Tangas, Liderança e Confiança

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1. Ao contrário do que de repente os jornais de lisboa querem fazer acreditar, o campeonato ainda não está fechado, o título ainda não está conquistado, ainda há muito suor para escorrer. O que eles querem é adormecer o dragão, embalá-lo na conversa das vitórias antecipadas, tentando desta forma contribuir para um desleixo que nos leve a facilitar.
Se dúvidas existissem sobre as dificuldades que ainda temos de enfrentar, bem como sobre se o nosso rival ainda acredita ou não no título, o último fim de semana não deixou dúvidas sobre é isso: é óbvio que ainda vamos ter que correr muito pois o nosso rival ainda acredita que nos pode ultrapassar, pois só dessa forma se percebe a escabrosa nomeação de Bruno Paixão para o slb-marítimo, numa autentica jogada desesperada de utilização de um mentecapto deste género, com 20 minutos iniciais ao melhor nível deste fulano, bem como a inequívoca falta de vontade competitiva que os marítimistas demonstraram.
Ora, quem não acredita piamente que ainda pode ser campeão, não joga de forma tão descarada estas cartadas, em autenticas manobras desesperadas que nem se preocupam em ser um pouco menos escancaradas.
É portanto essencial que não nos deixemos “comer de cebolada”, pois ou muito me engano, ou o jogo do próximo sábado nos Barreiros, vais-nos trazer um brinde com apito na boca, que tudo fará para impedir a conquista dos 3 pontos.

2. Por estes dias, muito se tem falado sobre os 30 anos de presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa. Sucedem-se os parabéns e agradecimentos. Para mim, este homem é o mais importante da história do nosso clube, aquele que dedicou toda uma vida a uma causa, e se é verdade que os católicos acreditam que Deus deu a vida por nós na cruz, então Pinto da Costa deu a vida por nós e pelo Futebol Clube do Porto, dedicando ao clube os melhores anos da sua vida, abdicando da família e dos amigos, procurando meramente a conquista de títulos que a todos nos encheram e enchem de alegria. Perante isto, quando dizem que exagero ao dizer que Pinto da Costa é um Deus, não, para mim e para todos os portistas, Pinto da Costa é um Deus pois deu a vida por nós.

O que é facto é que diversas qualidades lhe têm sido identificadas e méritos reconhecidos. PC, qual mágico capaz de antever o futuro, parece ter tido vontade de comemorar os seus 30 anos de presidência, com mais uma demonstração cabal da sua capacidade de distinção perante todos os outros. Na verdade, a época em curso, é a prova provada de que temos um presidente diferente de todos os outros. Perante as mais diversas incidências que foram ocorrendo ao longo da época, quantos teriam mantido o treinador? Quantos teriam tido a capacidade e coragem de o manter intocável até final, mesmo nos momentos de maior contestação? Quantos não teriam cortado no elo mais fraco?
Mas não... Jorge Nuno, mostrou mais uma vez que é um estratega diferente, um homem que domina o futebol e todas as suas nuances como ninguém, alguém que consegue manter aos 74 anos uma clareza de ideias e raciocínio capazes de fazer inveja a qualquer um.

3. Sem me alongar muito, há um tema que não consigo deixar de abordar ou passar ao lado. Julgo que todos ficamos em choque com a derrota do hóquei no passado sábado em Espinho. Não só pela derrota propriamente dita, como também pelos números em causa, foi um momento mau, mas que nos deve levar a reflectir, não pensando que há coisas que são obra do acaso.
Pessoalmente não gosto de ver escancarado nos jornais as movimentações dentro do plantel com vista à época seguinte, quando ainda estamos com esta em curso, e ainda com tanto para resolver. Não considero que isso seja positivo para a estabilidade do grupo e de quem o lidera. Longe de mim pôr em causa o profissionalismo de alguém, mas há coisas que têm os seus timings, e este não é o timing. Ainda para mais num grupo fragilizado pelas constantes demoras no pagamento de salários, um grupo que foi completamente isolado da realidade da esfera do clube e que se de facto quer alcançar o 11º título, terá que contar apenas consigo e com os fiéis adeptos que os acompanham.
É que deixo apenas aqui uma pequena nota de reflexão: alguém percebe a presença assídua no Dragão Caixa, e até fora dele, de algumas pessoas da nossa estrutura nos jogos de andebol e basket, por contraponto com uma presença exporádica nos jogos do hóquei? Porque será?
À hora a que escrevo, ainda não se realizou o jogo com a Oliveirense, mas tenho total confiança na vitória, bem como na força de todo o grupo de trabalho liderado superiormente por esse grande dragão Tó Neves, em ultrapassar todas as dificuldades e voltarem a ser campeões, derrubando tudo e todos que lhe apareçam pela frente

ATÉ À PRÓXIMA, se possível, JÁ COM O TÍTULO GARANTIDO!