02 agosto, 2012

ESTÁ QUASE...

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Falta pouco mais de uma semana para que a bola comece a rolar a sério e possamos alargar ainda mais a nossa vantagem em número de títulos para os menstruados.

Enquanto tal não chega, vamos ainda ter mais um jogo de preparação contra a equipa A do Lyon para aferir o nosso estado de forma.

Nesta fase da época, os resultados desportivos são meras indicações pouco relevantes, na medida em que os 90 minutos de jogo são unidades de treino integradas num plano de treino global, e não o consumar de uma semana de trabalho preparada para esse fim conforme ocorre durante a época.

De qualquer forma, não gosto de ter grandes vitórias na pré época, grandes títulos ou floreados em nosso redor, pois normalmente, dão em excessos de confiança e maus resultados posteriores. Ainda há 2 anos atrás, recordo-me do torneio de Paris ao qual me desloquei, e onde fizemos duas exibições pouco mais do que ridículas, ao que se seguiu uma estrondosa vitória de 2-0 uma semana depois em Aveiro frente aos menstruados.

No entanto, na qualidade de Portista livre e de boa fé, que não critica por criticar, nem diz que “sim” com a cabeça a tudo o que lhe querem impingir, vou deixar aqui algumas notas sobre o que tenho visto, correndo o risco natural de depois tal não ser confirmado com o decorrer da época.

SURPRESA – Kelvin: Mesmo não tendo feito nada do outro Mundo, mostrou-se como opção útil e válida. Quer na ala quer no meio, pode acrescentar mais qualquer coisa. Precisa de ser mais eficaz e menos brincalhão, mas após uma época de nível mediano em Vila do Conde, não esperava vê-lo com esta determinação. No entanto, convém perceber que tipo de utilização lhe será dada, pois na ala tem poucas chances de jogar e no meio aparenta pouca agressividade defensiva. Não pode parar de competir, e caso tenha espírito aberto, ir jogando na equipa B com possibilidade frequente de dar o contributo à equipa principal, seria útil para todos;

DÚVIDA – Jackson Martinez: Os valores foram elevados, e isso faz toda a diferença. Começando a rolar a bola, pouco interessa quanto custou, mas é óbvio que em função do valor envolvido e da necessidade que o plantel tinha, o colombiano tem às suas costas a responsabilidade dos golos. Pareceu bom de costas para a baliza, mas ainda não se viu aquilo que todos pedem: instinto goleador! Temos que ser pacientes e não exigir este mundo e o outro a quem ainda só agora chegou. Mas que todos os olhos estão neles concentrados, isso não à volta a dar.

CONFIRMAÇÃO – Christian Atsu: Conheço bem o ganês, pois acompanhei-o frequentemente nos juniores. Sempre achei estar ali um diamante em bruto, com necessidade de muito trabalho, mas um potencial tremendo. Tem que ter lugar no plantel, tanto pelo que mostrou como pelo que vale, podendo ser sempre alternativa credível frente a qualquer adversário, pois a velocidade que tem pode arrancar cartões atrás de cartões aos adversários. É a minha aposta para 2012!

AFIRMAÇÃO – Lucho Gonzalez: Pode parecer estranho falar-se de afirmação em relação a um capitão e trintão. Mas sim, Lucho mostra que as más línguas que o colocaram muitas vezes em causa na época passada, não passaram de velhos do restelo, que querem exigir ao Comandante que resolva sozinho o que tem que ser a equipa a fazer. Na pré época, lembrei-me muito do Lucho de há 5\6 anos atrás: sem falhar um passe, confiante, imponente, líder, sem medo de assumir e sempre pronto a pressionar. Quem tinha dúvidas sobre o seu rendimento, percebeu que ele está aí para as curvas.

DESILUSÃO – Castro: Gosto muito de ter no plantel jovens jogadores criados por nós, Portistas e Portuenses, que sentem a camisola que envergam. Castro encaixa-se no perfil, mas mais uma vez, pareceu que a camisola lhe pesa em demasia. A bola não sai redonda do seu pé. Parece fazer sempre tudo em esforço e sem a confiança devida. Gostava de o ter no plantel. Mas se não subir uns degraus consideráveis, julgo ser tempo de o deixar em definitivo e lucrar algo com a transferência.

O MELHOR – Lucho Gonzalez: Por tudo o que atrás já indiquei, El Comandante foi, em minha opinião, o melhor da pré época. Com este Lucho, muito do mau que ocorreu na época passada (como diria o octávio malvado: “vocês sabem do que é que eu estou a falar”) este ano não se repetirá, dentro e fora do relvado. Avança Comandante!

O PIOR – Kleber: Fui dos que mais o defendeu na época passada, pois sempre achei que tinha qualidade para poder fazer melhor, mas foi “lançado às feras” cedo demais, numa altura em que vinha pronto a aprender foi obrigado a assumir o papel principal de uma história que não poderia estar escrita para ele. Vi melhorias no final da época, vi-o mais astuto e inteligente a ocupar o espaço frente ao Servette, mas... eclipsou-se! Esconde-se, chega sempre tarde, perde os duelos físicos, não ocupa o espaço correctamente, não faz o que um ponta de lança deve. Por mim, deve ficar no plantel, mas se até Dezembro se mantiver igual, que seja emprestado, pois com Jackson e Janko, mais algum miúdo da B para qualquer eventualidade, Kléber torna-se desnecessário.

