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Este mercado de Verão que nunca mais acaba (quantas surpresas poderá ainda ter reservadas??), é sempre aquela “silly season” onde os adeptos se dividem entre os racionais que sabem e reconhecem a necessidade de vender, e aqueles que apenas pensam no sucesso desportivo.
Confesso que me incluo mais no primeiro lote, se bem que com um racionalismo comedido, pois não gosto de engolir tudo o que me dão.
Desde logo o que mais me preocupa é perceber que o equilíbrio das nossas contas está dependente de receitas extraordinárias (é assim que a venda jogadores é considerada), quando o mais simples modelo de gestão de uma qualquer unidade de negócio, aponta para a necessidade de serem as receitas ordinárias as que devem fazer face às despesas correntes. É que esta questão coloca-nos perante a incerteza do que acontecerá quando não tivermos essas mesmas receitas extraordinárias, que como o próprio nome indica, não são de todo garantidas.
Sendo que a crise está instalada um pouco em todo o lado, e o futebol naturalmente não foge à regra, queremos todos acreditar que as falhas reais de tesouraria que actualmente existem são igualmente fruto dessa crise.
Só assim se percebem os atrasos nos salários e subsídio de férias dos funcionários do clube, ainda não ter sido pago o mês de Maio aos atletas das modalidades, os prémios a quem venceu títulos, etc.
Mas se assim é, como se explica a aparente recusa da proposta do Zenit de €50.000.000,00 por Hulk? Custa-me a acreditar que tenha sido uma recusa automática dos valores em causa! Nesta altura do mercado, nesta altura das nossas aparentes necessidades que os atrasos atrás enunciados denunciam, €50.000.000,00 é pouco? Não brinquem com quem está à espera dessas vendas para receber os seus salários em atraso...
Se desportivamente quero ficar com Hulk? É óbvio que sim!
Se entendo que deve ser vendido ao desbarato? É óbvio que não!
Mas quem não tem dinheiro, não se pode dar a esses luxos, até porque, se a crise está aí, está para todos e as transferências que têm ocorrido assim o mostram... poucas mudanças e a preços muito mais em conta. A saída por esses valores, colocariam essa transferência como a 8ª mais cara de sempre, atrás de Ronaldo, Zidane, Ibrahimovic, Kaká, Figo, Fernando Torres, Crespo e Buffon, e a principal no defeso em curso.
Além disso, é bom não esquecer o aumento muito substancial de salário que Hulk terá a partir de 01-09-2012 caso ainda cá se mantenha.
Um pouco mais de organização, ambição bem medida, decisões tomadas com cabeça, tronco e membros é o que se pede... e para ontem.
Já alguém fez as contas a quanto custou o final do basket no clube?
É que toda a gente fala naquilo que iria custar. Mas é bom que não nos esqueçamos que tínhamos jogadores contratados e renovações acertadas para o ano que se iria iniciar. Esses jogadores têm contratos assinados. Vínculos com salários associados. É preciso pagar-lhes! E com aqueles que não se consegue acordo, no mínimo a lei obriga ao pagamento de 3 meses de salários...
Como é possível contratarem-se jogadores e depois acabar a modalidade?
Quem os contratou e com que indicações?
Ninguém sabia que a modalidade iria acabar?
É isto uma estratégia pensada e definida com antecipação? Enfim...
E mais: se querem definitivamente que as modalidades sejam autónomas, não brinquem com a autonomia.
Deixem que cada modalidade, cada um dos seus responsáveis arranje os seus próprios patrocínios, os seus próprios capitais próprios, seja responsável pelo seu próprio orçamento. O clube que contribua com o valor que entender, que faculte a utilização das instalações ao invés de cobrar uma taxa de utilização, e que depois responsabilize cada um dos homens fortes das modalidades pelo restante do orçamento. Parem de obrigar a que o dinheiro entre na Porto Comercial e depois seja distribuído em percentagens, sempre com o futebol à cabeça.
Mas se discordo de muitas das atitudes dos dirigentes, não posso fazer o mesmo por exemplo em relação à venda de Álvaro Pereira, quer em 2011 quer em 2012.
No ano transacto, e na ressaca da saída de “Libras Boas” do FCP, ninguém perdoaria que fizéssemos um desconto de um euro que fosse ao Chelsea. Todos “exigiam” a sua saída apenas pelo valor da cláusula, até por se estar a falar de um jogador super valorizado, acabado de ganhar a Copa América, e que tinha dado inequívocos sinais de profissionalismo a 100%.
