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Quando “uma coisa a que chamam clube” atinge uma final da Taça dos Campeões Europeus, através de um golo escandalosamente marcado com a mão em 1990, num jogo frente ao Marselha, episódio que ficou celebrizado como a “mão do Vata”… de referir que “essa coisa” atingiu a final da Taça dos Campeões nesse ano, e não Liga dos Campeões no actual formato, feito às medidas dos tubarões e que o FC Porto brilhantemente venceu em 2004. Nessa época, “essa coisa” venceu autênticos colossos europeus para chegar à final como por exemplo o Derry City, o Honved ou o temido Dnipro, ou seja, eliminou os fortíssimos campeões da Irlanda do Norte, Hungria e Ucrânia! Era assim que “essa coisa” chegava às finais da taça dos Campeões. Ganhando aos campeões da Irlanda do Norte e da Hungria e marcando golos com a mão nas meias-finais.
Quando “uma coisa a que chamam clube” venceu grande parte dos seus campeonatos nas décadas de 50, 60 e 70, décadas onde a podridão da ditadura escondia a imensa corrupção que havia no país, quem ousasse afrontar os poderes instalados, acabava preso e torturado. Era o tempo em que não havia televisões, youtubes e em que a comunicação social se resumia à Bola. Aliás, basta lembrarmo-nos de um célebre jogo “dessa coisa” frente à CUF em 1959, jogo arbitrado por um rapaz chamado Calabote, para se perceber como era na altura. É multiplicar o que aconteceu nesse jogo por 30 ou 40 anos para se perceber da transparência que grassava no futebol português. Muitos penalties, muitas expulsões, muitos minutos de compensação...
Quando “uma coisa a que chamam clube” ganha um campeonato, vencendo o jogo decisivo através de um golo com clara falta sobre o GR na pequena área, até uma criança de 5 anos sabe a lei de que “ao mínimo toque no GR na pequena área é assinalada falta”. O arbitro desse jogo não sabia ou pelo menos esqueceu-se dessa lei! Aconteceu em 2005 no salão de festas num jogo frente ao sporting e depois dessa vitória, lá foram campeões. Esse foi um ano com estatísticas impressionantes: foi o pior campeão de sempre, os últimos 10 ou 15 golos desse clube foram todos marcados de bola parada, o plantel “dessa coisa” tinha portentos como Fernando Aguiar, Bruno Aguiar, Alcides e outras preciosidades. E mesmo assim foi campeão. Ah, nesse ano, até foram mudados ilegalmente jogos de Lisboa para o Algarve. Aquilo sim, foi uma mentira desportiva...
Quando “uma coisa a que chamam clube” ganha uma taça da Liga, denominada posteriormente taça Lucílio Batista, em que estando a perder por 1/0 a 15 minutos do fim, lhe é assinalado um penaltie a favor num lance em que a bola bateu no peito de um jogador adversário. Foi o golo do empate, o jogo seguiu para prolongamento e “essa coisa” lá venceu a tacita nos penalties. Foi em 2009, num jogo disputado no Algarve frente ao sporting. De referir que na edição anterior dessa mesma competição, num jogo disputado na Reboleira, um sr. chamado Duarte Gomes também tinha assinalado um penaltie a favor “dessa coisa” depois da bola ter batido na cabeça de um jogador do Estrela da Amadora. Nesse jogo, esse penaltie evitou a eliminação “dessa coisa”.
Quando “uma coisa a que chamam clube” ganha um campeonato depois do melhor jogador do seu rival ter sido suspenso por 4 meses, e de posteriormente se concluir num órgão de jurisdição superior que esse castigo devia ter sido de apenas 3 jogos. Ou seja, esse jogador esteve indevidamente castigado durante 3 meses e tal. Foi em 2010 e o artista que indevidamente (como se veio a provar posteriormente) castigou esse jogador foi o sr. ricardo costa, o melhor ponta-de-lança “dessa coisa” nos últimos 40 anos. A mentira desportiva no seu esplendor!
Quando “uma coisa a que chamam clube” cujo seu símbolo maior, alguém que confunde tremoço com marisco e que nem falar sabe (é o paradigma da estupidez que representa aquela agremiação), foi proibido de ser transferido para o estrangeiro pelo ditador que governava Portugal na altura. Era o tempo em que até a transferência de jogadores era proibida em Portugal. Foi também com base nessas “especificidades” do regime que “essa coisa” construiu grande parte do seu sucesso. A instrumentalização de instituições privadas pelo regime com claras intenções de abafar a podridão do mesmo. Há um facto inegável: quem ganhou mais em ditadura foi “essa coisa”! Outro facto inegável: quem ganhou mais em democracia foi o FC Porto! As vitórias “dessa coisa a que chamam clube” foi baseada em todos os ingredientes de uma verdadeira ditadura. A falta de liberdade, o carneirismo (que ainda hoje é bem visível), a instrumentalização de tudo e mais alguma coisa, a máquina de propaganda com o objetivo de difundir mentiras que apenas têm como objetivo iludir as pessoas. Esse clube irradia os tiques de uma ditadura: o pensamento único (a historia dos 6 milhões de carneiros), a falta de liberdade e a difusão repetitiva de mentiras!
