixadas para cantos de páginas ou curtos minutos de televisão.
Em relação à segunda o mãozinhas, de cinismo mais alto que a Burj Khalifa, diz até que como foram cerimónias privadas não careceram de tal publicitação.
- Ó mãozinhas, olha a judite! - boca do Rato.
Ano novo, bida noba.
O caraças, tá tudo como dantes!
Até o quartel-general em Abrantes.
O Sr. Pais continua a fazer classificações à sua moda.
O Sr. Serpa a imitar o JN com entrevistas encomendadas.
E os Srs. da manha a venderem a equipa do FC Porto.
Bem chega de encher pneus.
Calcem as pantufas, aconcheguem-se no sofá, acendam (ou não) um cigarro e desfrutem (ou não) de uma história.
Não do passado nem do futuro mas do presente.
Mas não aquele presente que estavam à espera no Natal.
Vai uma história passada há já muito tempo.
Há muito e tanto tempo que o próprio Tône não sabe se se lembra dela completa.
Era uma vez um menino a quem nem sequer valia a pena perguntarem-lhe o que queria ser quando fosse grande.
A resposta, quisesse o mesmo ou não, era invariavelmente a mesma:
- Benfiquista.
Tinha de ser. Ora sendo ele filho único de um benfiquista, que outra coisa, clube ou destino poderia ter?
Cabisbaixo e matutando sobre o assunto o miúdo, que não tinha vontade alguma em seguir as cores clubistas do seu pai, entristecia.
Até que um dia se encheu de coragem e decidiu enfrentar o pai com o assunto.
O Pai que era um homem compreensivo respondeu-lhe.
- Filho, eu, quando tinha a tua idade tb. não queria ser benfiquista, queria ser arquitecto, mas o teu avô deixou-me esta obrigação, que poderia eu fazer?
Pelos vistos o Pai era muito dado a essas coisas de construções.
Era vê-lo no meio de projectos de escolas, hospitais, prédios.
Até discutia com os arquitectos e engenheiros como se fosse um deles.
- Se não tivesses de ser benfiquista, o que é que gostarias de ser quando fosses grande? - perguntou o Pai ao filho.
- Gosta de ser Portista - respondeu o miúdo.
- Não vai ser fácil. - um Portista filho de benfiquista não era muito comum naquele tempo.
- No entanto vou pensar no assunto - prometeu o Pai.
E em segredo começou a projectar um grande estádio de futebol. Desenhou tudo muito bem desenhado, como um verdadeiro arquitecto.
- Ficam ao teu cuidado, para que tu construas o estádio, quando fores grande.
- Mas o pai podia mandar construir o estádio agora. - retorqui o miúdo.
- Não, fica à tua responsabilidade. Quando eu morrer ficas com o projecto e mandas então construir o estádio.
E assim sucedeu.
O miúdo tornou-se grande, arquitecto e... Portista.
E ao estádio deu o nome de Dragão, em honra ao senhor seu pai, que tinha querido ser arquitecto e muito provavelmente... Portista.
Estilhaço, começas bem o ano...
ResponderEliminarNa parte final ainda cheguei a pensar numa coisinha má, mas depois... não era nada, apenas uma homenagem ao criador do Dragão que, talvez por ser muito cedo, não cheguei a perceber se era Pinto da Costa ou Manuel Salgado.
Abraço