Só que o Palito de hoje não é o mesmo de há um ano.
Hoje é um jogador desvalorizado, sem garra e atitude competitiva, conflituoso com colegas e clube, num mercado em crise, onde Jordi Alba (titular do campeão europeu, Espanha) saiu do Valência para o Barcelona por €12.000.000,00. Que mais poderíamos exigir? O nosso saiu por €10.000.000,00 com objectivos de mais €5.000.000,00 sendo que €3.000.000,00 são totalmente alcançáveis.
Perante tudo isto, acho que falta coerência no discurso de alguns portistas que querem o melhor de dois Mundos (ganhar tudo e ter sempre muito dinheiro e estabilidade financeira, vendendo apenas pelas cláusulas), da mesma forma que os dirigentes precisam de actuar em conformidade com uma determinada estratégia, que aos meus olhos nem sempre está tão bem definida quanto isso, especialmente no que ás modalidades diz respeito.
Finalizo formulando os seguintes votos:
Confesso que me incluo mais no primeiro lote, se bem que com um racionalismo comedido, pois não gosto de engolir tudo o que me dão.
Desde logo o que mais me preocupa é perceber que o equilíbrio das nossas contas está dependente de receitas extraordinárias (é assim que a venda jogadores é considerada), quando o mais simples modelo de gestão de uma qualquer unidade de negócio, aponta para a necessidade de serem as receitas ordinárias as que devem fazer face às despesas correntes. É que esta questão coloca-nos perante a incerteza do que acontecerá quando não tivermos essas mesmas receitas extraordinárias, que como o próprio nome indica, não são de todo garantidas.
Sendo que a crise está instalada um pouco em todo o lado, e o futebol naturalmente não foge à regra, queremos todos acreditar que as falhas reais de tesouraria que actualmente existem são igualmente fruto dessa crise.
Só assim se percebem os atrasos nos salários e subsídio de férias dos funcionários do clube, ainda não ter sido pago o mês de Maio aos atletas das modalidades, os prémios a quem venceu títulos, etc.
Mas se assim é, como se explica a aparente recusa da proposta do Zenit de €50.000.000,00 por Hulk? Custa-me a acreditar que tenha sido uma recusa automática dos valores em causa! Nesta altura do mercado, nesta altura das nossas aparentes necessidades que os atrasos atrás enunciados denunciam, €50.000.000,00 é pouco? Não brinquem com quem está à espera dessas vendas para receber os seus salários em atraso...
Se desportivamente quero ficar com Hulk? É óbvio que sim!
Se entendo que deve ser vendido ao desbarato? É óbvio que não!
Mas quem não tem dinheiro, não se pode dar a esses luxos, até porque, se a crise está aí, está para todos e as transferências que têm ocorrido assim o mostram... poucas mudanças e a preços muito mais em conta. A saída por esses valores, colocariam essa transferência como a 8ª mais cara de sempre, atrás de Ronaldo, Zidane, Ibrahimovic, Kaká, Figo, Fernando Torres, Crespo e Buffon, e a principal no defeso em curso.
Além disso, é bom não esquecer o aumento muito substancial de salário que Hulk terá a partir de 01-09-2012 caso ainda cá se mantenha.
Um pouco mais de organização, ambição bem medida, decisões tomadas com cabeça, tronco e membros é o que se pede... e para ontem.
Já alguém fez as contas a quanto custou o final do basket no clube?
É que toda a gente fala naquilo que iria custar. Mas é bom que não nos esqueçamos que tínhamos jogadores contratados e renovações acertadas para o ano que se iria iniciar. Esses jogadores têm contratos assinados. Vínculos com salários associados. É preciso pagar-lhes! E com aqueles que não se consegue acordo, no mínimo a lei obriga ao pagamento de 3 meses de salários...
Como é possível contratarem-se jogadores e depois acabar a modalidade?
Quem os contratou e com que indicações?
Ninguém sabia que a modalidade iria acabar?
É isto uma estratégia pensada e definida com antecipação? Enfim...
E mais: se querem definitivamente que as modalidades sejam autónomas, não brinquem com a autonomia.
