http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
A sorte não me permitiu estar em Zagreb, pelo que tive que dela vingar-me com a ida a Kiev. Uma jornada bem passada e mais uma cidade europeia visitada, porque seguir este clube para todo o lado tem o encanto de nos levar a descobrir o mundo. Pelas minhas contas, já são vinte os lugares conhecidos à conta daquilo a que alguns que me conhecem lhe chamam doença, aqueles que, no fundo, nunca saberão verdadeiramente o significado de amar um clube, defender uma causa e abraçar uma crença.
Domingo, uma e meia da tarde, Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Um ano depois, voltei a viajar no avião que transportou a equipa. Na entrada da porta de embarque, podia sentir-se um clima grande confiança e um ambiente de união entre os jogadores. O Hélton com o seu inseparável cavaquinho, o Moutinho, o Varela, o Castro e até o Rolando em amena cavaqueira, o Iturbe sempre ao lado do Lucho - aquele que é o seu maior exemplo dentro do campo e fora dele - mas todos juntos, como uma verdadeira equipa. Gostei. Apesar da ausência do nosso presidente, vi que ali estavam reunidas todas as condições necessárias para se abrirem, definitivamente, as portas da qualificação e de mais um novo ponto da Europa para conhecer.
Kiev foi o último a ser descoberto e, há que dizê-lo, um dos mais belos: tal como Lisboa, é a cidade das sete colinas, mas muito mais moderna e cosmopolita do que a capital cá do burgo, tem um património arquitectónico, histórico e cultural riquíssimo e uma população feminina linda de morrer. Foram, de facto, três dias de pura exaltação à beleza e ao maravilhoso que culminaram na noite de terça-feira no majestoso Olimpiyskiy, num jogo ao qual só faltou a vitória para fazer desta uma jornada perfeita. Paris é a próxima paragem, daqui por um mês.
E se qualificação acabou por ser a palavra de terça-feira, no dia seguinte foi hora de comemorar os dois anos sobre a suprema e não menos memorável humilhação no Dragão: 7 de Novembro de 2010, essa data que, por muito que eles tentem, jamais conseguirão fazer esquecer. Parece que foi ontem. Parece que foi ontem que despertei naquele domingo com uma “fezada” pouco vulgar em mim (sou mais do tipo de fazer “prognósticos só no fim do jogo”). Lembro-me de ter comentado com o meu avô e com o meu “segundo” pai - indefectível portista que infelizmente já não se encontra entre nós e que ficava sempre nervoso em dias de clássico -: “hoje vamos dar cinco”.
Só voltei mesmo a pensar naquilo quando aos 29 minutos o Radamel fez o terceiro, depois do magistral “taconazzo”. Aí comecei a acreditar que aquele dia ia podia ficar mesmo na história. Os dois tiros do Incrível, o bailinho que ele deu ao Coentrão, a expulsão do cabeçudo e o frango no campo em honra ao nosso saudoso Roberto, a música do beijinho e do “Venham mais cinco” a soarem no estádio… Foi tudo perfeito, demasiado perfeito, que aquele se tornou, então, num dos dias mais felizes da minha vida. E estaria eu longe de sonhar que cinco meses depois, a 3 de Abril de 2011, experimentaria o doce sabor da felicidade suprema ao festejar o título no galinheiro. Ser adepto deste clube é mesmo ser um homem feliz.
Domingo, uma e meia da tarde, Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Um ano depois, voltei a viajar no avião que transportou a equipa. Na entrada da porta de embarque, podia sentir-se um clima grande confiança e um ambiente de união entre os jogadores. O Hélton com o seu inseparável cavaquinho, o Moutinho, o Varela, o Castro e até o Rolando em amena cavaqueira, o Iturbe sempre ao lado do Lucho - aquele que é o seu maior exemplo dentro do campo e fora dele - mas todos juntos, como uma verdadeira equipa. Gostei. Apesar da ausência do nosso presidente, vi que ali estavam reunidas todas as condições necessárias para se abrirem, definitivamente, as portas da qualificação e de mais um novo ponto da Europa para conhecer.