Por tudo isto e por muitas outras coisas, o departamento de comunicação do FC Porto fez MUITO BEM em ter respondido à altura aos ataques torpes, baixos e sobretudo inacreditavelmente fantasiosos que o dirigente máximo daquela “coisa a que chamam clube” fez durante a semana que passou. Só tenho uma dúvida: é saber se os básicos que escreveram o discurso para o tal “leitor”, percebam alguns dos pontos do brilhante comunicado do FC Porto! Se calhar ainda hoje estão para decifrar a diferença entre risco e linha, e o porquê da palavra coca-cola ter 4 letras para alguns. Exactamente por serem BURROS como uma porta! E espero que continuem a colocar a sua burrice ao serviço da total incompetência que reina no tal clube dos 6 milhões!
PS: Duas notas de elogio. A primeira vai para Jesualdo Ferreira, o treinador tricampeão nacional pelo nosso clube, que no Panathinaikos, um clube sem direcção, sem dinheiro e inserido num país em total caos, conseguiu o apuramento para a Liga dos Campeões, num campeonato dominado há já vários anos pelo Olimpiakos, onde até foram retirados pontos ao Panathinaikos na secretaria! Parabéns pelo bom trabalho e que continue a ter boa sorte na sua vida, Prof. Jesualdo! Em segundo lugar, endereço o meu total apoio à luta que o Celta de Vigo está a travar pela subida à 1ª liga espanhola. Força Celta, vocês são capazes!
Caro RCBC: muito bem, de acordo, sobre o que dizes dessa “coisa a que chamam clube”. Mas deixa lembrar-te, por favor, mais uma que me mexe com os “fígados”: até á década de 80 (portanto anos após o 25 de Abril) o presidente da FPF tinha de ser, obrigatoriamente, do 5LB, do SCP ou dos de Belém! Isto era a “verdade desportiva” dessa “coisa a que chamam clube”!
ResponderEliminarAplaudo, também, Jesualdo, o nosso Tricampeão! Apoio, também, para o Celta. A nossa origem (povo portucalense) está, quiçá, nos Celtiberos. Não esqueçam: os Galegos são nossos irmãos, não os mouros.
Abraço AZUL MUITO FORTE
Li atentamente o seu “post” e devo, desde já dizer, que me associo a tudo quanto refere em relação a “essa coisa” que dá pelo nome de SL Benfica (ou malfica ou nem deviaficar).
ResponderEliminarO que de todo lamento, deixe-me dizê-lo, é a politização dos títulos e das vitórias que, infelizmente, há uns tempos para cá, tem vindo a vulgarizar-se por muitas vozes e a tomar formas que ultrapassam o campo estritamente desportivo, tomando, assim, um aspecto absolutamente demagógico e falso.
Vivo com intenso orgulho e satisfação as vitórias do meu Clube da minha Cidade e da minha Região. Mas não sou democrata!
Porque para mim, democratas são: o Sr. Cavaco Silva, o Sr. Durão Barroso, o Sr. José Oliveira e Costa, o Sr. Dias Loureiro, o Sr. Mário Soares, o Sr. Sócrates, o Sr. Isaltino Morais, o Sr. Vítor Constâncio… eu sei lá…, tantos e tantos excelentes democratas que se afadigaram a enriquecer enquanto o País, o nosso PORTUGAL, com quase novecentos anos de História, vai definhando e desaparecendo, numa dolorosa e vil agonia.
O que o FC Porto conseguiu nestes últimos 30 anos, apesar da inveja, dos interesses instalados, da maledicência dos lacaios da imprensa (comummente chamada imprensa livre) da sobranceria da capital, deve-o, exclusivamente, à capacidade de um líder, de um homem devotado em que se pode ver o génio olhando para a qualidade daqueles de quem se soube rodear e com ele partilhar um sonho e um caminho. Honra ao Presidente e àqueles que o acompanham e acompanharam.
Visões de êxitos ligados a sistemas, políticos ou não, é o discurso da incompetência dos nossos rivais. Não me peçam que me associe a esse tipo de raciocínio porque não o partilho. Sou Portista mas não faço leituras arrevesadas baseadas no regime anterior ou no vigente, porque se um tinha defeitos este liquida-nos. O remédio está ser bem pior que a doença.