Deixem que cada modalidade, cada um dos seus responsáveis arranje os seus próprios patrocínios, os seus próprios capitais próprios, seja responsável pelo seu próprio orçamento. O clube que contribua com o valor que entender, que faculte a utilização das instalações ao invés de cobrar uma taxa de utilização, e que depois responsabilize cada um dos homens fortes das modalidades pelo restante do orçamento. Parem de obrigar a que o dinheiro entre na Porto Comercial e depois seja distribuído em percentagens, sempre com o futebol à cabeça.
Mas se discordo de muitas das atitudes dos dirigentes, não posso fazer o mesmo por exemplo em relação à venda de Álvaro Pereira, quer em 2011 quer em 2012.
No ano transacto, e na ressaca da saída de “Libras Boas” do FCP, ninguém perdoaria que fizéssemos um desconto de um euro que fosse ao Chelsea. Todos “exigiam” a sua saída apenas pelo valor da cláusula, até por se estar a falar de um jogador super valorizado, acabado de ganhar a Copa América, e que tinha dado inequívocos sinais de profissionalismo a 100%.
Só que o Palito de hoje não é o mesmo de há um ano.
Hoje é um jogador desvalorizado, sem garra e atitude competitiva, conflituoso com colegas e clube, num mercado em crise, onde Jordi Alba (titular do campeão europeu, Espanha) saiu do Valência para o Barcelona por €12.000.000,00. Que mais poderíamos exigir? O nosso saiu por €10.000.000,00 com objectivos de mais €5.000.000,00 sendo que €3.000.000,00 são totalmente alcançáveis.
Perante tudo isto, acho que falta coerência no discurso de alguns portistas que querem o melhor de dois Mundos (ganhar tudo e ter sempre muito dinheiro e estabilidade financeira, vendendo apenas pelas cláusulas), da mesma forma que os dirigentes precisam de actuar em conformidade com uma determinada estratégia, que aos meus olhos nem sempre está tão bem definida quanto isso, especialmente no que ás modalidades diz respeito.
Finalizo formulando os seguintes votos:
- Que Sapunaru seja reaproveitado, passando a ter 4 laterais de raiz, podendo Miguel Lopes ser alternativa a Alex Sandro;
- Que seja contratada uma alternativa a Jackson Martinez, pois sem Janko, Kléber não é esse homem, e se Hulk sair, então ainda pioramos as coisas;
- Que se consiga despachar Rolando, nem que seja por empréstimo com opção de compra de €15.000.000,00, pois no mínimo poupamos salários e ele tem um ano para se mostrar no novo clube;
- Que entre João Moutinho e Hulk, um deles saia para reforçar encaixe financeiro, inequivocamente necessário para o equilíbrio das contas;
- Que a partir do momento que um deles saia, o outro apenas saia pela cláusula de rescisão;
- Que qualquer um deles, ou se saírem os dois, que ambos vejam as suas saídas colmatadas com entradas de outros jogadores, mas que para isso tudo esteja já devidamente apalavrado, pois o tempo de reacção será curto;
- Por fim, que todos os portistas sem excepção, quaisquer que sejam os desenvolvimentos finais que ainda venhamos a assistir, estejam inequivocamente ao lado dos jogadores que cá ficarem, pois esses serão sempre os melhores do Mundo, bem como ao lado do treinador que não merece a constante perseguição de que é alvo, parecendo existir um conjunto de abutres que estão nas esquinas à espera de qualquer ventania para poderem atacar.
Essa cena dos salários é mesmo verdade??? Se for é muito grave!!
ResponderEliminarQuanto ao resto concordo com todas as letras exceptuando o facto de poder utilizar o Miguel Lopes na esquerda! Já ouvi muitos Portistas dizerem isso e eu pergunto...onde é que viram o Miguel Lopes jogar a defesa esquerdo??????
a ser verdade, a ser verdade, que coloco as minhas reservas, estou contra a não venda de Hulk por 50 MEUR, só para que fique registado.
ResponderEliminaroxalá que não nos venhamos a arrepender por tudo e mais alguma coisa que possa trazer por arrasto essa suposta (?) decisão, e não, não me estou a referir à componente desportiva, de todo que não estou, pelos motivos mais que óbvios.
se se confirmar que é "NÃO" mesmo, oxalá me engane, que ficarei todo satisfeito da vida no final, mas tenho as minha (sérias e naturais) dúvidas.
ficou registado!
ps - espero que o "balneário" não venha a entortar-se, ou não venha a ser preciso encerrar "temporariamente" (?!) mais uma qualquer outra modalidade...