PARA DESPACHAR – Álvaro Pereira: Sobre este apenas digo que ele não quer, não lhe apetece, não está para se chatear e portanto despachem-me este elefante branco, antes que ele se torne no nosso Cardozo, que toda a gente o quer mas a preço de saldo. Se não dão 20 milhões, despachem-no por 15 milhões. Não dão 15 milhões, despachem-no por 10 milhões... mas despachem-no! É má influência no grupo, é um mau exemplo de profissionalismo, é um bom exemplo de quem deveria levar um correctivo! Por menos do que isso, Adriano teve “um encontro de primeiro grau” junto ao Forte de Vila do Conde...

A CONTRATAR – um médio: Mesmo que João Moutinho ou Fernando não saiam, ficaremos com 4 médios de raiz no plantel. Bem sei que Danilo e James também são opções, mas qualquer um deles não tem a agressividade defensiva que se exige para aquela zona (imaginem um meio campo com Danilo, Lucho e James). Precisamos de um médio agressivo, box to box, ao estilo Manuel Fernandes do Besiktas. Se tivermos uma lesão num dos 4 jogadores actuais, ficamos sem soluções alternativas credíveis para abordar jogos de intensidade elevada.

REFERÊNCIAS FINAIS

FABIANO – Mostrou qualidades que confesso não conhecia. Apesar de ter jogado na Olhanense, não acompanhei muito a sua carreira no ano passado. Surpreendeu-me e julgo ser melhor que Bracali. No entanto, dada a sua idade e as poucas possibilidades que terá de jogar com Helton no plantel, julgo ser preferível emprestá-lo, com possibilidade de o recuperar em Janeiro, fazendo face a uma eventual lesão de Helton.

MAICON – Ao contrário de muita gente, ainda não me convenceu totalmente... faz-me lembrar Guarin. As provas que Maicon nos deu até ao presente momento com a camisola do FC Porto, reportam-se apenas a menos de meia época no ano passado. A pré-época não foi tão forte quanto isso, com vários passes errados em zona proibida, o que era típico nele, em que o jogo de Valência foi o retrato mais evidente, mas não único. Acho que os golos de livre directo, taparam muita coisa. A rever!

ITURBE – Tal como Jackson, é preciso não colocar demasiada pressão nem expectativas no miúdo. Além disso, a gestão da sua época terá que ser muito bem feita, pois o pior que lhe podia acontecer, seria passar uma época com pouca utilização, numa fase que precisa de se desenvolver e crescer. Numa posição com tantas opções, será de manter? Ou será que a aposta nele é mesmo forte? É que apenas desta forma se justifica a sua manutenção. Rodá-lo na equipa B não me parece alternativa, a não ser que de facto Lucho o tenha “educado” correctamente.

Um grande abraço, e que role a bola depressa...

PS – Li há dias o Lucho a dizer que é injusto pedir ao Moncho que fique no FC Porto. Sublinho e reitero essa opinião. Já só faltava, depois de um processo que envergonha os pergaminhos de uma história dourada de quase 120 anos, ainda deixar passar a imagem de que o homem não ficou porque não quis, e num futuro próximo justificar o não recomeço da modalidade pelo vazio técnico criado pela sua saída. Não nos envergonhem mais...

6 comentários:

  1. queria apenas fazer uma correção. o fcp, mesmo que moutinho e fernando não saiam, fica com 5 médios de raiz e não 4 (lucho, moutinho, fernando, castro, defour)

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  2. Bom dia a todos , o Kelvin no meu ver tem que ser emprestado a uma equipa superior a do R.ave para ganhar mais experiencia , o Kleber o melhor era emprestalo ja teve mais que tempo sufeciente , e sobre as saidas o palito que va pela sombra , o rolando ou muito me engano ou também sai o belluschi o fucille o sereno entre outros era vende-los , e com isso comprava - se o tal médio box to box , gostava que sapunaro continua-se de dragao ao peito , gostava que os jogadores fundamentais continua-ssem de dragao ao peito , mas vai ser dificil , a ver vamos , um abraço a toda a equipa do BIBO PORTO e que role a bola ;)

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  3. Excelente análise Norte.

    Só com um ponto de discordância, sobre Maicon, a mim já me convenceu;)

    abraço

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  4. Seria realmente bom vender os que realmente não contam, mas o mercado está complicado. Sapunaru por mim também ficava.
    Quanto à juventude, andarem entre a B e a A, não seria mau, embora um empréstimo a clubes do meio da tabela também se justificaria, sobretudo para o Kelvin e Iturbe.
    E a bola já está aí para começar a rolar mais a sério e um título para conquistar. Vamos lá...

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  5. Subscrevo a crónica e subscrevo a ressalva do Lucho.

    Abraço.

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