http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Num país que vive agora iludido com a sua seleção, a tal que até há pouca era “besta” e agora é “bestial”, onde somos apelidados por altas figuras da nação como “piegas e chorinhas”, onde há um se dê ao luxo de ganhar milhões mas propor a redução de salários como sendo a solução da crise, onde estamos contentes pelo aumento da exportações mas não percebemos que esse ganho de competitividade é à custa da redução dos salários dos trabalhadores, num país de merda onde se aconselha os jovens a emigrarem, sim num país de merda, resta o FC Porto para levar o seu nome bem alto, pois nem o mítico CR7 o consegue fazer de forma tão elevada, sempre a entrar em picardias parvas com Messi, recebendo do outro lado um ensurdecedor silêncio.
Mas é num país subserviente à Sra Merkel e ás políticas europeias, sejam elas ou não um desastre para nós, que eis senão quando alguém se lembra de fazer frente aos tratados europeus. Qual Primeiro Ministro, Presidente da República ou Ministro das Finanças... não! A autoridade máxima em Portugal, a única capaz de enfrentar tratados em vigor é a Polícia de Segurança Pública.
O Tratado de Schengen, assinado em Outubro de 1996 e que me vou escusar a explicar pois podem percebe-lo AQUI, muito sucintamente liberaliza a circulação de pessoas e bens dentro dos países aderentes... Portugal foi um deles!
No entanto, pela segunda vez em poucos anos, mais uma vez esse tratado foi desrespeitado por obra e graça da divina PSP, impedindo de forma ridícula, descabida e prepotente, a presença de elementos afectos ao FC Porto no pavilhão “sem luz” mas “com nevoeiro”.
Num famoso 25 de Abril de 2007, fui um dos que tentou exercer o seu direito de cidadão livre e marcar presença no referido recinto “pseudo-desportivo”. Não o pude fazer pois na portagem onde aparentemente termina o espaço Schengen, se encontravam dezenas de PSP's artilhados até aos dentes, encapuçados e de shotgun em punho, que nos fizeram o favor de acompanhar no sentido inverso, qual fronteira de guerra entre espaços dominados por talibans e forças aliadas.
5 anos depois a coisa evolui!
Desta vez fizeram o favor de impedir a partida dos tais insanos que julgam que o sul do país faz parte do acordo de Schengen, intimando-os no dia anterior ao jogo a permanecer na sua cidade, pois se não o fizessem, onde quer que fossem avistados (auto-estrada, estrada nacional, estação de comboios, aeroporto ou eventual tanque de guerra) seriam automaticamente recambiados para o destino.
Estes anti-europeus, justificaram esta medida com o facto de só termos em nossa posse bilhetes comprados com cartões de sócio slb, os quais são pessoais e intransmissíveis, logo não poderíamos entrar no pavilhão do nevoeiro. Pois... mal eles sabiam, que também iríamos ter acesso a convites normais, logo nunca nos poderiam impedir de entrar. Uma vergonha nacional, um escândalo europeu, uma merda digna de um país social e culturalmente atrasado!
O que eles queriam nós bem sabemos: ganhar à força toda, nem que para isso fosse preciso ameaçar de morte árbitros ou adversários (Sérgio Silva não deixa dúvidas), criar um nevoeiro denso apenas comparável à Choupana, fazer chover junto da baliza do Edo, incorrer em erros técnicos gritantes disfarçados com relatórios anedóticos, etc, etc, etc.
Era preciso fabricar um campeão, era preciso fabricar algo que nem as constantes mudanças de regulamentos foram capazes de fazer. Não nos deixaram ganhar, não nos deixaram ser campeões, roubaram-nos dentro de fora do campo, fizeram de nós os parolos da província, e pior do que isso: nós comemos e calamos, bem ao jeito dos tempos anteriores à democracia.
Ora, se tudo o que ocorreu me enoja, confesso que fico estupefacto pelo silêncio que impera para os nossos lados. É para mim absolutamente incompreensível, tanto mais que ainda recentemente vimos uma atitude totalmente diferente da nossa Direcção aquando do basket. Será que há tratamento diferenciado consoante a modalidade? Não quero acreditar!
Se traçarmos um termo comparativo entre os dois momentos, facilmente concluímos que foi no hóquei que se verificou o maior escândalo, a grande vergonha: desde logo porque todas as incidências do hóquei tiveram reflexo directo no desenrolar do espectáculo desportivo, logo há uma relação causa efeito no resultado final da partida...no basket, os pseudo acontecimentos ocorrem no final do jogo, logo sem impacto no resultado. Por outro lado, ninguém do FC Porto teve antes, durante ou depois do jogo qualquer comportamento provocatório ou mal criado, até pelo contrário, pois foram francamente enxovalhados, tanto jogadores como os próprios adeptos ao serem limitados nos seus direitos.
