10 outubro, 2012

Dragões revelam o mapa do tesouro

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

Diretor-geral deu algumas pistas que ajudam a explicar o porquê de os azuis e brancos conseguirem aliar rendimento desportivo a sucessos de vendas. Jogar em antecipação é fundamental...

Antero Henrique levantou a ponta do véu sobre o modo como o FC Porto se tem organizado nos últimos anos para conseguir ter tanto sucesso no mercado de transferências. Em entrevista à France Football, aproveitando a deslocação do PSG ao Dragão para a Champions, o diretor-geral dos azuis e brancos explicou o porquê de os dragões serem hoje reconhecidos no mundo inteiro como uma referência no desenvolvimento de jogadores, que transferem depois por montantes chorudos.

"O sucesso do FC Porto assenta em três pressupostos: recrutamento, desenvolvimento e rendimento. O recrutamento articula-se com scouting, o desenvolvimento com a formação e o rendimento com a produtividade do jogador na equipa principal. A maior parte dos jogadores são jovens quando chegam ao nosso clube e acabam por estar em formação permanentemente. Se ao nível da deteção privilegiamos o talento individual, ao nível da equipa principal é o coletivo", começa por explicar.

Provas de grandes negócios são inúmeras

De Juary a Jardel, passando por Anderson, Pepe, Deco e Hulk, as provas de grandes negócios são inúmeras, a tal ponto que as últimas transferências de peso do clube se fizeram em troca de 40 milhões de euros por Falcao e outros tantos por Hulk.

"No scouting não há orçamentos que façam a diferença. A esse nível pesam muito menos e equilibram-se melhor as coisas. Trabalhamos com 250 olheiros espalhados pelo mundo, em países que façam sentido para o futebol, porque não vamos enviar ninguém para o Bangladesh... Temos os olheiros internos e os externos, que se subdividem em vários níveis de observação, o que permite que um jogador seja visto por várias pessoas. Esses olheiros, por sua vez, trabalham com as chamadas equipas-sombra, que não são mais do que um conjunto de jogadores que referenciamos em vários campeonatos e que são suscetíveis de vir a ser contratados pelo FC Porto".

Clube colhe frutos quase todas as épocas

O clube tem sabido colher frutos quase todas as épocas com essa estratégia e só no ano passado gastou mais de 30 milhões de euros em jovens como Alex Sandro, Danilo, Kelvin e Iturbe, depois de antes ter investido em James Rodríguez, um valor que hoje já seria multiplicado várias vezes se o clube o quisesse transferir.

"No FC Porto temos dois tipos de jogadores: os titulares e os emergentes, por assim dizer, geralmente mais jovens, mas que têm de estar em condições de substituir os titulares a qualquer momento. É um risco, mas um risco assumido, que nos permite esbater os grandes orçamentos dos outros clubes europeus. Esta organização garante-nos uma regeneração permanente da equipa principal, em que cada titular tem atrás de si um jovem pronto para ganhar o lugar e que, consumada uma transferência, tomará mesmo o seu lugar na equipa", contou Antero Henrique.

A contratação do Incrível foi, aliás, aflorada, para exemplificar outra vertente do negócio: "A contratação de Hulk só foi possível porque temos uma estrutura que funciona de tal forma que nos permite ter rapidamente acesso a informações. Sem esquecer que trabalhamos com uma rede muito eficaz de empresários. Só assim conseguimos chegar primeiro do que os outros"

Alex Sandro é a última referência de sucesso

Alex Sandro foi citado por Antero Henrique como um exemplo prático de como o brasileiro pôde adaptar-se sem pressas, antes de tomar o lugar de Álvaro Pereira, transferido para o Inter durante a última janela de mercado. "Alex Sandro só se tornou titular esta época. Mas já estava no FC Porto na época anterior. Teve tempo para se ambientar, perceber o que era o FC Porto, impregnar-se da nossa identidade, dos nossos métodos de trabalho e da nossa cultura competitiva", explicou.

O brasileiro conseguiu assim fazer a transição do futebol sul-americano para o europeu, sem se perder pelo caminho, garantindo o investimento de 9,6 milhões de euros nele feito: "Depois, soube agarrar as oportunidades que lhe foram sendo concedidas, sem a pressão de um teste, entendendo-as antes como uma oportunidade. Hoje está um jogador melhor e sobretudo mais confiante".

fonte: ojogo.pt

4 comentários:

  1. sincera e honestamente, sem quaisquer laivos de sobranceria, o nosso director-geral não revelou nada que um portista já não o saiba.

    só os "outros" é que o desconhecem - por inépcia, talvez.

    aliás, considero que no panorama futebolístico nacional actual, só a gestão do SC Braga tem algumas semelhanças com a nossa, fazendo-e recuar aos idos anos 90', em que apostávamos no mercado nacional, potenciávamos o que de bom havia por cá (com alguns jovens promissores da nossa formação) e rentabilizávamos esse investimento como muito poucos.

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
    Miguel | Tomo II

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  2. Creio que, o que Antero Henrique disse, esteja a anos luz do que é realmente o "mapa" do sucesso do FCPorto pelo que, a guiar-me pela velha máxima que diz, "o segredo é a alma do negocio", então nunca ninguém vai saber para além de um circulo muitíssimo chegado.
    .....Marketing?

    AMO_TE FCPORTO ! David Nogueira

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  3. quando se revela uma estratégia (?!), é sinal que já está outra em andamento... a partir daqui, acredite quem quiser.

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  4. Este é o nosso segredo ou seja sermos proactivos estarmos no local proprio quando outros ainda vão a caminho. Antecipação conhecimento competencias devidamente hierquizads e a alma não se divulga antes cultiva-se.
    PORTO é ser ter e querer. Ser PORTO é ser a contestação da razão.
    Força PORTO UNIDOS VENCEREMOS

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