Kiev foi o último a ser descoberto e, há que dizê-lo, um dos mais belos: tal como Lisboa, é a cidade das sete colinas, mas muito mais moderna e cosmopolita do que a capital cá do burgo, tem um património arquitectónico, histórico e cultural riquíssimo e uma população feminina linda de morrer. Foram, de facto, três dias de pura exaltação à beleza e ao maravilhoso que culminaram na noite de terça-feira no majestoso Olimpiyskiy, num jogo ao qual só faltou a vitória para fazer desta uma jornada perfeita. Paris é a próxima paragem, daqui por um mês.
Só voltei mesmo a pensar naquilo quando aos 29 minutos o Radamel fez o terceiro, depois do magistral “taconazzo”. Aí comecei a acreditar que aquele dia ia podia ficar mesmo na história. Os dois tiros do Incrível, o bailinho que ele deu ao Coentrão, a expulsão do cabeçudo e o frango no campo em honra ao nosso saudoso Roberto, a música do beijinho e do “Venham mais cinco” a soarem no estádio… Foi tudo perfeito, demasiado perfeito, que aquele se tornou, então, num dos dias mais felizes da minha vida. E estaria eu longe de sonhar que cinco meses depois, a 3 de Abril de 2011, experimentaria o doce sabor da felicidade suprema ao festejar o título no galinheiro. Ser adepto deste clube é mesmo ser um homem feliz.
Soberbo! Abraço, grande Farpas.
ResponderEliminarBibó PORTO!
Farpas em grande...
ResponderEliminarNada a acrescentar!
Bom dia,
ResponderEliminarAntes de mais, apesar de ser uma leitora assídua deste espaço portista, é a primeira vez que aqui comento.
E decidi comentar, porque ao ler o seu texto fiquei a pensar como deve ser fantástico viajar no mesmo avião da comitiva portista. Assim é que se mede, realmente, o pulso ao dragão!
Quanto aos 5-0, nunca mais será esquecido, nem por nós nem por eles! Aliais, os jogos entre as duas equipas dessa época jamais serão esquecidos!
Cumprimentos
Ana Andrade
www.portistaacemporcento.blogspot.com
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com
"Sempre a viajar
ResponderEliminarpara te ver jogar
Onde quer que tu vás
Eu vou lá estar..."
7 de Novembro de 2010 ficará para a eternidade. "Nunca mais esqueças essa grande humilhação..."
ResponderEliminarGrande texto, Farpas.
Saudações portistas directamente de Seia.
Boa Tarde
ResponderEliminarNão tendo o previlégio de poder seguir dessa forma o FCP, delicio-me com o facto de haver quem o consiga e a forma como o descrevem. Fico a imaginar o dia em que também seja possível seguir o rasto vitorioso do FCP pelo mundo fora.
Os 5 a 0 são daquelas coisas que não se consegue descrever, temo-lo cá dentro, até queremos expressar, mas o sentimento é tão grande que não há adjectivos para classificar.
Vamos todos morrer com este resultado tatuado no coração.
Somos Porto
Acho que este ano podemos pedir outro resultado desses (igual ao do Marítimo); acho que os jogadores, com Maicon à cabeça, se rasgariam para tal...
ResponderEliminarUm exemplo o meu amigo Farpas!
ResponderEliminarSofro da mesma doença, sou assim conhecido entre familiares e amigos próximos, embora ainda a uns anos-luz comparativamente à tua experiência na matéria.
Vou para a sétima aventura europeia, no próximo dia 4 de Dezembro!
Um abraço amigo
Só os mais fortes sobrevivem... nós seremos eternos!
FARPAS,
ResponderEliminarDois momentos importantes, pois toda a devoção ao clube é sempre de sublinhar e exaltar.
Os 5 do Dragão...bem, esses têm aquele espaço guardado no coração de quem já só pensa na próxima humilhação.
Kiev...bem, estive lá quando ganhamos no último minuto com o golo do Lucho, tendo ficado na altura alojado no hotel ao lado do estádio onde desta vez o jogo se realizou...nessa altura estava o estádio em remodelação.
Como te compreendo e como é bom levar o nome do nosso grande amor por esse Mundo fora.
Pessoalmente, levo na bagageira 15 países, 34 viagens, 37 jogos onde pude gritar bem alto o nome do mágico Porto por essa Europa fora!
Um abraço, e que nunca te falte a força nas perninhas!!!!!!!
Nem mais, Farpas! Está aí tudo dito! Abraços.
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