Reparemos igualmente que no dia seguinte ao basket, o “orelhas fraco leitor”, lançou um fortíssimo ataque às nossas cores. Já nós, nem palha mexemos... e meus caros amigos, não fiquemos iludidos com o prémio de que não podemos baixar ao nível deles, porque uma coisa é utilizar argumentos de baixo nível, outra completamente diferente é comer e calar, é levar um estalo e dar a outra face.
Aliás, a coisa já assumiu proporções tão graves, que nem com as declarações deploráveis e mais uma vez de um baixo nível gritante, ladradas pelo Trindade (recordo só: “vencemos os porcos”), fomos capazes de vir a terreiro dizer qualquer coisa. Inexplicável...
Está tudo de férias num local paradisíaco sem acesso a informação? Não me parece, pois o Presidente apesar de insistir em não aparecer nos jogos do hóquei em patins, esteve a semana passada na Assembleia da República, ou seja, já depois dos adeptos terem sido impedidos de viajar a lisboa e de a sua equipa ter sido mal tratada e roubada. Como ele próprio disse, foi recebido no coração da democracia... pena que se tenha esquecido de dizer que a democracia é um valor nem sempre presente na nossa sociedade, e este é um belo exemplo disso.
Desportivamente, perder um campeonato ao fim de dez vitórias, não é minimamente problemático. A história do desporto não reza de equipas imbatíveis. Ao contrário do que se diz por aí, a hegemonia não foi quebrada, pois ela revela uma tendência e não uma conquista absoluta. Assim sendo, importante é vencer o próximo campeonato, para assim sim, manter-mos a hegemonia.
Palavra final para os atletas e para toda a secção: foi um ano difícil, de transição de equipa técnica, problemas financeiros constantes (não é igual às outras modalidades, pois no hóquei são os mesmos jogadores há anos, logo sentem esses problemas há anos, o que provoca um desconforto superior), uma liderança directiva do Sr. Ilídio Pinto que lamentavelmente se vai perdendo e muitas outras coisas que não são para aqui chamadas.
Ainda assim, quero deixar um forte abraço a todos, pois nunca deixei de sentir orgulho em tudo o que fizeram, na forma como defenderam as nossas cores e lutaram até ao fim.
Um abraço especial ao Tó Neves, que não cumpriu o seu sonho de ser campeão pelo clube do coração, mas certamente o vai rapidamente cumprir. A competência e conhecimentos são indiscutíveis, pelo que os resultados vão naturalmente aparecer. Ao Nelson Pereira, um voto de felicidades e desejos de um crescimento desportivo que a acontecer, certamente o trará de volta. Ao Suíssas, um até já... tu vais de certeza regressar, mais confiante, mais maduro, mais jogador. Ao Pedro Gil um natural obrigado por tantos títulos, tantas vitórias, tanta garra, tantos momentos mágicos. Ao Filipe Santos... enfim, para o Rato quaisquer palavras são poucas para exprimir o agradecimento e já alguma saudade! Fico naturalmente feliz por ele se manter no clube, mas deixar de ver a camisola 2 dentro do ringue é logicamente uma sensação estranha que a todos deixa uma lágrima no canto do olho.
Aos restantes... até para ano campeões, para mais uma época de alegrias e vitórias!
Mas é num país subserviente à Sra Merkel e ás políticas europeias, sejam elas ou não um desastre para nós, que eis senão quando alguém se lembra de fazer frente aos tratados europeus. Qual Primeiro Ministro, Presidente da República ou Ministro das Finanças... não! A autoridade máxima em Portugal, a única capaz de enfrentar tratados em vigor é a Polícia de Segurança Pública.
O Tratado de Schengen, assinado em Outubro de 1996 e que me vou escusar a explicar pois podem percebe-lo AQUI, muito sucintamente liberaliza a circulação de pessoas e bens dentro dos países aderentes... Portugal foi um deles!
No entanto, pela segunda vez em poucos anos, mais uma vez esse tratado foi desrespeitado por obra e graça da divina PSP, impedindo de forma ridícula, descabida e prepotente, a presença de elementos afectos ao FC Porto no pavilhão “sem luz” mas “com nevoeiro”.
Num famoso 25 de Abril de 2007, fui um dos que tentou exercer o seu direito de cidadão livre e marcar presença no referido recinto “pseudo-desportivo”. Não o pude fazer pois na portagem onde aparentemente termina o espaço Schengen, se encontravam dezenas de PSP's artilhados até aos dentes, encapuçados e de shotgun em punho, que nos fizeram o favor de acompanhar no sentido inverso, qual fronteira de guerra entre espaços dominados por talibans e forças aliadas.
