SÓ, SÓ, SÓ MAIS UM???

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A expressão do título do meu post (não na interrogativa, mas sim na exclamativa) é habitualmente muito usada aquando de goleadas, momentos em que o público está em êxtase a ver a sua equipa dominar e ser avassaladora, sendo eminente a obtenção de mais um golo.

Pois, só que eu não a usei por causa de momentos de êxtase, satisfação ou glória... pelo contrário.
Apetece-me antes usá-la para perguntar ou meramente pressupor se vamos ter daqui até final da época mais algum bébé chorão que não goste de ser substituído ou posto em causa, e que como tal dê nota do seu mau profissionalismo. Será possível ainda virmos a ter mais algum????

Em Barcelos, fomos brindados com o comportamento deplorável de Álvaro “Burro” Pereira, Cristian “Eskada” Rodriguez e Nicola “Gordo” Otamendi. Deplorável, não! Cobarde e vergonhoso, pois o gang sul-americano analisou bem quem eram os adeptos em causa, não fossem correr o risco de do outro lado estar alguém ainda mais maluco do que eles, ou então, inclusivamente colegas das saídas nocturnas semanais.
Nada lhes aconteceu, tudo numa boa, ninguém viu, toda a gente assobiou para o lado!

No último sábado, foi a vez de Rolando “O Furo” protagonizar mais uma cena que apenas estávamos habituados a ver noutras paragens. O cabo verdiano, qual estrela incontestável do futebol mundial, não gostou de ser substituído pela segunda vez consecutiva, e vai daí, demonstrou toda a sua falta de profissionalismo e respeito não só pelas opções do treinador, como pelos próprios colegas que têm toda a capacidade para também poderem ocupar o mesmo lugar que ele. O curioso é que o menino em causa, está agora a ter aquilo que há muito merecia, pois tem feito uma época a roçar o mau.
Mais uma vez, nada lhe aconteceu e a nossa tv oficial até fez questão de mostrar uma imagem de Rolando a cumprimentar os técnicos num treino, sublinhando-o como sendo elucidativo de não existir qualquer mau estar. Bom, já só faltava o seguidor de Cesária Évora dar-se ao luxo de ser o único atleta a não cumprimentar a equipa técnica nos treinos....

Mas agora pergunto eu: o que é necessário para um jogador ter severamente punido pelos seus comportamentos?? Já percebemos que não cumprir o regulamento interno em termos de horários nocturnos, não é razão para tal. Tentativa, ou até mesmo, agressão a adeptos, também não é razão. Utilizar as redes sociais para “desabafar”, pondo em causa as decisões de superiores, também não é razão suficiente. Não cumprimentar colegas ou técnicos quando substituídos, atirar com coisas contra o banco, etc, também parece ser normal. Será preciso cuspir na camisola ou insultar o Presidente para que algo aconteça aos super protegidos, pagos a peso de ouro, bébés chorões que envergam as nossas cores?
Onde estão os tempos em que éramos um exemplo de disciplina? Pelos vistos, são tempos bem longínquos...

Depois, ficamos admirados que, por exemplo, Kelvin e Iturbe façam desabafos nas redes sociais. Miúdos que chegam ao Porto, não conhecem a nossa cultura e a nossa mística (onde é que ela anda???), vêm tantos exemplos deste género, que até percebo que depois se comportem como se estivessem noutro clube qualquer, não tendo qualquer preocupação em medir as palavras utilizadas.

Podemos perder campeonatos ou taças, mas há coisas que não podemos perder: o rigor e a disciplina!
Perde-los significa hipotecar o futuro,pois readquiri-los tem o dobro da dificuldade!

Deixo apenas aqui algumas notas para reflexão: será que a escolha dos atletas que constituem o nosso plantel, ainda tem em consideração os aspectos de formação humana que antigamente eram considerados? Será que ainda nos preocupamos em contratar grandes jogadores e grandes homens, ou os pressupostos são outros? Não será que a ausência de um verdadeiro líder de balneário, uma referência do clube, permite mais facilmente a ocorrência destas situações?

Como diria o nosso Presidente, “Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí”.
Não sei qual é o caminho certo, mas este não é de certeza!

PS – Como gosto de estar atento aos pormenores, e como tal reparei no que ocorreu no nosso banco aquando do terceiro golo no estádio “sem” luz... Paulinho Santos ao colo de Nelson Puga.
Pois é, uns diriam coincidência, outros nem tanto.
Eu sou dos que digo que os verdadeiros Portistas conhecem-se, atraem-se, juntam-se e não é preciso pedir que o façam pois é automático e não forçado.
DOUTOR, PAULINHO, são vocês os quepodem transmitir os valores do Futebol Clube do Porto nessebalneário...ajudem-nos!!!!