06 outubro, 2012

A crescer

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Assim dá gosto. É por este Porto que eu espero desde que o Vítor Pereira agarrou a equipa no ano passado. Foi um ano complicado, desesperante em alguns momentos, mas compreensível se pensarmos nas circunstâncias em que assume o comando: após saída conturbada do treinador-estrela que deixa os principais jogadores da equipa com vontade de o seguirem, sem tempo nem oportunidade para constituir um plantel à sua medida, com os adeptos perturbados pela surpresa e uma imprensa que, sentindo a fragilidade do momento, se preparava para saltar-lhe ao pescoço à primeira falha.

Sim, foi complicado e desesperante, e houve alturas em que também eu olhei para o banco com frustração e vontade de mudar. E mesmo tendo vencido o campeonato no final, a nossa equipa não convenceu. O sentimento geral foi que na nossa vitória houve mais demérito do nosso adversário directo do que mérito nosso. É claro que tivemos que manter uma certa consistência para aproveitar esse demérito, mas nunca fomos brilhantes. Porém, chegada a nova época, a minha fé renovou-se: com tempo e tranquilidade, e com a auto-confiança e a autoridade simbólica que o título de treinador campeão já lhe confere, era minha convicção que esta época veríamos o verdadeiro Vítor Pereira e o verdadeiro FC Porto.

A entrada tremida assustou, mas cada vez me parece mais que esta convicção é justificada. Contra o Guimarães a equipa espevitou. Contra a Olhanense também não esteve mal, e o resultado não espelha fielmente a partida. Em Zagreb, numa dessas deslocações que são sempre mais difíceis do que a valia do adversário faz prever, passámos - e já sem Hulk. Contra o Beira-mar fizemos o que tínhamos que fazer. Chegada a deslocação a Vila do Conde, aconteceu-nos o pior que acontece às equipas que começam a ter noção de que são muito boas: sobranceria. A meu ver foi por isso que empatámos (e quase perdemos), e só espero que tenha servido de lição.

Contra o Paris St. Germain, o crescendo continuou a olhos vistos. Cada vez acredito mais nesta equipa e neste treinador, até porque não concordo com a tese de que a nossa boa evolução não se dá graças a Vítor Pereira, mas apesar dele. Discordo totalmente. Uma equipa de futebol é sempre o reflexo de quem a treina, para o bem e para o mal.

No Domingo temos mais uma barreira para saltar. Pode parecer uma barreira tão baixinha que até o Veloton de Székesfehérvár (quem? de onde?) a saltou com grande à-vontade, mas, como tanto se tem dito e escrito nos últimos dias, clássico é clássico e vice-versa. Sinceramente, por aquilo que conheço do Sporting, não vejo no seu ADN aquela garra de lutar nos momentos mais difíceis e superar-se perante as adversidades; mas nunca se sabe. Temos que estar ao nosso melhor nível, colocar o pé bem fundo no acelerador e kick'em while they’re down. E se alguém por acaso estiver com peninha dos calimeros, é favor ler este post do Antas. Vamos a isso! Força Porto!!

4 comentários:

  1. É exactamente este Porto de quarta-feira passada que todos queremos sempre!!! é evidente que pode haver um ou outro jogo menos conseguido mas o de quarta-feira passada tem de ser a regra e não excepção.
    Tendo um Porto igual ou melhor porque estamos em crescendo ao de quarta ganharemos com maior ou menor dificuldade.
    Atenção ao árbitro que nos roubou indecentemente em Alvalade a última vez que nos apitou, foi um golo em fora de jogo, foi pancada atrás de pancada sem punição e foi a expulsão do Maicon quando nem toca no palhaço do liedson, portanto muita atenção ao sr do apito.

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  3. Não dá para ver o Post do Antas!
    PORTO!!!!

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