5 anos depois a coisa evolui!
Desta vez fizeram o favor de impedir a partida dos tais insanos que julgam que o sul do país faz parte do acordo de Schengen, intimando-os no dia anterior ao jogo a permanecer na sua cidade, pois se não o fizessem, onde quer que fossem avistados (auto-estrada, estrada nacional, estação de comboios, aeroporto ou eventual tanque de guerra) seriam automaticamente recambiados para o destino.
Estes anti-europeus, justificaram esta medida com o facto de só termos em nossa posse bilhetes comprados com cartões de sócio slb, os quais são pessoais e intransmissíveis, logo não poderíamos entrar no pavilhão do nevoeiro. Pois... mal eles sabiam, que também iríamos ter acesso a convites normais, logo nunca nos poderiam impedir de entrar. Uma vergonha nacional, um escândalo europeu, uma merda digna de um país social e culturalmente atrasado!
O que eles queriam nós bem sabemos: ganhar à força toda, nem que para isso fosse preciso ameaçar de morte árbitros ou adversários (Sérgio Silva não deixa dúvidas), criar um nevoeiro denso apenas comparável à Choupana, fazer chover junto da baliza do Edo, incorrer em erros técnicos gritantes disfarçados com relatórios anedóticos, etc, etc, etc.
Era preciso fabricar um campeão, era preciso fabricar algo que nem as constantes mudanças de regulamentos foram capazes de fazer. Não nos deixaram ganhar, não nos deixaram ser campeões, roubaram-nos dentro de fora do campo, fizeram de nós os parolos da província, e pior do que isso: nós comemos e calamos, bem ao jeito dos tempos anteriores à democracia.
Ora, se tudo o que ocorreu me enoja, confesso que fico estupefacto pelo silêncio que impera para os nossos lados. É para mim absolutamente incompreensível, tanto mais que ainda recentemente vimos uma atitude totalmente diferente da nossa Direcção aquando do basket. Será que há tratamento diferenciado consoante a modalidade? Não quero acreditar!
Se traçarmos um termo comparativo entre os dois momentos, facilmente concluímos que foi no hóquei que se verificou o maior escândalo, a grande vergonha: desde logo porque todas as incidências do hóquei tiveram reflexo directo no desenrolar do espectáculo desportivo, logo há uma relação causa efeito no resultado final da partida...no basket, os pseudo acontecimentos ocorrem no final do jogo, logo sem impacto no resultado. Por outro lado, ninguém do FC Porto teve antes, durante ou depois do jogo qualquer comportamento provocatório ou mal criado, até pelo contrário, pois foram francamente enxovalhados, tanto jogadores como os próprios adeptos ao serem limitados nos seus direitos.
Reparemos igualmente que no dia seguinte ao basket, o “orelhas fraco leitor”, lançou um fortíssimo ataque às nossas cores. Já nós, nem palha mexemos... e meus caros amigos, não fiquemos iludidos com o prémio de que não podemos baixar ao nível deles, porque uma coisa é utilizar argumentos de baixo nível, outra completamente diferente é comer e calar, é levar um estalo e dar a outra face.
Aliás, a coisa já assumiu proporções tão graves, que nem com as declarações deploráveis e mais uma vez de um baixo nível gritante, ladradas pelo Trindade (recordo só: “vencemos os porcos”), fomos capazes de vir a terreiro dizer qualquer coisa. Inexplicável...
Está tudo de férias num local paradisíaco sem acesso a informação? Não me parece, pois o Presidente apesar de insistir em não aparecer nos jogos do hóquei em patins, esteve a semana passada na Assembleia da República, ou seja, já depois dos adeptos terem sido impedidos de viajar a lisboa e de a sua equipa ter sido mal tratada e roubada. Como ele próprio disse, foi recebido no coração da democracia... pena que se tenha esquecido de dizer que a democracia é um valor nem sempre presente na nossa sociedade, e este é um belo exemplo disso.
Desportivamente, perder um campeonato ao fim de dez vitórias, não é minimamente problemático. A história do desporto não reza de equipas imbatíveis. Ao contrário do que se diz por aí, a hegemonia não foi quebrada, pois ela revela uma tendência e não uma conquista absoluta. Assim sendo, importante é vencer o próximo campeonato, para assim sim, manter-mos a hegemonia.