Excelente texto.. que mais não é que um verdadeiro banho de realidade para alguns...
ResponderEliminarObrigado!
Meus caros amigos isto devia estar no facebouk para que esses ceguêtas pudessem ler e ficarem a saber aquilo que o Charmain da agremiação moura lhes impinge cada vez que abre a caramalheira,façam isso e dêem algum gozo a essas galinhas.
ResponderEliminarCaro Carlos Rangel
ResponderEliminarCompreendo perfeitamente o seu ponto de vista e até concordo que não existe nenhuma associação entre o poder politico e o futebol atualmente, muito menos com as vitórias ou derrotas de qualquer clube… Mas essa separação de poderes, tal como nas outras áreas da sociedade, só aconteceu depois do 25 abril, porque antes, e como muito bem referiu o Dragão Azul Forte relativamente à escolha do presidente da federação, a podridão era muito grande. E é inegável que os 3 B´s eram os protegidos do regime, porque estavam em lisboa… E como uma das principais características de regime ditatorial é a centralização de poderes e interesses, essa centralização fazia-se sentir também no futebol. O lema da ditadura era “lisboa é Portugal e o resto é paisagem”… E isto no futebol era ainda mais evidente…
Não querendo entrar numa discussão do foro político, permita-me também dizer que apesar de todos defeitos do regime democrático, este acaba por ser o menos mau dos sistemas. Apesar de tudo, muito melhor que as ditaduras podres que não admitem quem pensa de forma diferente… Provavelmente, Portugal está como está porque ainda tem ainda muitas características do antigo regime (foram 40 anos)… E que melhor exemplo para dar, senão “essa coisa a que chamam clube”… Como digo no meu texto, têm tudo a ver com regimes ditatoriais, a propaganda, as mentiras, o pensamento único…
Agora, também estou totalmente de acordo que o FC Porto deve o seu sucesso essencialmente a um único homem: Pinto da Costa! Até porque como se vê no atual presidente da câmara, o poder politico da cidade há anos que ignora o FC Porto e não é por isso que o clube deixou de ganhar…
Aos restantes amigos, o meu obrigado pelas palavras elogiosas ao texto! Essa autentica máquina de propaganda e de mentiras que “essa coisa a que chamam clube” faz tem de continuar a ser denunciada alto e bom som! E blogs de referência como este fazem um ótimo trabalho nesse sentido!
RCBC: muito bem, também, em relação ao texto nesta caixa de comentários. Não podia deixar de te dar os parabéns!
ResponderEliminarAmigo: os poderes instalados em Lisboa, a "capital do Império", não deixam de nos sonegar aquilo s que temos direito. Apesar da "democracia" muita coisa continua igual ao "antigamente". Mas o que tu dizes, e bem, pode resumir-se a isto: do mal o menos, agora podemos, no mínimo, chamar-lhes centralistas, déspotas e até fdp. Não resolve, de todo, o que nos prejudica. Mas, os tempos são outros, "batemos" nos gajos e até lhe apagamos as luzes. E mandamo-los para a pqop. Resistiremos até à vitória final: A IGUALDADE ENTRE NORTE E SUL! Até lá, até ganharmos a guerra (ou até à separação???), vamos ganhando as batalhas.
Grande abraço.
Fernando Moreira
Grande texto...um único acrescento: o tal que confunde tremoço com marisco admitiu publicamente que quando representou o Beira-mar propositadamente não marcou nem se esforçou por tal, quando jogou contra o clube que representava o estado da ditadura.
ResponderEliminarEsta é a única verdade desportiva que eles defendem...a verdade deles corresponde ao pior período que este país viveu.
Ex fimose.
ResponderEliminarExcelente post, como sempre.
Bem lembrado, Bruno5!
ResponderEliminarDe facto, este poderia ser mais um episódio a figurar no meu post. No fundo é a prova da verdade desportiva do antigamente. Como tinha jogado “naquela coisa a que chamam clube”, e mesmo que já representasse outro clube que lhe pagava para fazer o seu trabalho, achou por bem recusar-se a jogar (mesmo estando em campo)…
E o mais inacreditável é que isto foi admitido pelo próprio, sem que a inefável comunicação social fizesse qualquer apreciação sobre isso. Até acharam piada e riram-se da nobre atitude do símbolo maior da agremiação em se ter recusado a marcar livres ou a fazer o que quer que fosse contra o seu antigo clube…
Valha-nos blogs como este que desmascaram o mito da “verdade desportiva” daquela “coisa a que chamam clube”!
Excelente!
ResponderEliminarÉ sempre bom lembrar a verdadeira história dessa coisa a que chamam clube