Palavra final para os atletas e para toda a secção: foi um ano difícil, de transição de equipa técnica, problemas financeiros constantes (não é igual às outras modalidades, pois no hóquei são os mesmos jogadores há anos, logo sentem esses problemas há anos, o que provoca um desconforto superior), uma liderança directiva do Sr. Ilídio Pinto que lamentavelmente se vai perdendo e muitas outras coisas que não são para aqui chamadas.
Ainda assim, quero deixar um forte abraço a todos, pois nunca deixei de sentir orgulho em tudo o que fizeram, na forma como defenderam as nossas cores e lutaram até ao fim.
Um abraço especial ao Tó Neves, que não cumpriu o seu sonho de ser campeão pelo clube do coração, mas certamente o vai rapidamente cumprir. A competência e conhecimentos são indiscutíveis, pelo que os resultados vão naturalmente aparecer. Ao Nelson Pereira, um voto de felicidades e desejos de um crescimento desportivo que a acontecer, certamente o trará de volta. Ao Suíssas, um até já... tu vais de certeza regressar, mais confiante, mais maduro, mais jogador. Ao Pedro Gil um natural obrigado por tantos títulos, tantas vitórias, tanta garra, tantos momentos mágicos. Ao Filipe Santos... enfim, para o Rato quaisquer palavras são poucas para exprimir o agradecimento e já alguma saudade! Fico naturalmente feliz por ele se manter no clube, mas deixar de ver a camisola 2 dentro do ringue é logicamente uma sensação estranha que a todos deixa uma lágrima no canto do olho.
Aos restantes... até para ano campeões, para mais uma época de alegrias e vitórias!
Muito bem! Excelente, Norte. Tudo o que se acrescente, só estragará. Resta-me transcrever o que escreves a fechar:
ResponderEliminar"...até para ano campeões, para mais uma época de alegrias e vitórias!"
Abraço. Bibó POOOOORTO!
concordo com tudo que foi escrito,só gostava que tivesse sido feita uma referencia ao papel das claques , pois, no meio disto tudo não ha um comunicado por parte das direções das mesmas.este tipu de acções só são feitas em anos que se ganha tudo como no ano passado?! Abraço a todos BIBÓ PORTOO
ResponderEliminarExcelente. Grande Nortada.
ResponderEliminarFeliz tb pelo Filipe continuar na estrutura do hóquei Portista.
O melhor elogio que posso fazer, sendo a primeira vez que escrevo um comentário 8mesmo vindo aqui todos os dias), é que ao ler este post, senti "pele de galinha" e as lágrimas abeiraram-se dos olhos!!! Excelente resumo dos sentimentos de quem vibra com o "nosso" hóquei!!!
ResponderEliminarÉs dos meus, perdão, eu é que sou dos teus!
ResponderEliminarGrande NORTE, uma excelente crónica para ler e reler.
Hóquei, modalidade predilecta desde pequenino, (aquelas tardes em Fânzeres!!) acho que é fácil de perceber o quanto me custou acabar o dia de Sábado...
Descreveste tudo ao pormenor, é isso que penso, não preciso de acrescentar mais nada.
Espaço Schengen.... algo que não se aplica de Aveiras para baixo, a história voltou a repetir-se e ninguém faz nada, ninguém diz nada, portugueses impedidos de entrar na capital?? É tudo normal...
Polícia de INsegurança Pública ao mais alto nível, arruaceiros, encapuzados e de shotgun em punho é "o pão nosso de cada dia" num estádio/pavilhão perto de si.
Que comece a nova época rapidamente!
"Esta ânsia de vencer, não consigo controlar..."
Grande Abraço
1312
O que eu não percebo é o papael das claques do F.C.PORTO, continuam legalizadas e têm a policia à perna. Querem ir à mourolândia metam-se 1000 ou 2000 num comboio e vão quando lá chegarem logo se vê se não entram.
ResponderEliminarAs claques dos carneiros são ilegais não passa nada, as sanções são que deveriam jogar à porta fechada até serem legais e ninguém da direcção do clubes e dos outros clubes se manifesta contra isso, isto está aprovado por todos os clubes isto é que não consigo entender.
@ Norte,
ResponderEliminarnão te conheço, mas acredita, gostava mesmo muito de te conhecer ;)
umas vezes polémico, outras nem tanto assim, mas em todos eles, sempre muito "Portismo sentido e vivido à flor da pele", que é mesmo o melhor que um clube, no caso o nosso, pode esperar dos seus Adeptos!
quanto a este aqui, afinal, é o mesmo de sempre, sem tirar nem pôr... é ler e e reler, porque uma mais, nunca será demais!
Obrigado pelos teus sentimentos... todos nós, quero crer, teremos sempre algo mais a aprender com "Portistas" desta casta.
aQuele aBraço.